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[LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor [discussões encerradas]

Re: [LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor

Enfim, com influência de Sauron esse reconhecimento da dádiva foi eliminado da cultura dos homens do oeste, a sombra que estava em seu íntimo foi retomada, e todo o medo e inveja que tinham dos imortais passou a tomar conta de sua consciência e interferir em sua razão, até que passaram a odiar aqueles que eram de natureza diferente.

Com o crescimento de seu poder, acreditaram que poderiam mudar sua essência e alterar o plano original de Eru, julgando novamente a morte como maldição, como castigo e assim, encontraram de vez sua ruína. E não pela proximidade ou pelo presente dos Valar, e sim pelo medo, pela inveja, pela disórdia que criaram em seus corações influenciados pela sombra do mal.

Isso se aplica perfeitamente aos homens comuns, que não tinham conhecimento dos Valar, mas e os númenorianos? Eles conheciam os elfos, sabiam da existência dos Valar, e principalmente, tinham conhecimento que a morte era a dádiva de Ilúvatar para eles. Será que esse medo da morte, não representaria um enfraquecimento na fé em Ilúvatar? Ou podemos pensar de outro modo, até que ponto o fato dos Valar serem vistos como "deuses" pelos homens (e elfos até) significou uma interferência na na fé deles em Ilúvatar?
 
Re: [LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor

Shantideva disse:
Será que esse medo da morte, não representaria um enfraquecimento na fé em Ilúvatar? Ou podemos pensar de outro modo, até que ponto o fato dos Valar serem vistos como "deuses" pelos homens (e elfos até) significou uma interferência na na fé deles em Ilúvatar?

Pois é... acho que a questão não seja essa, mas não descarto a possibilidade dessa fé ter diminuido, antes mesmo das loucuras de Ar-Pharazôn, o númenorianos já tinham terminado a amizade com o Oeste faz tempo.

Bom... Como no meu 1º post, acho que prolongar suas vidas pode ter gerado um certo tipo de "conflito interior", mas como o Duilin disse, desde o início os homens sempre temeram a morte.

Falei, falei e não cheguei a lugar nenhum, pelo que entendi Shantideva, você quer saber como essa semente do mal foi brotando no povo de Ponente.

Eu não sei, mas continuo batendo na mesma tecla, de que prolongar suas vidas não foi uma boa recompensa. Sabe, essa recompensa pode ter sido dado a um filho que não sabe manusea-lo (não me refiro as terras abençoadas pelo Valar mas ao acréscimo de vida nos númenorianos). Por exemplo, um pai não vai dá um carro para seu filho de 10 anos.
 
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Re: [LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor

Mesmo entre os Gondorianos, que eram descendentes dos numenorianos fieis, havia resquícios desse medo da morte e apego exagerado a vida. Notamos isso nas palavras de Faramir a Frodo em ADT, no cap. A janela sobre o oeste, pg 713.

" - Reis contruíram túmulos mais esplêndidos que as casas dos viventes, consideravam velhos nomes de filhos. Senhores sem filhos sentavam-se em salões antigos e ficavam meditando sobre herádilca; em câmaras secretas homens mirrando preparavam fortes elixires.

Isso nos mostra que a preocupação com a morte e o prolongamento da vida eram uma constante, seja em Númenor ou Gondor.

Edit: esse texto eu tirei de um post do Fingon, O Valente: A ruína de Númenor e Gondor, que também vale a pena dar uma olhada, interessante como esses tópicos acabam se interligando :think:.
 
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Re: [LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor

Isso se aplica perfeitamente aos homens comuns, que não tinham conhecimento dos Valar, mas e os númenorianos? Eles conheciam os elfos, sabiam da existência dos Valar, e principalmente, tinham conhecimento que a morte era a dádiva de Ilúvatar para eles. Será que esse medo da morte, não representaria um enfraquecimento na fé em Ilúvatar? Ou podemos pensar de outro modo, até que ponto o fato dos Valar serem vistos como "deuses" pelos homens (e elfos até) significou uma interferência na na fé deles em Ilúvatar?

Eles sabiam dessas coisas, mas não lhe eram táteis.
Sendo assim, começa a ser de certa forma, deixado de lado... E caindo no descaso...

A falta de fé na dádiva, o medo de descobrir o verdadeiro valor da morte (morrer) e a inveja pela vida de tempo prolongado dos Elfos - os preencheram de sentimentos negativos. De ódio, inveja e assim alcançaram sua ruína...
 
Re: [LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor

Tem um fator importante também, que Tolkien talvez não tenha abordado tanto, é que os Eru, os valar e maiar tornaram-se rumores do passado. O único contato com eles eram com elfos e com escritos antigos Isso era muito pouco e exigia muita fé em Eru. Algo parecido com a religião cristã atualmente, onde a única suposta prova de Deus, acessível a todos, é um escrito de 2000 anos, e a simples palavra de sacerdotes ou daqueles que dizem ver ou conhecer Deus. Um numenoriano, por exemplo, poderia até questionar a existência dos valar: será que esse não era um instrumento que os elfos usavam para manter os numenorianos longe? E ninguém poderia provar-lhe o contrário.

Eu não creio que tudo isso tenha sido um erro, talvez ao menos que seja sido um erro de Eru, coisa por definição impossível, por cobrar dos atani uma fé cega. Creio que, se aquilo não tivesse sido feito, ora ou outra os edain prosperariam, colonizariam e rumariam a Aman, da mesma forma. Talvez até mais cedo, pois creio que a prosperidade de Númenor e a influencia maior dos elfos de Aman só adiaram isso.
 
Re: [LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor

Era a respeito disso que eu falava, Haran.

Se derem uma olhada nos textos sugeridos, por exemplo Tal-Elmar, verão que em poucas gerações essas diferenças viram lendas, mitos até serem esquecidas.

Umas duas gerações inteiras sem ter contato real com algo que seja meio surreal já começa a ser questionado, duvidado.
 
Re: [LEITURA DIRIGIDA *beta*] Akallabêth: A queda de Númenor

Baseado no texto principal, opine: De que forma a recompensa dada pelos Valar aos homens se tornou sua ruína?

Li a maioria dos posts desse tópico e acho que essa pergunta foi muito bem respondida, mas também quero dar minha contribuição.
A intenção dos Valar criando uma ilha só para os homens que não se corroeram nos tempos de Morgoth é sem dúvida belíssima, mas como foi sugerido, o fato de a colocarem próxima a Valinor foi uma grande ingenuidade, pois eles não pensaram no que isso resultaria a longo prazo. Porém creio que seu erro se deu por causa de um sentimento bom: os Valar amavam os homens, os caçulas de Ilúvatar, claro que queriam o bem deles e assim lhes recompensaram com uma linda e rica terra. Com o passar do tempo ela tornou-se insuficiente para as aspirações dos homens.
É dito que nem mesmos os Valar compreendiam o destino dos homens, estes, por sua vez, também não. Os homens desconheciam o que Eru havia guardado para eles com o benefício da morte e a medida que cresciam fisica e intelectualmente as dúvidas aumentavam e a fé diminuia.
Creio que os homens de Númenor se tornaram gananciosos e invejosos, e seu constante convívio com os eldar só veio a agravar isso. Esqueceram-se de que seu destino não estava ligado a Arda para sempre e tomaram isso como desvantagem em relação aos elfos. Passaram a desejar algo inalcançavel: a eternidade em Arda. Amando excessivamente suas próprias criações distanciaram-se de Eru e encontraram sua própria ruína.
 

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