• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Haveria espaço para varinhas de condão nas obras de Tolkien?

Re: Dê a sua opinião..

SdA não é nada mágico! E nem deveria ser!

A "magia" de Tolkien se baseia em um tipo de "poder divino", chamado de "magia" apenas por leiguismo dos humanos.

E varinhas de condão??? Valha-me Deus, né?
 
Re: Dê a sua opinião..

Depende de como a questão fosse colocada. Se Tolkien tivesse escrito mais obras a respeito de outras pessoas e artefatos da terra-média em volumes separados haveria mais mágica num sentido amplo (mais tempo de história, mais conhecimento da mágica existente). Então eu fico curioso para dar uma espiada se ele manivesse a mesma intensidade de mágica com que escreve, porém participando de mais histórias. Nesse sentido eu gostaria de dar uma espiada.
 
Re: Dê a sua opinião..

SDA possui mais magia do que pensamos, talvez não a percebemos tanto por estarmos acostumados com a visão tradicional de magia - varinhas de condão, fadas, bruxas, Merlin - tão difundida pela Disney e Harry Potter.

A magia de Tolkien é mais suave, natural, não um espetáculo de efeitos especiais. Tem a ver com a própria essência do seu mundo e do seu criador.
 
Re: Dê a sua opinião..

Sauron com varinha... provavelmente a história teria acado quando ele dissesse "Accio, Um Anel!"

E tais itens iria contra tudo o que Tolkien colocou em Sda, a vitória, não através da força e sim, pela força da coragem, do caráter e da amizade. Tão bem representados por Frodo e Sam em sua saga até a Montanha da Perdição.

Os Istari estavam mais para força de Paz da ONU do que para Arquimage de RPG.
 
Re: Dê a sua opinião..

O SDA poderia ser mais mágico? Ou Tolkien acertou em não colocar varinhas de condão, vassouras voadoras e etc em sua obra? :think:

Há objetos mágicos, mas não no sentido "eu consegui o objeto e agora consigo fazer coisas que antes não conseguia".

Tanto que ele chamou esses objetos mágicos de "sub-criações", e tal como as criaturas (criações de Eru) de Arda possuem limitações.

Claro que as varinhas de condão e vassouras também tem limitações por causa de seus donos. Mas são "facilitadores", e não cobram nenhuma preço de seus criadores. Apesar do preço das varinhas de Hpotter ser caro, ainda assim só é preciso dinheiro (ou moeda dos bruxos) para conseguir esses objetos. Sim, são raros, mas se o dinheiro compra...

Ao passo que os artefatos mágicos de SdA, não raras vezes - cobram de seus criadores um preço alto: pedaços de sua própria essência!

Para começar, pensemos na gravidez dos Elfos. A concepção de uma nova vida em si é uma criação. O exemplo mais recorrente é da mãe de Feanor, que se exauriu em concebê-lo e um dia deitou-se e não mais acordou (resumindo a estória).

Mas então estamos falando de uma chama que Eru coloca nos seus filhos, e não raro, cada chama começa a arder e gerar mais energia sozinha depois de concebida (sem necessidade da mãe/pai), e que tem livre arbítrio. Mesmo assim, há um preço inicial para a concepção, e que os criadores (pai e mãe) pagam pra gerar um filho.

Porém, mesmo considerando-se objetos (que não tem livre arbítrio), como o Um Anel este conceito mantém-se: Um Anel também consumiu de Sauron parte de si mesmo. O desejo de voltar para seu criador (que Sauron incutiu) mostra que não é criatura com livre arbítrio... afinal é um objeto!). A espada de Turin, é outro exemplo de sub-criação quando fala que aceitava a troca pela vida injustamente ceifada de seu antigo senhor. (mas não pode evitar ser usada contra Beleg)

Este, eu creio, é um dos motivos porque os três anéis Elficos não foram destruídos. De certo que havia grande perigo de Sauron os dominar, e o mais razoável seria deixar de lado o pesar por Lorien e outras belezas fenecerem com a destruíção dos três, do que mantê-los escondidos.

Lórien é outro exemplo: inseriu-se no lugar uma enorme quantidade da vontade e essência de sua Senhora. Não é o simples desejo de ter uma floresta encantada maravilhosa, mas uma criação que dispendeu dela uma parte de si, e que não pode ser descartada assim à revelia!

O fato é que destruir uma sub-criação deve ser o mesmo que matar uma criança. Algo da alma do criador também pereceria, e imagine se cada artefato construído fosse destruído? Bem, de novo recorro ao Um Anel: ele destruído, Sauron virou vapor.

