Ecthelion
Mad
Vergonhoso, a seleção não jogou nada no primeiro tempo e foi muito acanhada no segundo. Uma pena.
Brasil perde para o Paraguai e não vai aos Jogos Olímpicos de Atenas
João Henrique Medice
Enviado especial do UOL
Em Viña del Mar (Chile)
O sonho brasileiro de ganhar a inédita medalha de ouro olímpica foi desfeito nesta domingo. Apesar de precisar apenas de um empate, o Brasil foi derrotado pelo Paraguai por 1 x 0, no estádio Sausalito, em Viña del Mar, no Chile, e não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de Atenas, que acontecem em agosto.
A última vaga ficou com os paraguaios, que irão representar o continente ao lado da Argentina. Os nossos maiores rivais também ficaram com o título do Pré-Olímpico.
Essa é a terceira vez, desde que criaram os torneios classificatórios, que a Seleção Brasileira não consegue ir às Olimpíadas. As outras duas foram em Moscou (1980) e Barcelona (1992). A equipe foi duas vezes medalha de prata, em Los Angeles (1984) e Seul (1988), e uma vez bronze, em Atlanta (1996).
O jogo
Precisando da vitória para conseguir se classificar para os Jogos Olímpicos de Atenas, o técnico Carlos Jara Saguier mudou a estrutura da sua equipe. Ao invés de atuar com apenas um atacante, como fez na primeira fase, o Paraguai entrou em campo com dois homens de frente: Pablo Giménez e Bareiro.
Além disso, os paraguaios aproveitavam a apatia do Brasil, que iniciou o jogo em ritmo lento. A vantagem do empate parecia acomodar a Seleção Brasileira. À beira do campo, Ricardo Gomes gritava com seus comandados, mas o time não conseguia reagir.
Aos 16min, a seleção paraguaia perdeu uma chance incrível. Pablo Giménez recebeu livre pelo lado direito da defesa brasileira e tocou para trás. Díaz apareceu livre e acertou a trave do goleiro Gomes, que estava vendido na jogada.
O Brasil parecia estar fazendo apenas um treino no gramado do estádio Sausalito. O time estava tão desatendo a ponto de ficar sempre em impedimento. Até aos 22min, o ataque verde-amarelo já havia sido pego quatro vezes em condição irregular, três delas com Marcel.
O primeiro chute brasileiro ao gol só saiu aos 25min, e em cobrança de falta. Alex chutou forte da intermediária e obrigou Diego Barreto a fazer boa defesa. O lance fez o time acordar. Três minutos depois, Dudu Cearense soltou a bomba de fora da área e assustou o goleiro paraguaio.
Aos 32min, no entanto, a retaguarda da Seleção falhou em lance pelo alto e o Paraguai abriu o placar. Edgar Barreto cruzou bola da direita, Edu Dracena ficou só olhando, e o capitão José De Vaca tocou de cabeça sem chances para o goleiro Gomes.
Logo após o gol, o técnico Ricardo Gomes fez uma substituição estranha para quem precisava empatar o jogo: Adailton entrou no lugar de Marcel. O zagueiro passou a atuar na lateral-direita, e Elano foi atuar no meio-campo.
A alteração não deu muito resultado de imediato. O Paraguai continuou pressionando. Em apenas três minutos, a seleção guaraní perdeu três chances de ampliar. Aos 44min, o Brasil criou sua melhor chance no primeiro tempo. Diego recebeu na área e chutou cruzado. Barreto deu rebote, mas Elano, livre na entrada da área, mandou longe do gol.
A Seleção Brasileira voltou com outra mudança para o segundo tempo e, desta vez, muito mais ousada: o atacante Dagoberto substituiu o volante Paulo Almeida. Logo aos 3min, o jogador criou uma boa chance, ao driblar o goleiro e chutar para a defesa afastar em cima da linha.
