Lucas_Deschain disse:
Mas qual é a relação entre esse Fausto e a versão pela qual ele ficou clássico? Sei que a segunda parte do Fausto "normal" nunca foi terminada pelo Goethe.
Esta é o primeiro esboço de Fausto que o Goethe escreveu.
Fausto Zero -> Fausto primeira parte -> Fausto segunda parte
Sendo que o Fausto Zero o Goethe nunca publicou em vida... O que ele fez bem. O livro é bem inferior... E, sinceramente... Totalmente descartável. Jogue fora. É sério.
Agora... Quanto à edição:









Infinitamente. Apenas a capa brochura que imitou uma capa dura (que pra mim é simplesmente genial!) e a capa e a parte traseira do livro (que deu um clima gótico muito bom) salvam o livro. NADA, repito, NADA mais salva esse livro:
o estilo, a história e seu desenvolvimento são fracos... Goethe não publicou isso em vida por bons motivos =)...
a tradução é horrível. Sem métrica, rima e eu não duvido se em determinadas partes algumas deturpações foram feitas
o acabamento gráfico do livro é amador. Ele possui textos nas páginas ímpares e imagens nas páginas pares. As imagens são ridículas. Se eu pesquisar dez minutos no Google acho coisa melhor...
não possui notas tampouco um prefácio esclarecedor. A própria tradutora diz com todas as letras que escreveu o livro correndo pra atender as exigências de não sei quem. Fora isso, ela basicamente fala um pouco da história de publicação do livro e NADA. NADA que se lhe iguale ao prefácio dum Otto Maria Carpeaux, um Antônio Houaiss ou o posfácio dum Sérgio Buarque de Hollanda...
Enfim: uma lástima para uma editora do calibre da Cosac Naify (que se regojiza por publicar apenas livros em alta qualidade e smileys com asas [

]). Compre as duas primeiras partes do Fausto e esqueça esse Zero à esquerda.