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[L] O Vilão perfeito

Gwiddion Walsh

Usuário
O Vilão perfeito

Toda busca por um herói deve começar bela busca de um vilão perfeito. Por isso crieri esse tópico. Como criar um vilão perfeito, e quais dentre a literarura servem como exemplos?
 
Um vilão perfeito... eis algo difícil de se encontrar. Normalmente as histórias são baseadas nos mocinhos vencendo os vilões justamente por eles possuírem fraquezas (independente do tipo delas). Creio q um vilão ideal seria tão bom ou até mais valoroso q o mocinho, mas com objetivos e ambições diferentes. O q torna o vilão meio q um mocinho e vice-versa :o?: ... entre outros fatores.

Agora, bons exemplos da literatura pra mim:

Iago - "Otelo" - Shakespear (Ele era ousado, inteligente e perspicaz. Talvez sua falha tenha sido se descuidar em alguns momentos e ter "confiado" demais no demônio.)

Guinever - Trilogia "As Crônicas de Artur" - Bernard Cornwell (Apesar de não a considerar uma vilã, e sim uma antagonista, penso q Cornwell fez um grande trabalho com essa personagem. Ele consegue redimí-la de forma brilhante. Facilmente me levou a odiá-la e amá-la ao ler os 3 livros. No final é fácil compreender pq Artur move a Britânia pra ficar com ela.)

"Tio" Sauron - "Silmarillion" - Tolkien (Pelo estrago q ele fez em Númenor... e só!)

Isso é tudo por enquanto. No momento não consigo lembrar de mais grandes vilões...
 
Putz... Um vilão?

A mulher do A Bussula Dourada (não sei mais o nome dela!)...

O Demo, no Exorcista? Acho que não, hehee..

Eu não costumo ler livros com vilões, é uma pena, adoro vilões ^^

Quanto ao vilão perfeito... Não sei. Meus textos nunca tem vilões. Sei lá. Agora fiquei com vontade de montar um. =/

Ótimo tópico! ^^
 
Viçlão perfeito, para mim, é o Hannibal Lecter. Pior que o demônio e mais refinado que qqualque humano. O cara é demais... e não matam ele no final, o que se traduz como: o mal, quando é bem feito, recompensa... :P
 
Gwiddion Walsh disse:
Viçlão perfeito, para mim, é o Hannibal Lecter. Pior que o demônio e mais refinado que qqualque humano. O cara é demais... e não matam ele no final, o que se traduz como: o mal, quando é bem feito, recompensa... :P

Caro Gwiddion

Não me leve a mal, mas não concordo com vc quando diz q o "mal, quando é bem feito, recompensa...". A meu ver, o mal nunca recompensa. De q adianta estar vivo se a alma está morta?

Hannibal Lecter é um grande vilão. Friamente sensível, inteligente, psicologicamente cruel, consegue ser apavorante quando quer e é um assassino refinado e pervertido, sem dúvida. Mas o fato dele sobreviver e conseguir fugir não significa q os crimes q ele fez foram esquecidos ou perdoados. A maldade acaba perseguindo e amaldiçoando a ele próprio.
 
Existem maus e maus... E depende do que você considerar recompensa. =)

Mas gostei da sua última frase, Excalibur... A maldade acaba perseguindo e amaldiçoando a ele próprio.... ^^
 
Vamos acabar debatendo sobre bem e mal... são duas coisas inseparáveis. Dependendo do ponto de vista o mal não é tão mal assim... depende de quem julga! O bem tb pode ser uma maldição.
 
Gwiddion Walsh disse:
Vamos acabar debatendo sobre bem e mal... são duas coisas inseparáveis. Dependendo do ponto de vista o mal não é tão mal assim... depende de quem julga! O bem tb pode ser uma maldição.

Tb penso q acabaremos fugindo do objetivo do tópico se nos prolongarmos debatendo sobre essa questão de bem e mal.

Mas confesso q não consigo entender como o mal pode não ser tão mal... E como o bem pode ser uma maldição.

Não quero dizer com isso q exista apenas o mal ou o bem puro dentro das pessoas. Creio q todos temos como escolher o q queremos ser e, sempre, arcaremos com as conseqüências dessas escolhas.

Para não dizerem q estou perdendo o foco sobre o tópico eis alguns bons vilões da literatura q me lembrei recentemente:

Dragão de Hide River - O Pacto - Frank Peretti (Uma fera primeiramente controlada por uma família, mas q se torna incontrolável. A mensagem final do livro é bem interessante.

