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Calib
Visitante
MÁSCARA
Vanessa, ainda há tempo; ora abandona
a inane vida amarga de mentiras
na qual imersa vives; não prefiras
essa, a teu vulto pulcro, vil persona.
Sempre há de vir um dia quando à tona
será, por cada amante que infringiras,
aberta a mascarilha com que os miras,
findado o faz-de-conta que ilusiona.
E então verás, em esse dia apenas,
ruindo essa quimera finalmente,
razão para a beleza que condenas
ao mundo expor-se toda; e de repente,
revendo o rosto e as formas tão amenas,
irás da vida ver quanto era ausente.
06.04.2008
(Em geral, porque eu não uso iniciais maiúsculas em todo verso, ninguém percebe que se trata de um soneto acróstico - e este era o exercício de versificação que me propus. O nome que se lê é o nome completo da moça.)
Vanessa, ainda há tempo; ora abandona
a inane vida amarga de mentiras
na qual imersa vives; não prefiras
essa, a teu vulto pulcro, vil persona.
Sempre há de vir um dia quando à tona
será, por cada amante que infringiras,
aberta a mascarilha com que os miras,
findado o faz-de-conta que ilusiona.
E então verás, em esse dia apenas,
ruindo essa quimera finalmente,
razão para a beleza que condenas
ao mundo expor-se toda; e de repente,
revendo o rosto e as formas tão amenas,
irás da vida ver quanto era ausente.
06.04.2008
(Em geral, porque eu não uso iniciais maiúsculas em todo verso, ninguém percebe que se trata de um soneto acróstico - e este era o exercício de versificação que me propus. O nome que se lê é o nome completo da moça.)