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[Elmarien] [A Lenda de Zaes] [L]

Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Esta bem legal...
Continue...
Estou a adorar a narrativa...
*yams*
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Valeu Gaara! Parece que tenho talento para isso.

Zaes iniciou o galope mais rápido possível para escapar das garotas. Depois de algumas curvas para a direita e para esquerda, Zaes conseguiu despistar a todas. Suspirou, aliviado. Desmontou Trovão e ficou parado apenas acariciando o pêlo macio do cavalo.
- Ainda bem que tenho a você. Vamos até o portão leste da cidade, meu pai e meus amigos devem estar chegando.

Zaes montou novamente em Trovão após recuperar o fôlego. Voltaram ao portão, mas por outro caminho e indo devagar.
Bem a tempo. O pai de Zaes, o rei e os gêmeos estavam se aproximando. O pai de Zaes estava montado em um cavalo marrom com uma mancha clara na testa, o rei estava montado em um cavalo branco e os gêmeos estavam montados em cavalos cinzentos.
- Zaes, salve! - disse seu pai. - Que bom vê-lo!
- O mesmo a vocês quatro - disse Zaes, sorrindo.
- Não podemos dizer que não seria bom vê-lo - disse Turuin.
- Nem que quiséssemos dizer isso nós o faríamos. - disse Turluin.
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Logo atrás dos elfos estava um humano, montado em um cavalo quase negro de tão escuro. O humano usava uma túnica vermelho-sangue, seu cabelo era castanho escuro e seus olhos tinham um brilho estranho. Os olhos azuis dele faiscaram ao olhar para Zaes - aquele faiscar de uma raiva enorme.
Depois que os elfos dirigiram-se ao castelo de Boris, o humano falou para Zaes:
- O que esse bando de orelhas-pontudas está fazendo aqui? Essa cidade pertence aos humanos.
Zaes nem se irritou, apesar do tom de voz desagradável do humano.
- Uma festa, senhor. Boris convidou-os.
- Mesmo, engraçadinho? Suponho que você seja Zaes.
- Sim, meu nome é Zaes. E o seu, qual seria?
- Não direi meu nome antes de duelar com você.

Zaes, para a surpresa do humano, apenas riu.

- Um duelo? Ha! Nenhum humano pode me vencer, e olha que eu ainda sou iniciante na arte de usar uma espada!

O humano pareceu irritado. Sacou a enorme espada que carregava consigo e apontou-a para o rosto de Zaes.
- Isso foi um desafio? - perguntou ele.
- Isso foi uma ameaça? - perguntou Zaes.

Infelizmente, os dois estavam atraindo muita atenção sobre eles. Alguns dos moradores de Bremin começaram as apostas:
- Quem você acha que vai vencer? Aposto três moedas de prata no elfo - disse um.
- Não, vai ser o humano. Aposto dez moedas de prata nele - disse outro.
Zaes ouviu uma das apostas:
- Ei, eu só valho três moedas de prata? Acho que valho pelo menos CINCO!
O humano desmontou do cavalo. Zaes fez o mesmo e sacou a espada.

- Vamos para outro lugar - disse o humano.
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Alguns minutos andando para longe da cidade depois, o duelo começou. Zaes colocou-se em posição de combate. O humano fez o mesmo.
- A iniciativa é sua, orelha-pontuda.
Zaes começou. Uma estocada tão rápida na direção da espada do humano que ele mal teve tempo para bloquear. O humano revidou, tentando atingir o tronco de Zaes. O elfo pulou para a esquerda - numa esquiva incrivelmente rápida - depois atacou, visando desarmar o oponente. Um relâmpago prateado atingiu a guarda da espada do humano, deixando-o desarmado.

Zaes poderia revidar tudo o que o humano dissera no portão de Bremin, mas embainhou sua espada.
- Eu disse que nenhum humano poderia me vencer. Mas você até que não é tão ruim assim. - Zaes sorriu. - Humano imundo.
- E você me venceu apenas por sorte... garoto elfo.
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Os dois ficaram um olhando para o rosto do outro até que Zaes perguntou:
- Então, qual é seu nome?
- Hyldin. Venho da...
- Torre Rubra, eu sei. É melhor voltarmos a Bremin.
Hyldin ficou parado.
- O que deu em você? - perguntou Zaes.
- As damas na frente - respondeu o humano.
- Hahaha - riu Zaes sarcasticamente, como fazemos ao ouvir uma piada totalmente sem graça. - Quer duelar de novo? A não ser que queira, pare de me provocar.
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

- Tudo bem, esquentadinho, eu vou na frente - disse Hyldin, andando alguns passos com Zaes logo atrás.