Professor Moriarty (maior inimigo de Sherlock Holmes) - Sir Arthur Conan Doyle. (Figurinha clássica q geralmente é revelada apenas no final. Eu tinha a maior felicidade ao jogar Scotland Yard e descobrir q o autor do crime era o Prof. M. :obiggraz: )


Caindo pro lado das HQs:

Coringa - Batman - DC - (Outro inimigo clássico, pelo menos pra mim. É difícil pensar no Homem-Morcego e não pensar nesse vilão!)

Massacre - Marvel - (Vilão q acabou com a raça de boa parte dos heróis da Marvel, levando muitos à morte. Daquele tipo q só se levanta uma vez pq faz estrago pra caramba! Ele é uma espécie de união do Magneto com o "lado negro" do Professor Xavier... mais ou menos isso)
 
Boas escolhas!!
Lembro de um vilão de um livro que eu adorei mas não lembro o autor : Olhos de Criança é o nome do livro. Posso citar tb Sarumam. O que era para ser bom torna-se ruim... novamente caímos nas escolhas de bem e mal... :oops:
 
Eu gosto de alguns vilões de Mangá.

É que quase sempre há uma 'exlicação plausível' para sua maldade, ou pelo menos expõe o motivo pelo qual ele deseja "destruir a Terra/matar todos os seres humanos/detonar com o herói".

De modo que o leitor chega a ficar em dúvida no sentido de que "será que o 'vilão' está mesmo 'errado'"?

Para este propósito, tanto Morgoth falham miseravelmente, ao meu ver. Melkor é uma decepção; mais parece um bebê birrento. se ele é o mais poderoso, por que teria inveja dos demais Valar?

Exemplos de vilões de Mangá:

Makoto Shishio (Rurouni Kenshin): Ele desejava tomar o poder do Japão para criar uma pátria forte, fechada aos interesses parasitas estrangeiros. O governo japonês da época era forma por uma cúpula de pançudos preguiçosos e corruptos. Estaria Shishio tão errado? mas ele pecava pela crueldade em excesso e por não poupar os "fracos", por ele considerados indignos de existir neste mundo.

Enishi Yukishiro (Rurouni Kenshin): Desejava vingança pela morte de sua irmã nas mãos de Battousai, por acaso o mocinho da história. Errado? Mas pecou por ter enlouquecido pela dor e se entregar à crueldade e usar e matar pessoas em nome de seu objetivo.

Shinobu Sensui (Yu Yu Hakusho): Ex-Detetive Sobrenatural, firme em seu propósito de eliminar o Mal - demônios do Mundo das Trevas - e proteger a humanidade. Infelizmente, era rígido demais, e enlouqueceu diante uma cena dantesca, onde homens ricaços cruéis torturavam demônios. Persistiu em seu propósito de destruir todo o Mal - mas desta a vez, toda a humanidade. Como Massacre dos X-Men, pecou por desejar levar castigo a toda uma espécie pelos erros de uma minoria.

Tao Ren (Shaman King): Desejar se tornar o Rei Xamã para eliminar todos os parasitas que drenam e destroem o planeta Terra - ou seja, a maioria dos seres humanos. Uma pena que o personagem tenha perdido o rumo e virado um dos mocinhos.

Um bom vilão, ao meu ver, tem de ter um 'motivo' para agir da fora que age. Ser mal por ser mal não me satisfatório.
 
Ka Bral o Negro disse:
Eu gosto de alguns vilões de Mangá.

É que quase sempre há uma 'exlicação plausível' para sua maldade, ou pelo menos expõe o motivo pelo qual ele deseja "destruir a Terra/matar todos os seres humanos/detonar com o herói".

De modo que o leitor chega a ficar em dúvida no sentido de que "será que o 'vilão' está mesmo 'errado'"?

Para este propósito, tanto Morgoth falham miseravelmente, ao meu ver. Melkor é uma decepção; mais parece um bebê birrento. se ele é o mais poderoso, por que teria inveja dos demais Valar?

Exemplos de vilões de Mangá:

Makoto Shishio (Rurouni Kenshin): Ele desejava tomar o poder do Japão para criar uma pátria forte, fechada aos interesses parasitas estrangeiros. O governo japonês da época era forma por uma cúpula de pançudos preguiçosos e corruptos. Estaria Shishio tão errado? mas ele pecava pela crueldade em excesso e por não poupar os "fracos", por ele considerados indignos de existir neste mundo.

Enishi Yukishiro (Rurouni Kenshin): Desejava vingança pela morte de sua irmã nas mãos de Battousai, por acaso o mocinho da história. Errado? Mas pecou por ter enlouquecido pela dor e se entregar à crueldade e usar e matar pessoas em nome de seu objetivo.

