Ruben Pimentel
Usuário
Eu não tive a intenção de ser chato ao criticar o livro “As melhores Histórias da Mitologia Nórdica”, muito pelo contrário, minha proposta é a mesma que tenho no Valhöll, ou seja, informativa. Portanto, fico na obrigação de criticar ou elogiar qualquer livro que me venha em mãos.
Os textos apresentados no Valhöll, realmente, em sua maioria, não devem ser usados como fontes de estudos, mas diferente do livro “As melhores Histórias da Mitologia Nórdica”, primeiro, tive sempre a preocupação de usar a nomenclatura do idioma Nórdico (Old Norse), prática na academia; segundo, de fornecer em todos os textos as referências bibliográficas citando as fontes originais (o citado livro nem possui bibliografia, o que considero o pior erro de todos, e que tinha esquecido de mencionar); terceiro, tenho a preocupação de alertar o usuário, no caso das sagas, que os textos do Valhöll se tratam de versões em prosa dos poemas; quarto, no caso dos mitos, alguns deles até podem ser usados como fontes de estudos, pois são fragmentos copilados da Edda em Prosa, apesar de terem por vezes algumas modificações estruturais (exceto o texto do Brisingamen que não faz parte da Edda em Prosa), e no caso do mito de Utgarðrloki, este é literalmente um texto retirado da Edda em Prosa, palavra por palavra. Além do mais o Valhöll tem tópicos de Lingüística, das Eddas, para não falar dos Vikings, e Fontes & Links, onde apresentamos uma grande bibliografia comentada e resenhada, por um especialista em História e Pré-História Viking, o Prof. Dr. Johnni Langer (alguns de seus artigos estão no tópico Vikings). Na verdade inicialmente, e até hoje, não tenho muitas pretensões quanto ao site Valhöll, afinal eu sou um simples leigo.
Quanto a questão de a Mitologia Nórdica fazer ou não parte da Mitologia Germânica, te dou razão quanto uma coisa, a terminologia Mitologia Germânica não parece ser muito apropriada, porém os maiores estudiosos destas mitologias usam este termo no sentido de englobá-las. Eu mesmo disse que a Mitologia Nórdica, de UMA CERTA FORMA, faz parte da Mitologia Germânica, ou seja, eu queria me referir exatamente a este sentido de estudar as mitologias. Isso quer dizer que a terminologia Mitologia Germânica é comparável a terminologia Mitologia Greco-Romana, que tem este sentido de englobar (para fins de estudo) as Mitologias Grega e Romana.
A seguir apresento um termo alternativo, e minhas justificativas para seu uso.
Adotamos o termo Mitologia Germânico-Nórdica em detrimento de Mitologia Germânica. Este termo, até onde sabemos é inexistente, porém baseamos no termo usado para a chamada Mitologia Clássica, ou seja Mitologia Greco-Romana. A Mitologia Greco-Romana, engloba os mitos e deuses antigos dos povos helênicos (Mitologia Grega) e os mais recentes dos romanos (Mitologia Romana), que na verdade são os mesmo, na maioria das vezes, por isso fala-se apenas em uma mitologia, ou seja, Greco-Romana. O mesmo acontece de uma certa forma entre os germânicos primitivos e os nórdicos, os deuses são os mesmos, porém recebem outros nomes.
Deve-se esclarecer que na Europa Pré-Cristã existiam quatro grandes mitologias distintas, consenso geral entre os acadêmicos, a citada Greco-Romana, a Mitologia Celta, a Mitologia Eslava (que também podemos aqui chamar, seguindo o mesmo princípio, de Eslavo-Báltica), e finalmente, de acordo com o termo aqui proposto, a Mitologia Germânico-Nórdica. Sendo assim, o termo que nós usamos, só tem o intuito de simplificar o entendimento desta situação étnico-religiosa da Europa Pré-Cristã.
