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Django Livre (Django Unchained, 2012)

Sua nota para o filme.


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    28
não gostei muito não. infelizmente os filmes do Tarantino não como as espadas de Hattori Hanzo, de modo que é possível compará-los.

senti falta de diálogos e personagens memoráveis como em Pulp Fiction e Kill Bill. e não acho que faltaram oportunidades, pois em vários momentos eu achei que ia rolar um diálogo foda, mas fiquei na vontade. é claro, as cenas de ação ficaram muito boas, mas não é só isso que se espera de um filme do Tarantino. e eu também achei o filme longo.
 
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apaixonada pelo dr. schultz :grinlove:
 
Ótimo. Por vezes muito estúpido, mas em geral é tão brilhante que a gente olha para o lado e segue viagem.

O bom: Os diálogos, para não variar; o Tarantino nunca escreveu nada tão bom quanto o tête-à-tête entre o Candie e o Schultz. A comédia. A história, com uma premissa maluca - um western sobre escravatura? - mas que faz perfeito sentido. A pitada de insólito cativante: quem mais se lembraria de inventar um dentista de Dusseldorf convertido em caçador de prémios no faroeste? Meia dúzia de atores com o papel da vida deles, principalmente o Samuel L. Jackson. Não tive qualquer problema algum com a duração; achei a cadência perfeita, pelo menos até ao terceiro ato, e o filme passou num ápice. A música; até o rap foi tolerável, o que é verdadeiramente espantoso. E o Christoph Waltz, obviamente (e o Fritz!). O filme não funcionava sem ele. Aliás, todos os problemas aparecem quando ele sai de cena.

O mau: "Sorry, I couldn't resist..." Mea culpa do Tarantino. As pirâmides de corpos e baldes de sangue não me exasperaram, mas distanciaram-me do filme. O melhor das primeiras duas horas fora a forma subtil como as personalidades do filme entravam em conflito. Houve mais emoção à flor da pele nos breves momentos de silêncio na sala de jantar do Candie do que em todo aquele frenezim de revólveres. Era impossível manter o peso dramático do filme depois de eliminar o Schultz e o Candie, mas isso não justifica entrar em modo Kill Bill. Quanto às repetições e flash-backs curtos, incomodam, mas já figuravam nos filmes anteriores, então não me parece que a ausência da Sally Mencke seja a explicação. Finalmente, cada milímetro de negativo em que apareça a cara do Tarantino deveria ser incinerado e consacrado a belzebu.

O feio: Não gostei do destino que o Tarantino deu ao Stephen, sobretudo depois do cuidado com que delineou a personagem na hora anterior. Desprezível ou não, o Stephen não passava de um velho que tinha arranjado uma forma de sair por cima naquele ambiente cadavérico, tal como qualquer outro escravo do "casarão". O Tarantino acha mesmo que ele merece ter as rótulas rebentadas e ser entregue às chamas como um trapo usado?

Enfim, nota 5 para o últimos vinte minutos, 9 para o resto. Espero que o Tarantino tire da cabeça a ideia de fazer uma trilogia com o Basterds e o Django, isso não augura nada de bom.
 
Última edição:
Ótimo. Por vezes muito estúpido, mas em geral é tão brilhante que a gente olha para o lado e segue viagem.

O bom: Os diálogos, para não variar; o Tarantino nunca escreveu nada tão bom quanto o tête-à-tête entre o Candie e o Schultz. A comédia. A história, com uma premissa maluca - um western sobre escravatura? - mas que faz perfeito sentido. A pitada de insólito cativante: quem mais se lembraria de inventar um dentista de Dusseldorf convertido em caçador de prémios no faroeste? Meia dúzia de atores com o papel da vida deles, principalmente o Samuel L. Jackson. Não tive qualquer problema algum com a duração; achei a cadência perfeita, pelo menos até ao terceiro ato, e o filme passou num ápice. A música; até o rap foi tolerável, o que é verdadeiramente espantoso. E o Christoph Waltz, obviamente (e o Fritz!). O filme não funcionava sem ele. Aliás, todos os problemas aparecem quando ele sai de cena.

