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Fausto Zero - Goethe

Brianstorm

Usuário
É a primeira versão da peça do Goethe.

http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/10507/Fausto-Zero-[Urfaust].aspx

Alguém já leu? Fiquei pensando se seria interessante lê-la antes de ler o Fausto tradicional, visto que comecei uma vez e achei difícil.
 
Mas qual é a relação entre esse Fausto e a versão pela qual ele ficou clássico? Sei que a segunda parte do Fausto "normal" nunca foi terminada pelo Goethe.
 
Ixi, o link não deu certo. Aqui outro: http://www.americanas.com.br/AcomProd/1472/60902

"Primeira versão da célebre peça de J.W. Goethe (1749-1832). Até hoje inédita no Brasil, esta obra de juventude escrita entre 1773 e 1775 caracteriza-se pela grande economia dramática, com cenas curtas e uma narrativa de cortes ágeis. Assim como na versão clássica, Fausto, em busca do saber e do amor, rende sua alma a Mefistófeles, para em seguida suportar as duras conseqüências dessa escolha."

Da wikipédia: "A primeira versão foi composta em 1775, mas era apenas um esboço intitulado Urfaust (Proto-Fausto, ou Fausto zero) que só foi publicado mais de cem anos depois, em 1887, quando o autor já havia morrido.

Doze anos após a composição do Urfaust, houve ainda outro esborço, feito em 1791, que era intitulado Faust, ein Fragment (Fausto, um fragmento), e também não chegou a ser publicado.

A versão definitiva, só seria escrita e publicada por Goethe no ano de 1808, sob o título de Faust, eine Tragödie (Fausto, uma tragédia), e assim trazia à lume sua maior obra prima. Mas a problemática humana do Fausto continuou a intrigar o poeta, e em 1826 ele começou a escrever a segunda parte do poema, publicado postumamente sob o título de Faust. Der Tragödie zweiter Teil in fünf Akten (Fausto. Segunda parte da tragédia, em cinco atos)."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fausto
 
gente, uma dúvida: Tem o Fausto do Goethe e o Doutor Fausto do Thomas Mann. Qual dos 2 foi lançado primeiro? É a mesma história? Tem algo em comum? Eu li o do Goethe e confesso que não entendi nada, sei lá, acho que vou reler, mas daí vi o Dr. Fausto e fiquei na dúvida!
 
-Arnie- disse:
Goethe foi lançado primeiro e serviu de inspiração para a obra de Thomas Mann.

Então o Goethe lançou a peça e o Mann o livro, da mesma forma que os irmãos Charles e Mary Lamb que lançaram as peças de Shakespeare em conto? A história é a mesma? Pq se for, acho que vou ler o livro, hehehe.
 
Não é a mesma, serviu de inspiração, assim como, numa comparação tosca, Tolkien serviu de inspiração para Christopher Paolini. :sim:

Fausto é uma das livros mais importantes de todos os tempos e já serviu de inspiração para todos os tipos de comunicadores. Até Chapolin já fez um episódio baseado em Fausto. Lembram? o Cherrin Cherrion do Diabo, capaz de fazer aparecer e sumir com qualquer coisa. (;
 
-Arnie- disse:
Não é a mesma, serviu de inspiração, assim como, numca comparação tosca, Tolkien serviu de inspiração para Christopher Paolini. :sim:

Fausto é uma das livros mais importantes de todos os tempos e já serviu de inspiração para todos os tipos de comunicadores. Até Chapolin já fez um episódio baseado em Fausto. Lembram? o Cherrin Cherrion do Diabo, capaz de fazer parecer e sumir qualquer coisa. (;

Bem lembrado Arnie....buscou essa do fundo do baú!! XD
Se não me engano o demônio assim como na obra de Goethe também chamava-se Mephisto.
 
Omnius disse:
Se não me engano o demônio assim como na obra de Goethe também chamava-se Mephisto.

[align=justify]Quase isso, a personificação do "coisa-ruim" no Fausto do Goethe é Mefistófeles, embora conheça pessoas que digam Mefistoféles (se isso tem fundamento não sei, talvez tenha alguma coisa ligada a tradução que mude a sílaba tônica ou sei lá. Particularmente prefiro Mefistófeles)[/align]
 
Lucas_Deschain disse:
Mas qual é a relação entre esse Fausto e a versão pela qual ele ficou clássico? Sei que a segunda parte do Fausto "normal" nunca foi terminada pelo Goethe.

Esta é o primeiro esboço de Fausto que o Goethe escreveu.
Fausto Zero -> Fausto primeira parte -> Fausto segunda parte
Sendo que o Fausto Zero o Goethe nunca publicou em vida... O que ele fez bem. O livro é bem inferior... E, sinceramente... Totalmente descartável. Jogue fora. É sério.

Agora... Quanto à edição:
:puke::puke::puke::puke::puke::puke::puke::puke::puke:
Infinitamente. Apenas a capa brochura que imitou uma capa dura (que pra mim é simplesmente genial!) e a capa e a parte traseira do livro (que deu um clima gótico muito bom) salvam o livro. NADA, repito, NADA mais salva esse livro:

o estilo, a história e seu desenvolvimento são fracos... Goethe não publicou isso em vida por bons motivos =)...

a tradução é horrível. Sem métrica, rima e eu não duvido se em determinadas partes algumas deturpações foram feitas

o acabamento gráfico do livro é amador. Ele possui textos nas páginas ímpares e imagens nas páginas pares. As imagens são ridículas. Se eu pesquisar dez minutos no Google acho coisa melhor...

não possui notas tampouco um prefácio esclarecedor. A própria tradutora diz com todas as letras que escreveu o livro correndo pra atender as exigências de não sei quem. Fora isso, ela basicamente fala um pouco da história de publicação do livro e NADA. NADA que se lhe iguale ao prefácio dum Otto Maria Carpeaux, um Antônio Houaiss ou o posfácio dum Sérgio Buarque de Hollanda...

Enfim: uma lástima para uma editora do calibre da Cosac Naify (que se regojiza por publicar apenas livros em alta qualidade e smileys com asas [:lily:]). Compre as duas primeiras partes do Fausto e esqueça esse Zero à esquerda.
 
A temática do pacto com o canhoto é bem recorrente. Certamente não surgiu em Fausto, mas essa obra foi fundamental para a popularização do tema.
Um russo que amo de paixão, mas que é pouco conhecido no Brasil, Mikhail Bulgákov, escreveu sua obra prima, um romance (Fausto, de Goethe, é teatro) chamado O Mestre e Margarida. Margarida é o nome da mulher que Fausto deseja em Goethe e que é reapresentada pelo autor russo de outra forma; e o tema central também é o pacto com o demo, só que de forma subversiva, já que quem compactua é a mulher e o contexto é o agitadíssimo cenário político da Rússia stallinista. E até diabo se envolve em encrencas na burocracia soviética.
Não li Fausto, nem 0, nem 1, nem 2 (por enquanto), mas recomendo demais a leitura de Bulgákov.
Uma tradução recente saiu pela Alfaguara.
:tchauzim:
 
Interessante o pacto pela perspectiva da Margarida... Ainda mais porque, em Goethe, Fausto quer um momento de alegria e de gozo que evoque o tudo e o nada e que o faça "morrer de felicidade" (literalmente)...
E Margarida morre no final da primeira parte...
E esta mesma Margarida é quem faz com que Fausto seja fausto (alegre) durante a primeira parte da obra :think: .... Aliás, eu realmente me pergunto se Fausto volta a ser tão alegre ainda que na Segunda Parte...
 

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