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Notícias Livraria Cultura fecha três lojas físicas

Que pena, a muito não estava fazendo nada para combater as mudanças que ocorreram nos habitos de consumo, e sem contar a pessima gestão.
 
Em toda a minha humilde provinciana, as livrarias mais impressionantes que já vi na vida foram todas da Cultura. Sonhava com uma dessas em Goiânia, cheia de livros pra todo lado...

Eu vou muito mais além, pois sempre torci pra que ela tivesse expandido pra muitas cidades de interior de médio porte, pra quebrar de vez o vício da rede deles ter sido muito concentrada em capitais e mesmo que chegasse com lojas menores, já teria sido muito bom pra quem vive longe dos grandes centros.
 

Vi isso mesmo. Minha dúvida é: os fornecedores já "depenaram" as lojas, encaixotando os livros consignados todos. Com essa suspensão da falência e, ao mesmo tempo, com toda essa incerteza, será que a loja consegue se reabastecer?
 
A falência pode até ser suspensa na canetada de um juiz, mas não acredito que isso tenha impacto pra mudar a situação degradante que a Livraria Cultura. Reversão só acredito se vier um(a) mecenas tipo uma Leila Pereira da vida como fez com o Palmeiras.
 
É irreversível. A Amazon matou a Cultura. :flag:
Acho que a Amazon foi a pá de cal. Parece-me que a Cultura (e a Saraiva, e esse modelo de megastore em geral, vide a Fnac que vazou do país) já vinha capengando antes mesmo da explosão da Amazon no Brasil.

A Saraiva parece que vem conseguindo se recuperar bem aos poucos; já estão abrindo novas lojas, mas em um formato mais simples, bem menor. O novo CEO parece que vem conseguindo arrumar a casa. Ao contrário da Saraiva, que é uma empresa de capital aberto, o fato da Cultura ser uma empresa familiar pode ter sido o catalisador da má gestão que a levou à ruína.
 
Ultimamente aqui na Cultura era impossível comprar livro com desconto sem ser assinante daquele plano mensal blá-blá-blá. Então era oito ou oitenta: ou a gente pagava o preço inteiro da tabela ou ganhava 50% de desconto sendo membro do plano... Não tinha meio termo, não tinha descontos de 10%, 20%, 30%... Nada. Só nos usados do sebo, que era onde eu vinha comprando mais, ultimamente. XD Pra mim, infelizmente, o plano não era lá muito vantajoso porque eu não vou sempre à Cultura, em razão da distância. Se eu morasse pertinho, teria assinado. 🤷‍♂️
 
Acho que a Amazon foi a pá de cal. Parece-me que a Cultura (e a Saraiva, e esse modelo de megastore em geral, vide a Fnac que vazou do país) já vinha capengando antes mesmo da explosão da Amazon no Brasil.

exatamente.

vale lembrar que a amazon só começou a vender livros físicos no brasil em 2014 - nesse período já estava rolando aquela história dos funcionários da cultura (tem o rolê todo aqui, mas acho que já fizemos um tópico sobre isso? agora nem lembro. enfim >> https://passapalavra.info/2019/04/126181/).

olho maior do que a barriga, mudaram completamente o modo de gerir e subestimaram justamente o que eles tinham de mais forte, o fator humano. esse texto do matheus pichonelli explica bem isso >> https://tab.uol.com.br/noticias/red...ia-cultura-cronica-de-uma-morte-anunciada.htm

a amazon no máximo foi só um prego a mais no caixão, no fim das contas.

(malditos herdeiros, é só o que eu digo.)
 
Que decadência e quando desgraça pouca é bobagem, parece que eles se esforçam e capricham ainda mais pra ficar ainda pior.
Concordo. Não sei porque dificultar tanto as coisas; já é meio óbvio que não tem como o negócio continuar. Um fato que era triste (falência de uma livraria tão importante e representativa apesar dos pesares) está se tornando algo patético.
 

Mais um episódio da novela.
Estive lá na loja do Conjunto Nacional ontem. Bem diferente do que já foi no passado no quesito organização e exposição das obras, mas ainda em normalidade de funcionamento. Mas né, dei uma relida no que já foi falado aqui no tópico no último ano e segue tudo igual. Gastei um bom tempo lá, é bonito e tal, vi alguns títulos ao vivo que me chamaram a atenção, e saí sem vontade de comprar nada, até porque era tudo muito caro.
Aí uns 800m a frente, entrei na Martins Fontes com vários livros com 30-10% de desconto, além de saldão no último andar, e saí correndo senão levava fácil uns 10 livros. Isso que a loja da Martins é bem menos e o aluguel e custo de manutenção deve ser bastante inferior.
 
Morreu, nesta terça-feira (19), aos 83 anos, o empresário e escritor Pedro Herz, dono da Livraria Cultura. O falecimento foi confirmado ao GLOBO por seu filho Sérgio Herz, CEO da Cultura, que afirmou que o pai teve um ataque cardíaco durante a madrugada. Ainda não há informações sobre o velório.

Herz nasceu em São Paulo em 28 de maio de 1940, em uma família de judeus alemães que se refugiaram do nazismo no Brasil no ano anterior. A mãe dele, Eva, foi quem deu início à Biblioteca Circulante, serviço de empréstimo de livros que funcionava na casa da família e foi o embrião da Livraria Cultura. Herz contou essa história em sua autobiografia, "O livreiro", escrita em parceria com a jornalista Laura Greenhalgh lançada em 2017 pela Planeta.

A Biblioteca Circulante se transformou definitivamente em Livraria Cultura em 1969, quando se mudou para uma loja do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Em 2001, com a morte de Eva, Herz assumiu a empresa e comandou sua expansão.

A Cultura teve mais uma dezena de megalojas em várias cidades do país (sendo a joia da coroa a unidade do Conjunto Nacional, em São Paulo) e passou a vender não apenas livros, mas também CDs, DVDs e equipamentos eletrônicos. A estratégia se intensificou quando os filhos de Herz, Sérgio e Fabio, assumiram a empresa e depois foi apontada como uma das razões dos problemas financeiros enfrentados pela rede.

Até 2018, a Cultura foi uma das principais redes de livrarias do país, mas entrou em recuperação judicial naquele ano (ao mesmo tempo que a Saraiva) e reportou uma dívida de R$ 285 milhões. No ano passado, a falência da empresa foi decretada e revertida duas vezes.
 

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