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d20 System [4e] campanha no pendor das sombras

Strig Podia farejar o ar e sabia que não havia água por perto por vários quilômetros. o monte Nyid Possuia poucas nascentes, e as mais próximas congregavam todas para o rio que costumava desembocar no lago de abrigo de inverno.
Havia, no entanto, a neve.
Strig sabia que a neve podia absorver o sangue e deixa-lo tão congelado que ele se desprenderia dos pêlos do cervo. Bastava que para isso ele embrulhasse os doces com o pêlo voltado para eles, e a parte sangrenta para o lado de fora.
Isso teria que servir até que arrumasse um invólucro mais apropriado.
Rapidamente o golem arranca a pele em um tamanho suficiente e a recobre com a neve, aguardando por cerca de uma hora. Esse período deveria ser suficiente para congelar o sangue mas não fazer a pele ficar dura como uma tábua. A vontade de comer mais um era avassaladora, e Strig se controlava para não fazê-lo. Ainda não sentia fome, apenas desejo de comer mais um.
Strig, faz a tua TR. se passar, fica mais uma hora.
Peço que pondere também no que significa isso. Doces para acalmar a fera? A estranha semelhança com um conto de fadas? Que raios é isso?
Acho que você sabe quem tem as respostas.
 
Strygwyr sentia o gosto do doce em sua garganta mesmo sem pegar mais um. Sua vontade de comer era enorme. Após (suceder/fracassar) em sua tentativa de poupar mais um doce mantendo sua vontade controlada o golem segue para onde a garota havia ído.

-TR-
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O guerreiro supera sua vontade de comer mais um doce, cobrindo a cesta com carinho.
Havia nele uma paz que era estranhamente nova, algo que o golem não estava acostumado a sentir.
Caminhando para o acampamento vistani, Strigwyr finalmente chega ao seu limiar, de modo que podia ser avistado pela luz das fogueiras.
Os vigias ciganos inicialmente se agitaram em uma busca nervosa por suas armas, colocando-se em guarda, mas ao verem a cesta na mão do golem, relaxaram suas posturas e não interferiram com a passagem de Strig.
O guerreiro continuava seu andar, encaminhando-se para a direção onde estavam Drew, Daros e Galdar. Assim que chegou a alguns passos de distância, o jovem que os recepcionou quando acabavam de sair da cidade subterrânea os encontrou novamente, em sua voz jovial.
"- Aí estão vocês, giorgio. Madame Eeva deseja vê-los, e os convidam para seu Vardo."
O rapaz então os conduz para a carroça em que Madame Eeva parecia viver, por uma pequena escada retrátil na lateral, conduzindo a uma estreita porta de madeira pintada.
Ao abrir a porta, a luminosidade de um lampião surgiu no interior, contrastando com a luminosidade do dia la fora. Sobre as janelas do Vardo, pesadas cortinas afastavam os olhares e abafavam os sons da festa.
Assim que entraram, os quatro perceberam que o interior do Vardo era tão espaçoso quanto mal-iluminado. Pelo chão primorosamente polido, estavam espalhadas almofadas de seda e tapetes felpudos.
Sentada atrás de uma mesa baixa, havia uma velha senhora, encarquilhada pelo tempo, coberta em sua cabeça por um xale de croché, auxiliada por uma jovem menina.
Strigwyr imediatamente reconheceu a garota como sendo a que entregou a ele sua cesta de doces.
A velha senhora olhava para uma pequena caixa de madeira laqueada à sua frente, sobre a mesa. A caixa era escura e havia sobre sua tampa a gravura de um corvo entalhada na madeira da caixa, com pequenos rubis do tamanho de cabeças de alfinetes como olhos.
A velha senhora gesticulou com o braço fino para os quatro, e a menina disse:
"- Por favor, sentem-se. Madame Eeva sente-se grata por aceitaram seu convite."
 
Drew se sente receoso com a madame que parecia os aguardar... ele se senta e aguarda em silêncio a reação da madame e dos demais, porém com seu coração cheio de dúvidas sobre o que se passava...
 
Daros observa decoração do ambiente curioso, mas logo volta a sua atenção para a madame e a garota aguradando os demais.
 
Galdar se senta com os outros três, acomodando-se inquietamente nos travesseiros sobre o tapete. Sua armadura tilintava levemente, enquanto o paladino revolvia-se, nervosamente. Algo dentro dele o fazia desconfiar dos vistani, pessoas que ele sempre ouviu serem associados à estranhas bruxarias. O paladino imaginava se aquela gente não mascarava o mal em seus corações, e tinha dificuldade de julgar sua ações. Até o momento haviam sido amáveis com eles, mas com que objetivo? Não era assim que os Vistani tratavam os não-vistani, ou Giorgios, como eles mesmos diziam.
O paladino olhou para Strigwyr, ainda sujo de sangue na sua face bestial, que por sua vez olhava fixamente para a garota que falava pela idosa.
Novamente, a menina falou sem erguer os olhos, enquanto a velha senhora pegava a estranha caixa de madeira e a abria levemente.
"- Madame Eeva imagina que tenham muitas perguntas não respondidas. Sobre assuntos pessoais e assuntos do povo que os acolheu. Perguntas que afastem a dúvida e iluminem a escuridão que os tem cercado nos últimos dias..."
Ao terminar a frase, a idosa olha para os quatro, um por um, enquanto retira de dentro da caixa um baralho de cartas, tão antigo como ela própria. Respeitosamente, ela embaralha as cartas e coloca o baralho sobre a mesa de madeira.
"- Madame pergunta se ela pode procurar as respostas que desejam."

Galdar está muito desconfortavel com todo esse hocus-pocus. Ele é um homem simples, devoto da Rainha de rapina, que costuma gaurdar seus segredos com zêlo. Além disso, como todo habitante desse plano, ele foi educado a acreditar que os ciganos não são confiáveis, e que s vistani servem apenas aos vistani.
Trata-se agora de uma opção. Ela parece estar disposta a fazer uma leitura das cartas Tarokka, um método de previsão do futuro e visão do passado e presente.
Galdar não gosta nem um pouco dessas macumbas, então é provavel que ele recuse sua leitura.
Quem estiver interessado, faça nove rolamentos de 1d100, ou então peça encarecidamente que eu use a planilha de geração de futuro que segue em anexo.
Serve como ferramente pra ampliar a estoria do personagem, criar um tom de profecia e obter informações que levariam MUITO tempo pra ser totalmente expostas em jogo.
 

Anexos

  • Gerador futuro.xls
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Draos olha para os Vistani, nunca tinha ouvido falar daquele povo até agora e como o acolheram bem, ele acha seguramente que se tratam de boias pessoas, apesar das artes serem um tanto quanto estranhas.

Curioso Daros também pede que ela veja o futuro e seu presente:

-Eu já sei do meu passado, mas o que está acontecendo nesse plano, o que poderá acontecer? o que o futuro e o presente me aguarda e o povo que me acolheu muito bem?


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KCT! King tá com a macaca! dois 100 em D100 são uma ocasião realmente rara. Há quem pense que isso é um sinal de grande destino.
Assim que Strig postar, eu começo com os resultados e as interpretações, ok?
Um detalhe, que eu esqueci de dizer. Me ajuda se forem nove rolamentos diferentes, porque a ordem em aue as cartas são puxadas afetam e muito o resultado. Não há necessidade de rolar de novo para daros e drew, pois eu dou meu jeito.
Strig, quando for fazer suas rolagens, faça 1d100, 1d100, 1d100, etc... ok?
 
Última edição:
K sir

Strygwyr olhava para a menina que tinha lhe dado os magníficos doces. Sem tirar os olhos dela começa a falar.

Quero saber sobre o grande lobo. Quero saber qual foi o papel dele em minha criação e por que ele me marcou.

HocusPocus Dices
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Madame Eeva olha fixamente para o golem, e empurra para ele o baralho sobre a mesa.
Imediatamente, a menina fala para o guerreiro:
"- Madame deseja que o conhecimento a ser revelado hoje não seja um peso no seu caminho, filho do lobo. Corte o baralho, para que a cortina do desconhecido seja também cortada. Coloque uma carta no centro da mesa, e mais uma carta nas quatro direções; norte, sul, leste e oeste. Assim saberemos o passado, futuro, bem e o mal que o cerca."
Strig obedece, e coloca as cartas na posição, formando uma cruz com uma única carta em seu centro.
"- Madame revelará agora o centro de tudo o que se verá, filho do lobo. Essa carta representa você. O que o destino vê em sua existência."
Depois de respirar profundamente, a velha vidente vira a carta central, revelando a figura de um homem, pendurado por uma corda em seu pescoço.
"- O enforcado!" - disse a menina. "- Há uma punição ocorrendo, filho do lobo. Tu es vítima e carrasco, pagando o preço dos crimes de outro, e cobrando os seus próprios.
Madame Eeva agora se dirigia para a carta do sul, a mais próxima da carta central, enquanto a menina dizia:
"-Agora, madame verá o passado de tua vida. Aquilo que ocorreu que o fez ser o que és agora."
A vidente então virou a carta do sul, revelando a imagem de um boneco sendo manipulado por fios.
"- O marionete" disse a menina. "- Tuas perdas e sofrimentos, não foram obra do acaso. Alguém conduziu os acontecimentos para que pudesse te passar o laço da fôrca que hoje ostentas.
A velha vidente então parou e olhou para o guerreiro. Seus pequenos olhos se escondiam sob suas pálpebras enrugadas, enquanto sua testa se franzia em uma expressão de interrogação. Após alguns segundos, a menina falou.
"- Mas quem pode ter feito tal coisa? A próxima carta nos dirá. Ela representa o teu adversário imediato.
Assim que ela virou a carta do oeste, a figura de um homem encapuzado segurando uma espada sangrenta surgiu.
"- O vingador." - disse a menina. "- Existe alguém que acredita que sofreu uma injustiça, ou de algum modo foi ofendido. Ele deseja vingança, e você foi apanhado em sua sede, conduzido para ser sua espada ou sua vítima.
A velha vidente então pousou sua mão na carta do norte e a virou, revelando a figura de uma torre de pedra, negra como a noite, cujo telhado ardia em chamas.
"- A torre negra! Se o vingador obtiver êxito em sua tarefa, você será para sempre aprisionado em sua obra. A torre indica tanto a solidão quanto a perda de sua liberdade.
Strig ouvia tudo com crescente irritação. Não com as duas fêmeas à sua frente, mas com a previsão sinistra que se apresentava. Seus dentes de lobo se revelavam em um rosnado.
A menina estremeceu, mas a velha vidente colocou a mão em seu braço, de certo modo acalmando-a. Ela então olhou para o guerreiro, com o dedo enrugado estendido, apontando para ele.
"- Mas há um modo de evitar o ofício e obra desse vingador, filho do lobo. E a próxima carta revelará qual é. Ela representa o teu auxílio imediato." - disse a menina
A velha senhora então desviou a mão do golem e virou a carta ao leste da figura central. Três portas apareceram desenhadas na carta, e um homem olhava para elas no centro de uma sala.
" - A escolha." disse a menina. "- Mesmo que o vingador tente levá-lo a cumprir sua vingança, sempre haverá um momento em que você poderá escolher a porta correta. Mas prepare-se, pois nem sempre a escoha correta é a mais agradável, ou segura.

Depois de alguns momentos, a vidente pareceu acordar de um sonho, em um susto. Rapidamente recolheu as cartas e as embaralhou novamente, enquanto a menina dizia:
"- Tiveste um lampejo do teu destino, filho do lobo. Quando descobrires a resposta para o que viste agora, as proximas cartas te mostrarão o que nem mesmo os sábios sabem dizer. Quando realmente conheceres o que está à tua volta, elas te mostrarão o que há além. Mostrarão teu destino."
Assim que a menina terminou de falar, Madame Eeva reclinou-se para o lado, as mãos apoiando sua cabeça e olhos. Parecia que a visão havia exigido bastante dela, e ela pegou uma xícara de uma bebida que repousava em um delicado bule de porcelana, enquanto a menina a servia.
"- Peço que perdoem Madame. Ver o que não pode ser visto é cansativo, e Madame é tão idosa quanto ela sente que é, e se cansa com frequencia. Assim que ela recuperar suas forças, ela retornará a seu serviço, Giorgios." disse a garota para os quatro.
"- Por favor, sintam-se livres para conversar enquanto ela se recupera. Rogo apenas para que o façam sem erguer a voz enquanto ela descansa."

Rapaziada, pra não revelar tudo de uma vez só, eu coloquei apenas 5 das 9 cartas sorteadas. Elas servirão para guiar a aventura, e Strig já aprendeu que há alguém responsável pela sua fascinação por sangue. Provavelmente, o grande lobo, já que ele usou a escolha de Strig para ampliar a sede ainda mais.
Tire suas próprias conclusões junto com o grupo, conversem e discutam, para ver à que conclusão chegam. Assim que Madame Eeva repousar, ela continuará com outro personagem.
Quem será o próximo? tirem no palitinho, mas a princípio seria Drew (afinal, ele foi o primeiro a postar). Strig foi escolhido primeiro porque ele está com o problema do doce e da fome.
A propósito, faça mais uma TR, Strig. tire 10 ou mais na rolagem de 1d20+0
Lembrem-se que há perguntas a serem feitas, mesmo que não se refiram à leitura das cartas. Por exemplo, a coincidência do acampamento deles na saída do túnel da cidade. a menina que levou os doces a Strig, mesmo sem ter como saber onde ele estava.
 
Última edição:
Strygwyr pensava no que a garota acabara de falar. Questionava-se quem seria o maldito vingador. Se esse existisse.

O golem sentia que não queria acreditar naquilo. Mas tinha um fundo de verdade.

Mas eu fui uma maldita marionete.

Desviou seu olhar para a cesta de doces e abriu-a com cuidado.

E sou punido por essa maldita sede.

Pegou um dos doces e [*]

~~Snacks time?~~
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~~Proceeding~~

[*] observou-o em sua mão. Aquele algo maravilhoso viera parar em suas mãos como praticamente uma benção. Ele conseguia se ver como o enforcado. Podia sentir a corda de sua maldição se apertando em seu pescoço e talvez aquilo que possuia em suas mãos pudesse ser sua salvação.

Mas Strygwyr fora criado por floresta e sangue. Independentemente de quem tivesse sido seu criador, a floresta e o sangue eram seus pais adotivos. Eram aqueles que o protegiam desde que fora abandonado por tudos. Ele sentia em seu peito que deveria resistir à este fardo.

Controlá-lo.

Pois ele não era mais Strigo. Ele não era mais a criatura vulnerável criada por Verod e talvez pelo Grande Lobo.

E guardou devolta o doce na cesta.
 
Última edição:
Droas não entendeu praticamente nada do que ouviu, ele não sabia do lobo, nem do passado da criatura quanto devia e, enquanto madame Eva descansava ele vira-se para Strig e indaga sem saber muito como se dirigir a ele:


- Errrr..companheiro, você fala pouco e sem dúvida é tão estranho quanto a mim por essas bandas, não sabemos quase nada de você e ainda assim estamos o acompanhando, nos diga quem é o grande Lobo, e porque come doces? qual o seu objetivo?
 
A menina olhou para Daros, e respondeu no lugar de Strigwyr
"- Os doces foram dados ao filho do lobo para saciar temporariamente sua fome. O lobo dentro dele deseja devorar tudo o que existe, mas ele deseja mais do que tudo a doçura. O lobo interior deseja devorar a bondade, ferir os que curam, corromper os justos. Sempre que a fome o dominar, ele cometerá atos de mal impronunciáveis, sempre procurando ferir aqueles que menos podem se defender. Os doces que o filho do lobo carrega consigo foram feitos pela mão de crianças, cuidadosamente segregadas do mundo para não perderem sua inocência. Eles são um alívio para sua punição, pois embebedam o lobo interior com sua doçura."
Madame Eeva olhava ara eles com os olhos cemicerrados, gesticulando levemente.
"- Madame já viu outros como ele antes. Os poucos que não se tornaram vítima do lobo interior, nunca mais foram vistos. Talvez tenham sido levados por seu Pai para junto dele, talvez tenham sido mortos por ele. Mesmo ela não sabe o que foi feito deles..."
 
Última edição:
Após alguns minutos, a velha cigana pareceu abrir um pouco mais os olhos, e lentamente ergueu sua cabeça da posição em que repousava. A menina prontamente disse:
"- Qual dos dois deseja ser o próximo? Madame não está certa sobre qual perguntar, pois parecem dividir uma ligação..."
 
Daros olha para o bardo e fala:

-Pode ser você, afinal, parece ter muitas dúvidas que quer que sejam respondidas.
 
Sem perder tempo, MAdame Eeva embaralha as cartas e as oferece ao bardo por sobre a mesa. Drew pega o baralho e o posiciona novamente na mesma forma em que Strigwyr havia feito, formando uma cruz com cinco cartas.

"- Madame agora revelará a carta central, que representa o que você é agora e o que o destino o tornou até esse momento."


Ao virar a carta, a figura de um homem vestido humildemente que estava cercado de pessoas doentes e feridas. O homem os tratava, com cuidado.
"- O missionário. Não é o acaso que o levou para junto do povo de Abrigo, rapaz." - disse a menina - "- Há uma missão a cumprir, e mazelas a corrigir à sua volta, e você parece incapaz de afastar-se delas.

A velha mão se estendia agora para a carta do sul, que representava o passado recente. A imagem de um grande espelho escuro pendurado em uma parede cinza apareceu. Uma bela donzela o olhava, aterrorizada pelo seu reflexo, de um monstro hediondo.
"- O espelho! Em algum momento do teu passado, tu e o teu oposto se viram frente a frente. E esse encontro o levou à tua atual situação."

Olhando para o bardo com olhos pequenos e cansados, Madame Eeva prossegue para a carta ao leste, a carta do opositor.
"- O Juiz. Há algo avaliando tuas atitudes, rapaz. E isso o mantém desorientado, para que possas escolher a condenação ou a absolvição."

A vidente então passou para a carta do norte, que representava o futuro imediato. Ao virá-la, Surgiu a figura de um menino com um sorriso amigável e a mão esquerda oculta atrás das costas, de onde a ponta de um punhal podia ser vista semi-oculta.
" -Oh...." - Exclamou a menina, que imediatamente trocou olhares com a vidente, de um modo nervoso. "- ... O traidor..." - disse após alguns momentos de tensão, visivelmente conturbadas. Uma sombra cobre o rosto de Drew, e Galdar imediatamente fecha o cenho, visivelmente irritado com o curso daquela situação que a seu ver era bruxaria.
"- Madame Eeva pede que o jovem Giorgio compreenda que o futuro é nebuloso e nem sempre ocorre como achamos que será... - disse a menina, enquanto Madame Eeva movia a mão para a carta do oeste, que representava o auxílio imediato, erguendo a carta e começando a virá-la.

Nesse momento, Galdar ergueu-se e violentamente chutou a mesa para o lado, fazendo as cartas voarem pela sala em um enorme barulho e confusão enquanto colocava ameaçadoramente a mão sobre o punho de sua enorme espada.
"- Chega dessa feitiçaria, bruxa! Drew é um jovem que enfrentou a escuridão ao nosso lado, e não se tornaria jamais um traidor vil! Tuas mentiras não semearão desconfiança entre nosso grupo!"
A menina vistani imediatamente se agarrou à madame Eeva, enquanto a velha vidente encarava o paladino em uma expressão de raiva contida. Após alguns momentos nervosos, finalmente a menina falou:
"- Se enxergas alguma bruxaria nesta sala, giorgio, talvez seja reflexo da nódoa de intolerância que trouxeste contigo para ela. Nos toma por mentirosos, trapaceiros e ladrões, porque vendemos o que teu povo acha que os fará felizes, mas se ressente quando vê a própria tolice em seus desejos. Deixa-nos então. Tu não és mais bem-vindo entre os Vistani."
Irado, Galdar olha para os outros três na sala, vendo que estavam embasbacados com sua aitude.
O paladino diz, por fim:
"- E então? O que dizem vocês, companheiros? Vamos permitir que esses trapaceiros nos manipulem com suas superstições para pedir conselhos toda vez que virmos um gato preto? Imagino quando vão começar a nos pedir "favores" em troca..."
 
Última edição:
Daros ergue-se com os olhos fechados em reprovação a Galdar:

-Não havia necessidade disto, elas sendo traidoras ou não, traiçoeiras ou não deveriamos esperar para ver o que elas dizem e não necessariamente acreditar, apenas ouvir. Poderiamos tirar melhores conclusões Galdar... No entanto você é que é nosso companheiro e vem nos acompanhando, se expulsam você nso expulsam também.



Daros levanta-se e fala:

-Vamos embora

Imediatamente dirige-se até aporta e espera os demais.
 
A velha vidente coloca as mãos sobre o colo e baixa os olhos aborrecida, enquanto a menina cutucava seu braço, perguntando.
"- Madame? Não era assim que deveria ocorrer, era? Você cumpriu seu dever, madame? Estamos Livres?"
A velha olha para a menina e toca levemente seu braço, falando pela primeira vez na frente dos quatro, com uma voz antiga e ressequida, como um pergaminho.
"- Não, pequenina, não era. E as consequências serão tristes para todos..."
 

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