Shinobu Sensui (Yu Yu Hakusho): Ex-Detetive Sobrenatural, firme em seu propósito de eliminar o Mal - demônios do Mundo das Trevas - e proteger a humanidade. Infelizmente, era rígido demais, e enlouqueceu diante uma cena dantesca, onde homens ricaços cruéis torturavam demônios. Persistiu em seu propósito de destruir todo o Mal - mas desta a vez, toda a humanidade. Como Massacre dos X-Men, pecou por desejar levar castigo a toda uma espécie pelos erros de uma minoria.

Tao Ren (Shaman King): Desejar se tornar o Rei Xamã para eliminar todos os parasitas que drenam e destroem o planeta Terra - ou seja, a maioria dos seres humanos. Uma pena que o personagem tenha perdido o rumo e virado um dos mocinhos.

Um bom vilão, ao meu ver, tem de ter um 'motivo' para agir da fora que age. Ser mal por ser mal não me satisfatório.
Você se esqueceu do Gendou Ikari e da Seele, do Evangelion... o cara usa o próprio filho como se ele fosse uma peça do jogo de xadrex, um peão, completamente substituível... :twisted:
 
Procede. E o melhor é que há uma explicação perfeitamente plausível para o comportamento doentio de Ikari.

Bons vilões, ao meu ver, devem possuir uma 'razão de ser'.

E será que realmente precisam ser definidos nitidamente como vilões?

Quem está errado, o colonizador que escapou de sua terra natal, repleta de injustiças corrupção, e que agora vive em perigo com nativos canibais, ou o nativo, que teve sua terra invadida e tem de lidar com colonizadores cruéis que desejam escravizá-lo?
 
Vilões que eu gosto de lembrar

O Gênio do Crime: um anão que falsifica figurinhas raras

Moriarty: para que ser bom se podemos ser maus :twisted:

Hannibal Lecter não é mau. É só que ele não tem paciência com idiotas. Em minha interpretação, ele está salvando as pessoas como Clarice que valem a pena e são sufocados e mortos por idiotas.

Tipo, os inocentes (cordeiros) costumam esperar ser salvos. E nessa brincadeira, os heróis acabam morrendo. Então em prol de um idiota, um ser valoroso morre.

Isso irrita profundamente Hannibal, tanto quanto irrita profundamente mesmo a mim mesma. O fato de Clarice tentar salvar o cordeiros quando criança o fascina, pois é esse tipo de gente que Hannibal gosta. Não os esnobes do FBI que ficam tendo fama às custas de terem capturado o perigoso canibal: eles o prenderam não porque era uma ameaça à sociedade, mas por prestígio.

Então se os cordeiros estão de certa forma sufocando as pessoas interessantes que Hannibal gosta, ele não vê porque não deveria almoçar os cordeiros. É para isso que eles servem. Deixados à vontade, eles se tornam uma praga. (como os coelhos na Austrália... e como disse Mr. Smith, a humanidade é o vírus da Terra).

Como disse Cabral, é tudo uma questão de realmente entender o que tem na cabeça da pessoa.
 
Excelentes observações da Primula. :grinlove:

Um vilão é considerado vilão porque age de uma forma noralmente excessivamente danosa e relação os demais.

Tragédias pessoais, infância difícil, maus tratos e vngança são motivos plausíveis para desvios de personalidade.

Há também os delírios messiânicos, há os que enlouqeuceram e acham que estão fazendo o melhor para sociedade.

Enfim.
 
Mas aí é que tá. No caso dos vilõe, tem que ter em vista as normas de moral da sociedade. Como a prímula disse o Hannibal é considerado um vilão, mas ele só não tem paciência com idiotas. lembram do cara da orquestra que ele " comeu" pq p cara não sabia tocar? :lol:
Então eu pergunto. o que vale mais a pena na criação de um vilão. Aceitar a moral impostaa ou escrever um vilão como Hannibal, que é classificado como vilão dependendo do ponto de vista? :o?:
 
Gwiddion Walsh disse:
Então eu pergunto. o que vale mais a pena na criação de um vilão. Aceitar a moral impostaa ou escrever um vilão como Hannibal, que é classificado como vilão dependendo do ponto de vista? :o?:
Ambas opções são válidas.

Qur dizer, você não precisa se prender a uma oral hipócrita, e sim uma, digamos, moral do bom senso.

Ou alguém aqui discorda que causar danos às pessoas é considersdo 'errado'?

Você pode criar bons vilões 'desclassificados', que possuem uma perspectiva diferente de vida. Por exemplo, há o modelo tal de perspectiva; os que não seguem ou são chamados de marginais ou de loucos. Um 'vilão' pode se insurgir contra esse modelo imposto.

Mas também não há nada de errado com um vilão 'simplesmente enlouquecido pelo Mal', quando bem desenvolvido.

O vilão pode ter abraçado o Caminho das Trevas involuntariamente, por exemplo, dominado por feitiço ou exposto à alguma substância química que alterou drasticamente suas faculdades mentais.
 
Primula disse:
Hannibal Lecter não é mau. É só que ele não tem paciência com idiotas. Em minha interpretação, ele está salvando as pessoas como Clarice que valem a pena e são sufocados e mortos por idiotas.

Tipo, os inocentes (cordeiros) costumam esperar ser salvos. E nessa brincadeira, os heróis acabam morrendo. Então em prol de um idiota, um ser valoroso morre.

Isso irrita profundamente Hannibal, tanto quanto irrita profundamente mesmo a mim mesma. O fato de Clarice tentar salvar o cordeiros quando criança o fascina, pois é esse tipo de gente que Hannibal gosta. Não os esnobes do FBI que ficam tendo fama às custas de terem capturado o perigoso canibal: eles o prenderam não porque era uma ameaça à sociedade, mas por prestígio.

Então se os cordeiros estão de certa forma sufocando as pessoas interessantes que Hannibal gosta, ele não vê porque não deveria almoçar os cordeiros. É para isso que eles servem. Deixados à vontade, eles se tornam uma praga. (como os coelhos na Austrália... e como disse Mr. Smith, a humanidade é o vírus da Terra).

Como disse Cabral, é tudo uma questão de realmente entender o que tem na cabeça da pessoa.

Ok! Explica, mas não justifica. A teoria foi bem embasada, mas seres humanos não são cordeiros (animais predispostos a serem indefesos) muito pelo contrário. O fato de um ser humano não ter talento ou ser desenvolvido em um certo aspecto não dá a ninguém o direito de tomar-lhe a vida.

Não estamos falando de alg q despidiu um estagiário pq era demasiadamente incopetente. Estamos falando de morte, assassinato.

Gwiddion Walsh disse:
lembram do cara da orquestra que ele " comeu" pq p cara não sabia tocar?

Lembro sim. Agora com q direito o Lecter fez isso? Ele pode devolver a vida do cara? Mesmo q pudesse devolver, ele pegou algo q não o pertencia e não consegue restituir pq ele, assim como o cara da orquestra, é humano.

Mas vamos imaginar, vc não é bom em Matemática ou História Geral, sua professora vê seu nítido fracasso em uma destas matérias (ou nas duas) e, ao invés de te auxiliar, ela resolve te matar e servir na próxima reunião de Conselho de Classe. Lindo, não? Afinal vc era um perdedor mesmo (na opinião da professora)! Quem sabe, ela não matou um futuro ganhador do Prêmio Nobel de Matemática? Ou ainda, um brilhante pesquisador e arqueólogo, PhD em História? Ela não conhece o futuro logo ela não pode julgar.

Com o Lecter é a mesma coisa, o fato dele se irritar com a existência dos ditos "cordeiros" não justfica as mortes q ele causou. Eu mesmo me irrito com os mais diversos estranhos na rua (gente q não dirige direito, q demora na fila do caixa eletrônico no banco, q anda devagar na minha frente...) nem por isso saio matando as pessoas mais insuportáveis pra mim.

Por favor, não confundam os direitos do ser humano com moralismo. Pq se alg violar os seus direitos, duvido q vc vá gostar.

Seres humanos fracos ou desprovidos de talentos (os ditos "cordeiros") não são coelhos ou um câncer (como Smtih disse), não são pragas, são pessoas q precisam ser modificadas e não mortas.
 
Certo, certo; note, contudo, que aqui estamos discutindo se tais personagens cabem como bons vilões para histórias de ficção.

Você, Excalibur, elaborou um bom argumento acerca de valores morais, mas deixou escapar o assunto pertinente ao tópico.
 
Não me entenda mal, Ka Bral, não estou querendo discutir valores morais, ainda estou tratando do assunto pertinente ao tópico.

Só comentei a minha opinião sobre o ponto de vista da Primula, nada mais.

Veja, explicar os motivos q Lecter teve para cometer seus os crimes é interessante, mas as mortes q ele causou não têm justificativa.

Como já falei antes, ele é um "bom" vilão, digo, ele cumpre bem o seu papel de vilão e os argumentos subentendidos pelo autor q o criou são interessantes. Só q ele não é tipo de vilão q simplesmente vai contra a moral da sociedade, ele não é um tipo de vilão q é mal dependendo do ponto de vista.

A meu ver, um vilão perfeito, não precisa ser assassino, ele pode simplesmente defender seus interesses com audácia, perspicácia e inteligência. Ele pode jogar com as regras do sistema e manipulá-lo de acordo com sua vontade e ainda sair ileso.

Aí vc não poderá taxá-lo de vilão e os termos protagonista e antagonista serão inevitáveis.
 

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