Alguns minutos depois, os dois chegaram a Bremin e foram cercados por um bando de apostadores.
- Quem venceu?
- Quem perdeu?
- Empatou?

Zaes disse:
- Venci o humano em dois golpes. Ele é muito ruim. Com licença, vou esperar a festa no castelo de Boris.
Hyldin disse (um tanto mal humorado):
- Esse orelha pontuda metido a besta me venceu porque eu dei a iniciativa para ele, agora o chato não fecha a boca. Vou esperar a festa, e quem me perturbar vai ter que duelar comigo.
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Algumas horas após o duelo, Zaes colocou trajes festivos (prateados, com detalhes em azul) e se dirigiu ao castelo de Boris.
Uma multidão entrava. Zaes vasculhou com o olhar os rostos das pessoas, mas nada de encontrar Herói. Zaes entrou no castelo e foi até o salão a céu aberto onde a festa estava sendo realizada.

O elfo ficou boquiaberto. Havia árvores para todos os lados, dentro da fortaleza. O canto dos pássaros enchia o ar com uma melodia extremamente suave, o perfume das flores nas árvores dava ao ambiente um aroma maravilhoso. Não havia lamparinas, afinal a luz do luar já era o bastante.
Havia várias mesas espalhadas, cada uma com pelo menos uma pessoa sentada perto, mas Zaes não conseguia avistar Herói.

Todas as mesas estavam cheias - não havia mais espaço para Zaes sentar - exceto uma.
Uma moça, de uns 13 anos, estava sentada ali. Seus olhos castanhos brilhavam com um fogo intenso, seus cabelos longos, escuros, reluziam à luz do luar. Seu rosto era belo, como o de uma princesa élfica, e trajava um vestido verde. Nas duas mãos, havia luvas de tecido marrom.
O olhar dela caiu sobre o semblante de Zaes - ele se sentiu um tanto estranho, mas se aproximou. "Aqueles olhos..., pensou Zaes, aqueles olhos não me são estranhos. Já os vi em algum lugar!
- Sente-se, por favor, Zaes. Preciso falar com você.
Zaes sentou-se próximo a ela. Aquela voz, também não era totalmente desconhecida...
- Eu a conheço, não conheço? - perguntou Zaes.

Continuo amanhã.
 
Última edição:
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

caramba ve, ta muito comprida, mas ta legal.

continue assim!
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Valeu, Luca Maharin! Continuando...

A moça sorriu friamente.
- Sim e não. Você sabe quem eu sou e também não sabe.
- Há quanto tempo você me conhece? - perguntou Zaes, que estava começando a entender a charada.
- Fez a pergunta certa, mas o tempo é uma ilusão.

Zaes sorriu. Era exatamente a resposta que ele esperava. Baixando o tom de voz, ele perguntou:
- Herói? É você?
A moça riu. Pela primeira vez sua risada teve uma ponta de alegria.
- Sim. Sou Kyrian, muito prazer.
Zaes ficou um tanto confuso.
- Espera aí - se você é uma moça, como pode se disfarçar de garoto?
Kyrian sorriu.
- Sempre pareci muito com meu irmão e consigo me disfarçar muito bem. Foi só pegar a máscara e as roupas.
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

A festa se alongou a noite inteira. Zaes passou-a ao lado de Kyrian, olhando as estrelas e apreciando o luar. Pela primeira vez, uma garota gostava dele pelo que ele era...
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

No fim da festa, todos saíram do castelo. Zaes saiu acompanhado por sua
nova amiga, Kyrian. Mas quando Kyrian saiu, os guardas disseram:

- Venha conosco. Temos algo a discutir com você.

Kyrian sentiu um tom de ameaça na voz deles, e respondeu:

- E se eu não for? Vão me obrigar?

Zaes reparou: não eram os mesmos guardas de antes. Usavam armaduras negras e as espadas que carregavam pareciam ensangüentadas.

Os guardas olharam um para o outro com sorrisos maléficos.
- Vamos. - Puxando as espadas, eles tentaram atacar Kyrian.

Zaes sentiu um fogo ardente dentro de seu coração. Era um misto de raiva com amor - ambos sentimentos ele não tivera há anos, em um inverno distante - e seu olhar caiu sobre Kyrian.
Não, não pode ser, pensou ele. Não devo estar pensando direito, acho que foi aquela taça de vinho.
Sacudindo o rosto, Zaes voltou à realidade. Kyrian não estava ferida, estava lutando com os guardas. Estava desarmada, estava sozinha, as chances não estavam a favor dela.
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Como vc para bem no meio da briga???:disgusti:
Falando sério, agora, que narrativa incrível.
Está realmente, como eu já disse, muito boa.:mrgreen:
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

(após os comerciais :) )

Zaes levou a mão, quase instintivamente, ao punho da espada. Então lembrou-se de que havia deixado a espada em seu quarto, e mesmo se chamasse Trovão, ele não conseguiria pegar a espada e voltar a tempo.
- Anotação mental: não sair sem a espada.

Começava a chover. A lua cheia brilhava atrás das nuvens. Kyrian, ainda lutando, riu.
- Agora vão ver o que acontece quando se metem comigo!

Os guardas olharam um para a cara do outro, riram e partiram para cima dela. Kyrian fez um movimento ágil com as mãos, girando-as acima de seu rosto. Algumas gotas da chuva forte pararam no ar. Kyrian agrupou-as, com mais um gesto ágil, e baixou-as à altura da cintura.
Zaes assistia à cena perplexo.
Como é que ela faz esse tipo de coisa?, pensou Zaes. Apenas em antigas lendas ele ouvira sobre pessoas com esse tipo de poder, e mesmo sabendo que era verdade, ele sempre achara que não existia mais ninguém com esse poder.
Kyrian moveu as mãos novamente. Um pouco da água agrupada formou um fio mais ou menos grosso. Com a mão esquerda, ela segurava a água, com a direita, fez o fio se mover e se enrolar em volta das espadas dos guardas.
Kyrian respirou fundo. Puxou o fio com mais um gesto, a água congelou e quebrou as espadas.

- Aprenderam a lição? - perguntou ela, rindo. Tirou as luvas e mostrou a palma da mão direita. Uma estrela prateada de cinco pontas brilhou no meio da mão. Na mão esquerda, um anel de prata com uma pedra azul faiscou. Então é ela , pensou Zaes. É ela! A garota da lenda, só pode ser!


Aos fãs: satisfeitos?
 
Última edição:
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

Satisfeita é pouco.
Sua narrativa está prendendo a minha atenção cada vez mais.
Parabéns^^
 
Re: [Elmarien][A Lenda de Zaes][L]

:) eu tenho o dom :)

Kyrian deixou a água agrupada cair. Colocou as luvas novamente, e com um sorriso imperceptível ela perguntou:
- E então, Zaes, gostou disso?
Zaes não conseguia conter a suspresa.
- Eu nunca vi algo igual, mas foi tão familiar. É como se eu já tivesse visto isso antes.
- Bem, agora que você sabe meu segredo, é melhor que venha comigo.

Kyrian andou para fora da cidade, e quando chegou ao bosque de Bremin, foi a uma clareira iluminada. Zaes a seguia de perto.
- Lindo, não? - perguntou ela a Zaes. Um sorriso levantava o canto de sua boca.
- É maravilhoso - respondeu o elfo, com um brilho no olhar. - O lugar mais belo que já vi.
A clareira tinha uma piscina de pedras pequena, várias tochas iluminavam-na, arbustos floridos davam ao ar um aroma incrível. Kyrian ficou séria e pediu:

- Mostre-me sua mão direita, Zaes.
- O quê? - perguntou o elfo, ainda distraído pela beleza do lugar. - Ah, sim. Olhe.
- Você ainda não tem a marca? - perguntou Kyrian. - Isso eu posso resolver.

Kyrian assobiou (um assobio realmente alto, do qual ela se orgulhava) e Flameron apareceu voando (literalmente, Flameron tem asas). O brilho dourado de suas escamas parecia com um tesouro incrível recém descoberto,
então o dragão pousou.

- Bom garoto - disse Kyrian, acariciando as asas do dragão. - Este é Zaes. Vamos, Flameron, não seja tímido, cuprimente meu amigo!

Zaes se aproximou receoso. Com cuidado, ele acariciou o pescoço do dragão com a mão direita. Flameron inclinou o rosto, cheirou a mão do elfo e a mordeu com força.

- Agh! - gritou Zaes. - O que esse lagarto super desenvolvido está pensando? Faça-o me soltar!
- Solte, Flameron - disse Kyrian. Flameron abriu a boca. Zaes tirou a mão de dentro o mais rápido possível, esfregando a palma.
Zaes olhou para a mão. Um fogo verde brilhou, formando uma lua crescente bem no meio da mão.
 
Zaes esfregou a mão novamente. A marca sumia e aparecia em um tom verde esmeralda. Zaes perguntou a Kyrian:
- Para que serve essa marca? Servir de alerta a qualquer inimigo?
Kyrian sorriu.
- Essa marca mostra quem ou o que você é. A minha é uma estrela. A sua é uma lua crescente. Mudando de assunto, quer aprender alguns truques, como aquele com água?
- Claro! - respondeu Zaes.
- Comecemos pelo básico. O segredo para controlar a água é ser como a água. Mudar o estilo de luta, de defensivo para ofensivo e vice-versa.

Então Kyrian começou a mostrar como controlar a água na piscina de pedras. Zaes imitava os movimentos dela, mas só conseguia que umas gotas se movessem. Tentou conter uma careta, mas não conseguiu.
- Difícil, não? - perguntou ela ao ver a expressão de Zaes. - É assim mesmo. Se você quiser, eu ensino truques mais fáceis. Tudo bem?
- Sim - concordou Zaes.

Kyrian mostrou truques bem mais fáceis e divertidos, como fazer um cachimbo aceso apagar ou como fazer uma caneca de cerveja transbordar. Zaes conseguia fazê-los com facilidade.
- Agora os humanos vão pensar duas vezes antes de me irritarem com aqueles hábitos deploráveis. Obrigado por gastar seu tempo comigo.
Kyrian sorriu.
- De nada. Eu não faria isso normalmente, mas...
Kyrian se aproximou de Zaes e deu um beijo na testa do elfo. Zaes olhou-a com afeto.
- Gostei de você, Zaes. É isso.
- Eu também. Verei você novamente?
- Pode apostar.

Caminhando de volta à cidade, Zaes reparou que os humanos o tratavam melhor do que antes. Quando entrou na estalagem, alguns rapazes o pararam. Hyldin estava entre eles.
- Um brinde a Zaes, nosso querido orelhas pontudas! - disse um, com uma caneca enorme na mão.
- Viva! - responderam os outros, brindando e virando as canecas.
- Vamos, garoto elfo - disse Hyldin, com um cachimbo aceso entre os dentes. - Um gole de cerveja?
- Não, obrigado - disse Zaes.
- O elfo é sério demais para beber? Que tal uma aposta? Quem perder paga a conta dos meus amigos aqui - sugeriu Hyldin. Tirando o cachimbo da boca, soltou uma enorme baforada da cara de Zaes. Estava claro que ele bebera demais.
Zaes teve uma ótima idéia.
- Feito - disse o elfo, com um sorriso traçado nos lábios. - Em cinco canecas, quem beber mais vence.
- Muito bem - disse Hyldin, puxando uma cadeira para Zaes. - Dez canecas de cerveja - gritou ele.
Um homem magro apareceu com duas canecas. Zaes sentou, com as mãos para trás. Hyldin começou a beber da primeira, quando Zaes girou os dedos da mão direita fazendo toda a cerveja transbordar. Sorrindo, o elfo tomou um gole de sua primeira caneca (com uma careta de nojo evidente) e colocando-a de lado.
Outro homem apareceu, trazendo mais duas. Zaes fez a mesma coisa até o final (com a careta de nojo cada vez mais expressiva).
Hyldin ficou muito irritado com a aposta.
- Você trapaceou, maldito orelha pontuda! - vociferou ele.
- Não, você deve ter bebido demais. - respondeu Zaes, com uma calma impressionante e um sorriso idiota de triunfo. - Não é um hábito saudável, beber tanto de uma só vez. Ainda mais fumando junto.
- O elfo trapaceou - disse o rapaz que brindara quando Zaes entrou. - Eu o vi girando os dedos cada vez que Hyldin ia beber.

A discussão foi ficando acirrada até que Zaes disse para Hyldin:
- Vamos parar de discutir, Hyldin. Você perdeu. Pague a conta, ou vamos duelar de novo?
O humano gelou, mas concordou. Entregando algumas moedas de bronze ao homem que entregara as cervejas, Hyldin saiu, cambaleante.
Zaes subiu as escadas e foi para seu quarto, sorrindo. Tirou as botas e foi dormir.
 
Última edição:
Passei um tempo sem escrever, vamos lá!

Zaes acordou no dia seguinte quando o sol raiava. Uma multidão na frente do portão do castelo de Boris o alarmou, alguma coisa estava acontecendo. Zaes levantou da cama, enfiou as botas, afivelou a espada ao cinto e foi até o castelo. Atravessando a multidão, ele se deparou com um Boris de armadura prateada com a insígnia de Bremin - uma flama dourada na frente de um sol rubro - e um humano com armadura negra.

- Tenho uma mensagem para você, elfo - disse o homem com armadura negra. - Entregue a garota que estava com você, ou a guerra recomeça.
- Não vou entregá-la - disse Zaes com firmeza.
- É melhor você ouvi-lo, Zaes - disse Boris, sua voz estava amarga. - Ninguém dentre os habitantes de Bremin pode suportar mais uma guerra. Não, é melhor ouvi-lo.

Sem ninguém perceber, uma criança mascarada atravessou a multidão e parou em frente ao castelo. Estava trajada inteiramente de verde, suas mãos estavam cobertas por luvas, usava botas até as canelas, a máscara branca com o H maiúsculo em azul. Era Kyrian, é claro, trajada com seu disfarce de Herói.
- Saia de perto, moleque - disse o homem de armadura negra. - Vai querer se machucar?
- Você e que exército? - perguntou Kyrian, um tom de voz desafiador. O homem estalou os dedos, e um exército de homens com armaduras negras apareceu. Os dois últimos soldados carregaram um rapaz ferido e inconsciente (na verdade, arrastaram) até a frente de Zaes.
- Este aqui - respondeu o homem. - E então, elfo, qual é sua opinião?
Os dois soldados levantaram o rosto do rapaz ferido. Os cabelos dele eram de um tom azul-escuro, e o rosto dele era realmente belo, apesar dos ferimentos. A túnica do rapaz era azul, e estava rasgada em vários pontos, de onde pingava sangue azul escuro.
(Os dragões tinham sangue azul, os humanos, sangue vermelho, os elfos, sangue verde, só para esclarecer)
Zaes olhou para o rosto daquele rapaz. Então, murmurou, horrorizado:
- Não pode ser... Meu irmão, Maharin.
- Eu sabia que você o conhecia, elfo. Se não entregar a garota, nós a acharemos e a deixaremos nesse estado. - Os soldados jogaram Maharin à frente. Zaes saltou adiante para impedir que o irmão caísse de cara no chão de pedra, segurando-o.
- Vocês não vão achá-la - disse Kyrian, grata por sua voz ser mais grossa que o normal. - E vão ter que lutar comigo.

O exército humano riu.
- Manda ver, garoto.
Zaes olhou para Kyrian. Ela enfiou a mão no bolso, tirou uma faixa de tecido grosso e escuro e vendou os olhos.
- Venço vocês com os olhos vendados.

Os humanos sacaram as espadas e partiram para cima dela.

(Continuo mais tarde, só para deixar o suspense)
 
Medalha de fã para Nessa Lúinwë!

Os soldados pularam para cima de Kyrian. Por baixo da máscara, ela sorria. O primeiro se aproximou, espada em punho. Uma bola de fogo azul o atingira em cheio. O segundo, o terceiro, o quarto, todos atingidos por bolas de fogo. Vários soldados recuavam, atingidos com bolas de fogo. O líder deles, intimidado, gritou:
- Recuar! - O homem virou-se para Kyrian. - Eu acabo com você da próxima vez.
E o exército correu, assustado.

Boris não parecia alegre.



(saindo do PC, continuo depois, sorry!)
 

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