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Autor da Semana Ivan Turguêniev

Spartaco

Anton Bruckner - 200 anos do nascimento

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Ivan Turguêniev
(1818 - 1883)

Ivan Sergueievitch Turguêniev nasceu em 9 de novembro de 1818 em Orel, uma província da Rússia, numa família de proprietários rurais abastados. Seu pai morreu quando ele tinha 16 anos, deixando ele e o irmão à mercê da mãe, uma mulher rígida e desequilibrada.

Após concluir a escola, Turguêniev estudou durante um ano na Universidade de Moscou e, posteriormente, na de São Petersburgo, na época a mais conceituada do império russo, especializando-se em literatura russa e filologia. Aos 19 anos publicou sua primeira coletânea de poemas.

Em 1838 ingressou na Universidade de Berlim para estudar história e filosofia (especialmente Hegel, então professor e reitor da Universidade). Ao voltar para a Rússia, levou consigo muitos dos valores que adquiriu no Ocidente. Começou então a trabalhar como funcionário público, cargo que abandonaria em 1843 para viver com seu grande amor, Pauline Garcia Viardot, uma cantora de ópera casada; o relacionamento entre ambos prolongou-se até à velhice, com o consentimento e a cumplicidade do marido da solista. Turguêniev chegou mesmo a viver e a viajar com ambos, e da sua união com Viardot nasceu uma filha ilegítima. Nesse mesmo ano publicou Parasha, livro que chamou a atenção da crítica.

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Pauline Viardot-García (1821-1910)

O primeiro sucesso de Turguêniev veio com Relatos de um caçador, livro de contos publicado em 1852. Composta por vários contos, a obra girava em torno de um jovem aristocrata que vai descobrindo a verdade e a sabedoria na vida dos camponeses que trabalham na sua propriedade. Conta-se que o livro contribuiu grandemente para que o Czar Alexandre II da Rússia tomasse a decisão de libertar os servos por toda a Rússia e que, antes dele, o próprio Turguêniev o havia feito nos seus domínios, desobrigando cerca de cinco mil servos.

No mesmo ano escreveu o obituário do escritor Gogol (publicado na Gazeta de São Petersburgo), que se tornaria famoso e que ocasionou sua prisão e seu posterior exílio. Entre as décadas de 1840 e 1850, sob o reinado do czar Nicolau, o clima na Rússia se tornou insustentável para alguns intelectuais, entre eles Turguêniev, que deixou o país para se estabelecer no exterior, ora na França, ora na Alemanha.

Nesse período, escreveu diversas novelas curtas nas quais expressam as ansiedades e esperanças de sua geração, como Ninho de fidalgos (1858) – história protagonizada por um dos seus personagens mais memoráveis, Elena – A véspera (1860), retrato do revolucionário búlgaro Dimitri, e Primeiro amor, do mesmo ano, uma bela evocação lírica do amor, embora pessimista.

Em 1862 publicou Pais e filhos, considerada uma das obras-primas da ficção russa do século XIX, que o tornou célebre. O romance, que conta a história de Bazarov, estudante de Medicina que recusa tanto o conservadorismo dos mais velhos quanto o radicalismo dos mais jovens, cunhou o termo niilista. O aparecimento da obra deu origem a grande controvérsia, o que fez com que o autor preferisse abandonar a Rússia. Partiu para a Alemanha, passou por Londres, e acabou por se estabelecer em Bougival, nos arredores Paris, junto do casal Viardot.

Entre outras obras, seguem-se o romance Fumaça (1867), que não teve boa acolhida da crítica, e Terras virgens (1876), seu último livro.

Turguêniev desenvolveu uma grande amizade com Gustave Flaubert, ao passo que se tornou desafeto de seus conterrâneos Tolstói e Dostoiévski, especialmente por divergências em relação ao culto do eslavismo nas suas obras.

O autor morreu no exílio, em Paris, em 3 de setembro de 1883. Atendendo a seu último desejo, foi enterrado no cemitério Volkoff, em São Petersburgo.


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Ivan Turguêniev pintura de Ilya Repin (1874)​

Principais obras


Romances

  • 1857 - Rudin
  • 1859 - Dvoryanskoye Gnezdo (Um ninho de nobres)
  • 1860 - Nakanune (A véspera)
  • 1862 - Ottsy i Deti (Pais e filhos)
  • 1867 - Dym (Fumaça)
  • 1877 - Terras Virgens
Contos
  • 1854- Mymy (Mumu)
  • 1860 - Pervaia Liubov (O Primeiro Amor)
  • 1870 - Stepnoy Korol' Lir (Um Rei Lear da Estepe)
  • 1872 - Veshinye Vody (Águas da Primavera)
  • 1881 - Pesn' Torzhestvuiushchei Liubvi (O Canto do Amor Triunfante)
  • 1882 - Klara Milich (Clara Militch)
Peças
  • 1855/1872 - Mesiats v Derevne (Um mês no campo)
  • 1882 – Vecher v Sorrento (Uma Noite em Sorrento)

Fontes: Wikipedia e www.lpm.com.br
 

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