Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!
Significa respeito pela liberdade individual de cada um optar por sua religião ou falta dela. Agora quando se trata de discutir teologicamente e filosoficamente os pressupostos da religião, seus fundamentos e doutrinas, temos de ser racionais e buscar a verdade onde ela se encontra. Por isso eu adotei o cristianismo, por considerá-lo verdadeiro. Não desprezo as outras crenças, claro que não, mas não posso colocá-las no mesmo patamar que o cristianismo, em critério de verdade. Pra mim Cristo é a verdade. Ainda assim só discuto com ateus e outros religiosos quando surgem as críticas aos pressupostos da minha fé. Proselitismo não é comigo.Novamente... dentro das suas premissas, eu entendo a sua posição.
Mas essas premissas não são as minhas e eu não partilho dessas conclusões. Mas só pra eu entender... o que significa tolerância religiosa pra você?
Significa respeito pela liberdade individual de cada um optar por sua religião ou falta dela. Agora quando se trata de discutir teologicamente e filosoficamente os pressupostos da religião, seus fundamentos e doutrinas, temos de ser racionais e buscar a verdade onde ela se encontra. Por isso eu adotei o cristianismo, por considerá-lo verdadeiro. Não desprezo as outras crenças, claro que não, mas não posso colocá-las no mesmo patamar que o cristianismo, em critério de verdade. Pra mim Cristo é a verdade. Ainda assim só discuto com ateus e outros religiosos quando surgem as críticas aos pressupostos da minha fé. Proselitismo não é comigo.
Pode sim. Os cristãos heterodoxos e não-cristãos podem ser salvos pela misericórdia de Deus, atendendo nossas orações pelos mortos, que pedem a Deus que seus pecados sejam perdoados e eles sejam admitidos ao seio de Abraão com os santos até o Juízo Final, quando o destino definitivo será decretado. Os que não conheceram a fé ou aconheceram mal podem ser salvos da mesma forma, graças à comunhão dos santos, quando oramos por eles após a morte da mesma forma.Entendo a sua posição.
E, dentro da sua perspectiva, a salvação pode vir a contemplar os "infiéis"?
(Desculpem, sinto que estou desviando o tópico, mas não pude evitar perguntar isso... )
A nova "religião" é a mídia meus caros...
Mesmo na Idade média, não seria justificável condenar a obra. O Index, a lista com os livros considerados proibidos para católicos por macularem a fé ou por serem imorais, era lei na Idade média, depois se tornou obrigação moral apenas para os católicos, individualmente, até ser abolido. No entanto, ainda vale a condenação moral de certas obras. Mas desde que surgiu o Senhor dos Aneis foi aclamado por clérigos quase como um tratado teológico de tantas referências que foram ali encontradas, que ali existem. E Tolkien, apesar de prudente, nunca escondeu o quanto sua fé o influenciou.
Como você mesmo disse, a Igreja é uma instituição. E como tal tem posicionamentos oficiais a respeito de uma gama de assuntos. Portanto, pode-se sim dizer "a Igreja disse isso", "o posicionamento da Igreja é tal".
Dizer que a Igreja define verdades dogmáticas me parece um tanto quanto problemático também. Essas "verdades" são construídas historicamente mediante uma série de fatores. Agora, o papel da Igreja não é apenas o de "alertar". Há um processo de dominação presente ainda hoje. E a Igreja, uma vez estabelecida, dominava sim "a mente das pessoas" na Idade Média. Dizer isso não é anacronismo. Há um jogo de poder, tendo em vista o "monopólio da verdade". O historiador alemão Reinhardt Koselleck faz uma análise sobre a temporalidade medieval e destaca esse papel de dominação da Igreja. Agora, fazer juízo de valor, sim, é anacronismo. Julgar as atitudes da Igreja do século XII com percepções extra-contemporâneas aos cristãos daquele tempo não faz sentido algum. Mas negar esse papel de dominação, quando é a Igreja instituída quem definia o universo de referenciais simbólicos possível, aparando as arestas através da força? Isso é inegável.
Outra coisa. A crítica à Igreja não se resume ao Iluminismo francês. Primeiro que o Iluminismo é algo muito plural, mesmo o que você chama de "Iluminismo francês". O anti-clericalismo é muito forte em Voltaire, por exemplo. Mas Montesquieu não deixou de ser católico (apesar de ter feito críticas à instituição, como ironias ao papa em Cartas Persas) e mesmo um clérigo como o Abade Raynal é contado entre os iluministas franceses. E você está dizendo que as críticas do Iluminismo hoje são consideradas pelos estudiosos uma mentira? Que críticas, que estudiosos? Por favor, me passe as referências.
Você também diz que a Igreja e a Ciência não trabalham com suposições. Mas entrou em contradição ao afirmar que sem a Igreja Católica não haveria o Ocidente. Não é isso uma suposição? Você retirou um elemento histórico da trama e está inferindo o que teria acontecido. Isso me lembra uma série que a Marvel Comics lançou muito tempo atrás chamada "What if...". Posto isso de lado, as suposições estão presentes sim... em uma e em outra.
Mas verdades dogmáticas não dependem de acontecimentos históricos. Os dogmas são a-históricos, e são inspirados pelo Espirito Santo (no caso da Igreja Católica). Apesar de os dogmas não terem sido declarados todos ao mesmo tempo, e sim no decorrer da história, eles não dependiam desse fator. Uma prova disso é que a Igreja nunca voltou a traz em uma decisão sua (ou seja, uma questão dogmática, já que esse é seu papel), o que prova que não é a situação (seja ela qual for) em que estamos situados no tempo, pois o dogma é uma verdade absoluta que não muda (isso é uma conceito filosófico stricto sensu).
Conceituando Igreja como Instituição que nos revela as verdades absolutas que nos levarão a salvação (que penso ser a premissa da qual teremos que partir), não podemos dizer que a Igreja dominava as mentes das pessoas. Se pode dizer que algum membro do clero, ou leigo tinha uma formação um pouco notável em relação aos demais, e dizia que isso ou aquilo era verdade e tinha crédito.
Na questão do Iluminismo, eu citei o Francês, porque este foi o mais notório em que houve a maior crítica ao Catolicismo, e foi de onde surgiu o conceito de Idade das Trevas. Quero ressaltar que devo ter sido mal compreendido: Não quis dizer que os filósofos iluministas franceses estavam sempre errados, apenas na questões morais-religiosas eram preconceituosos e não pensadores de fato. Por exemplo na designação da Idade Média como Idade das Trevas e analisa-la nesse sentido, como se não tivesse tido desenvolvimento... Como se fossem mil anos perdidos...
Você nesta última afirmação não foi honesto, porque dá pra ver que minha afirmação foi apenas força de expressão. Não fiz nenhuma suposição. Suposição é quando você discute ou pensa sobre uma coisa que não aconteceu e poderia ter acontecido, ou alguma coisa que irá acontecer, Eu AFIRMEI que sem a Igreja não haveria ocidente (ainda como força de expressão, porque haveria sim, mas seria diferente), porque é fato de que a Igreja Católica foi peça fundamental para a construção do "Ocidente que conhecemos hoje (se é que dá pra me entender).