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Gustave Flaubert

Lucas_Deschain

Biblionauta
[size=medium][align=center]Gustave Flaubert (1821-1880)[/align][/size]

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[align=justify]Gustave Flaubert (Ruão, França, 12 de dezembro de 1821[1] – Croisset, França, 8 de maio de 1880 [2]) foi um escritor francês. Prosador importante, Flaubert marcou a literatura francesa pela profundidade de suas análises psicológicas, seu senso de realidade, sua lucidez sobre o comportamento social, e pela força de seu estilo em grandes romances, tais como “Madame Bovary” (1857), “L'Éducation sentimentale” (1869), “Salammbô” (1862) e contos, tal como “Trois contes” (1877).[/align]

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Flaubert

[align=justify]Faz bastante tempo que quero ler alguma coisa desse escritor, ainda mais depois que vi em um texto acadêmico o termo "bovarismo". Curioso, fui pesquisar do que se tratava, já tendo em mente a possível referência a obra de Gustave Flaubert, e descobri que a dita obra ocasionou a abertura de um processo que gerou uma tremenda polêmica, logo, quando alguma manifestação, opinião, expressão artística ou seja lá o que for gera o mesmo efeito, diz-se que se trata de bovarismo. (tem até um artigo da Wikipedia sobre isso, embora sucintíssimo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bovarismo) Achei um desdobramento deveras pitoresco, mas que evidencia o caráter abrangente da opus magnus do escritor.[/align]
 
Eu só conheço Madame Bovary deste autor e é mesmo um livro muito, muito bom e que que causou um grande impacto quando foi lançado. Nem sei se suas outras obras foram também lançadas aqui no Brasil.
 
O julgamento de Flaubert lembra-me o julgamento de Joyce para com o Ulisses... A diferença é que tudo em Joyce é forçado. Seu exílio, seu julgamento, seus complexos existencialistas... Joyce forçava sua vida a ser uma forma de arte; e no final das contas, julgo tê-lo conseguido...

Mas Flaubert... Flaubert é a meu ver o protótipo perfeito de artista, ao lado apenas de Goethe. Flaubert passa semanas, dias, noites procurando um adjetivo, um advérbio... Pole seus textos com a perfeição dum perfeccionista. Se a perfeição não existe, manufaturemo-la... É o homem que enclausura-se durante seus últimos 30 anos na procura da expressão do refino... Só Goethe e seu Fausto sexagenário sabem do que Flaubert necessita, do que almeja... Talvez nem mesmo Camões em sua gruta, Dante em sua torre ou Joyce em suas espeluncas saibam o que estes dois artistas, inteiramente voltados para suas musas, queriam dizer, queriam sentir, queriam fazer...

Sim. Flaubert é Madame Bovary. É e sempre será. Duma forma como ninguém jamais foi ou pensou em ser. É Bovary mãe, adúltera, suicida. É todas as Bovarys que existam e que se possam imaginar...

Pois Flaubert não existe... Nós é que existimos demais...
 
Eu li Madame Bovary no primeiro semestre da faculdade, foi o último daquele semestre, resisti, tinha decidido não ler, o povo dizia horrores, mas resolvei encarar. Puxa vida, foi um dos melhores da minha vida até aquele momento. Eu recomendo.
 

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