Coloquei o texto aqui por ser sobre poesias mas, se estiver errado, por favor, coloquem no lugar certo ^^'
Escrevi esse texto sbre poesias e queria saber o que voces acham. Se concordam, se discordam, qual a visão de voces do assunto, etc
Estava pensando com meus botões (as vozes da minha cabeça, meu eu interior ou o nome que achar mais bonitinho, como costuma dizer um amigo meu) sobre poesias. E cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar com outros amantes da literatura.
Considero que a habilidade de traduzir em palavras o que se sente em determinado momento ou situação, é um recurso que nem todas as pessoas possuem, mas que, mesmo de forma um tanto restrita, está razoavelmente distribuído pelos exemplares da raça humana, sendo encontrado com facilidade e, às vezes, sem procurarmos. Muitas vezes esses exemplares são meros mortais como nós (por mortais entenda escritores amadores sem trabalhos publicados), outras são autores consagrados da literatura mundial. Mesmo uma pessoa que não escreve, não coloca em papel (ou HD, pen-drive, etc), mas desabafa algo pra alguém, seja um ombro amigo, um psicólogo ou a coitada da caixa do supermercado que não tem nada a ver com a história, está exercitando essa habilidade, o que me levou a conclusão do inicio do parágrafo. Portanto, classifico o desenvolvimento dessa habilidade algo de nível médio de dificuldade, dentro de uma escala geral. Vale ressaltar que não estou considerando a qualidade ou beleza do resultado dessas transcrições, apenas a capacidade de fazê-lo de forma inteligível.
Por outro lado, temos a habilidade de escrever de forma esteticamente organizada, com rimas, estrofes, etc. Essa já é uma habilidade menos vista, mesmo sendo uma que, em teoria, pode ser aprendida por qualquer um. Decoram-se as regras de um soneto e pronto, podemos escrever um, dois, vários sonetos até, desde que não esqueçamos as regras definidas que caracterizam esse tipo de poesia. Porém, por ser uma técnica dirigida, pode apresentar um nível de dificuldade maior, dependendo do vocabulário conhecido pelo individuo que desenvolve a empreitada de produzir tal peça literária. Isso somado ao fato que não é uma habilidade inata e que precisa de instrução alheia para ser desenvolvida (mesmo que essa instrução seja uma pagina na internet sobre o tema) me faz colocar essa habilidade como mais difícil do que a anterior, embora não creia que deveria sair da esfera do nível médio... Talvez um médio-alto. Mais uma vez coloco que não estou levando em conta a qualidade ou beleza da obra final desenvolvida e faço questão de ressaltar isso, pois é um conceito fundamental para final da minha explanação.
Agora entramos na parte até então ignorada por mm. A habilidade de escrever algo belo ou de qualidade. Um texto que seja agradável quer pelas palavras bem colocadas, quer pela historia bem desenvolvida ou pelas emoções devidamente descritas ali. Já não se trata apenas de escrever, da mesma forma que a escrita estética. Trata-se de criar algo com a escrita que possa ser chamado belo, ou agradável para quem leia, ou pelo menos uma maioria. A habilidade de transformar um sentimento não apenas em palavras, mas em palavras que emocionem quem lê, que fiquem bonitas ou aprazíveis ao leitor. Essa habilidade é mais difícil de ser atingida, principalmente porque beleza é um conceito abstrato e subjetivo e o que é belo para um pode não ser para outro. Sendo assim, considero que atingir tal coisa é algo de nível difícil e, pessoalmente, quando consigo isso, fico satisfeito com o texto que fiz, assumindo que a idéia seja passar um sentimento, uma história e assim por diante.
Agora, imaginem que alguém consiga passar um sentimento para um texto e que esse texto fique bonito, emocionante de se ler, e ainda esteja organizado em forma esteticamente definida. Aí, creio eu, chegamos à genialidade. Pois, além de traduzir primariamente em sua mente o sentimento para palavras ainda cruas, o autor elabora mais a obra, para obter algo que não só transmita, mas inflija no leitor as emoções contidas e, como se isso não fosse suficiente, adéqua tais palavras à regras de estética rígidas, sem que essa obra perca sua qualidade, beleza ou autenticidade em relação às emoções que dispararam o processo criativo. Quando alguém consegue tal feito, esse alguém transcende os limites do comum e entra no excepcional, a meu ver, pois está modificando a expressão de parte de si sem permitir que essa parte seja contaminada, diminuída ou corrompida pela estética a que foi submetida.
Creio ser esse feito algo excepcional por considerar que, para atingi-lo, o autor deve ter em igualmente altos níveis o conhecimento das palavras em geral, das regras que definem a estética escolhida para a obra e de si mesmo, sendo esse ultimo, por mais paradoxal que pareça, o mais difícil de todos. Acredito que quando nos expressamos através de palavras familiares a nós, preenchemos, de certa forma, possíveis lacunas de autoconhecimento com expressões habituais que já trazem em si autoconhecimento subconsciente latente. Quando somos forçados(ou nos forçamos) a colocar a mesma idéia ou sentimento em outras palavras, de forma a encaixar o texto dentro da estética, se não nos conhecemos o suficiente, corremos o risco de nos perdermos no caminho, causando uma deterioração do significado inicial do que foi concebido em nossa mente. Também a falta de vocabulário pode fazer com que desistamos da tentativa, por saber que as palavras que conhecemos não podem expressar de forma esteticamente organizada o que pensamos e sentimos. Por fim, a falta de domínio da técnica em si pode produzir um trabalho falho do ponto de vista estético sem que percebamos. Por isso, reafirmo: produzir uma poesia esteticamente correta, com sentimentos verdadeiros sem perder a essência e a beleza de tais sentimentos é um feito que fica reservado apenas aos gênios da poesia.
Pelo meu conhecimento pequeno de poesia, não me recordo de ter lido um poema que se encaixe nesses parâmetros até hoje. Espero que, no futuro eu leia não um, mas vários, pois tenho certeza que cada um deles será uma viagem fantástica e uma experiência sublime.
Escrevi esse texto sbre poesias e queria saber o que voces acham. Se concordam, se discordam, qual a visão de voces do assunto, etc
Estava pensando com meus botões (as vozes da minha cabeça, meu eu interior ou o nome que achar mais bonitinho, como costuma dizer um amigo meu) sobre poesias. E cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar com outros amantes da literatura.
Considero que a habilidade de traduzir em palavras o que se sente em determinado momento ou situação, é um recurso que nem todas as pessoas possuem, mas que, mesmo de forma um tanto restrita, está razoavelmente distribuído pelos exemplares da raça humana, sendo encontrado com facilidade e, às vezes, sem procurarmos. Muitas vezes esses exemplares são meros mortais como nós (por mortais entenda escritores amadores sem trabalhos publicados), outras são autores consagrados da literatura mundial. Mesmo uma pessoa que não escreve, não coloca em papel (ou HD, pen-drive, etc), mas desabafa algo pra alguém, seja um ombro amigo, um psicólogo ou a coitada da caixa do supermercado que não tem nada a ver com a história, está exercitando essa habilidade, o que me levou a conclusão do inicio do parágrafo. Portanto, classifico o desenvolvimento dessa habilidade algo de nível médio de dificuldade, dentro de uma escala geral. Vale ressaltar que não estou considerando a qualidade ou beleza do resultado dessas transcrições, apenas a capacidade de fazê-lo de forma inteligível.
Por outro lado, temos a habilidade de escrever de forma esteticamente organizada, com rimas, estrofes, etc. Essa já é uma habilidade menos vista, mesmo sendo uma que, em teoria, pode ser aprendida por qualquer um. Decoram-se as regras de um soneto e pronto, podemos escrever um, dois, vários sonetos até, desde que não esqueçamos as regras definidas que caracterizam esse tipo de poesia. Porém, por ser uma técnica dirigida, pode apresentar um nível de dificuldade maior, dependendo do vocabulário conhecido pelo individuo que desenvolve a empreitada de produzir tal peça literária. Isso somado ao fato que não é uma habilidade inata e que precisa de instrução alheia para ser desenvolvida (mesmo que essa instrução seja uma pagina na internet sobre o tema) me faz colocar essa habilidade como mais difícil do que a anterior, embora não creia que deveria sair da esfera do nível médio... Talvez um médio-alto. Mais uma vez coloco que não estou levando em conta a qualidade ou beleza da obra final desenvolvida e faço questão de ressaltar isso, pois é um conceito fundamental para final da minha explanação.
Agora entramos na parte até então ignorada por mm. A habilidade de escrever algo belo ou de qualidade. Um texto que seja agradável quer pelas palavras bem colocadas, quer pela historia bem desenvolvida ou pelas emoções devidamente descritas ali. Já não se trata apenas de escrever, da mesma forma que a escrita estética. Trata-se de criar algo com a escrita que possa ser chamado belo, ou agradável para quem leia, ou pelo menos uma maioria. A habilidade de transformar um sentimento não apenas em palavras, mas em palavras que emocionem quem lê, que fiquem bonitas ou aprazíveis ao leitor. Essa habilidade é mais difícil de ser atingida, principalmente porque beleza é um conceito abstrato e subjetivo e o que é belo para um pode não ser para outro. Sendo assim, considero que atingir tal coisa é algo de nível difícil e, pessoalmente, quando consigo isso, fico satisfeito com o texto que fiz, assumindo que a idéia seja passar um sentimento, uma história e assim por diante.
Agora, imaginem que alguém consiga passar um sentimento para um texto e que esse texto fique bonito, emocionante de se ler, e ainda esteja organizado em forma esteticamente definida. Aí, creio eu, chegamos à genialidade. Pois, além de traduzir primariamente em sua mente o sentimento para palavras ainda cruas, o autor elabora mais a obra, para obter algo que não só transmita, mas inflija no leitor as emoções contidas e, como se isso não fosse suficiente, adéqua tais palavras à regras de estética rígidas, sem que essa obra perca sua qualidade, beleza ou autenticidade em relação às emoções que dispararam o processo criativo. Quando alguém consegue tal feito, esse alguém transcende os limites do comum e entra no excepcional, a meu ver, pois está modificando a expressão de parte de si sem permitir que essa parte seja contaminada, diminuída ou corrompida pela estética a que foi submetida.
Creio ser esse feito algo excepcional por considerar que, para atingi-lo, o autor deve ter em igualmente altos níveis o conhecimento das palavras em geral, das regras que definem a estética escolhida para a obra e de si mesmo, sendo esse ultimo, por mais paradoxal que pareça, o mais difícil de todos. Acredito que quando nos expressamos através de palavras familiares a nós, preenchemos, de certa forma, possíveis lacunas de autoconhecimento com expressões habituais que já trazem em si autoconhecimento subconsciente latente. Quando somos forçados(ou nos forçamos) a colocar a mesma idéia ou sentimento em outras palavras, de forma a encaixar o texto dentro da estética, se não nos conhecemos o suficiente, corremos o risco de nos perdermos no caminho, causando uma deterioração do significado inicial do que foi concebido em nossa mente. Também a falta de vocabulário pode fazer com que desistamos da tentativa, por saber que as palavras que conhecemos não podem expressar de forma esteticamente organizada o que pensamos e sentimos. Por fim, a falta de domínio da técnica em si pode produzir um trabalho falho do ponto de vista estético sem que percebamos. Por isso, reafirmo: produzir uma poesia esteticamente correta, com sentimentos verdadeiros sem perder a essência e a beleza de tais sentimentos é um feito que fica reservado apenas aos gênios da poesia.
Pelo meu conhecimento pequeno de poesia, não me recordo de ter lido um poema que se encaixe nesses parâmetros até hoje. Espero que, no futuro eu leia não um, mas vários, pois tenho certeza que cada um deles será uma viagem fantástica e uma experiência sublime.