Haran
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Prefiro bem mais os primeiros filmes do que os últimos, e especialmente não gosto dos filmes do meio (quatro e cinco), que acho que são ruins mesmo.
Os três primeiros filmes não tinham a pretensão de conterem grandes dramas, dilemas morais e etc, por não serem tão pretensiosos conseguiram tratar as coisas de maneira mais bem-sucedida. Já o quarto e o quinto filme, por sua vez têm a pretensão de serem grandiosos, assumem esse compromisso e acabam sendo banais. O segundo e o quinto filme, por exemplo, tratam de certa forma do mesmo assunto: "terá Harry tendência para o mal?". Só que o segundo filme tenta tratar o assunto de um jeito mais singelo e com poucas cenas (pergunta de Harry ao Chapéu, fala de Dumbledore a Harry, etc), mas ainda assim trata a questão de forma eficaz. Já no quinto Harry tem vários chiliques, delírios, estralos de pescoço e etc, e no final retorna a solução simples "ó Voldie, tu nunca terás amigos, tenho pena de ti", o que soa decepcionante. Esse exemplo ilustra bem minha preferência pelos filmes do Columbus.
Ainda nesse sentido, de tentar ser grandioso ou estiloso, esses dois filmes (quarto e quinto) têm a chamada vergonha alheia que vou te contar, viu... Tem cenas que sinto vergonha de ter incentivado alguém a assisti-las. Como a entrada dos alunos estrangeiros em Hogwarts, a lingüinha de fora do Crouch Jr, Harry tendo chilique quando chega o Draco na estação, o estilo pseudo-dramático da reunião na casa do Sirius no quinto filme ("óó, ele é só uma criança, não conte a ele!") para algo que não era pra tanto... ou "Sirius, se eu tender para o mal?!". Etc. Já os primeiros filmes todos comportamentos são coerentes dentro daquele universo infanto-juvenil, não soam exagerados ou falsamente grandiosos, mesmo quando intencionalmente caricatos. Me espanta enormemente ver muita gente comprando o quinto filme como marco de amadurecimento da série... Para mim foi o oposto.
O sexto filme tem os mesmos problemas do quarto e do quinto filme, mas de forma atenuada, pois sequer tenta explorar temas sombrios como deveria, os minimizando-os ao máximo (memórias sobre Voldemort, Príncipe Mestiço...) focando em namoricos e na vida escolar... Mas visualmente é até bem interessante. O filme 7.1 foi bem-sucedido, com um clima lento, e relativamente sombrio (dado os padrões da série), para mim seria o melhor depois dos filmes 1, 2, 3. O 7.2 para mim foi pura batalha, duelos e ação, com atuações e história também minimizadas ao máximo para permitir isso.
De qualquer forma, preferia em muito que Columbus tivesse feito toda a série. Teríamos algo menos ‘hollywoodiano’ (ou da linha “familiar” de Hollywood), com um tom mais leve e singelo - o que não é ruim - e mais uniforme. Agora temos não uma série, como temos De Volta para o Futuro, ou O Senhor dos Anéis, e sim grupos de filmes apenas, não há uma continuidade nos filmes. E talvez teríamos John Williams durante a série inteira, cuja música encaixava-se perfeitamente no estilo dos primeiros filmes.
Ah, quanto ao terceiro filme, eu acho fodástico. Fico entre o filme 2 e o filme 3, embora pense que, se não fosse fã, o filme 3 seria melhor, minha visão de fã que acaba equilibrando esses dois filmes (pois adoro o livro da Câmara). Só acho uma pena, pois ele abriu o precedente para criar uma descontinuidade entre os filmes, mas se a coisa parasse no Alfonso Cuarón eu ficaria feliz. Não é um filme que eu vi ou vejo com bastante frequencia (diferente dos filmes 1 e 2 que já vi bastante), por isso que cada vez que vejo me surpreendo. Gosto também do fato de ele ter dois clímax (senão três), um na Casa dos Gritos e um que envolve a volta no tempo. Sempre quando eles saem da Casa dos Gritos eu tenho uma espécie sensação que o filme vai acabar, e fico “surpreso” ao perceber que o filme vai bem além disso.
Os três primeiros filmes não tinham a pretensão de conterem grandes dramas, dilemas morais e etc, por não serem tão pretensiosos conseguiram tratar as coisas de maneira mais bem-sucedida. Já o quarto e o quinto filme, por sua vez têm a pretensão de serem grandiosos, assumem esse compromisso e acabam sendo banais. O segundo e o quinto filme, por exemplo, tratam de certa forma do mesmo assunto: "terá Harry tendência para o mal?". Só que o segundo filme tenta tratar o assunto de um jeito mais singelo e com poucas cenas (pergunta de Harry ao Chapéu, fala de Dumbledore a Harry, etc), mas ainda assim trata a questão de forma eficaz. Já no quinto Harry tem vários chiliques, delírios, estralos de pescoço e etc, e no final retorna a solução simples "ó Voldie, tu nunca terás amigos, tenho pena de ti", o que soa decepcionante. Esse exemplo ilustra bem minha preferência pelos filmes do Columbus.
Ainda nesse sentido, de tentar ser grandioso ou estiloso, esses dois filmes (quarto e quinto) têm a chamada vergonha alheia que vou te contar, viu... Tem cenas que sinto vergonha de ter incentivado alguém a assisti-las. Como a entrada dos alunos estrangeiros em Hogwarts, a lingüinha de fora do Crouch Jr, Harry tendo chilique quando chega o Draco na estação, o estilo pseudo-dramático da reunião na casa do Sirius no quinto filme ("óó, ele é só uma criança, não conte a ele!") para algo que não era pra tanto... ou "Sirius, se eu tender para o mal?!". Etc. Já os primeiros filmes todos comportamentos são coerentes dentro daquele universo infanto-juvenil, não soam exagerados ou falsamente grandiosos, mesmo quando intencionalmente caricatos. Me espanta enormemente ver muita gente comprando o quinto filme como marco de amadurecimento da série... Para mim foi o oposto.
O sexto filme tem os mesmos problemas do quarto e do quinto filme, mas de forma atenuada, pois sequer tenta explorar temas sombrios como deveria, os minimizando-os ao máximo (memórias sobre Voldemort, Príncipe Mestiço...) focando em namoricos e na vida escolar... Mas visualmente é até bem interessante. O filme 7.1 foi bem-sucedido, com um clima lento, e relativamente sombrio (dado os padrões da série), para mim seria o melhor depois dos filmes 1, 2, 3. O 7.2 para mim foi pura batalha, duelos e ação, com atuações e história também minimizadas ao máximo para permitir isso.
De qualquer forma, preferia em muito que Columbus tivesse feito toda a série. Teríamos algo menos ‘hollywoodiano’ (ou da linha “familiar” de Hollywood), com um tom mais leve e singelo - o que não é ruim - e mais uniforme. Agora temos não uma série, como temos De Volta para o Futuro, ou O Senhor dos Anéis, e sim grupos de filmes apenas, não há uma continuidade nos filmes. E talvez teríamos John Williams durante a série inteira, cuja música encaixava-se perfeitamente no estilo dos primeiros filmes.
Ah, quanto ao terceiro filme, eu acho fodástico. Fico entre o filme 2 e o filme 3, embora pense que, se não fosse fã, o filme 3 seria melhor, minha visão de fã que acaba equilibrando esses dois filmes (pois adoro o livro da Câmara). Só acho uma pena, pois ele abriu o precedente para criar uma descontinuidade entre os filmes, mas se a coisa parasse no Alfonso Cuarón eu ficaria feliz. Não é um filme que eu vi ou vejo com bastante frequencia (diferente dos filmes 1 e 2 que já vi bastante), por isso que cada vez que vejo me surpreendo. Gosto também do fato de ele ter dois clímax (senão três), um na Casa dos Gritos e um que envolve a volta no tempo. Sempre quando eles saem da Casa dos Gritos eu tenho uma espécie sensação que o filme vai acabar, e fico “surpreso” ao perceber que o filme vai bem além disso.