• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Lolita - Vladimir Nobokov

Pondo de lado as razões pessoais do Nabokov em situar sua narração na América, o que remete novamente ao seu posfácio e à "relação de amor" citada no final, devo lembrar que algumas partes de Lolita são quase que distantes de tudo, distantes do espaço e situadas em cidades do interior que são localizáveis na América assim como poderiam o ser em qualquer outro lugar.

Ramsdale e Beardsley são americanas, é fato: mas o fato de serem americanas é puramente uma necessidade narrativa não apenas para que se deixe a narração mais límpida (qual o sentido de que se mudasse o continente ou país, com todas as implicações psicológicas que isso iria acarretar, se Lolita é construído num crescendo?), mas também para que se preserve a estrutura irônica e paralelística da obra: o livro começa no Velho Continente, passa por um momento de peregrinação de Humbert, para em Ramsdale, passa por outra peregrinação de Humbert e Lolita, para em Beardsley, passa por uma nova peregrinação mais policialesca que é interrompida no final do romance.

A única passagem, aliás, que poderíamos dizer ser genuinamente americana é o começo da segunda parte, com todas as descrições de hoteis, monumentos, museus e etc. Mas mesmo esta passagem, a meu ver, tem como objetivo a inserção de uma nova forma de estilo ao longo do multifacetado panorama de Lolita, que comporta consigo desde diários até alguns lapsos policialescos (acentuando também o rito de passagem que é o da primeira para a segunda parte, de uma vida "hipócrita" para uma vida "livre" [cf. o tour ao longo de prostíbulos por Humbert e o turismo da segunda parte]).

De resto, não vejo que a posição da narrativa na América seja algo assim tão arbitrário, nem que as interpretações devam se restringir apenas àquilo que um autor eventualmente se refere num prefácio, posfácio ou derivado. Pra mim, é evidente que Nabokov possuía razões para situar sua narração na América (razões estas que defendo como sendo predominantemente pessoais), mas me parece também evidente que Nabokov poderia, e sem grandes perdas de sentido, situar sua narrativa em qualquer outro lugar sem grandes mudanças na estrutura do livro, se apenas uma pequena parcela dele é específica.
 
Mermão, que viagem! E eu achando que Lolita falava só sobre um coroa safado e traumatizado... o_O

Brincadeiras a parte... as vezes uma obra deixa de ser "do autor" e ganha várias possibilidades de entendimento real. Acredito que não afirmei nenhuma besteira, né?
Lembro de um professor dizendo que "o autor escreve, escreve e escreve sem nem perceber o que realmente o influencia", dai pra frente ele pode falar qualquer coisa sobre sua obra, mas caso ela sirva bem a um simbolismo, a ideia inicial que o autor afirma ser a "original e legítima" pode perder força.

Infelizmente não acho que seja o caso de Lolita. Ok, o simbolismo tá ali, quase gritando na cara do leitor, porém os próprios dramas do nosso amigo Nabokov já são peso suficiente. Lolita, ao meu ver (um leigo que só leu pela putaria), é mais uma obra que deixa passar um demônio interior e que acabou sendo "acrecida" com o tempo.
 
Não quero forçar interpretações alegóricas principalmente porque acho que elas possuem um quê de mecanicidade que mais limita do que torna prolífica a leitura, mas ainda assim acho que se deva pesar a imagem que Nabokov pinta de ambos os personagens, para aí sim podermos ter uma ideia mais sólida do que ele fala.

Falo isso porque penso nos comentários de Humbert², todos afetados, ferinos, mordazes e extremamente ácidos em relação à cultura, por exemplo. De fato trata-se de um sujeito refinado, com uma cultura que chega às raias do pedantismo. Ele vive uma relação dúbia com Lolita, porque ao falar dela, parece revesti-la dos véus das grandes musas, mas ao dirigir comentários a tudo o que a cerca, seja a família, a cultura, os hábitos, costumes etc. se mostra muito desconfortável/irritado com eles.