O mau: "Sorry, I couldn't resist..." Mea culpa do Tarantino. As pirâmides de corpos e baldes de sangue não me exasperaram, mas distanciaram-me do filme. O melhor das primeiras duas horas fora a forma subtil como as personalidades do filme entravam em conflito. Houve mais emoção à flor da pele nos breves momentos de silêncio na sala de jantar do Candie do que em todo aquele frenezim de revólveres. Era impossível manter o peso dramático do filme depois de eliminar o Schultz e o Candie, mas isso não justifica entrar em modo Kill Bill. Quanto às repetições e flash-backs curtos, incomodam, mas já figuravam nos filmes anteriores, então não me parece que a ausência da Sally Mencke seja a explicação. Finalmente, cada milímetro de negativo em que apareça a cara do Tarantino deveria ser incinerado e consacrado a belzebu.

O feio: Não gostei do destino que o Tarantino deu ao Stephen, sobretudo depois do cuidado com que delineou a personagem na hora anterior. Desprezível ou não, o Stephen não passava de um velho que tinha arranjado uma forma de sair por cima naquele ambiente cadavérico, tal como qualquer outro escravo do "casarão". O Tarantino acha mesmo que ele merece ter as rótulas rebentadas e ser entregue às chamas como um trapo usado?

Enfim, nota 5 para o últimos vinte minutos, 9 para o resto. Espero que o Tarantino tire da cabeça a ideia de fazer uma trilogia com o Basterds e o Django, isso não augura nada de bom.

muito boa a análise. concordo especialmente com a nota dividida.

acho, no entanto, que diversas situações foram pouco aproveitadas. com o você bem disse, a cena na sala de jantar com Candie foi bem tensa, mas eu achei que o diálogo sobre o crânio dos negros poderia ser muito mais interessante. verdade seja dita, naquele momento Django e Schultz estavam tão cagados que não tinham muita coisa pra falar mesmo. uma das maiores decepções foi a cena do último diálogo de Schultz com Candie. achei muito fraca, sem nenhuma sacada genial sobre a escravidão ou a suposta inferioridade dos negros. enfim, achei fraco e pouco "tarantinesco". além disso, o próprio Django reforça a besteira de "um negro em 10.000". am I missing something?

concordo plenamente que Schultz carregou o filme nas costas e depois de sua morte achei que o filme desandou. não sei esse foi um problema meu, mas eu também não senti muita firmeza no próprio Django. a sua melhor cena foi quando desceu o chicote no feitor e eu esperava mais cenas assim, de raiva "individual" ao invés de raiva "coletiva", como foi o caso do massacre na mansão. as cenas com o próprio Tarantino são para esquecer, pois não achei que adicionaram muito.

outra coisa que não entendi: onde que isso é uma história de vingança (entendi que seria uma trilogia de vinganças). vingança do negro contra o branco? eu vi isso só durante a carreira de caçador de recompensas de Django. fora isso, é um filme de resgate, exatemente como o próprio Schultz falou. não que isso seja um defeito, é mais uma dúvida minha.

Samuel L. Jackson também fez um ótimo papel e acho que morreu bem.

por fim, eu tenho outra dúvida. alguém viu nos créditos como é a grafia do nome da mulher de Django? pra mim, o certo é Brunhild (sendo o "original" Brynhildr), mas no IMDB está escrito Broomhilda. será uma piada (broom = vassoura)?
 
Assim como Bastardos Inglórios, embora num nível bastante superior, a primeira metade do filme é consideravelmente melhor que a segunda.
 
Se cortassem uns 45 minutos do filme, ele seria mais facilmente tolerável.
E se os últimos 30 minutos não fossem só uma sanguinolência gratuita, o filme poderia ser realmente bom.
Mas daí seria outro filme.

Tarantino errou a mão feio nesse filme, ao meu ver.

O Cristoph Waltz é a única coisa boa do início ao fim.
E o Samuel L. Jackson, apesar da minha antipatia por ele, estava divertido também.


De resto, é um filme que eu não recomendo aos amigos.
Porque, neam, 2:45:00 na vida da gente é melhor gastar com filmes que realmente importam.
Ou que divirtam mais pelo menos. Esse não conseguiu nem isso.
 
O mau: "Sorry, I couldn't resist..." Mea culpa do Tarantino. As pirâmides de corpos e baldes de sangue não me exasperaram, mas distanciaram-me do filme. O melhor das primeiras duas horas fora a forma subtil como as personalidades do filme entravam em conflito. Houve mais emoção à flor da pele nos breves momentos de silêncio na sala de jantar do Candie do que em todo aquele frenezim de revólveres. Era impossível manter o peso dramático do filme depois de eliminar o Schultz e o Candie, mas isso não justifica entrar em modo Kill Bill. Quanto às repetições e flash-backs curtos, incomodam, mas já figuravam nos filmes anteriores, então não me parece que a ausência da Sally Mencke seja a explicação. Finalmente, cada milímetro de negativo em que apareça a cara do Tarantino deveria ser incinerado e consacrado a belzebu.

O feio: Não gostei do destino que o Tarantino deu ao Stephen, sobretudo depois do cuidado com que delineou a personagem na hora anterior. Desprezível ou não, o Stephen não passava de um velho que tinha arranjado uma forma de sair por cima naquele ambiente cadavérico, tal como qualquer outro escravo do "casarão". O Tarantino acha .

Bem, o filme conseguiu me vender a idéia de que não foi o Tarantino, mas o Django, que teve no Stephen seu principal obstáculo em seu plano, quem decidira pela morte do escravo.

Se cortassem uns 45 minutos do filme, ele seria mais facilmente tolerável.
E se os últimos 30 minutos não fossem só uma sanguinolência gratuita, o filme poderia ser realmente bom.
Mas daí seria outro filme.

Tarantino errou a mão feio nesse filme, ao meu ver.

O Cristoph Waltz é a única coisa boa do início ao fim.
E o Samuel L. Jackson, apesar da minha antipatia por ele, estava divertido também.


De resto, é um filme que eu não recomendo aos amigos.
Porque, neam, 2:45:00 na vida da gente é melhor gastar com filmes que realmente importam.
Ou que divirtam mais pelo menos. Esse não conseguiu nem isso.

Acho o filme mais sincero e inteligente na abordagem do tema escravidão do que, por exemplo, a abordagem "vamos glorificar os heróis brancos da abolição" de Lincoln.
 
Última edição:
Esqueci de pesar na minha avaliação a sanguinolência no fim. Pode ser um traço do diretor, mas pra mim foi exagerado também.
 
O filme foi excelente, me divertiu do início ao fim, fazendo as 2h45 passarem voando. As atuações do Walz, do DiCaprio e do Jackson estavam excelentes, com destaque pro DiCaprio que não tinha tido uma atuação tão boa desde "O Aviador"; não me lembro de vê-lo interpretando outros vilões e ele me convenceu com louvor.

Alguém comentou aí sobre a falta de diálogos de impacto, marcantes e etc., que são marca do Tarantino. Bem, nesse filme ele queria homenagear um diretor que usava muito pouco de diálogos nos seus filmes; o forte do Sergio Leone eram as trilhas sonoras e as trocas de olhares entre os atores, então não esperava mesmo que Tarantino focasse nos diálogos. Porém foram poucas as cenas que me fizeram lembrar das caras e bocas do Clint Eastwood nesse filme, talvez só a cena da chegada no Candyland seja digna de nota.

Se o filme fosse um pouquinho mais longo, uns 20min, acho que daria pra consertar esse pequeno problema... É, eu achei o filme curto.

E sobre o final:
O Tarantino gosta de finais bem resolvidos, talvez seja um dos fracos dele, mas não atrapalhou o filme. De qualquer forma, dava pra ter terminado o filme umas duas vezes muito bem antes do "final final". A violência final foi perfeita, na medida certa, melhor do que 100% dos filmes de ação que vi recentemente.
 
Assisti pela 4ª vez e acho que vocês exageraram sobre o exagero de projeção. O filme é redondo e é melhor que Skol.

