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Capítulo I –Encontro às Escuras

Então, a tela do computador ficou escura. O reflexo que ela emitia mostrava olhos preocupados e cansados escondidos atrás de grossas lentes de óculos. Com o dedo indicador, o homem ajeitou o óculos, que estava torto. Esse era Miguel. Não era um homem, e sim um jovem de apenas dezoito anos de idade. Gostava muito de usar o computador. Ficava até altas horas manejando o teclado e o mouse e navegando pela Internet. Ele tinha dois grandes amigos desde sua infância, que estavam para chegar a qualquer hora.
A campainha soou. Provavelmente a empregada iria atender a porta. Miguel ficou tranqüilo, aguardando a entrada dos amigos no quarto. Gilene foi até a porta em sua habitual lentidão. Os dois garotos entraram apressados e subiram as escadas que levavam ao andar de cima, onde ficava o quarto de Miguel.
A porta do quarto foi aberta com rispidez por um dos dois rapazes. Encontraram o quarto iluminado por um abajur ao lado do computador e Miguel sentado em uma cadeira acolchoada e giratória em frente a tela da máquina, que agora já estavam funcionando normalmente. Ele parecia realmente apreensivo com alguma coisa. Seus amigos também.
Um deles era Ronaldo, de dezessete anos de idade. Era ruivo e muito alto e magro. Também era vidrado no computador, assim como Eduardo. Este, já tinha cabelos escuros como a noite. Era magro também, de estatura mediana e tinha dezessete anos também.
Miguel se levantou para cumprimentar seus amigos e revelou toda a sua altura. Dois metros e três centímetros. Tinha cabelos castanhos lisos e escorridos, e de vez em quando a sua franja incomodava sua visão, caindo sobre os seus óculos. Usou o dedo indicador para ajeitar o óculos novamente, que agora havia escorregado por sobre seu nariz.
Fitou os dois amigos de cima a baixo. Eles estavam agoniados. Suas mão tremiam e de suas curtas costeletas escorriam gotas frias de suor. Miguel parecia tranqüilo agora. Ronaldo deu um pulo a frente e parou em frente a tela do computador. A tela mostrava um site de Internet com uma manchete escrita com letras grandes e escuras. Ela dizia: Hackers invadem o site, que ficará fora do ar por três dias.
Eduardo agora já estava ao lado de Ronaldo. Os dois nervosos. Eduardo roía suas unhas desenfreadamente, enquanto Ronaldo estalava todos os seus dedos, até aqueles que já haviam estalado mais de duas vezes.
“Não entendo vocês, para que tanto nervosismo?”, indagou friamente Miguel.
“Miguel, você não percebe que nos descobriram finalmente?”, acrescentou Ronaldo com firmeza.
“Sim, se você tivesse lido notícia até o fim, saberia do que estamos falando!”, exclamou Eduardo rispidamente.
“Pois eu li a notícia, e não percebo para que tal agitação.”, respondeu Miguel.
“Você só pode estar brincando, e agora não é momento de piadas, senhor Goldôni.”, disse Eduardo.
“Não me chame de Goldôni, Edu, você sabe que eu detesto, o certo é:” e nessa hora completou a frase lentamente, “Gól – do – ni”.
“Sem briga, rapazes! Miguel, a última frase da notícia diz assim:”, nesse momento chegou mais perto do computador, segurou o mouse com a mão direita e desceu a página até o ponto em que iria ler, “Essas pessoas mal educadas que invadem e acabam com sites e computadores dos outros merecem a punição certa. Isso não vai ficar barato, nós iremos achar tais pessoas que cometem tal crime! ”, acrescentou Ronaldo.