Lolita parece ter tudo para encarnar o que há de mais execrável para Humbert² (no alto de toda a sua sabedoria e, quiçá, soberba) mas não encarna. Esse é o detalhe. O 'demônio interior' a que se referiu o Breno faz com que o Humbert² deseje ardentemente a jovem ninfeta, deixando de lado a tradição que parece tender a execrá-la. Não arrisco ser tão categórico por vários motivos: 1. não sou conhecedor de Nabokov, não li toda a sua obra, não conheço-o biograficamente nem sou tão familiarizado com o contexto histórico dos anos 40 e 50, isso sem contar que Nabokov encripta muito bem seus textos, de modo que uma análise nos moldes das quais eu tento fazer exija um conhecimento profundo sobre todas essas coisas.

Deixo aqui - espero para ajudar - uma pergunta que costumo fazer sempre que vou pensar algum livro: o que levou um autor a escrever isso? No caso de Nabokov poderia ser algo como: o que levou um sujeito nascido na Rússia, que viveu na Europa e América, das classes abastadas de São Petersburgo (não Leningrado) a escrever um livro como Lolita? Porque Humbert² assume tais feições em sua obra? Porque ele se envolve em tal imbróglio com a ninfeta que dá título à obra? Que tipo de visão de mundo está investida na criação de tais personagens e de tais criações?

Enfim, só alguns possíveis caminhos.
 
Quanto à primeira questão, creio que jamais iremos conseguir entender em sua plenitude, ainda mais sabendo do que o Nabokov fala de explicar um truque de mágica com outro truque. Poderia me referir à "namorada" que Nabokov teve na infância quando ia às praias de Biarritz, mas dizer que isso o influenciou como influenciou a Humbert é ridículo, pois a relação entre os dois foi uma relação puramente infantil e sem experiências maiores (aquela coisa que muitas crianças tem de brincar de namorado). Como, no entanto, o autor transformava fatos de sua vida em matérias para muitos romances, alterando suas cargas de acordo com suas necessidades, digamos que ele entumesceu essa experiência da meninice a níveis monstruosos.

Lolita reúne alguns dos temas principais nabokovianos, entre eles o da queda de uma personagem, o da perdição: se Humbert perde sua Lolita primordial, ele tenta encontrar uma substituta que é, na verdade e inclusive, excedente à primeira, mas que o leva pouco a pouco até a sua completa perdição (mas uma perdição social, física, mais ampla que a perdição psicológica primeira, descambando na morte). Outros detalhes característicos de sua construção narrativa estão desde a instabilidade familiar até o que eu citei de experiências avançadas e traumáticas na infância...

Assim, poderíamos dizer que Lolita é uma história de contornos tipicamente nabokovianos, saída de um seio familiar instável onde uma criança tem uma experiência chocante, a qual dá ou predestina sua perdição futura. Neste sentido, e indo contra a ojeriza do Nabokov, a psicanálise possa ter algumas explicações interessantes.

No caso da linguagem repulsiva e irônica, mordaz, cáustica do Humbert, trata-se de uma característica da linguagem do Nabokov, de estar na ofensiva e ridicularizar: o primeiro romance de Sebastian Knight é uma paródia forte de um seu escritor contemporâneo, por exemplo (e todos os outros romances dele são, na verdade, paródias de romances de Thomas Mann, como o "A Montanha Engraçada"). Vejo isso, em especial no caso de Lolita, como uma forma protecionista que o Humbert cria para resguardar sua ninfeta: além de se encafifar numa cidade do interior, quando não pululando em hotéis e motéis, Humbert está constantemente numa vigília que repele as pessoas de sua esfera "familiar", dado o fato de que sua formação enquanto ser humano sempre foi muito propícia à reclusão (e essa é outra característica dos protagonistas nabokovianos). Assim, atacando sempre, ele igualmente sempre afasta, ainda que se mantenha o mais cordial possível.

Em uma única palavra, digo: característica misantrópica, o que não é de se estranhar vindo de um autor que não gostava sequer de almoçar em público.
 
Compreendo seu ponto de vista e percebo que é baseado nas leituras da biografia e de análises sobre a estrutura interna da obra. Mas venho chamando a atenção, tanto aqui quanto em minhas resenhas no skoob, que há todo um mundo externo que influencia o autor. Se creditarmos apenas a aspectos da biografia determinada característica da obra, corremos o risco de nos esquecer de coisas importantes... Um exemplo (extremo eu sei, mas que funciona melhor do que qualquer argumento que eu fique tentando explicar): o nazismo não foi criação de Hitler, todo um país apoiou o que aconteceu. O que quero dizer com isso: que se creditarmos a criação do nazismo ao Mein Kampf, não veremos que houve apoio e resistência na população, que aquilo foi um momento histórico (percebido e reformulado por cada um dos indivíduos que o viveram, claro, mas um movimento histórico).