Separadamente, o termo Mitologia Germânica, para os acadêmicos, já teria esse significa intrínseco, ou seja, de englobar a mitologia dos Germanos da época romana, Vikings, ou Anglo-Saxões da época das migrações, etc.,. Porém, o termo é muitas vezes usado especificamente para a mitologia desses germânicos primitivos, ou dos germânicos de tribos de origem da atual Alemanha, Teutões por exemplo (existe até um termo errôneo neste sentido; Mitologia Teutônica). Já o termo usado comumente para a Era Viking é Mitologia Nórdica, que atualmente vem sendo mais difundido que o primeiro, apesar de ser restrito aos povos Nórdicos (ou Escandinavos), e a esse período (Era Viking: séc.VIII-séc.XI).
Suprimir o termo Mitologia Nórdica, em detrimento de Mitologia Germânica, seria portanto um tanto injusto, já que é graças aos povos Nórdicos, ou seja, a Mitologia Nórdica (na idéia correta do termo) que temos preservado as principais fontes históricas acerca da mitologia de todos povos germânicos (as Eddas e sagas), inclusive para se estudar a mitologia dos germanos do período romano, são utilizadas as fontes Nórdicas, e apesar de existir algumas diferenças, elas são contextualizadas. As línguas e alguns padrões da cultura foram se modificando com o tempo, mas o que se preservou de maneira geral foi a religião e a mitologia, antes de Cristo até a Idade Média. Por esse motivo que propomos esse “novo” termo, Germânico-Nórdica, que tem essa idéia do termo geral (Mitologia Germânica) e ao mesmo tempo preserva a terminologia mais conhecida na atualidade (Mitologia Nórdica). Entendemos que seja válido, e não seja errôneo, pois seguimos o mesmo princípio, e critério adotado para o termo Greco-Romana, bastante divulgado.
Ainda deixei de mencionar alguns outros erros encontrados no livro “As melhores Histórias da Mitologia Nórdica”, sendo um deles referente a Hreidmar e Fafnir serem mencionados como sendo anões, por mais estranho que possa parecer, e não me perguntem porque, eles são gigantes, apesar de pai e irmão de anões. O nome do anão Regin também está escrito de uma forma que nunca vi antes (Regnir).
Devem pensar que considero o livro um total fiasco, mas não é verdade, acho que os textos são bons, só não podem ser usados para estudos, e que o livro é uma ótima forma de divulgar esta mitologia tão pouco conhecida em nosso país, e revelar aos fãs de Tolkien, suas fontes de influência.
Os textos apresentados no Valhöll, realmente, em sua maioria, não devem ser usados como fontes de estudos, mas diferente do livro “As melhores Histórias da Mitologia Nórdica”, primeiro, tive sempre a preocupação de usar a nomenclatura do idioma Nórdico (Old Norse), prática na academia; segundo, de fornecer em todos os textos as referências bibliográficas citando as fontes originais (o citado livro nem possui bibliografia, o que considero o pior erro de todos, e que tinha esquecido de mencionar); terceiro, tenho a preocupação de alertar o usuário, no caso das sagas, que os textos do Valhöll se tratam de versões em prosa dos poemas; quarto, no caso dos mitos, alguns deles até podem ser usados como fontes de estudos, pois são fragmentos copilados da Edda em Prosa, apesar de terem por vezes algumas modificações estruturais (exceto o texto do Brisingamen que não faz parte da Edda em Prosa), e no caso do mito de Utgarðrloki, este é literalmente um texto retirado da Edda em Prosa, palavra por palavra. Além do mais o Valhöll tem tópicos de Lingüística, das Eddas, para não falar dos Vikings, e Fontes & Links, onde apresentamos uma grande bibliografia comentada e resenhada, por um especialista em História e Pré-História Viking, o Prof. Dr. Johnni Langer (alguns de seus artigos estão no tópico Vikings). Na verdade inicialmente, e até hoje, não tenho muitas pretensões quanto ao site Valhöll, afinal eu sou um simples leigo.
Quanto a questão de a Mitologia Nórdica fazer ou não parte da Mitologia Germânica, te dou razão quanto uma coisa, a terminologia Mitologia Germânica não parece ser muito apropriada, porém os maiores estudiosos destas mitologias usam este termo no sentido de englobá-las. Eu mesmo disse que a Mitologia Nórdica, de UMA CERTA FORMA, faz parte da Mitologia Germânica, ou seja, eu queria me referir exatamente a este sentido de estudar as mitologias. Isso quer dizer que a terminologia Mitologia Germânica é comparável a terminologia Mitologia Greco-Romana, que tem este sentido de englobar (para fins de estudo) as Mitologias Grega e Romana.
A seguir apresento um termo alternativo, e minhas justificativas para seu uso.
Adotamos o termo Mitologia Germânico-Nórdica em detrimento de Mitologia Germânica. Este termo, até onde sabemos é inexistente, porém baseamos no termo usado para a chamada Mitologia Clássica, ou seja Mitologia Greco-Romana. A Mitologia Greco-Romana, engloba os mitos e deuses antigos dos povos helênicos (Mitologia Grega) e os mais recentes dos romanos (Mitologia Romana), que na verdade são os mesmo, na maioria das vezes, por isso fala-se apenas em uma mitologia, ou seja, Greco-Romana. O mesmo acontece de uma certa forma entre os germânicos primitivos e os nórdicos, os deuses são os mesmos, porém recebem outros nomes.
Deve-se esclarecer que na Europa Pré-Cristã existiam quatro grandes mitologias distintas, consenso geral entre os acadêmicos, a citada Greco-Romana, a Mitologia Celta, a Mitologia Eslava (que também podemos aqui chamar, seguindo o mesmo princípio, de Eslavo-Báltica), e finalmente, de acordo com o termo aqui proposto, a Mitologia Germânico-Nórdica. Sendo assim, o termo que nós usamos, só tem o intuito de simplificar o entendimento desta situação étnico-religiosa da Europa Pré-Cristã.
Separadamente, o termo Mitologia Germânica, para os acadêmicos, já teria esse significa intrínseco, ou seja, de englobar a mitologia dos Germanos da época romana, Vikings, ou Anglo-Saxões da época das migrações, etc.,. Porém, o termo é muitas vezes usado especificamente para a mitologia desses germânicos primitivos, ou dos germânicos de tribos de origem da atual Alemanha, Teutões por exemplo (existe até um termo errôneo neste sentido; Mitologia Teutônica). Já o termo usado comumente para a Era Viking é Mitologia Nórdica, que atualmente vem sendo mais difundido que o primeiro, apesar de ser restrito aos povos Nórdicos (ou Escandinavos), e a esse período (Era Viking: séc.VIII-séc.XI).
Suprimir o termo Mitologia Nórdica, em detrimento de Mitologia Germânica, seria portanto um tanto injusto, já que é graças aos povos Nórdicos, ou seja, a Mitologia Nórdica (na idéia correta do termo) que temos preservado as principais fontes históricas acerca da mitologia de todos povos germânicos (as Eddas e sagas), inclusive para se estudar a mitologia dos germanos do período romano, são utilizadas as fontes Nórdicas, e apesar de existir algumas diferenças, elas são contextualizadas. As línguas e alguns padrões da cultura foram se modificando com o tempo, mas o que se preservou de maneira geral foi a religião e a mitologia, antes de Cristo até a Idade Média. Por esse motivo que propomos esse “novo” termo, Germânico-Nórdica, que tem essa idéia do termo geral (Mitologia Germânica) e ao mesmo tempo preserva a terminologia mais conhecida na atualidade (Mitologia Nórdica). Entendemos que seja válido, e não seja errôneo, pois seguimos o mesmo princípio, e critério adotado para o termo Greco-Romana, bastante divulgado.
Ainda deixei de mencionar alguns outros erros encontrados no livro “As melhores Histórias da Mitologia Nórdica”, sendo um deles referente a Hreidmar e Fafnir serem mencionados como sendo anões, por mais estranho que possa parecer, e não me perguntem porque, eles são gigantes, apesar de pai e irmão de anões. O nome do anão Regin também está escrito de uma forma que nunca vi antes (Regnir).
Devem pensar que considero o livro um total fiasco, mas não é verdade, acho que os textos são bons, só não podem ser usados para estudos, e que o livro é uma ótima forma de divulgar esta mitologia tão pouco conhecida em nosso país, e revelar aos fãs de Tolkien, suas fontes de influência.