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"Máscara"

  • Criador do tópico Calib
  • Data de Criação
C

Calib

Visitante
MÁSCARA



Vanessa, ainda há tempo; ora abandona
a inane vida amarga de mentiras
na qual imersa vives; não prefiras
essa, a teu vulto pulcro, vil persona.

Sempre há de vir um dia quando à tona
será, por cada amante que infringiras,
aberta a mascarilha com que os miras,
findado o faz-de-conta que ilusiona.

E então verás, em esse dia apenas,
ruindo essa quimera finalmente,
razão para a beleza que condenas

ao mundo expor-se toda; e de repente,
revendo o rosto e as formas tão amenas,
irás da vida ver quanto era ausente.


06.04.2008

(Em geral, porque eu não uso iniciais maiúsculas em todo verso, ninguém percebe que se trata de um soneto acróstico - e este era o exercício de versificação que me propus. O nome que se lê é o nome completo da moça.)
 
Poemas metrificados sempre mais interessantes...

Gostei dessa estrofe:
essa, a teu vulto pulcro, vil persona.

A sequência T-Vl-Pl-Vl-P ajudou bastante na sonoridade... Além de "vulto pulcro", que é quase um eco :sim:


Mas aqui:
E então verás, em esse dia apenas,
E en/tão/ ve/rás/ em/ es/se/ di/a a/PE/nas

O "em" e o "esse" não deveriam sofrer sinérese?
(o ritmo iâmbico desse verso ficou bacana também)
 
"Dever", Mavericco, não deveria. É o comum, mas bem vês que não entraria na métrica. :rofl: Além do mais, encontras bastantes exemplos disso aí em Fernando Pessoa, para citar um.

Agradecido pelos comentários.
 

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