Quero dizer que todos os fatores que busca na biografia de Nabokov podem parecer aspectos de sua personalidade, e claro que eram, mas não podemos deixar de lembrar que estava inserido em seu período histórico e dialogava com ele. Ora, um romance escrito em língua inglesa de uma pessoa nascida de uma família poderosa de São Petersburgo em plena guerra fria não pode ser creditado exclusivamente a fatos individuais e psicológicos...

São leituras que tem pontos de partida (e consequentemente de chegada) diversos. Não estou afirmando que vc esteja errado; ao contrário concordo que tem razão, apesar de ter que confessar que fora a origem abastada, nada mais sei da biografia de Nabokov. Mas chamo a atenção que me parece natural que questionado sobre uma possível correspondência histórica, o autor vai negá-la. Isso poderia destruir seu livro, imagine ser taxado como uma mera metáfora sobre a relação europa x novo mundo? E, como disse, essa refência não esgota a leitura, assim como a busca por aspectos biográficos também não.
 
Concordo com o Marc_dell e com o Mavericco. Dá para encontrar correspondências da obra só em fatores psicológicos e individuais, mas até que ponto esses mesmos fatores psicológicos e individuais não são também constituídos na dialética sócio-histórica?

Fiquei pensando nisso quando o Mavericco falou que existe uma correspondência entre os verões de Nabokov em Biarritz e algum aspecto de sua obra. Bem, mais do que uma experiência individual, os verões de Biarritz são expressão de uma condição abastada que sua família possuía, afinal é difícil imaginar os camponeses russos, por exemplo, gozando de uma estada no litoral francês.

Reitero o que o Marc_dell disse nesse sentido: isso não empobrece nem reduz a obra. Querer submeter a literatura à determinações históricas é uma bobagem, mas querer trasnformar o autor num sujeito acima de sua sociedade, como se não fosse por nada influenciado também é. O sujeito é socialmente construído, logo, sua obra também o é. Isso é diferente de dizer que o sujeito é socialmente determinado. Existem condições objetivas com as quais ele se depara, mas isso não significa que ele está condenado a ser o que as forças sociais e hegemônicas querem que ele seja. Boa parte da literatura mostra precisamente uma contraposição nesse sentido.

Por coincidência estava lendo hoje de manhã O Romance Histórico, do Lukács e até anotei algumas passagens que me parecem ser bastante elucidativas nessa discussão:

"Todo escritor é filho de seu tempo. As tendências contraditórias da época (...) têm um efeito contraditório sobre o escritor. (...) Para o escritor, portanto, é muito díficil libertar-se das correntes e oscilações de seu tempo e, no interior destas correntes e oscilações da classe à qual pertence." (p. 311)

Um exemplo grosseiro para ilustrar isso seria pedir para um mujique russo escrever uma história sobre um hipotético Humbert Humbert e sua relação com Lolita. Seria algo bastante diferente, não só porque falamos de sujeitos diferentes - e, consequentemente de subjetividades diferentes - mas também porque essas subjetividades foram forjados em bases históricas diferentes - sendo uma delas a classe.
 
Em relação ao que você disse, concordo em tudo que foi escrito e concordo que nós devemos também analisar a situação do mundo em que o artista se insere. Acho que interpretei um pouco errado seu primeiro post; mas agora já estou devidamente acoplado XD

No caso de Nabokov nós podemos definir em uma palavra quem ele, e uma verdadeira geração, foram: exilados. Não um exilado como Joyce, de um exílio voluntário, mas um exilado como um Dante, por questões políticas: em 1919 com a revolução russa a família do Nabokov, de constituição arraigadamente aristocrática, se viu forçada a sair de sua terra e peregrinar difusa ao longo da Europa... O sentimento de perda que atravessa sua obra tem raízes profundas nisto, e não apenas isso: o que o Lucas destacou da natureza dos comentários ferinos pode ser resumida basicamente nesse sentimento de repulsa que o Nabokov sentia das pessoas "inferiores" (cocheiros, criadas, cozinheiras, etc, etc), como se o artista estivesse numa torre de marfim e desdenhasse quem estivesse lá embaixo. O assassinato de seu pai, por engano, que era um defensor das causas populares, formula ainda mais essa superioridade dele... É uma espécie de vingança mesmo. Não é à toa que qualquer forma de literatura simpatizante com a esquerda seja quase que automaticamente execrada pelo Nabokov...