Ao término de sua leitura, ele deu um passo atrás afastando-se do computador. Um longo silêncio se estendeu. Todos pareciam ficar pensativos, até que Miguel acabou com o jejum de palavras.
“Muito bem Ronaldo, você provou que é um excelente leitor, e mais nada. Eles não podem descobrir que somos nós, simplesmente porque nós apagamos a memória da central do site!”, disse Miguel com uma certa fúria.
“Sim, eu me lembro,” respondeu Eduardo “mas eles têm outros modos de descobrir quem foram os ‘mal educados’, se você não sabe!”, completou Eduardo.
“Sim, mas somente pessoas com alta noção de programação especial conseguem descobrir quem foi o hacker que invadiu o computador.”, falou Miguel. Assim, ajeitou mais uma vez seus óculos.
“E como você pode estar tão seguro que eles não conhecem pessoas assim?”, perguntou Ronaldo.
“Pelo simples motivo que eu conheço a maior parte dessa seleta equipe de pessoas com tal conhecimento, e também sei que nenhum dos integrantes da equipe do site conhece alguma dessas pessoas.”, disse Miguel.
“Com você pode ter tanta certeza?”, interviu Ronaldo.
“Sem mais perguntas, tudo está explicado. Se vierem bater à minha porta, ou na de vocês, digam que o culpado sou eu.” Disse Miguel asperamente. Após completar a frase, se levantou da cadeira e saiu do quarto, batendo a porta com força. Porém, ele deu meia volta, abriu a porta lentamente e disse: “Podem escolher um filme para ver, os DVDs estão não prateleira em cima da televisão. Eu volto já.” E assim saiu definitivamente do quarto.
Os dois garotos ficaram paralisados por um momento, mas sabiam que o amigo deles era daquele jeito mesmo. Miguel era esperto. Sempre foi o melhor aluno da classe, até abandonar a escola quando estava no segundo ano do segundo grau. Ninguém ao certo sabe o verdadeiro motivo do abandono, a não ser o próprio Miguel, Ronaldo e Eduardo. Miguel confiou o segredo aos dois amigos, fazendo-os jurar não revelá-lo nem sobre forte tortura. Para os demais, inclusive seus pais, sempre disse que “estava cansado da ignorância da sociedade”. Desde então, passa seus dias trancafiado em seu quarto, usando o computador por quase vinte quatro horas por dia.
Ronaldo então foi até o interruptor e acendeu a luz do teto do quarto, enquanto Eduardo procurava um filme bom para eles verem. Uma luz branca se acendeu e mostrou o quarto de Miguel. Uma cama ficava debaixo da janela que não era aberta a mais de um ano e meio. Encostado do seu lado, estava um armário empoeirado encostado na parede. Um sofá marrom ficava em frente a televisão do outro lado da cama. A espaçosa mesa do computador situava-se em um canto especial do quarto, com uma pequena mesa do seu lado, lotado de recortes de jornais.
“Que tal esse filme aqui: Harry Potter e a Pedra Filosofal?” Perguntou Eduardo segurando uma caixa com vários personagens do filme nela.
“Não, eu já vi esse e não gostei muito. Vê se tem outro.” Respondeu outro, se aproximando da estante com os DVDs.
“Esse aqui eu gosto muito, que tal?” Indagou Eduardo. Seus dedos abraçavam uma caixa com o título de O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, com a foto de uma mão segurando um brilhante anel de ouro.
“Sim. Esse enredo é muito interessante. Gostei muito do filme quando o vi. Pode rodar.” Disse animadamente Ronaldo. Eles se acomodaram no sofá, e o filme começou. Rapidamente Eduardo saiu de sua confortável posição para apagar as luzes, dando um efeito de cinema, com a televisão com 35 polegadas.

Miguel andou velozmente pelo corredor, e desceu as escada de dois em dois degraus. Chegou no andar de baixo, e avisou a Gilene que iria sair. Ela veio lentamente tomar satisfações do garoto (desde que ele largou a escola, sua mãe tem sempre insistido para que a empregada doméstica tomasse conta do rapaz e controlasse suas saídas).
“Oxente, onde é que você vai, Miguel?” inquiriu Gilene em seu tradicional sotaque da Bahia.
“Vou na biblioteca.” Disse Miguel, e assim pegou pesadas chaves na mesa da sala e saiu em direção ao corredor do andar de seu prédio. Gilene voltou para a cozinha curiosa pela saída do garoto.
“Oxente, que que ele vai fazer na biblioteca se não estuda mais?” Pensou alto consigo mesma.
Miguel pegou o elevador no décimo primeiro andar (onde morava) e apertou o botão “T”, que dava no térreo. O elevador parou, mas não no andar que Miguel gostaria, e sim no quinto andar. Uma senhora entrou no elevador, e cumprimentou o garoto com um animado “Olá”, mas o rapaz respondeu com um leve aceno de cabeça, e voltou suas atenções para seu pulso esquerdo, onde se encontrava seu relógio. Ficou então olhando fixamente para os números, até que o elevador parasse de vez.
Abriu a porta para senhor sem a encarar. Quando ela cruzou com ele, ele largou a porta e correu em direção a saída do prédio. Logo já estava na rua. As ruas de Copacabana estavam cheias. Carros aglomerados faziam um leve trânsito. Pessoas andavam pelo calçadão e a ondas batiam nas brancas areias da praia.
Miguel fez um ligeiro sinal com a mão, e um táxi parou em frente a ele.
“Para onde nós vamos, senhor?” Perguntou o motorista.
“Para o Beco dos Barbeiros por favor.” Explicou Miguel.
“Centro da cidade, senhor?” perguntou o motorista novamente.
“Exato. E pare de me chamar de senhor, por favor.” Disse secamente Miguel.
O taxista usou a mão direita para ativar o taxímetro, e assim, deu a partida no carro. Miguel olhava constantemente para seu relógio. Parecia que estava atrasado para algum encontro. O percurso era longo, e o trânsito deixava-o mais longo ainda. Passaram-se quarenta minutos até que o táxi parou na Avenida Rio Branco, em frente a um escuro beco. O Beco dos Barbeiros.
Miguel agradeceu o taxista e deu-lhe os vinte e três Reais marcados no taxímetro. O taxista segurou uma nota de vinte e mais três de um real, enquanto Miguel descia do carro. O garoto parou em frente ao beco escuro. Olhou para os dois lados verificando se alguém o espreitava. Assim, adentrou a escuridão do beco. Em uma placa azul com letras brancas, Miguel leu “Beco dos Barbeiros”.
Somente a fraca luz do sol iluminava o beco. Nenhuma iluminação ele tinha. Mas Miguel parecia estar muito decidido e parecia que conhecia muito aquele lugar. Logo, estava do outro lado do Beco dos Barbeiros, em frente a uma parede de tijolos escrita com letras tortas em tinta branca, “Beco sem saída”.
Miguel agora estava em frente a uma porta pequena porta marrom. Olhou para o relógio mais uma vez. Agora ele parecia estar apreensivo. “Estou atrasado!”, pensou consigo mesmo. E assim, pegou do bolso direito de sua calça jeans suas pesadas chaves. Segurou somente uma em mãos. Era grande e pesada, como as outras, mas tinha uma cor diferente: era dourada. Estava se chegando para um encontro às escuras.

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Digam o que acharam, é muito importante pra mim, pq eu fiquei muito tempo parado sem esccrever essa historia, sem criatividade....
 
Meu amigo Rods sua história é mto interessante..ainda bem q eu entrei por CdE...mas edita isso e tira esses "&#88.."..eh mto incoveniente..irrita..

continue a história ,pq até agora ela está mto boa!
 
Ah, valeu Cirdan! Mas eh preguica envolvida com estudos...

Esses %8#@*S são as aspas (""), e agora eu to realmente sem tempo de editar, outro dia eu edito... mas dá muita raiva! :evil:
 

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