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Espírito Elfico?!

A vida dos eldar não está atrelada a existência de Arda, e sim, a permanência deles. Assim como os Ainur, os quendi estão "contidos" aos Círculos do Mundo, não podendo escapar para fora dele, como acontece com o fëar dos homens. Quando Arda for destruída, os elfos partirão. Provavelmente para os salões de Eru onde estão os atani e os naugrim (me recuso a usar o termo anano) onde aguardarão a restauração de Arda.

Embora tenha gostado dela, discordo desta opinião, continuo achando que as almas élficas morrerão junto com o mundo. E as almas dos naugrim não deixam o mundo, eles aguardam pacientemente o fim do mesmo, em salões separados, em Mandos (que destino cruel...). De qualquer forma, parabéns pela resposta inteligente.
 
A vida dos eldar não está atrelada a existência de Arda, e sim, a permanência deles. Assim como os Ainur, os quendi estão "contidos" aos Círculos do Mundo, não podendo escapar para fora dele, como acontece com o fëar dos homens. Quando Arda for destruída, os elfos partirão. Provavelmente para os salões de Eru onde estão os atani e os naugrim (me recuso a usar o termo anano) onde aguardarão a restauração de Arda.

Também penso que não é simples dar um fim aos elfos e Valar. No Silma Eru fala para Aulë durante a criação dos anões que o único dom verdadeiramente dele é a própria existência. Quer dizer, ele teria que ser perguntado antes se quer ou não manter o dom que lhe foi dado. A manutenção da livre escolha é o que deixou também Melkor entrar no mundo.

Também existem outros sinais. A esperança que explodiu no coração de Finrod (ele ficou radiante com a conversa!) em Finrod e Andreth é sinal de que Andreth havia tocado profundamente no assunto do destino dos elfos, e isso só aconteceria se o destino permitisse como de fato permitiu.

No começo Eru escolhe manter segredo ao retirar a visão antes do fim. É dito que os poderes teriam inveja de poder sair do mundo, mas também é dito que Manwe sempre manteria o dom de invocar Eru quando fosse necessário (como para destruir Númenor).

Eru era muito detalhista com os filhos deixando claro que o objetivo principal da criação do mundo era mesmo ver a chegada deles. Na função de um pai ou mãe se incluem muitas mas nenhuma delas inclui a de se ver privado (ainda mais para sempre!) daqueles que ama.
 
“Podemos”, disse Finrod, “mas por enquanto caminhamos nas sombras do medo. Até agora, então, percebo que a grande diferença entre Elfos e Homens está na velocidade do fim. Nisso apenas. Pois se julgais que para os Quendi não há morte inelutável, errais.
Ora, nenhum de nós sabe, embora os Valar possam saber, o futuro de Arda, ou quanto tempo ela foi prescrita para durar. Mas não durará para sempre. Foi feita por Eru, mas Ele não está nela. Apenas o Único não tem limites. Arda, e mesmo Eä, devem portanto ser limitadas. Vós nos vedes, aos Quendi, ainda nas primeiras eras de nosso ser, e o fim está distante. Como talvez entre vós a morte possa parecer a um jovem em seu vigor; salvo que nós temos já longas eras de vida e pensamento atrás de nós. Mas o fim virá. Isso nós todos sabemos. E então deveremos morrer; deveremos perecer completamente, parece, pois pertencemos a Arda [em hröa e em fëa]. E para além disso o quê? “A partida para não retornar”, como dizeis, “o fim último, a perda irremediável”?
Nosso caçador é de pés lentos, mas nunca perde a trilha. Além do dia em que ele soprar sua trombeta, não temos nenhuma certeza, nenhum conhecimento. E ninguém nos fala de esperança.”

Trecho do citado diálogo em que fica clara a dúvida sobre o destino dos espíritos élficos após o fim do mundo.

Link: http://www.valinor.com.br/71/
 
Última edição:
Mas a Luthien morre, a ela é concedido o privilegio de seguir seu amado no que jaz alem de arda. Como Aragorn fala no Senhor dos Aneis.
 
Então se um maiar se unisse a humano como Melian se uniou a Thingol, quando ele morresse poderia segui-lo no seu destino além de arda?

Neste caso, eu penso que não, pois o/a maia havia aceitado permanecer no mundo até o fim dele. Luthien nasceu em Arda e não havia assumido compromisso algum.
 