O título de Lolita no livro Look at the harlequins!, talvez o mais autobiográfico de Nabokov, que conta a vida de Vadim, um alter-ego, é o fictício A Kingdom By The Sea: e a imagem de um castelo aquático que, por ser aquático, tem a natureza esperada de se esvanecer resume não só a visão do autor, mas a visão da maioria dos russos exilados ao longo da Europa que, como Humbert e Lolita, se viram obrigados a uma constante peregrinação, a uma visão pessimista do mundo que só se acalmava quando eles encontravam lugares que fossem acolhedores por possuírem recordações de sua terra Natal.

Essa busca de um lugar paralelo à Rússia de sua época é concomitante com a reinvenção pessoal que Nabokov opera após 1940, quando se muda com sua família para a América: a América, de certo modo, é aquela terra onde ele encontraria novamente sua Rússia, suas borboletas... Com o advento da Rússia soviética, ele se refugiou no Velho Continente (mais especificamente em Paris ou em Berlim, pontos principais dos exilados), e, com o advento da segunda guerra mundial, se refugiou na América, mas de forma "definitiva" (em 1961, na verdade, ele se mudaria para a Suíça, mas já estava no final da vida). Foi essa segunda guerra mundial que trouxe também o holocausto (o que faz com que seu exemplo não seja assim tão "extremo"), e o irmão do Nabokov, Sergei, foi morto num campo de concentração. Existem passagens lindas do "Pnin" que retratam isso, além de um conto, "Tytans Destroyed", que é basicamente uma alegoria política envolvendo Hitler e Stalin.

P.S.: Só agora fui ver o post do Lucas. Acho que dei algumas respostas, mas, novamente, concordo com o que ele disse, principalmente no terceiro parágrafo. Em relação à suposição do último parágrafo, talvez esse escritor "mujique" seria algo numa linha tolstoiana de última fase, provavelmente descambando em Górki, autor detestado por Nabokov.
 
Eu peguei o livro já com a ideia de muitos daqui q eu li no tópico.
"putaria + pedofilia"

Sempre ouvi o termo Lolita, tendo a ideia: de uma menina sensual chupando pirulito.
Lendo o romance (estou no comecinho), vi que não era bem isso, a ninfeta do livro é às vezes mais do que uma menina ingênua, já no começo tem uma passagem no sofá q ela deixa ser abusada pelo Humbert Humbert (engraçado esse nome repetido o.o ). Fiquei pensando: ou ela tem curiosidade por saber o que pode acontecer ou sabe e quer ter a experiência.
Mas, ela também tem seu jeito moleca de ser e é isso que encanta o Humbert. E esse cara demonstra o que um pedófilo sente, afinal, ele gosta de menina mesmo entre 9 e 14 anos, ele deixa claro que depois começa os pelos ásperos, as espinhas e o corpo de mulher mesmo já não desperta o seu desejo sexual. Então, mulheres fantasiadas de Lolita não o agradariam, ou seja, lolita é a menininha q mesmo sendo sensual tem seu jeito infantil e são essas característica q alimentam a paixão doentia de um pedófilo.

Lendo o livro, isso ficou mais claro para mim.Não é aquela vulgaridade que eu pensei q teria no livro xD
Humbert até comenta as suas análises da sociedade sobre o tabu da pedofilia e de como ele é pondera as suas ações. Porque, sim ele é um louco, porém, não é um lelé da cuca de pá virada que sai abusando as meninas por aí...Ele tem consciência das coisas erradas e cuida para os outros não saberem para não ser preso.

pg. 60
"A essa altura eu me encontrava num estado de excitação q beirava a insanidade,mas possuía tb a astúcia dos loucos."

Eu achei interessante uma parte em q ele fala sobre os psiquiatra os quais podem ser enrolados, o segredo é de formular sentimentos ou características mais absurdas para dizer ao médico o qual terá um desafio maior em entender o que se passa com o doente. E na ficha médica do H.H. está q ele tem esquizofrenia e nada sobre pedofilia.
Os loucos são muitos dos espertos! Não deve ser fácil ser psiquiatra.

Continuo a leitura, mas paro frequentemente, pois estou achando muito densa. Concordo com vcs de que é bem mais do q um romance sobre um tarado pegando uma ninfeta.
 
Seguindo com a leitura:

"frígidas senhoras membros do júri!"

Humbert trata o leitor como um juiz que julga os seus costumes e o seu modo de ver a vida, hehehe e é isso que faço e ainda me chamou de frígida xD

E esse "Acampamento Q" onde a Lolita foi, QUE acampamento XD

O Humbert me pegou de surpresa qdo ele mencionou q a Lô não era mais virgem. Eu até estou achando o Humbert mais comportado que de a Lô.
Esse menina tem a típica postura das meninas que querem dar uma de madura e acabam fazendo besteira.
O próprio Humbert desdenha dessa postura da Lolita o que fica engraçado e divertido.
 
Fiquei chocada ao saber que há mulheres que fazem cirurgia plástica ATÉ na vagina para ficar mais nova !?!?!?!
A ditadura da beleza não tem limite oshi...
Parte do texto, onde eu li:

A atual pornografia tradicional (aquela que difere da pornografia alternativa, responsável por mostrar atrizes fora do padrão de beleza estabelecido pela mídia), pode ser considerada, em grande parte, culpada por criar nas mulheres a ilusão de que existe um modelo de genitália correto, saudável e atraente. Um comentário interessante do terapeuta e sociólogo Dr. Marty Klein em uma resenha do livro Vulva 101, uma obra fotográfica de Hylton Coxwell com uma proposta semelhante à de Jamie McCartney, diz que essa pornografia está sutilmente treinando homens para desejarem garotas pré-púberes. Ainda sobre o livro, ele diz: “Entre essas dezenas de vulvas, ninguém seria capaz de dizer que há uma única garotinha entre elas”. Acredito que o mesmo possa ser dito sobre o trabalho escultural de Jamie.
A labioplastia, também chamada de ninfoplastia, é um processo cirúrgico onde é cortado o excesso de pele nos lábios vaginais. O número de realizações desse processo tem crescido cada vez mais. Não por motivos médicos, mas por motivos estéticos. As mulheres estão insatisfeitas com a aparência de suas genitálias ou acham que há algo de errado com elas quando não possuem lábios curtos.


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2012/04/a_grande_muralha_da_vagina.html#ixzz1yUG7KrUz
 
O Humbert me pegou de surpresa qdo ele mencionou q a Lô não era mais virgem. Eu até estou achando o Humbert mais comportado que de a Lô.
Esse menina tem a típica postura das meninas que querem dar uma de madura e acabam fazendo besteira.
O próprio Humbert desdenha dessa postura da Lolita o que fica engraçado e divertido.

Ainda assim não justifica a pedofilia, né?
E fora que essas nem de longe são as piores. Chato mesmo são aquelas que se fazem de santa, mas na real são... "putonas" (gíria carioca).
 
Ainda assim não justifica a pedofilia, né?
E fora que essas nem de longe são as piores. Chato mesmo são aquelas que se fazem de santa, mas na real são... "putonas" (gíria carioca).

Verdade Breno.
Penso que o Humbert iria dar algum jeito de ficar com a Lô, mesmo ela não querendo.
 
Verdade Breno.
Penso que o Humbert iria dar algum jeito de ficar com a Lô, mesmo ela não querendo.

Sei não cara. Já discuti isso com um amigo que também gosta do livro e concluímos que fica bem claro qual é a verdadeira situação da Lola, porque em vários momentos as atitudes dela dão a entender um certo interesse. Claro que o livro é contato pela visão do Humbert, mas também é factual que "quando um não quer, dois não brigam" (ou algo do tipo).

A Lola era "sexual" o suficiente para entender o que estava acontecendo e se colocar numa posição contra. No bom é velho português de rua, podemos dizer que ela queria aquilo porque tinha fogo na pererequinha. Não acho que seja uma justificativa para a pedofilia, até porque tenho uma filhinha, mas é preciso entender o quão "errado" está o Humbert e o quão influenciável é a Lola.
 