Ou seja, você pode descartar assim facilmente uma perna ou um braço? Pode fazer outro brotar facilmente de seu corpo? Assim parecem funcionar as sub-criações. Por isso que os barcos que Feanor queria comprar não podiam ser comprados: pode parecer um crime menor considerando-se a chacina que ele perpetrou naqueles portos, mas como a Silmarils, os barcos eram únicos e nunca poderiam ser reproduzidos. E nisso Feanor também pecou: ele - o criador das Silmaril - entre todos os Elfos devia entender essa angústia de pai que deve ver seu filho ser destruído, e não ficado furioso, matado e depois queimado (!!) os barcos.

O que torna a "magia" do mundo de Tolkien mais responsável. Não é uma questão de "grandes poderes vem acompanhada de grandes responsabilidades" que poder fazer qualquer coisa implicaria, mas o simples fato de que os objetos mágicos são únicos, são sub-criações, com todo o peso que esta palavra carrega no imaginário tolkeniano.
 
Última edição:
Re: Dê a sua opinião..

Lendo o post da Prímula, notei o quanto era perigoso o Anel de Sauron para com os elfos. Através dos Três, mesmo que não tivessem sido forjados, o Senhor dos Escuro poderia facilmente submeter não só a vontade, como também o espírito de Galadriel, Elrond e Gil Galad. :think:

Os homens, ao contrário, não sabiam como "blindar a mente" contra o poder persuasivo de Sauron com a mesma habilidade dos eldar.
 
Re: Dê a sua opinião..

Acho que poderia ter um pouco mais de magia sim. Não do tipo com varinhas de condão e o Gandalf voando por aí montado em uma vassoura. Mas exatamente do jeito que lá está: um tanto superficial, representadas por luzes e objetos subcriativos. Isso em maior número.

Mais eu gostaria de ver um "quebra pau" de cajados entre Saruman e Gandalf!
 
Re: Dê a sua opinião..

O SDA poderia ser mais mágico? Ou Tolkien acertou em não colocar varinhas de condão, vassouras voadoras e etc em sua obra? :think:

Tolkien parecia não gostar muito de magias do tipo.
Li em um livro qualquer sobre a obra de Tolkien que ele não achava muito sensato colocar muita magia na TM, ele queria que a vida lá fosse dificil, e relata muito bem isso, faz transparecer o nosso mundo, e as dificuldades inplicitas nele o mundo Mágico que ele criou não era tão Mágico assim.
:lol:
 
Re: Dê a sua opinião..

O SDA poderia ser mais mágico? Ou Tolkien acertou em não colocar varinhas de condão, vassouras voadoras e etc em sua obra? :think:
Acho que ele não gostava muito dessa cultura ai não, não é entanto que ele não gostava das Crônicas de Nárnia de Lewis, pode ter haver alguma coisa dessas no meio da história.
Porém penso eu que Tolkien não colocou nada disso que você mencionou porque não gostava e porque achava que não iria ficar legal na sua obra.
 
Re: Dê a sua opinião..

O SDA é sim muito magico, mas uma magica mais sútil, não como essa que a gente imagina quando pensa em magia...mas uma mágica, mais intensa, mais bela.
 
Re: Dê a sua opinião..

Acho que o SDA ficou perfeito do jeito que sempre foi, mesmo com acontecimentos sobrenaturais, mas o mais próximo possível da realidade.
 
Re: Dê a sua opinião..

Mais mágico seria impossível.

Eu fico imaginando como uma história que foi criada completamente desenvolvendo toda uma mitologia, línguas, e todo um conceito de humanidade poderia ser mais mágico? A resposta é que não poderia, nenhum mundo foi tão magicamente criado quando SDA.

A criação do mundo, a canção dos Ainur, a criação dos anões, o despertar dos elfos e homens, tudo isto e toda a históra da TM está interliagado através de algo muito mágico e especial. Não é exatamente necessário que existam varinhas de condões e vassouras para que exista mágia. Afinal de contas o Cinturão de Melian era o que? Até onde eu sei, mágia pura. Ou então a criação das Sillmarills, que foi tão e somente uma demonstração da habilidade de Feanor de demonstrar seu poder.

E a mágia é feita de que? Do poder daqueles que a manipulam, Gandalf lança mão de suas habilidades para salvar Theoden, ou então a forma como as águias surgem. O Anel, as Palantir, tudo isso criado atraves da manipulação de poder por aqueles que podiam, e isso é mágia. E com Tolkien a manipulação do poder é feito a todo momento, mesmo que seja através da espada, quando Aragorn convoca o Rei dos espiritos para batalha trazendo seus exércitos e usa seu poder através de sua espada, através de sua linhagem, afinal de contas não estavam eles presos por uma maldição?

E, parando para analisar muito bem, os seres de Tolkien não poderia ser mais mágicos e mais poderos, porque nem sempre precisavam de objetos para canalisar seus poderes, vemos Luthien fazer seu cabelo crescer através de uma simples canção. E isso é a verdadeira mágia, é a capacidade de manipular seu próprio poder e suas habilidades, e Tolkien mostra e muito bem seus persoganens fazendo isso.
 
Re: Dê a sua opinião..

Não, esse tipo de artefatos mágicos na história não fariam sentido, afinal de contas varinhas de condão e vassouras são objetos bruxos, personagens estes que não aparecem na história.
 
Re: Dê a sua opinião..

Ou seja, você pode descartar assim facilmente uma perna ou um braço? Pode fazer outro brotar facilmente de seu corpo? Assim parecem funcionar as sub-criações.
Gostei dessa comparação. Lembrou-me inclusive do Spawn, um poder grande mas finito. Fico pensando até que ponto, mesmo que não intencionalmente, a essência dos seres "mágicos" não se dissipava quando esses faziam suas "magias". E não penso apenas nos casos de Melkor e Sauron, penso nos mocinhos também.

Quantas vezes a possibilidade de uma solução "mágica" não teria sido descartada dando lugar para uma "não-mágica"? Justamente por esta questão de economia e preservação da essência.

Muito interessante esse seu ponto de vista, amiga Primula. É muito bom vê-la por aqui :D
 
É aí que mora o perigo: a obra de Tolkien não é uma obra infantil ou infanto-juvenil como Harry Potter (sem querer desmerecer). Embora aqui no Brasil a maioria dos leitores de Tolkien sejam jovens, ele fez uma obra profunda, cuja compreensão não é muito fácil para os jovens. E um dos recursos de que ele se utiliza para compor essa "profundidade" da obra é a sutileza. Ao invés de magos soltando raios pelas mãos, voando pelos céus e coisa e tal, o mago mais poderoso de sua obra tem o poder de incitar a coragem no coração dos homens. Não que todas obras com magia estilo Harry Potter seja infantil, mas que a maioria é, isso é.
 
Eu penso que a magia de Tolkien esteja, como já foi falado, em um poder maior. Está na natureza, nas coisas e não concentrado em uma pessoa. São os animais, as florestas, os seres e criaturas da Terra-média que detém esse poder. É algo concedido naturalmente e não algo que se aprende em uma escola. Por exemplo, os hobbits, por mais que fossem a uma escola de magia nunca aprenderiam a usá-la, dominá-la. Mas eles tinham suas habilidades próprias de plantio e conservação das coisas que colhiam e produziam que, por não serem hablidades de um mago, como o Saruman, foi roubado destes para que o Mago Branco pudesse fazer uso daquilo que os hobbits tinham me melhor e que ele não tinha, mesmo tendo seus poderes.
Então é tudo questão da natureza de cada criatura ou povo, dada a sua vivência, experiência e advindo das demais gerações.

Eu comparo (vejam: EU comparo, não é nada vindo de alguma idéia de Tolkien) com a mesma proporção de magia da Bíblia. A Bíblia é o nosso mundo, o que vivemos sem factóides. Conta uma possível versão da história da humanidade e nunca a vida foi fácil pra ninguém. Mas ao mesmo tempo que tudo o que se relata lá tem ligação com nosso mundo hoje, lá conta-se histórias de mar que se abre ao meio, gente que é lançada ao fogo e não se queima, pão que cai do céu, gente que ressuscita ou é levada aos céus, enfim. Por que acontece isso? Porque eram coisas naturais, vindos da natureza ou de algum poder concedido e não conquistado. Assim é a obra de Tolkien. Uma magia de um mundo que nasceu e evoluiu e com ele evoluiu também os formatos de magia que ele tinha. Os ents aos poucos iam acabando e os elfos migrando para o oeste. Os Istari também encontraram seu destino depois de terem passado o que deveriam de fato terem feito. E o poder dos valar ficou cada vez mais distante com a evolução da história. Volto a repetir: é uma magia inteligente, evolutiva, conforme evolui o mundo e os seres que nele vivem e de acordo com as eras que esse mundo passa.
 
Última edição:
Re: Dê a sua opinião..

Gostei dessa comparação. Lembrou-me inclusive do Spawn, um poder grande mas finito. Fico pensando até que ponto, mesmo que não intencionalmente, a essência dos seres "mágicos" não se dissipava quando esses faziam suas "magias". E não penso apenas nos casos de Melkor e Sauron, penso nos mocinhos também.

Hoje em dia abomino Spawn, mas acho que ele teve sua parte em meu cérebro para que eu racionalizasse tudo aquilo. Diabos, eu nunca me debrucei muito no legendarium Tolkeniano para montar uma dissertação assim. O que deu em mim?

Quantas vezes a possibilidade de uma solução "mágica" não teria sido descartada dando lugar para uma "não-mágica"? Justamente por esta questão de economia e preservação da essência.

O que força o indivíduo a tomar decisões mais elaboradas, mais estratégicas. Como num jogo de xadrez, não usamos a rainha a todo momento, quando o mesmo pode ser feito por um peão.

Claro que tem um lado muito dramático em surgir num clarão de luz, ou desaparecer no meio de uma taverna. Mas estes rompantes - se analisados no decorrer de SdA - são menos importantes do que ações feitas sem "magia" espalhafatosa. E aqui, talvez resida também um pouco do ressentimento com o amigo de Nárnia, pois as coisas tem um nível de dificuldade para os filhos e filhas de Adam que me lembra - perdoem-me os amantes de Nárnia - Dragon Ball.
Vejam: se você sabe que Fulano ressuscitará, então a carga dramática, o valor da morte diminui bagaraio! (vamos juntar as esferas do dragão :eek:)

O que não significa que não vou assistir um show de mágica, porque é legal. Mas como diz House "creia-me é muito mais legal saber" (episódio com um ilusionista). Para dar valor a algo é importante que essa coisa não seja algo comum. Senão não é manjar dos deuses, só pão com manteiga mesmo.

Muito interessante esse seu ponto de vista, amiga Primula. É muito bom vê-la por aqui :D

Olha só quem fala! Sumido sumido e sumido! Eu pelo menos dou as caras uma vez por semana em algum lugar do fórum :P (não necessariamente nesta área... o que foi que deu em mim mesmo?)
 
Eu penso que a magia de Tolkien esteja, como já foi falado, em um poder maior. Está na natureza, nas coisas e não concentrado em uma pessoa. São os animais, as florestas, os seres e criaturas da Terra-média que detém esse poder. É algo concedido naturalmente e não algo que se aprende em uma escola. (...)Então é tudo questão da natureza de cada criatura ou povo, dada a sua vivência, experiência e advindo das demais gerações.

(...) Assim é a obra de Tolkien. Uma magia de um mundo que nasceu e evoluiu e com ele evoluiu também os formatos de magia que ele tinha. (...) Volto a repetir: é uma magia inteligente, evolutiva, conforme evolui o mundo e os seres que nele vivem e de acordo com as eras que esse mundo passa.


Maravilhosa definição, Grahan. Estava pensando exatamente a mesma coisa até ler seu post, e concordo em cada vírgula. Tolkien baseou sua fantasia na magia que já permeia nosso mundo, de forma natural: a magia a qual muitos de nós ainda têm acesso, embora muitos a neguem.

Comvenhamos, aqueles que chamamos de "antigos" e possuem uma sabedoria imemorial (que às vezes é confundida com o achômetro do "senso comum") tinham uma conexão muito forte com esse poder elemental, e que a cada geração se perde. Essa conexão com o divino, com a consciência do ser e a capacidade de senti-lo como um todo com a natureza que o cerca.

É justamente a esse tipo de Magia sugerida por Tolkien em suas obras, a sensibilidade e a capacidade de canalizar essa energia elemental e mental, como um intermediário, um médium entre a natureza - que é proveniente do poder criativo de Eru - e o objetivo.
 
Como definida no post inicial, usando de elementos como varinhas e vassouras, não. Ainda bem.

E sendo mais seco e direto do que alguns, creio que há muitos elementos "mágicos" em Arda. Balrogs, Dragões, Velhinhos com cajados capazes de mudar o tempo... Tudo isso pode ser considerado "mágico".

Talvez pudesse existir mais desses elementos, mas a magia nunca foi o foco das obras de Tolkien, que sempre se prendeu nas atitudes e nas escolhas dos personagens. Mas não serei piegas em dizer que essa verdadeira magia. Considero que a falta de alguns desses elementos é que faz o universo criado por ele ser tão sóbrio e manter-se racional, até certo ponto.
 
Não, acho SdA perfeito do jeito que é, alem do mais, imaginem o Gandalf fazendo magia de uma varinha que nem HP? E se existisse essa história de vassouras voadoras nas obras de Tolkien, averia de ter bruxas, mas bruxas como nas historias que lemos, nao como o rei dos bruxos da obra de Tolkien.....
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo