[F*U*S*A*|KåMµ§]
Who will define me?
Terceiro filme da trilogia.
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Durante todo esse tempo eles continuam caçando criminosos, com métodos nada ortodoxos e de forma fria. Aí o cara se converte porque vê alguém sendo torturado? Ah, porque matar o sujeito na frente do filho é totalmente válido, certo? Me perdoe, Pips, mas não cola.
Figurações de gala que não fazem nada a não ser aparecer. Até o Stallone faz melhor com seus atores de ação esquecidos na década de 1980.
Uma homenagem ao estilo Leone - em que o sujeito ainda era importante para a trama -, faz sentido. Mas posicionar a câmera em uma personagem secundária que nem participa da ação ou a desenvolve é desperdício de filme.
"Redondo" de perfeito? It's not.
Ser longo não tem nada a ver com qualidade - é que o filme é ruim mesmo, rs.
Até "À Prova de Morte" foi melhor. "Jackie Brown" é melhor, até. Pelo visto ele nunca vai fazer algo a altura de "Bastardos Inglórios", sua própria - de acordo com sua protagonista - obra-prima.
Tá perdoado. Você citou o ponto de virada do personagem. Quem mata é o Django, não o Schultz.
Não entendi. Seu problema é porque as figurações de gala não tem falas tão marcantes ou porque não fazem nada? Aliás, qual o problema, no desenvolvimento da história mesmo, de zoom nos personagens secundários, nas aparições relâmpagos da Joan Of Arcadia, etc?
Cite a cena exata, assim não dá para eu provar que você está errado. Em todos os filmes do Tarantino ele usa a câmera para em personagens que não falam, isso é autorreferência até onde eu sei - como as câmeras girando em torno da mesa.
Redondo não é perfeito, senão Skol seria a melhor cerveja do mundo. Redondo porque não tem nada a mais nem a menos. Veja bem, eu não disse que o filme é perfeito - os únicos filmes perfeitos na face da terra são Persona (Bergman), O bandido da luz vermelha (Sganzerla), Vertigo (Hitchcock) e Sans Soleil (Marker). Não é necessário tirar nem pôr no filme, está redondo, uns vão achar que tem cenas desnecessárias ou longas demais, mas não atrapalham a narrativa, a linha de pensamento e nem a história. Só disse que a reclamação da edição é exagerada, eu vi muita gente dividida. Uns querem só puxar o saco da Sally Menke - que sempre foi uma ótima montadora e grande parceira como Thelma Schoonmaker com o Scorsese.
Como não se emocionar com "Auf Wiedersehen"? Como não falar "como odeio o Stephen esse duas caras filho da puta (e se você for racista falar "negão desgraçado")? Como não achar demais a cena que Django solta "Eu gosto do jeito que você morre". Caralho, filme ruim. Não! Não!
Como assim "até"? À Prova de Morte é uma obra-prima!
Essa cena me incomodou um pouco.Como não achar demais a cena que Django solta "Eu gosto do jeito que você morre".
Sabem em eu penso toda vez que ouço/leio Candyland?
Who can take a sunrise, sprinkle it with dew
Cover it with chocolate and a miracle or two
The Candy Man, oh the Candy Man can
The Candy Man can 'cause he mixes it with love
and makes the world taste good
Who can take a rainbow, wrap it in the sky
Soak it in the sun and make a groovy lemon pie
The Candy Man, the Candy Man can
The Candy Man can 'cause he mixes it with love
and makes the world taste good
Link: http://www.vagalume.com.br/sammy-davis-jr/candy-man.html
Confesso que fiquei esperando esta música tocar no filme ><
Achei o filme excepcional!!!!
Não senti o tempo passar e quando acabou, fiquei com pena. Logo no início, alguém na sala do cinema esqueceu que o filme se tratava de Tarantino e no primeiro show de sangue, deu um gritinho... Vi algumas pessoas reclamando da quantidade de sangue por aqui, mas acho que faz parte do caráter dos filmes dele. Violência além do necessário e sangue sempre que possível, mas é só aproveitar (IMO).
Waltz roubou a cena, desde o início e quando morreu, o filme perdeu metade da graça. DiCaprio também estava ótimo, com o sotaque puxado, as tiradas, os dentes pretos e o lápis de olho. Gostei do Foxx, ele me surpreendeu positivamente. Samuel L Jackson, maravilhoso como sempre, com atuação incrível, que me gerou raiva.
Sobre a discussão do desenvolver e mudança do Schultz durante o filme, não sei se concordo muito não... Não o via como um carniceiro no início. Acho que ele sempre teve uma visão muito prática sobre as mortes que era "pago" para fazer, era o trabalho dele e pronto. Um meio para um fim. Agora, ao mesmo tempo, sempre demonstrou um lado humano, se preocupando e interessando pela história de Django e se oferecendo para ajudar. Acho que a parti do segundo ato, ele continuou o mesmo cara prático, mas humano do início. O fato de ele não ter pena em matar alguém para conseguir a recompensa não significa que torna tranquilo ver alguém morrer sendo comido por cachorros enquanto praticamente não consegue andar de tão ferrado.
Ao mesmo tempo, Django sempre demonstrou determinada frieza e distanciamento... Isso só foi sendo deixado mais claro com o passar do tempo e com sua experiência como caçador de recompensas, mas não acho que ele mudou tanto assim. Senti como se ele tivesse começado a ver as coisas de maneira mais prática, como Schultz via, começou a analisar mais como um modo para chegar no objetivo dele final.
Enfim, amei... Tarantino não me decepcionou!!!
Ok, acho que não me expliquei direito. Concordo com oq vc disse, concordo que houve uma mudança em Schultz no passar do filme. Só não concordo que a mudança foi assim, tão drástica. Concordo que o sentimento dele deu uma guinada quando ele chegou em Candyland e que estava extremamente desconfortável por sair de lá assim que terminou a questão de Django e que a morte de Candie foi uma catarse dele, uma forma de se liberar de toda a tensão que passou enquanto estava na casa (pela violência testemunhada por ele) e um modo de mostrar a si mesmo que talvez não seguisse os passos que vinha seguindo até então...O fato de Schultz justificar de forma prática as suas ações como caçador de recompensas não muda o fato de que ele trocava vidas por dinheiro (por mais que as vidas fossem de criminosos). Se fossemos pensar assim, então Candie também não é um carniceiro, uma vez que ele também justifica de forma bem prática as sua ações, como mostrou bem na cena da sala de jantar. Eu acho que a questão é que quando Schultz entra em Candyland, ele olha um outro lado da moeda, como se visse uma imagem distorcida de sua própria lógica (acho que fui longe aqui, mas enfim) e ele não gosta do que vê. Tanto é que ele queria sair o mais rápido possível de Candyland uma vez que o problema de Django já estava resolvido. Só que quando Candie pede para apertarem as mãos, para Schultz isso possivelmente significa que eles estaria compactuando com tudo o que ele viu e isso já seria demais. Na verdade, pensando assim, talvez a ação de Schultz não seja muito descabida, pois poderia ser interpretada como um momento de redenção do personagem, pois se ele ainda fosse o caçados de recompensas frio e prático, então ele apertaria as mãos de Candie e voltaria para a sua vida.
Quanto à frase de Django, ele falou já em Candyland, não? Enquanto estava no papel de negociante? Pode ser inocência minha, mas acho que parte do motivo para ele ter falado isso foi interpretação... Ele deixou claro que negociantes negros seriam a raça mais baixa da escória da Terra e que faria tudo para agir como um - sentir-se especial e diferente dos negros seria necessário se ele realmente os negociasse.Aliás, em outro post eu critiquei a fala de Django quando ele diz que é um negro em dez mil, mas acho que a frase precisa ser ponderada. Ele era um escravo e possivelmente de tanto ser inferiorizados, deve ter acreditado em sua própria condição. Quando Schultz o resgata desse mundo, Django enxerga todas as suas possibilidades e então acredita ser realmente especial - só que essa interpretação míope é justificável no contexto do filme.
Sobre a sanguinolência, realmente não seria um filme de Tarantino sem ela.
Mas discordo quando diz que por justificarmos os atos de Schultz como praticidade, tiramos tb o título de carniceiro de Candie. Acho que o título é ganho não só pela facilidade de matar, mas tb pelo toque de crueldade ao matar. Senti durante todo o filme que Schultz não tinha maiores problemas com a morte em si, mas se tinha algo que o incomodava era o tratamento diferenciado para brancos e negros. Quando Schultz busca Django na estrada, ele já demonstra isso pelo modo com que trata os escravos e pela chance de vingança que dá a eles quando parte com Django, entendo que a mesma coisa foi demonstrada quando eles chegam na cidade para matar o xerife - ele foi frio, calculista e prático em todas as suas ações e sempre demonstrou um leve desagrado e até uma superioridade quando era questionado sobre o pq de estar ao lado de um negro, como igual para igual.
Quanto à frase de Django, ele falou já em Candyland, não? Enquanto estava no papel de negociante? Pode ser inocência minha, mas acho que parte do motivo para ele ter falado isso foi interpretação... Ele deixou claro que negociantes negros seriam a raça mais baixa da escória da Terra e que faria tudo para agir como um - sentir-se especial e diferente dos negros seria necessário se ele realmente os negociasse.
Por outro lado, entendo que ainda assim ele poderia se sentir um pouco diferente dos demais, mas acho que pela história e pela possibilidade de ter um parceiro como Schultz, que possibilitou que fosse atrás de vingança. E além do mais, por ser livre em uma época que isso era quase impossível.
É por isso que eu disse que Schultz pode ter visto um reflexo distorcido em Candie. Isso não quer dizer que eles sejam iguais, embora ambos sejam bem práticos na hora de justificar os seus atos. Schultz parece bem confortável com a lógica de matar os bandidos e o seu lado perverso aparece na cena do pai com o filho, pois há nessa cena um certo requinte de crueldade (que não chega nem perto da crueldade em Candyland, sem dúvida). O fato dos alvos serem bandidos não torna Schultz menos assassino, né? Esse é um papo mais longo e filosófico, bom para ser acompanhado de uma cerveja.
Agora estou na dúvida quando ele fala isso, mas acho que é quando retorna a Candyland. Quando critiquei a frase, achei que ela reforçava um pouco o racismo, mas depois entendi que o contexto precisa ser considerado. Django era um escravo e possivelmente acreditava em sua suposta condição inferior. Quando Schultz o liberta, Django entende que não era inferior, mas isso não significa que ele tenha entendido que nenhum negro é inferior e é por isso que ele falou a tal frase.
De acordo com o site The Hollywood Reporter, em uma aula de uma universidade em Roma, Morricone declarou que é frustrante trabalhar com Tarantino porque ele “encaixa músicas em seus filmes sem coerência” e que “não dá para fazer nada com alguém assim”.
Morricone continuou: “Eu não gostaria de trabalhar com ele novamente. Ele disse no ano passado que gostaria de trabalhar comigo de novo desde Bastardos Inglórios, mas eu disse que não poderia porque ele não me deu tempo suficiente. Então ele só usou uma canção que eu tinha feito anteriormente”. Para completar, ele disse que não gostou muito de Django Livre: “Para falar a verdade, eu nem liguei. Muito sangue”.