Sei não cara. Já discuti isso com um amigo que também gosta do livro e concluímos que fica bem claro qual é a verdadeira situação da Lola, porque em vários momentos as atitudes dela dão a entender um certo interesse. Claro que o livro é contato pela visão do Humbert, mas também é factual que "quando um não quer, dois não brigam" (ou algo do tipo).

A Lola era "sexual" o suficiente para entender o que estava acontecendo e se colocar numa posição contra. No bom é velho português de rua, podemos dizer que ela queria aquilo porque tinha fogo na pererequinha. Não acho que seja uma justificativa para a pedofilia, até porque tenho uma filhinha, mas é preciso entender o quão "errado" está o Humbert e o quão influenciável é a Lola.

Na 2ª Parte, o Humbert fica mais agressivo e mesmo a Lô não estando afim, ele dá em cima.
Eu acho que no começo a Lô está gostando da brincadeira, mas depois tornou-se chato, ela não tinha mais liberdade pra nada.
Parece que ela gostava de caras mais velhos, pq os pias da idade dela, ela ficava falando q eram tediosos.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Uma parte que eu senti nojo do Humbert, foi quando ele estava pensando em gerar uma criança na Lô para ser sua Lolita II, afinal a sua ninfeta está crescendo e perdendo o encanto da juventude-puberdade. :eca:

Eu terminei de ler o livro hoje, gostei muiiiito :D
Concordo com o pessoal de que a parte da viagem é chatinha.Mas, depois a história anda mais rápido e cada página fica melhor.
Humbert perde seu controle e não aguenta ter pedido a sua Lô a qual engravida depois, fiquei surpresa, guria precoce XD
Não sei como a Lô não quis escapar desse maluco antes, deve ser pq sentia protegida perto dele, pq medo dele ela pareceu em não ter. Até escreveu uma carta pedindo dinheiro para ele depois. Quando o Humbert apareceu na casa da Lô e de seu marido, é o maior suspense, a minha reação é que ele iria, ali mesmo, matar eles. Só que não, o cara é bem calculista, no fim acaba por matar. O final é narrado de uma forma muito empolgante, nem sabemos a sentença do juiz, pq ele morreu de trombose na cadeia antes

Tem passagens ótimas, como essa:

Tenho a impressão de q compartilho com as personagens cinematográficas os favoritos da machina telephonica e da brusca divindade q comanda seus atos. Dessa feita era uma vizinha indignada....Sempre imaginei q aquele tipo de solteirona, seca como um produto de vários cruzamentos bastardos dentro de uma mesma família literária;mas agora teno certeza de q a puritana e libidinosa vizinha da direita - ou, para arrancar a máscara que a mantém incógnita, a srta. Fenton Lebone-provavelmente estava com três quartas partes do corpo penduradas para fora da janela de seu quarto a fim de saber o motivo de nossa briga.

A conclusão de que o livro 'Lolita' é bem além da pornografia, ganha mais ênfase com os dizeres do próprio Vladimir no texto 'Sobre um livro intitulado Lolita', q vem no final do livro.

Certas técnicas usadas no início de Lolita (por exemplo, o diário de Humbert) levaram alguns de meus primeiros leitores a crer erroneamente que se tratava de uma obra libidinosa.Ficaram esperando uma sucessão de episódios eróticos,cada vez mais intensos;quando eles cessaram,os leitores pararam também, sentindo-se entendiados e decepcionados.Essa,assim suspeito, foi uma razão pelas quais nem todas as 4 casas editoras leram o manuscrito até o fim.

Foi super censurado o livro, neh

Alguém já viu o filme? É bom?
 
Pelo tanto que ouvi falar deste livro, pensei que seria muito imoral, até um pouco repugnante, mas que nada! O livro é ótimo, cheio de detalhes: a gente se embrenha pela mente do Humbert Humbert. Confesso que gostei deste personagem, mesmo sendo um perturbado(ou talvez por causa disso). A relação de Lolita e Humbert, a constante mudança de ritmo do livro, tudo isso faz dele um dos melhores que já li.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo