Falsa Moral II: Sméagol Contra-Ataca
Falsa Moral II: Sméagol Contra-Ataca!
Finalmente, após inúmeros dias de imensurável fadiga, Sméagol, o bonzinho resolve acordar de seu “Sono de beleza”, tirar o espeto da sorte do baú da vovó, balançar o esqueleto e “picar a mula”, retomar as rédeas antes que o cavalo, digamos, “desapareça”. Então curta todas as linhas desse emocionante relacto pois a continuação será De Matar!
Após ter lido e relido nosso primeiro guia Falsa moral e assimilado a “Falsa Moral Parte I – o corpo deformado” e “Falsa Moral Parte II – a mente imoral”, é de facto, inerente ao bom aluno, que, almeje aos altos escalões da Falsa Moral: O Ser imoral. O Ser Imoral, deve ser um ávido Falso Moralista desde cedo, observamos este comportamento no seguinte depoimento, contido no caderno “tvfolha” do dia 14 de julho de 2002, observe este relacto atentamente, e procure captar toda a essência do Ser Imoral:
“Ingra Abdo, 7, conta por que entrou no curso de teatro: “ Estou aqui para ser famosa e trabalhar na Globo; quero que todo mundo seja meu fã. Se eu não for famosa, vou ficar muito triste, não vou sair de casa, vou achar que ninguém gosta de mim”
Observamos aí um típico exemplo de criança mimada? Não! Não! Não querido falso moralista, por traz dessas linhas flamejantes, existe um ser que, roga por pena alheia, para que, quando a ingênua alma, desavisada, magra e pobre, se aproxima e estende suas mãos seca em direção á pequena criança, esta, que aplica um golpe fulgaz, como a cobra no sapo, como Sméagol na mosca, e o pobre desavisado, foi vitima de uma criança, que se utilizou da Falsa Moral para arrancar poucos pedaços de carne.
Porém O Ser Imoral vai além, aquém de qualquer categoria vigente atualmente relacionada ao falso moralismo. Estudando com afinco tal fenômeno da língua gollunesca, podemos notar a mentira e o cinismo como portões de entrada, para você que gostaria de adentrar o recinto com mais perseverança. Porém, se tais factos aqui descritos não estiverem presentes e calcados em seus metabolismo e mente desde os mais pequenos anos de vida, aí encontramos um grave problema. Um grave problema pois para ser um completo e rechonchudo falso moralista, é preciso demonstrar certos desvios de caráter desde à infância, como a nossa divertida e espertinha colega Ingra Abdo (puta q pariu, eita nomezinho, hein?) compartilhou conosco algumas linhas acima. Vide mais um exemplo claro de clareza que vai esclarecer melhor de uma forma mais clara as suas dúvidas até então escurecidas: Criança (3 anos) – “Mãe me dá o bonequinho do Capitão Gancho?” Mãe (por volta dos 35, cara de 50) – “Por que do Capitão Gancho filhinho? Você não quer do Peter Pan??” Criança – “Depende! Ele também tem gancho??” Mãe – “Tá bom filho, te dou o dou Capitão Gancho... mas como que se diz? Por fav...??” Criança – “Não mãe, se diz AGORA!!!”
É de carácter irrefutável que esta criança terá grande respeito e respaldo quando estiver com uma idade mais avançada, ou, se a mãe for pulso firme e cortar as asas do coitadinho, ele pode acabar no sub-mundo das drogas e morrer de overdose aos 14 anos... Mas vamos usar apenas a primeira hipótese: você não queria ter a influência que esta criança terá?? Você não queria que os outros sofressem com os seus mandos e desmandos (leia-se aqui mandos e desmandos) ??? É exactamente isso que o Falso Moralismo do Memé lhe propõe! Minta, cuspa, pratique o cinismo nas suas formas mais sujas e vis, imite “Cruela Cruel” e, porque não dizer, veja, veja bastante, sim, veja bastante isso que eu vou dizer, o que eu vou dizer agora, nesse exacto momento, veja... ai... tô pegando coragem... veja... Márcia Goldschmidt e João Kléber, (falei!) os mais conhecidos e fugazes amantes de Smeágol. Às vezes superam até mesmo o próprio mestre proporcionando-nos, assim, um show à parte, bem engraçado por sinal, mas isso se configura apenas como um mero e bobo, bem bobinho, quase chulo detalhe.
Continuando com o Ser Imoral II: A mentira perspicaz, nosso falso moralista agora, deve ser capaz de esquivar das mãos pegajosas do inimigo, escorregar, como peixe da mão, e para isto, deve-se utilizar da mentira esmeagolina, ou ainda dar um jeito, aquele já bem conhecido, o Jeitinho bem Brasileiro. Esses são factores que devem estar intrínsecos à sua estirpe.
O jeitinho brasileiro se divide em 2 partes principais, a primeira é a “malandragem”. Esta composta por altas doses de gírias, macetes, peripécias e diabruras que lhe tornam um verdadeiro brasileiro. Para ser um malandro de carteirinha, não precisa muito, seja esperto, invente mentiras escabrosas, cabeludas, de dar medo! BUU! Diga que já esteve em “Hollywood”, mas não se esqueça da pronuncia, puxada pro “porterês”, língua nativa dos porteiros e zeladores em geral.
Achou que a gente estava esquecendo da segunda parte? Não! Não! Não e não! De forma alguma, longe de mim... Não esquecemos mesmo! Fresco na nossa memória como peixe se debatendo à margem do rio, pois nós nunca desapontaríamos vocês. E quando dizemos que fazemos, nós fazemos! E bem! E rápido! Direto ao ponto! Sem voltas, somos práticos. Não tangenciamos o ponto, mantemos a situação sobre controle. Vamos como flecha na carne transformando o texto em uma narrativa emocionante e gostosa de se ler, com exemplos práticos e parágrafos explicativos, poupando enrolação e capitando a atenção do leitor. Deixando o momento Pedro Bandeira de lado e completando a tarefa de gastar 10 linhas, vamos juntos para o próximo parágrafo que fica aqui em baixo desse próprio mesmo. Vem comigo!
Bom gente, nem precisa dizer que vocês gostaram porque eu tenho certeza que vocês adoraram, amaram de paixão, como a relação Sméagol-peixe que é uni-lateral e apenas um ama. Quase um estupro, digamos assim. Mas tudo bem, o importante é competir. O que vale é a intenção. Quando você está sozinho quer dizer que você está sozinho e ainda por cima, sem ninguém. Se você levou um fora, tudo bem, menos uma para você poupar na bomba atômica, ou na casa queimada, caso você seja um piromaníaco, vide relatos:
-“Olha como queima...”
-“Hihihi, o telhado já era!”
-“Olha a parede, olha a parede... sumiu!”
Porém, a vida de um falso moralista não é apenas um mar de rosas, também é um mar de espinhos, espinhos com veneno: fel, ácido súlfurico e uma pitadinha de cianureto. Sal à gosto. Talvez tal combinação não agrade o paladar de todos mas isso pode ser considerado o caviar do memé, depois de apenas, é claro, do salmão ao molho pardo.
Voltando à questão, não devemos nos esquecer das horas difíceis, as “enrascadas sméagollianas” em que o aprendiz (por culpa dele, é claro) se coloca em situações em que somente a “cara de morto” lhe salvará. Além de ter o ímpeto do mau-carácter, também é de facto necessário, ter a cara acuada, “coitadinho de eu” será o seu lema. Aprenda à dar a patinha e se fingir de morto, babe um pouco às vezes para que a vítima pense que os problemas são da cabeça, do cérebro, e sugue a baba em movimentos alternados. Não se assuste caro amador, ela retornará fria à sua boca, mas o problema não é esse. Você terá que engolir tal secreção para que o “fingimento”, o “teatrinho” fique completo. Essas lições já foram citadas em Falsa Moral I, porém, aqui, você pode considerar como uma pós-graduação.
Então é isso, caso queira saber mais, espere pelas próximas novidades que o site reservará somente para você, amante sméagoliano. Um beijo, um abraço, um aperto de mão pro Zeca Pagodinho e até amanhã.