“Podemos”, disse Finrod, “mas por enquanto caminhamos nas sombras do medo. Até agora, então, percebo que a grande diferença entre Elfos e Homens está na velocidade do fim. Nisso apenas. Pois se julgais que para os Quendi não há morte inelutável, errais.
Ora, nenhum de nós sabe, embora os Valar possam saber, o futuro de Arda, ou quanto tempo ela foi prescrita para durar. Mas não durará para sempre. Foi feita por Eru, mas Ele não está nela. Apenas o Único não tem limites. Arda, e mesmo Eä, devem portanto ser limitadas. Vós nos vedes, aos Quendi, ainda nas primeiras eras de nosso ser, e o fim está distante. Como talvez entre vós a morte possa parecer a um jovem em seu vigor; salvo que nós temos já longas eras de vida e pensamento atrás de nós. Mas o fim virá. Isso nós todos sabemos. E então deveremos morrer; deveremos perecer completamente, parece, pois pertencemos a Arda [em hröa e em fëa]. E para além disso o quê? “A partida para não retornar”, como dizeis, “o fim último, a perda irremediável”?
Nosso caçador é de pés lentos, mas nunca perde a trilha. Além do dia em que ele soprar sua trombeta, não temos nenhuma certeza, nenhum conhecimento. E ninguém nos fala de esperança.”

Trecho do citado diálogo em que fica clara a dúvida sobre o destino dos espíritos élficos após o fim do mundo.

Link: http://www.valinor.com.br/71/

Apesar de ser uma das histórias de que mais gosto, o diálogo de Finrod e Andreth é uma reprodução da principal dúvida que persegue os homens desde que surgiram na Terra: "Para onde vamos após a morte?".

Assim como a Dagor Dagorath que Tolkien esboçou sobre o fim de Arda, não podemos utilizar as conversas de Andreth e Finrod como textos conclusivos acerca do destino dos Filhos de Eru. Como o próprio Finrod afirma, a sombra que cerca o destino de elfos e homens foi colocada por Melkor e nem o mais sábio dos eldar é capaz de antever o fim dos eldar. E se os elfos realmente morressem após a destruição do mundo, tal acontecimento entraria em conflito com o Legendarium e até com os conceitos cristãos sobre imortalidade da alma e a nova moradia da humanidade após o fim de tudo.

A libertação de elfos e, consequentemente, dos Ainur, se dará após o último combate contra Morgoth, a libertação de Fëanor e a liberação da Luz das Duas Árvores e a Canção que será entoada pelos Eruhíni diante de Ilúvatar.
 
Apesar de ser uma das histórias de que mais gosto, o diálogo de Finrod e Andreth é uma reprodução da principal dúvida que persegue os homens desde que surgiram na Terra: "Para onde vamos após a morte?".

Assim como a Dagor Dagorath que Tolkien esboçou sobre o fim de Arda, não podemos utilizar as conversas de Andreth e Finrod como textos conclusivos acerca do destino dos Filhos de Eru. Como o próprio Finrod afirma, a sombra que cerca o destino de elfos e homens foi colocada por Melkor e nem o mais sábio dos eldar é capaz de antever o fim dos eldar. E se os elfos realmente morressem após a destruição do mundo, tal acontecimento entraria em conflito com o Legendarium e até com os conceitos cristãos sobre imortalidade da alma e a nova moradia da humanidade após o fim de tudo.

A libertação de elfos e, consequentemente, dos Ainur, se dará após o último combate contra Morgoth, a libertação de Fëanor e a liberação da Luz das Duas Árvores e a Canção que será entoada pelos Eruhíni diante de Ilúvatar.

Grande resposta! Inteligente mesmo! A nossa diferença é que eu evito ao máximo usar os conceitos do cristianismo na análise da obra de Tolkien e sempre procuro ver as coisas pelo prisma do apreciador de uma boa ficção. Parabéns e um abraço.
 
Grande resposta! Inteligente mesmo! A nossa diferença é que eu evito ao máximo usar os conceitos do cristianismo na análise da obra de Tolkien e sempre procuro ver as coisas pelo prisma do apreciador de uma boa ficção. Parabéns e um abraço.

Por um bom tempo, eu também não aceitava muito bem as comparações entre a Bíblia e as obras de Tolkien. Mas depois de participar, debater, argumentar e ler as Cartas de Tolkien, tive de dar o braço a torcer e ver com outros olhos o Legendarium legado pelo Professor.

É importante deixar claro que em momento algum esse fato diminiu minha paixão pelo SdA, O Silmarillion e os Filhos de Húrin!
 
Por um bom tempo, eu também não aceitava muito bem as comparações entre a Bíblia e as obras de Tolkien. Mas depois de participar, debater, argumentar e ler as Cartas de Tolkien, tive de dar o braço a torcer e ver com outros olhos o Legendarium legado pelo Professor.

É importante deixar claro que em momento algum esse fato diminiu minha paixão pelo SdA, O Silmarillion e os Filhos de Húrin!

Pois comigo é o contrário, e não creio que mudarei de opinião, mas respeito muito o seu ponto de vista. Hoje, minha obra favorita de Tolkien é "Os Filhos De Húrin", por razões óbvias, tendo em vista o que já manifestei neste fórum.
 

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