Desculpa, Pips, mas redondo ele não é. Divertido no máximo. Dava pra resover algumas coisas na sala de edição, mas a passagem do 2º para o 3º ato foi truncada. Mesmo com todas as razões que alguém pudesse dar para o Schulz, no 2º ato a personagem destoou do restante do filme, enquanto que o Django cresceu de forma mais "redonda".
 
Certamente em algum momento eu vou assistir de novo. O ponto é que em comparação aos demais filmes do Tarantino, achei Django Livre um pouco fraco. Achei Django (e estou falando mais do personagem do que do ator) pouco carismático e que na reta final do filme ele não dá conta do recado (em função do spoiler já citado). No fundo, pro personagem, a questão da escravidão parece bem irrelevante - ele só quer reencontrar sua esposa. Já para Schultz, a escravidão e a suposta inferioridade dos negros é um incômodo e...

... já que ele sentiu vontade de matar Candy, então o que custava colocar um diálogo tarantinesco antes de atirar? Aliás, Schultz parece ser um individúo que controla bem as suas emoções de modo que o assassinato foi um descontrole. Sendo esse o caso, poderia ter sido melhor dramatizado essa explosão. Ele simplesmente diz que não pode evitar.
 
Desculpa, Pips, mas redondo ele não é. Divertido no máximo. Dava pra resover algumas coisas na sala de edição, mas a passagem do 2º para o 3º ato foi truncada. Mesmo com todas as razões que alguém pudesse dar para o Schulz, no 2º ato a personagem destoou do restante do filme, enquanto que o Django cresceu de forma mais "redonda".

Ele se transformou no segundo ato depois de ser companheiro do Django. Ele não pertencia mais a toda aquela perseguição e violência, não gostava mais. A cena da harpa com Beethoven e os flashbacks provam isso. Schultz não era mais o mesmo desde que conheceu o Calvin. E ele tinha de dar espaço para o Django crescer. E se ele ficasse destoado do filme não é uma questão de edição, mas de direção.

A única cena que destoa de todo o filme é com a participação do Tarantino.
 
Ele se transformou no segundo ato depois de ser companheiro do Django. Ele não pertencia mais a toda aquela perseguição e violência, não gostava mais. A cena da harpa com Beethoven e os flashbacks provam isso. Schultz não era mais o mesmo desde que conheceu o Calvin. E ele tinha de dar espaço para o Django crescer. E se ele ficasse destoado do filme não é uma questão de edição, mas de direção.

A única cena que destoa de todo o filme é com a participação do Tarantino.

Esse é o problema: pra um cara que tava tão acostumado com isso, virar um "pacifista" da noite pro dia como aconteceu foi muito abrupto. E por que raios dar close em personagens secundários que não fazem p**** nenhuma?! Portanto, "redondo" o filme não é. De todos do Tarantino, esse foi o pior que ele dirigiu - e ainda assim vale ser conferido, mas menos pela novidade e mais por critérios técnicos isolados.
 
Esse é o problema: pra um cara que tava tão acostumado com isso, virar um "pacifista" da noite pro dia como aconteceu foi muito abrupto.

Teve uma separação de, no mínimo, 3 meses entre o Schultz que você conhece no começo do filme e o cara que quer ajudar o Django.

Porque não foi abrupta:

- Ele se interessa pela história de Django e da mulher;
- Ele começa a criar um laço de amizade com Django enquanto eles passam o inverno juntos;
- Ele viu um negro ser comido por cães só porque não queria lutar até a morte;
- Calvin é o ser mais desprezível, a transformação TERMINA quando eles se conhecem. Querendo ou não o Schultz se transforma o filme inteiro, enquanto ele se torna mais humano, o Django se torna mais letal. Os dois evoluíram, cada qual para um lado.


E por que raios dar close em personagens secundários que não fazem p**** nenhuma?!

Porque ele está homenageando os westerns e todos eles tem zoom e closes em personagens. A diferença é que o elenco do Tarantino é maior e ele tem figurações de gala.

Portanto, "redondo" o filme não é.

Portanto? Você não explicou porque até agora ele não é redondo.

De todos do Tarantino, esse foi o pior que ele dirigiu - e ainda assim vale ser conferido, mas menos pela novidade e mais por critérios técnicos isolados.