O técnico Carlos Jara Saguier percebeu o crescimento brasileiro, e tratou de mexer na equipe. Tirou o atacante Pablo Giménez e colocou o zagueiro Alvarenga, retornando ao esquema utilizado na primeira fase, quando perdeu por 3 a 0 para o Brasil.
O Paraguai se fechou atrás, e aos brasileiros procuravam pressionar. Aos 16min, novamente Dagoberto perdeu boa chance. O atacante recebeu livre dentro da área, mas finalizou por cima do gol ao tentar encobrir o goleiro Diego Barreto.
Aos 24min, Ricardo Gomes deu a última cartada na tentativa de buscar o empate: sacou o meia Diego e colocou o atacante Nilmar.
O Brasil, apesar de não mostrar muito organização, pressionava o Paraguai de qualquer maneira. No entanto, o time finaliza pouco ao gol. Quando o fazia, o goleiro Diego Barreto salvava os paraguaios. Aos 41min, Dudu Cearense ainda perdeu um gol feito, livre dentro da pequena área.
BRASIL 0 x 1 PARAGUAI
Brasil
Gomes; Elano, Alex, Edu Dracena e Wendell; Paulo Almeida (Dagoberto), Dudu Cearense, Daniel Carvalho e Diego (Nilmar); Robinho e Marcel (Adailton)
Técnico: Ricardo Gomes
Paraguai
Diego Barreto; Martínez (Villalba), José De Vaca, Julio Manzur e Felipe Giménez; Edgar Barreto (Irala), Díaz, Diego Figueredo e Aureliano Torres; Pablo Giménez (Alvarenga) e Bareiro
Técnico: Carlos Jara Saguier
Data: 25/01/2004 (domingo)
Local: Estádio Sausalito, em Viña del Mar
Árbitro: Gustavo Mendéz (URG)
Cartões amarelos: Diego, Adailton, Elano (Brasil); Diego Figueredo, Felipe Giménez (Paraguai)
Cartão vermelho: Edu Dracena (Brasil)
Gols: De Vaca, aos 32min, do primeiro tempo
Brasil perde para o Paraguai e não vai aos Jogos Olímpicos de Atenas
João Henrique Medice
Enviado especial do UOL
Em Viña del Mar (Chile)
O sonho brasileiro de ganhar a inédita medalha de ouro olímpica foi desfeito nesta domingo. Apesar de precisar apenas de um empate, o Brasil foi derrotado pelo Paraguai por 1 x 0, no estádio Sausalito, em Viña del Mar, no Chile, e não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de Atenas, que acontecem em agosto.
A última vaga ficou com os paraguaios, que irão representar o continente ao lado da Argentina. Os nossos maiores rivais também ficaram com o título do Pré-Olímpico.
Essa é a terceira vez, desde que criaram os torneios classificatórios, que a Seleção Brasileira não consegue ir às Olimpíadas. As outras duas foram em Moscou (1980) e Barcelona (1992). A equipe foi duas vezes medalha de prata, em Los Angeles (1984) e Seul (1988), e uma vez bronze, em Atlanta (1996).
O jogo
Precisando da vitória para conseguir se classificar para os Jogos Olímpicos de Atenas, o técnico Carlos Jara Saguier mudou a estrutura da sua equipe. Ao invés de atuar com apenas um atacante, como fez na primeira fase, o Paraguai entrou em campo com dois homens de frente: Pablo Giménez e Bareiro.
Além disso, os paraguaios aproveitavam a apatia do Brasil, que iniciou o jogo em ritmo lento. A vantagem do empate parecia acomodar a Seleção Brasileira. À beira do campo, Ricardo Gomes gritava com seus comandados, mas o time não conseguia reagir.
Aos 16min, a seleção paraguaia perdeu uma chance incrível. Pablo Giménez recebeu livre pelo lado direito da defesa brasileira e tocou para trás. Díaz apareceu livre e acertou a trave do goleiro Gomes, que estava vendido na jogada.
O Brasil parecia estar fazendo apenas um treino no gramado do estádio Sausalito. O time estava tão desatendo a ponto de ficar sempre em impedimento. Até aos 22min, o ataque verde-amarelo já havia sido pego quatro vezes em condição irregular, três delas com Marcel.
O primeiro chute brasileiro ao gol só saiu aos 25min, e em cobrança de falta. Alex chutou forte da intermediária e obrigou Diego Barreto a fazer boa defesa. O lance fez o time acordar. Três minutos depois, Dudu Cearense soltou a bomba de fora da área e assustou o goleiro paraguaio.
Aos 32min, no entanto, a retaguarda da Seleção falhou em lance pelo alto e o Paraguai abriu o placar. Edgar Barreto cruzou bola da direita, Edu Dracena ficou só olhando, e o capitão José De Vaca tocou de cabeça sem chances para o goleiro Gomes.
Logo após o gol, o técnico Ricardo Gomes fez uma substituição estranha para quem precisava empatar o jogo: Adailton entrou no lugar de Marcel. O zagueiro passou a atuar na lateral-direita, e Elano foi atuar no meio-campo.
A alteração não deu muito resultado de imediato. O Paraguai continuou pressionando. Em apenas três minutos, a seleção guaraní perdeu três chances de ampliar. Aos 44min, o Brasil criou sua melhor chance no primeiro tempo. Diego recebeu na área e chutou cruzado. Barreto deu rebote, mas Elano, livre na entrada da área, mandou longe do gol.
A Seleção Brasileira voltou com outra mudança para o segundo tempo e, desta vez, muito mais ousada: o atacante Dagoberto substituiu o volante Paulo Almeida. Logo aos 3min, o jogador criou uma boa chance, ao driblar o goleiro e chutar para a defesa afastar em cima da linha.
O técnico Carlos Jara Saguier percebeu o crescimento brasileiro, e tratou de mexer na equipe. Tirou o atacante Pablo Giménez e colocou o zagueiro Alvarenga, retornando ao esquema utilizado na primeira fase, quando perdeu por 3 a 0 para o Brasil.
O Paraguai se fechou atrás, e aos brasileiros procuravam pressionar. Aos 16min, novamente Dagoberto perdeu boa chance. O atacante recebeu livre dentro da área, mas finalizou por cima do gol ao tentar encobrir o goleiro Diego Barreto.
Aos 24min, Ricardo Gomes deu a última cartada na tentativa de buscar o empate: sacou o meia Diego e colocou o atacante Nilmar.
O Brasil, apesar de não mostrar muito organização, pressionava o Paraguai de qualquer maneira. No entanto, o time finaliza pouco ao gol. Quando o fazia, o goleiro Diego Barreto salvava os paraguaios. Aos 41min, Dudu Cearense ainda perdeu um gol feito, livre dentro da pequena área.
BRASIL 0 x 1 PARAGUAI
Brasil
Gomes; Elano, Alex, Edu Dracena e Wendell; Paulo Almeida (Dagoberto), Dudu Cearense, Daniel Carvalho e Diego (Nilmar); Robinho e Marcel (Adailton)
Técnico: Ricardo Gomes
Paraguai
Diego Barreto; Martínez (Villalba), José De Vaca, Julio Manzur e Felipe Giménez; Edgar Barreto (Irala), Díaz, Diego Figueredo e Aureliano Torres; Pablo Giménez (Alvarenga) e Bareiro
Técnico: Carlos Jara Saguier
Data: 25/01/2004 (domingo)
Local: Estádio Sausalito, em Viña del Mar
Árbitro: Gustavo Mendéz (URG)
Cartões amarelos: Diego, Adailton, Elano (Brasil); Diego Figueredo, Felipe Giménez (Paraguai)
Cartão vermelho: Edu Dracena (Brasil)
Gols: De Vaca, aos 32min, do primeiro tempo