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Críticas construtivas nas discussões baseadas em Tolkien e além!

Roy Batty

"Inconsertável"
O que é isso? Não que eu não saiba o que é uma crítica construtiva. Mas tenho notado uma certa maneira antiquada com que algumas pessoas ostentadoras do “savoir-faire” se exibem. Acabo de cair na armadilha.




Em primeiro lugar, o que me fez pensar em criar o tópico, foram posts da Kyra e do Anwel no tópico “O Julgamento de Gollum”. Este vai ser um tópico complicado e espero que tenham paciência e pratiquem Yoga (rs). Tem polêmica e atualmente o movimento do forum não é grande. Então entendo se meu tópico acabar tão logo como num romance intempestivo...rsrsrs. Quero esclarecer que não há como contestar a validade do que está (ou estava) em curso naquele tópico do Julgamento do Caviloso, pois o que já se decidiu, deve ser respeitado. Mas vez ou outra eu percebi algumas rusgas lá que são justificáveis (questionamento do modus operandi). Cada um de nós precisa saber separar e investigar o que é critica construtiva e o que é subjetivismo. O subjetivismo serve-se de uma vaidade que toma parte de um dos lados. Critica construtiva, PARA MIM, só se configura como tal quando a VALIDADE de expressão de todos os envolvidos não é obliterada por coadunação de duas ou mais pessoas que favorecem ou defendem somente um TIPO de desenvolvimento de argumentação; a crítica construtiva é embasada estritamente em proposições objetivas, imparciais, que esclareçam ou cumpram com o dever de considerar as variáreis, relacionadas a pontos de vista diversificados, situações empíricas que incutem em alguém uma visão diferente da exposta pelo crítico “construtivo”..




Como vocês avaliam a questão? O que pra vocês é criticar construtivamente? Vejo algumas pessoas falando para outras: “Parabéns pela crítica construtiva”, enquanto isso, 90 % ficam revoltados pela falta de respeito com que tal “crítica construtiva” rebaixa outras ou, NO MÍNIMO, não procura entender que cada um vale-se de sua ORIGINALIDADE e nível de experiência específico sobre determinado tema discutido. Alguns que se acham mais inteligentes ou “experientes” , fazem-se de rudes diante de outras maneiras de abordar um assunto relacionado a Tolkien. Então, “Critica Construtiva” o que seria pra vocês? Não seria o caso de ser algo ligado mais à defesa do campo profissional e de conhecimentos específicos da pessoa? Fiz a pergunta para cada um talvez colocar pra fora o seu direito de dizer o que pensa. Eu não vou participar do tópico pois quando eu crio um tópico, geralmente eu falo tudo logo no post inicial. (sou cheio de coisa, né?).







Espero que vocês se posicionem sobre como argumentar, como elaborar um texto de forma ideal sem ofender ou excluir pessoas que são de outras áreas. É sabido que um bom texto precisa ser elegante, coeso, simples, direto, CLARO, destituído de linguagens excessivamente herméticas. Anwel, Hiswen, Avastgard e Neo são inteligentes (Indily e ALF nem se fala!!) e têm um domínio da palavra. Mas o medo mesmo é que algumas pessoas (não é a maioria) faltem com o equilíbrio emocional e respeito pelo modo de outra pessoa se expressar. É por isso que não concordo quando as duas partes entram em conflito mas mal dialogam de maneira franca, preferindo manter o orgulho. Só creio que o formato de um texto que seja para clarificar e para ajudar na construção de uma visão geral do problema, mesmo num tópico que finja um Tribunal de Julgamento, deve ser flexível e nunca rigido.. O Edrahil foi bem feliz em algumas coisas ditas lá. Se nem todos concordam em seguir o modelo de Julgamento que conhecemos no nosso mundo, que não se aplique tal modelo, e que cheguem num meio termo. É preciso refletir sob uma perspectiva pluralista. Cada um tirar o melhor de si, do conhecimento que possui, sem rebaixar a idiossincrasia e os conhecimentos alheios. E isso vale para todas as discussões em qualquer seção do forum.




Não vou cansá-los com minha explanação mais do que já os cansei. Por isso, coloco o resto do que tenho pra dizer, dentro do Spoiler. O essencial já postei acima. Mas o que está dentro do Spoiler corrobora com os que estão se sentindo desconfortáveis com os formalismos burocráticos dos dispositivos jurídicos aplicados no Círculo da Lei..




Atualmente não tenho tempo para trocar ideia (estive viajando pra outro Estado), então non se preocupem. Farei o possível para daqui a 2322 anos voltar com empolgação. Fiquei de dar continuidade às conversas . É desculpinha esfarrapada (rsrsr...brincadeira, é sério!). Só apareci pra postar isso e para dar um oi para a Vênus de Boticelli praieira (depois eu falo contigo, ainda não li a sua mensagem...mas eu não esqueci e não vou [não tem um emoticon decente nessas horas]..rs), e pro pessoal que tá pensando em substituir o Wally (de “Onde está Wally” )por mim..rsrsr





Tal espírito da crítica construtiva deve saber unir e conciliar opostos, o melhor de dois mundos. No Julgamento de Gollum há um certo desequilíbrio...há um peso maior em valorizar mecanismos sistemáticos (falhos) que são de domínios de poucos, sobrepujando a autenticidade de quem gostaria de usar de seus próprios meios para apresentar a acusão ou defesa. “Peça” é termo que desconsidero.. Vamos aos nomes genéricos. . Estamos falando de fãs num ambiente para iguais. Falta o mais importante para legitimar o Poder Judiciário que conhecemos do nosso mundo: o senso de respeito e justiça do seu idealizador, Montesquieu. Essa “Justiça” há muito tempo tem envergonhado a todos nós, não tapemos os ouvidos e coloquemos uma venda nos olhos, e ignoremos que caras como Gilmar Mendes ou José Dirceu foram absolvidos. Se é essa Justiça cujos dispositivos alguns tomam por base para legitimar o julgamento de personagens de Tolkien, eu ataco veementemente. A Justiça absolve uma miríade de envolvidos com esses escândalos recentes e algumas pessoas ainda a respeitam? O nosso Sistema Judiciário é uma piada pronta. E ainda vão se colocar abaixo desse modelo processual da Justiça e pegá-lo para julgar algo mais excelso como as coisas do mundo de Tolkien? A “coisa” mundana contamina até mesmo o maior mal de Arda, que é Melkor. O Vala em seu autojulgamento é mais honesto que o juízo da maioria dos colendos do nosso país. Faço questão de ressaltar que Direito é algo essencial para a manutenção da ordem de uma Nação, além das Forças Armadas. Existem inúmeros grandes exemplos de advogados e de Juízes.. Na minha família eu tenho um grande advogado. Então, não entendam qualquer coisa que eu disser, como desrespeito ao profissional.





O que eu tenho notado são pessoas com os mesmos interesses ou personalidades, trocando elogios entre si, ressaltando o quão “construtiva” foi determinada crítica. Oras, a parte contrária encontra brechas para questionar a tal crítica construtiva, a tal ponto de dividir opiniões, então a tal crítica construtiva é totalmente contestável. O próprio nome diz: “construtiva”, que constrói uma imagem, um esclarecimento e mesmo solução sobre um problema. Mas isso nem sempre ocorre. Muitas críticas chamadas arbitrariamente de “construtivas”, são antes uma defesa ferrenha por parte do(a) autor(a) da crítica, através de argumentos de seu campo de domínio.




Qualquer um que se expresse bem (nem é preciso ser acadêmico) obviamente conseguirá em muitos casos persuadir pessoas que não possuem o dom da oratória, da eloquência e da elaboração prolífica. É necessário que, ao invés de elogiarmos alguém que tenha redigido bem um texto, subjetivo, na grande maioria das vezes, antes saibamos equilibrar a situação, incentivando a adequação do vocabulário a uma linguagem não rebuscada ou hermética, mas sim mais informal. Eu mesmo não consigo redigir um texto sem usar de termos que admiro e valorizo, geralmente termos em desuso, infelizmente, mas ainda valorizados ao menos pelos que gostam de escrever e têm o hábito da leitura. Confesso que em meus textos, não me dou bem com objetividade e minhas frases são muito longas. Mas isso é uma questão de não impor limites à criatividade e senso de pura liberdade de expressão. Diria que objetividade pra mim é algo mais complicado de eu lidar do que seria em casos de problemas de um relacionamento amoroso. =)




O que creio incomodar é algumas pessoas tendenciosamente lerem um determinado texto cujas estruturas lhes satisfazem, já que está dentro do campo de domínio, defendem-no em detrimento de textos cujas estruturas de abordagem sejam diferentes (informais ou leigas, até). Por exemplo: no tópico do julgamento de Gollum, é sensato criar um “Tribunal” cujas regras e espírito egrégio baseiem-se no que conhecemos? Quer dizer, estamos falando de um julgamento de personagens da Terra-média. Convenhamos, não temos exata noção e propriedade para julgar os personagens; isso seria mérito maior dos próprios personagens da Terra-média, que possuem conhecimentos empíricos in loco; incumbência dos sábios, embora os próprios não criassem tribunais de condenação ou absolvição. Personagens de Tolkien devem ser julgados de uma maneira que dê a entender ser recorrente na Terra-média. Mesmo assim, seria mais adequado que qualquer julgamento se destituísse das amarras das tautologias, do excesso de atavios e retóricas, que embora tradicionais no meio jurídico ( e bem escritas no sentido estético) apenas tornam enfadonho todo o processo aos que não morrem de amores pelo Direito. A verdade dos fatos num julgamento, um esclarecimento acima de qualquer dúvida, não depende de formalidade, mas de palavras sinceras, claras, baseadas não em argumentação de estruturação intrincada com jargões específicos da área, mas com a relevância de uma estrutura mais universalista, que faça a todos entenderem as expressões e concatenações usadas para determinado julgamento.




O foco deste tópico não era sobre o Julgamento de personagens de Tolkien no “Círculo da Lei”, mas tal “detalhe” me fez refletir sobre a falta de bom senso quando dizemos que algo foi mal redigido, ou que alguém fez uma crítica construtiva sendo que não houve um consenso ou acordo sobre tal método de abordagem da peça. Na Terra-média, vocês acham mesmo que se houvesse um julgamento, talvez no Conselho Branco, haveria a mesma burocracia dos Tribunais do nosso mundo? Ou no Concílio de Elrond, para decidir algo tão importante como o destino do Um Anel? Elrond, Gandalf ou Galadriel diriam qualquer coisa do tipo “tal acusação (ou defesa) está mal exposta”??? Não é do feitio dos sábios. Eles sabem que todas as opiniões (até dos pequenos, como Hobbits) valem alguma coisa e devem ser ouvidas, acima de todo e qualquer formalismo que se estabeleça. Há os que defendem uma linguagem mais minimalista e menos pomposa e específica dos profissionais de Direito, e há os que justamente estudam Direito, quase quererem tomar para si o direito de decidir como se deve proceder o Julgamento. Não sei se isso foi democrático, pois eu honestamente não acompanho aquele tópico. Mas o julgamento mesmo que seja levado a sério, não excluiria automaticamente alguma informalidade ou uso de termos menos técnicos da Área Jurídica contemporânea e ocidental. Afinal, isso aqui é Internet e um fórum de fãs para fãs. Seria melhor, creio, que valorizassem sim uma ênfase no diálogo e no argumento consistente, sem ficar atado a regras burocráticas concernentes ao processo do nosso mundo real. Só quero esclarecer que isso não é uma crítica a quem é da área de Direito, afinal, são todas grandes pessoas do fórum, e não há motivos para criticá-las. E fazem o possível para aqueles que não são da área, entenderem e participarem sem maiores problemas. Entendo o esforço e a boa vontade de organizar e promover o Circulo da Lei. Eu mesmo não teria tanta paciência, daí eu tenho que reconhecer o pessoal que se esforça para dar continuidade àquilo.




Creio que o problema de todo profissional, seja ele de que área for, é dar excessivo valor ao formalismo de sua zona de conforto. Creio que um certo aprendizado autodidata sobre os mais diversos campos do saber ajudaria as pessoas a livrarem-se do preciosismo de sua própria área, de conhecimento especializado, abarcando assim um senso crítico menos unilateral limitado. História, filosofia e Ciências Políticas, por exemplo, são considerados campos “livres”, já que são não tão apegados a paradigmas e considerações de estruturas modelares de processo, análise e conclusão; pelo menos, não seguem uma regra pétrea, mas sim “parâmetros” de orientação. Tais campos valorizam a criatividade e originalidade individual na abordagem das problemáticas. Um “desconhecido” chamado Albert Einstein disse uma vez que a capacidade de imaginação significou mais para ele do que a aquisição de conhecimentos da Área que dominava. Sabedoria que vale por qualquer argumento, não?
 
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