Tudo bem dizer que o filme é longo, eu não estou dizendo que não é, mas até agora ninguém me convenceu que isso é um ponto negativo. E volto a defender que a história só nãoé rápida, porque o Tarantino não dividiu em partes (ou capítulos), o que fazia com que seus outros filmes ganhassem "agilidade" e tivessem cortes mais "precisos".
 
Teve uma separação de, no mínimo, 3 meses entre o Schultz que você conhece no começo do filme e o cara que quer ajudar o Django.

Porque não foi abrupta:

- Ele se interessa pela história de Django e da mulher;
- Ele começa a criar um laço de amizade com Django enquanto eles passam o inverno juntos;
- Ele viu um negro ser comido por cães só porque não queria lutar até a morte;
- Calvin é o ser mais desprezível, a transformação TERMINA quando eles se conhecem. Querendo ou não o Schultz se transforma o filme inteiro, enquanto ele se torna mais humano, o Django se torna mais letal. Os dois evoluíram, cada qual para um lado.

Durante todo esse tempo eles continuam caçando criminosos, com métodos nada ortodoxos e de forma fria. Aí o cara se converte porque vê alguém sendo torturado? Ah, porque matar o sujeito na frente do filho é totalmente válido, certo? Me perdoe, Pips, mas não cola.

Porque ele está homenageando os westerns e todos eles tem zoom e closes em personagens. A diferença é que o elenco do Tarantino é maior e ele tem figurações de gala.

Figurações de gala que não fazem nada a não ser aparecer. Até o Stallone faz melhor com seus atores de ação esquecidos na década de 1980.

Uma homenagem ao estilo Leone - em que o sujeito ainda era importante para a trama -, faz sentido. Mas posicionar a câmera em uma personagem secundária que nem participa da ação ou a desenvolve é desperdício de filme.

Portanto? Você não explicou porque até agora ele não é redondo.

"Redondo" de perfeito? It's not.


Tudo bem dizer que o filme é longo, eu não estou dizendo que não é, mas até agora ninguém me convenceu que isso é um ponto negativo. E volto a defender que a história só nãoé rápida, porque o Tarantino não dividiu em partes (ou capítulos), o que fazia com que seus outros filmes ganhassem "agilidade" e tivessem cortes mais "precisos".

Ser longo não tem nada a ver com qualidade - é que o filme é ruim mesmo, rs. Até "À Prova de Morte" foi melhor. "Jackie Brown" é melhor, até. Pelo visto ele nunca vai fazer algo a altura de "Bastardos Inglórios", sua própria - de acordo com sua protagonista - obra-prima.
 
Tentei evitar spoilers ao máximo no parágrafo abaixo.

Definitivamente eu preciso ver o filme novamente para opinar melhor. Eu entendo, no entanto, que ambos os personagens sofreram transformações, principalmente pq houve uma troca de universos entre eles. Django vivencia a realidade do caçador de recompensas e isso faz como que ele se vingue dos "brancos" enquanto torna-se um indivíduo mais frio. Schultz, por outro lado, entra no mundo de Djando (da escravidão) quando encontra Candie e vai para Candyland. Durante todo o filme me pareceu claro que Schultz nunca viu sentido na escravidão ou na suposta inferioridade dos negros, ao mesmo tempo que também parecia desgostar dos estilo de vida norte-americano. Se não me engano, ele fica chocado com a luta dos mandingo, com o episódio de D'Artagnan e com o discurso enlouquecido de Candie na sala de jantar. A dúvida é: Pq exatamente esses acontecimentos fazem Schultz mudar, de modo que tome uma decisão tão extrema? Por mais que Schultz tenha se envolvido com Django, a sua decisão é puramente impulsiva - ele não age para o bem de Django. Ele simplesmente explode e isso não parece combinar muito com um personagem que é um caçador de recompensas, ou seja, que por definição sabe pensar um pouco antes de agir. De qualquer forma, acho que faltou um diálogo mais interessante e com algum tipo de reflexão sobre a escravidão antes da ação começar (falar que Dumas era negro foi muito pouco).
 

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