Omykron
far above
CRISE AÉREA: Das 719 aeronaves da Aeronáutica, apenas 267 estão voando, por falta recursos para compra de peças
Aparato de países vizinhos já preocupa a FAB
Em audiência na Câmara, comandante relata problemas da Força, que está atrás de outras, como a da Venezuela
Geralda Doca
BRASÍLIA. O comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Juniti Saito, pediu ajuda dos parlamentares para reforçar o orçamento da FAB. Em audiência a portas fechadas na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Saito disse, segundo relato dos deputados, que das 719 aeronaves da Aeronáutica, apenas 267 estão voando. Outras 220 estão nos parques de manutenção, e 232 no chão nas unidades militares por falta de recursos para compra de peças. Ele lembrou que o tempo de vida útil da frota é de 20 anos, mas há aviões voando com mais de 30 anos.
Ao apresentar a situação da FAB, o brigadeiro fez uma comparação com o aparato aéreo dos países vizinhos da América do Sul. Segundo um parlamentar, Saito mostrou a ofensiva armamentista do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Com a compra dos aviões caças da Rússia, a força aérea venezuelana teria superado o Brasil em poderio ofensivo.
No levantamento da FAB, o Brasil aparece ainda em terceiro lugar nesse quesito. O Peru é o primeiro, mas já está sendo desbancado pela Venezuela. O país de Chávez já é o primeiro na frota de helicópteros de ataque.
- Enquanto o Chile é o campeão quando se trata de mísseis, o Brasil não tem nada - contou um parlamentar.
- Isso mostra que o Brasil está numa situação desconfortável em relação aos seus vizinhos, que têm dimensões geográficas, economias e população muito menores - destacou o vice-presidente da Comissão, deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB).
- Ele (Saito) colocou a situação atual e pediu apoio para aumentar os recursos a fim de avançar no processo de modernização. Vamos começar a trabalhar no orçamento nos próximos dias - disse o deputado Nilson Mourão (PT-AC). Segundo o comandante, os recursos previstos no orçamento de 2008 não são suficientes para garantir o cumprimento do cronograma de reaparelhamento da Força, que começou em 2000 e somente deverá ser concluído em 2012. E a segunda etapa, prevista para iniciar no próximo ano, somente deverá ficar pronta em 2019. Saito se queixou dos recursos insuficientes nos anos anteriores.
No início da apresentação, Saito falou da tarefa da FAB de zelar pela defesa do país e pela segurança do controle do espaço aéreo.
Um decreto presidencial fixa as normas de utilização dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Entre as autoridades com essas prerrogativas estão o presidente da República, seu vice, presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, ministros de Estado e ocupantes de cargos públicos com status de ministro, além dos comandantes das Forças Armadas.
Segundo o decreto, sempre que possível, a aeronave deverá ser compartilhada por mais de uma autoridade. Na solicitação do avião, os interessados devem encaminhar à Aeronáutica os dados da viagem e o número de acompanhantes. Motivos de segurança e emergência médica têm prioridade. Em seguida estão viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente.
Aparato de países vizinhos já preocupa a FAB
Em audiência na Câmara, comandante relata problemas da Força, que está atrás de outras, como a da Venezuela
Geralda Doca
BRASÍLIA. O comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Juniti Saito, pediu ajuda dos parlamentares para reforçar o orçamento da FAB. Em audiência a portas fechadas na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Saito disse, segundo relato dos deputados, que das 719 aeronaves da Aeronáutica, apenas 267 estão voando. Outras 220 estão nos parques de manutenção, e 232 no chão nas unidades militares por falta de recursos para compra de peças. Ele lembrou que o tempo de vida útil da frota é de 20 anos, mas há aviões voando com mais de 30 anos.
Ao apresentar a situação da FAB, o brigadeiro fez uma comparação com o aparato aéreo dos países vizinhos da América do Sul. Segundo um parlamentar, Saito mostrou a ofensiva armamentista do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Com a compra dos aviões caças da Rússia, a força aérea venezuelana teria superado o Brasil em poderio ofensivo.
No levantamento da FAB, o Brasil aparece ainda em terceiro lugar nesse quesito. O Peru é o primeiro, mas já está sendo desbancado pela Venezuela. O país de Chávez já é o primeiro na frota de helicópteros de ataque.
- Enquanto o Chile é o campeão quando se trata de mísseis, o Brasil não tem nada - contou um parlamentar.
- Isso mostra que o Brasil está numa situação desconfortável em relação aos seus vizinhos, que têm dimensões geográficas, economias e população muito menores - destacou o vice-presidente da Comissão, deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB).
- Ele (Saito) colocou a situação atual e pediu apoio para aumentar os recursos a fim de avançar no processo de modernização. Vamos começar a trabalhar no orçamento nos próximos dias - disse o deputado Nilson Mourão (PT-AC). Segundo o comandante, os recursos previstos no orçamento de 2008 não são suficientes para garantir o cumprimento do cronograma de reaparelhamento da Força, que começou em 2000 e somente deverá ser concluído em 2012. E a segunda etapa, prevista para iniciar no próximo ano, somente deverá ficar pronta em 2019. Saito se queixou dos recursos insuficientes nos anos anteriores.
No início da apresentação, Saito falou da tarefa da FAB de zelar pela defesa do país e pela segurança do controle do espaço aéreo.
Um decreto presidencial fixa as normas de utilização dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Entre as autoridades com essas prerrogativas estão o presidente da República, seu vice, presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, ministros de Estado e ocupantes de cargos públicos com status de ministro, além dos comandantes das Forças Armadas.
Segundo o decreto, sempre que possível, a aeronave deverá ser compartilhada por mais de uma autoridade. Na solicitação do avião, os interessados devem encaminhar à Aeronáutica os dados da viagem e o número de acompanhantes. Motivos de segurança e emergência médica têm prioridade. Em seguida estão viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente.