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O mito do aquecimento global!?

Furia, não sou nenhum especialista, mas pelo o que eu sei não existe nenhuma teoria ou sequer hipótese científica de que o homem tem uma interferência significativa na temperatura do planeta. O que acontece - principalmente nas grandes cidades - é um aquecimento local. Na cidade do São Paulo, por exemplo, a grande emissão de gás carbônico dos veículos, asfalta e etc. provocam um aquecimento em São Paulo, da mesma forma que a gente aprende na escola que isso interfere o mundo todo. Mas é puramente no entorno da cidade. Se você vai pra uma cidadezinha do interior há poucos quilômetros, nem vai notar esse efeito.

O que acontece é que o que mais interfere na temperatura da Terra são fatos alheios à interferência do Homem. É o Sol, a pressão atmosférica, a atividade vulcânica, etc. Isso varia de tempos em tempos. Tem época que o planeta está mais quente, como era no Período Jurássico, e tem época que está mais frio, como na Era do Gelo. Atualmente, o Planeta Terra está em uma crescente de aquecimento mesmo. Mas receio que não haja muito do que possamos fazer...

Isso não prova nada. Aquecimento global não é chamado de global à toa. Na média a temperatura tá subindo, mas se em em algum lugar esfria quer dizer que em outro subiu mais que a média. Mas temos que ver numa escala ampla, só pegar desse ano não prova muita coisa, mas sou um adepto da teoria do aquecimento global sim.

Sim, é verdade que o Sol, o vulcanismo e o calor interno da Terra estão fora de nosso controle, mas nossa atividade lança material que impede que a radiação escape da nossa atmosfera, o efeito estufa. Efeito estufa é como febre, até certo ponto ajuda (sem ele a temperatura da Terra cairia tal qual a da Lua impedindo a vida, assim como até certo ponto a febre mata o que seja que esteja tentando nos infectar, só que se subir demais quem morre é o doente), mas quando se excede vira o vilão.
 
Um outro assunto paralelo que muitos discutem se é mito ou não é a mudança do campo magnético da Terra, seja ele pela intensidade e pela inversão dos pólos. Embora seja um tema diferente ele também tem um certo grau de influência no clima terrestre.
 
Digo que desde 2012 eu estou mudando de atitude e lado com relação a este assunto.
Principalmente por entrar em contato maior com dados e pesquisas que me parecem mais rigorosas.

Ainda assim não vi alguém colocando no papel uma estimativa de quantidade de energia absurda necessária para voluntariamente se modificar o clima de um planeta.
Quando um físico colocou no papel a quantidade absurda de energia necessária pra realmente se destruir um planeta do tamanho da Terra, todo aquele blábláblá do período da Guerra Fria de que o ser humano agora já tinha armas suficientes para destruir 50 Terras desmoronou.
E nem precisa de números claros, mas ordens de grandeza.

Caso afirmativo, nós então já temos os recursos e a capacidade de terraformar outros planetas em nossas mãos?
 
Caso afirmativo, nós então já temos os recursos e a capacidade de terraformar outros planetas em nossas mãos?

Destruir é muito, muito mais fácil que construir.

Dependendo do que vc julga como destruir o planeta (explodir a Terra?) eu duvido mesmo que a humanidade consiga, mas torná-la inabitável pra própria espécie, é certeza que tem poder pra isso.

Agora, pegar um local (ou planeta) inabitável e tornar habitável é impossível por enquanto.
 
Um outro assunto paralelo que muitos discutem se é mito ou não é a mudança do campo magnético da Terra, seja ele pela intensidade e pela inversão dos pólos. Embora seja um tema diferente ele também tem um certo grau de influência no clima terrestre.

Não é mito, já aconteceu na história geológica da Terra algumas vezes, mas demora milhares de anos pra isso. E sim, ocorre a inversão dos pólos. Mas ninguém sabe se é imediata ou se demora alguns anos até a inversão total. Os próprios pólos variam de posição a cada ano demandando sempre novos cálculos pra localização.
 
Destruir é muito, muito mais fácil que construir.

Dependendo do que vc julga como destruir o planeta (explodir a Terra?) eu duvido mesmo que a humanidade consiga, mas torná-la inabitável pra própria espécie, é certeza que tem poder pra isso.

Agora, pegar um local (ou planeta) inabitável e tornar habitável é impossível por enquanto.
Sem os cálculos e referências, você não pode fazer nenhuma dessas afirmativas.
E é isso que eu tenho sentido falta na maior parte das discussões.
Por razões óbvias da dificuldade em racionalizar tudo, mas ainda assim falta.

Argumentos de "é óbvio", "é claro", "qualquer um vê", não são argumentos de fato.

Os gráficos são tão não-linearizáveis quanto aquele que postei sobre a afirmação de que a inflação estava crescente no fim da década de 90. E é relativamente desonesto dizer que foi o dia mais quente da "história" no título pra só depois falar que na verdade é só até 1880, o que é um período desprezível no tempo de vida do planeta.

Quanto a terraformação, não é questão de "destruir é mais fácil que construir", é a modificação voluntária do clima de um planeta inteiro. Contruir e destruir é só a direção no qual você vai nesse processo.
 
Não é mito, já aconteceu na história geológica da Terra algumas vezes, mas demora milhares de anos pra isso. E sim, ocorre a inversão dos pólos. Mas ninguém sabe se é imediata ou se demora alguns anos até a inversão total. Os próprios pólos variam de posição a cada ano demandando sempre novos cálculos pra localização.

Pra mim particularmente não é mito. A maior preocupação é se durante esse período de reversão de pólos o campo magnético terrestre vier a ter uma redução drástica o que acaba deteriorando completamente a proteção natural que temos contra os ventos e tempestades solares.
 
Quanto a terraformação, não é questão de "destruir é mais fácil que construir", é a modificação voluntária do clima de um planeta inteiro. Contruir e destruir é só a direção no qual você vai nesse processo.

"Destruir é mais fácil que construir" pode ser lido de outra forma: deixar a coisa do jeito que você quer é muito mais difícil que deixar a coisa de qualquer outro jeito que você não quer. No caso, deixar o ambiente dentro da estreita faixa de atmosfera, temperatura, pressão, radiação e etc que é necessária pra vida humana é muito mais difícil do que deixar o ambiente em qualquer outra das infinitas combinações que são letais. Isso é estatístico e a prova disso é que o único planeta conhecido com as condições necessárias é a Terra, e nenhum outro.

Sobre o poder de tornar o planeta inabitável, o exemplo que vem em mente são episódios de radiação. Cidades como Chernobyl foram tornadas inabitáveis pela ação exclusiva do próprio homem, e olha que foi um acidente. Tenho certeza que se houvesse a intenção, o homem conseguiria reproduzir esse efeito em larga escala.

Sem os cálculos e referências, você não pode fazer nenhuma dessas afirmativas. E é isso que eu tenho sentido falta na maior parte das discussões.

Sei lá, não concordo com isso. Pra mim tem cálculos e referências até demais, mas o que elas acrescentam de fato? O Luiz Carlos Molion e o Al Gore apresentaram muitos dados, muito estudos e muitas referências, e um contradiz o outro... Então, com certeza pelo menos uma delas está errada, ou as duas.

De qualquer forma o que eu escrevi foram opiniões, não foram afirmativas.
 
Pra mim particularmente não é mito. A maior preocupação é se durante esse período de reversão de pólos o campo magnético terrestre vier a ter uma redução drástica o que acaba deteriorando completamente a proteção natural que temos contra os ventos e tempestades solares.

Não se preocupe. Como diz o ditado tibetano: "Se seu problema tem solução, então não há com que se preocupar. Se seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão."

Acho que isso não acontece, pois a última vez que aconteceu foi só há 700.000 anos e a vida não teve que recomeçar do zero desde então. Caso o campo magnético sumisse totalmente a vida não duraria muitos anos, os seres vivos morreriam de câncer ou de fome (quando as formas de vida inferiores na cadeia alimentar morressem).

É da Wikipédia
 
"Destruir é mais fácil que construir" pode ser lido de outra forma: deixar a coisa do jeito que você quer é muito mais difícil que deixar a coisa de qualquer outro jeito que você não quer. No caso, deixar o ambiente dentro da estreita faixa de atmosfera, temperatura, pressão, radiação e etc que é necessária pra vida humana é muito mais difícil do que deixar o ambiente em qualquer outra das infinitas combinações que são letais. Isso é estatístico e a prova disso é que o único planeta conhecido com as condições necessárias é a Terra, e nenhum outro.
Mas uma vez um planeta como a Terra tendo ficado estável dentro dessas condições, a quantidade de energia para alterá-la é igualmente gigantesca.
A Terra não está num ponto metaestável, é um ponto de estabilidade que está aí há milênios/"milhoênios". Não é como um pouso de borboleta na borda de um carro num penhasco que vai jogar tudo pro saco.



Sobre o poder de tornar o planeta inabitável, o exemplo que vem em mente são episódios de radiação. Cidades como Chernobyl foram tornadas inabitáveis pela ação exclusiva do próprio homem, e olha que foi um acidente. Tenho certeza que se houvesse a intenção, o homem conseguiria reproduzir esse efeito em larga escala.
Inabitável entre aspas. Existem pessoas vivendo em áreas consideradas de risco e a natureza no local não é morta.
A natureza usualmente encontra um caminho. Seja pela própria mutação.
O homem tem poder sim pra dar um belo baque, mas a longo prazo continuamos sendo apenas um detalhe.



Sei lá, não concordo com isso. Pra mim tem cálculos e referências até demais, mas o que elas acrescentam de fato? O Luiz Carlos Molion e o Al Gore apresentaram muitos dados, muito estudos e muitas referências, e um contradiz o outro... Então, com certeza pelo menos uma delas está errada, ou as duas.

De qualquer forma o que eu escrevi foram opiniões, não foram afirmativas.
Cada um diz uma coisa por questões puramente políticas.
Por isso que eu tenho enormes dificuldades e tinha parado de discutir certos assuntos que, embora sejam científicos no seu núcleo, já tem tantos dedos políticos que se torna muito pouco confiável qualquer dado apresentado.
É como os fatores e números usados nessas campanhas políticas. Crescimento de X%, investimento de X% ou de Xmilhões. Ninguém fala como esses fatores foram calculados, quando convém a inflação do período é adicionada, quando não convém ela não é adicionada, quando convém é mostrado em porcentagens, quando não convém é mostrado em números absolutos, quando convém faz-se uma média pegando um número de anos sem dar explicação para essa escolha, etc.
Tudo maquiagem de resultados.
Isso me incomoda demais como físico.

Enfim.
Desabafei.
:-P
 
Inabitável entre aspas. Existem pessoas vivendo em áreas consideradas de risco e a natureza no local não é morta.
A natureza usualmente encontra um caminho. Seja pela própria mutação.
O homem tem poder sim pra dar um belo baque, mas a longo prazo continuamos sendo apenas um detalhe.

Mas é isso que eu quis dizer. O planeta não ta nem aí se estamos desconfortáveis, se as cidades costeiras vão alagar, se tá muito calor, se o homem existe ou não. O planeta não vai ser destruído nesse sentido. Se for uma era glacial, que seja, se for uma era vulcânica (existe isso?) que seja. Eu interpreto o "destruir planeta" somente sob nosso ponto de vista: tornar inabitável pra nós. Outras formas de vida vão existir e continuar mesmo.

Cada um diz uma coisa por questões puramente políticas.
Por isso que eu tenho enormes dificuldades e tinha parado de discutir certos assuntos que, embora sejam científicos no seu núcleo, já tem tantos dedos políticos que se torna muito pouco confiável qualquer dado apresentado.
É como os fatores e números usados nessas campanhas políticas. Crescimento de X%, investimento de X% ou de Xmilhões. Ninguém fala como esses fatores foram calculados, quando convém a inflação do período é adicionada, quando não convém ela não é adicionada, quando convém é mostrado em porcentagens, quando não convém é mostrado em números absolutos, quando convém faz-se uma média pegando um número de anos sem dar explicação para essa escolha, etc.
Tudo maquiagem de resultados.

Concordo 100%. Eu nem dou muito crédito a nenhuma dessas coisas mais, exatamente por isso. É muito fácil pegar o mesmo fato e apresentar ele de diferentes maneiras, dependendo do que você quiser provar com ele.
 
Pra quem acha que vulcão é sempre um inimigo, eis que:

Estudo diz que pequenos vulcões podem conter aquecimento global

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    Vulcão Turrialba visto de Cartago, na Costa Rica: cientistas apontam conexão com aquecimento global
As erupções de pequenos vulcões poderiam estar retardando o aquecimento global, ao emitir aerossóis de enxofre, que chegam à alta atmosfera e desviam a luz solar para longe da Terra, afirmaram cientistas americanos nesta terça-feira (18).

Há tempos, os estudiosos sabem que os vulcões são capazes de proteger o planeta do aquecimento global, mas eles não consideravam que pequenas erupções fizessem muita diferença.

As mais recentes descobertas, publicadas no periódico Geophysical Research Letters, demonstram que pequenas erupções vulcânicas desviaram quase duas vezes mais radiação solar do que se estimava anteriormente.

"Ao rebater a energia solar que entra de volta para o espaço, partículas de ácido sulfúrico destas erupções recentes poderiam ter sido responsáveis por reduzir as temperaturas globais entre 0,05 e 0,12 grau Celsius desde o ano 2000", destacou o estudo.

"Estes novos dados poderiam ajudar a explicar porque aumentos nas temperaturas globais diminuíram nos últimos 15 anos, um período denominado de 'hiato do aquecimento global'", prosseguiu.

O ano mais quente já registrado foi 1998 e, embora os últimos anos tenham sido mais quentes que a média do século XX, a escalada íngreme vista nos anos 1990 se estabilizou.

Várias teorias foram levantadas sobre por que o mundo está vivendo um hiato do aquecimento, entre as quais estão mudanças na forma como o calor é absorvido nos oceanos ou um período de fraca atividade solar.

A maioria das projeções climáticas não consideram as erupções vulcânicas porque elas são muito difíceis de prever.

No entanto, acredita-se que grandes ocorrências do tipo, como a erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, que emitiu 20 milhões de toneladas métricas de enxofre, tenham tido um impacto no clima mundial.

David Ridley, um cientista atmosférico do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, sentiu que faltava uma peça do quebra-cabeça.

Segundo o estudo, ele conseguiu encontrá-la na interseção entre a estratosfera e a troposfera, a camada mais baixa da atmosfera, onde ocorrem os eventos climáticos.

As duas camadas se encontram entre 10 e 15 quilômetros acima da Terra e ficam abaixo do alcance da maioria dos satélites.

"Dados de satélites fazem um grande trabalho ao monitorar as partículas acima dos 15 km, o que é excelente nos trópicos", disse Ridley.

"No entanto, na direção dos polos, sentimos falta de cada vez mais partículas repousando na baixa estratosfera, que pode chegar até 10 quilômetros", prosseguiu.

O estudo combinou observações feitas com instrumentos no solo, no ar e no espaço para melhor observar os aerossóis nas partes mais baixas da estratosfera e descobriu que há mais aerossóis do que se pensava anteriormente.

Especialistas afirmam que, no futuro, os modelos climáticos vão precisar incorporar melhores dados sobre aerossóis, que só podem ser obtidos com um sistema de monitoramento mais robusto para aerossóis estratosféricos.
 
Nove primeiros meses de 2015 batem recorde de calor em todo o mundo

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  • O Rio de Janeiro registrou recentemente a terceira maior temperatura em cem anos: 42,8ºC

Os primeiros nove meses deste ano bateram recordes de calor no mundo inteiro, o que representa mais um indício de que o perigoso aquecimento global continua a se intensificar, afirmaram especialistas do governo norte-americano nesta quarta-feira (21).

O mês passado foi "o setembro com maior temperatura no registro 1880-2015, superando o recorde anterior, batido no ano passado", informou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, em inglês).

"Os primeiros nove meses do ano (de janeiro a setembro) também bateram recordes de calor", acrescentou a fonte.

O último boletim coloca o ano de 2015 mais perto de tirar de 2014 o título de ano mais quente dos tempos modernos.

O cálculo foi feito com base da média da temperatura na superfície do globo e dos oceanos.

Os cientistas descobriram que setembro superou em 0,9°C a temperatura média do século XX, superando em 0,12ºC os termômetros em setembro de 2014.

"A alta de temperatura de setembro também foi a maior alta nas médias para qualquer mês no registro histórico de 136 anos, superando em 1,01ºC o recorde anterior estabelecido em fevereiro e março deste ano", destacou a NOAA em seu boletim mensal.

Os últimos cinco meses seguidos bateram recordes de calor com base aos respectivos meses do ano anterior.

Recordes de calorNormalmente, altas temperaturas são observadas em setembro no nordeste da África, no Oriente Médio, em regiões do sudeste da Ásia e em algumas partes da América do Sul e do Norte.

Alguns pontos frios foram observados no sul da América do Sul, no extremo oeste canadense, no Alasca e em algumas partes da Ásia Central.

No Canadá, Ontário registrou um recorde de calor em setembro, com temperaturas cerca de 5º C acima da média.

Enquanto isso, os Estados Unidos tiveram seu segundo setembro mais quente já registrado, com uma temperatura 2,1ºC acima da média do século XX.

A normalmente fria Noruega também esteve entre os recordistas de calor, enquanto a Espanha teve seu setembro mais frio desde 1996.

A Grã-Bretanha também foi mais fria do que o esperado.

"A Inglaterra e o País de Gales tiveram, cada um, o setembro mais frio desde 1994", destacou o informe da NOAA.

As temperaturas na superfície dos oceanos associadas ao El Niño em algumas partes do mundo ajudaram a elevar a temperatura da superfície marinha global em 0,81º C acima da média do século XX de 16,2º C.

"Uma grande parte do Atlântico sul e da Groenlândia permaneceram mais frios do que a média", acrescentou a NOAA.

No mês passado, a quantidade de gelo marinho no Ártico foi a quarta menor já registrada.

A cobertura de gelo na Antártica também esteve abaixo da média para o período 1981-2010, tornando-se a 16ª menor cobertura de gelo antártico e o menor registro desde 2008.
 
Três coisas que podemos fazer para evitar que a temperatura da Terra suba além do limite


  • Reuters
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    A seca na Austrália é apenas uma das formas pelas quais as pessoas estão experimentando o clima extremo
Este ano, milhões de pessoas em todo o mundo estão sentindo de forma extrema os efeitos da mudança climática.
Ondas de calor fizeram a temperatura subir a níveis alarmantes do Japão ao círculo polar ártico. Incêndios florestais varreram a Califórnia e a Grécia. E o Estado mais populoso da Austrália, Nova Gales do Sul, está agora completamente seco.

Para cientistas que estudam o clima, estes acontecimentos são um sinal de alerta da ameaça representada pela mudança climática antropogênica, isto é, produzida pelo homem a partir da liberação massiva de carbono na atmosfera.

Leia também:

"Eu acredito que as pessoas estejam associando, de forma correta, sua experiência cotidiana com o aquecimento do planeta", diz Bill Hare, cientista do clima e cofundador do consórcio científico Climate Analytics.
PA

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Reduzir o uso de termoelétricas movidas a carvão é um ponto-chave para controlar a mudança climática

Um aumento de 2ºC na temperatura global é considerado o máximo que o planeta pode tolerar sem o risco iminente de catástrofes em nossa alimentação, abastecimento de água, biodiversidade ou no nível dos mares.

Na Cúpula do Clima de Paris, realizada no fim do ano passado, líderes de vários países do mundo concordaram em tentar manter o aquecimento global "bem abaixo" deste limite crucial - abaixo de 1,5ºC - o que pode fazer uma grande diferença para populações vivendo em pequenas ilhas ou outras áreas vulneráveis.

Mas o mundo conseguirá manter essa promessa? Eis o que os especialistas dizem ser preciso fazer para cumprir o objetivo.

Substituir combustíveis fósseis por renováveis


Para limitar o aquecimento do planeta a 1, 5 C° ou menos, cientistas concordam que as emissões de carbono devem chegar a um pico em 2020, e então declinar rapidamente até zero pela metade do século, ou um pouco depois.

"Se conseguiremos fazer isto, se é viável econômica e tecnicamente, são questões legítimas de se perguntar. Mas a comunidade científica tem mostrado que é possível sim, e na maioria dos casos, economicamente viável, com grandes benefícios para o desenvolvimento sustentável", disse Bill Hare à BBC.

Um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) afirma que, se ações neste sentido forem tomadas cedo o suficiente, 70% das emissões de carbono podem ser cortadas até 2050. E, até 2060, a economia mundial pode tornar-se livre de carbono.

Uma transição tão grande nas fontes de energia necessitaria de uma "escalada sem precedentes no uso de tecnologias de baixo carbono, em todos os países", diz o relatório da IEA.

AFP
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O carvão não é apenas poluente - é também perigoso para as pessoas que trabalham com ele

A boa notícia é que não só na Europa, mas também na China e na Índia, o carvão está sendo rapidamente substituído na função de combustível para a geração de energia. O uso de energia eólica (do vento) e solar está se tornando mais comum.

De acordo com um artigo de Bill Hare, outra medida importante para diminuir as emissões seria eletrificar o sistema de transporte. O último carro movido a gasolina precisa sair da concessionária antes de 2035 se quisermos cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 C°, diz o texto de Hare.

Outra contribuição pode vir de casas e escritórios que gerem eletricidade renovável em quantidade suficiente para atender às próprias necessidades.
Mas será que o mundo está caminhando para começar a reduzir suas emissões de gás carbônico depois de 2020?

"Não está claro ainda", diz Hare. "Parece que as emissões de CO2 começaram a crescer novamente e, se isto se confirmar, só vão começar a cair novamente bem depois de 2020. Até o momento, não parece que será possível (cumprir a meta), a não ser que países relevantes comecem a agir", diz ele.
Reuters
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O uso da energia eólica está avançando - inclusive nos países em desenvolvimento
Proteger e regenerar as florestas



A derrubada das florestas tropicais é responsável por cerca de 20% das emissões anuais de gases causadores do efeito estufa. Portanto, deter a derrubada de florestas é algo muito relevante para conter as emissões de carbono.

Um estudo da Universidade de Exeter, no Reino Unido, sugere que regenerar estas florestas é também a melhor forma de recapturar carbono que foi lançado na atmosfera - ajudando, portanto, a segurar o aumento da temperatura.

A líder do estudo é a especialista em ciência do clima Anna Harper. Segundo ela, levantamentos anteriores sugerem que a recuperação das áreas de floresta tropical poderia remover uma ou duas gigatoneladas de carbono da atmosfera por ano. Um número significativo, se levarmos em conta que o total de emissões atuais é de 10 gigatoneladas por ano.

Cientistas dizem que, mesmo que o mundo zere as emissões de carbono até a metade deste século, ainda é possível ampliar os esforços com "emissões negativas", de forma a atingir os objetivos globais contra o efeito estufa.

Técnicas estão em desenvolvimento para capturar e armazenar carbono em árvores, no subsolo e no leito marinho.
Um artigo publicado por Anna Harper no periódico científico Nature Communications analisou uma destas soluções - usinas de bioenergia que capturam e armazenam CO2 - e concluiu que plantar ou reflorestar regiões de mata ainda é a melhor forma de mitigar os efeitos da mudança climática.

Getty Images
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Segundo o estudo da Universidade de Exeter, a natureza já criou a forma mais eficiente de retirar carbono da atmosfera

"Para atingir os objetivos do acordo de Paris, precisamos tanto reduzir drasticamente as novas emissões quanto usar um mix de diferentes técnicas para remover carbono da atmosfera", diz Harper.

"Não existe uma 'cartada mágica' que vá resolver todos os problemas", diz a pesquisadora.

Manter os políticos na linha


A ciência continuará monitorando a trajetória das emissões de carbono, de modo a saber se o mundo está ou não no caminho para atingir as metas de controle de temperatura.

Mas uma análise mais cuidadosa das promessas feitas por cada país após o acordo de Paris em 2015 mostra que os esforços ainda estão aquém do necessário.

Em seus relatórios, a IEA estima que as emissões de carbono feitas pelo setor de energia precisam ficar abaixo de 790 gigatoneladas, de 2015 até 2100, para que a meta de 1,5 C° seja atingida.

Apesar disso, os compromissos atuais dos países permitiriam que este setor, sozinho, lançasse na atmosfera 1,260 gigatoneladas só até 2050.
Isto significa que o eventual sucesso em conter o aumento das temperaturas dependerá de "emissões negativas" - captura de carbono - e de novas tecnologias e esforços. Ou não acontecerá.

Reuters
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Aquecimento global não é um mito, diz o cartaz exibido num protesto durante o encontro dos países do G20 em Hamburgo, Alemanha, em julho de 2017

Os dirigentes dos principais países emissores do mundo se encontram nos eventos do G20 - a reunião das vinte maiores economias do mundo. Os países deste grupo somam 63% da população do mundo e 83% das emissões.

Estes países - cujas populações são provavelmente mais atentas às questões ambientais e mais aptas a se manifestar por seus direitos - estabeleceram metas de controle de emissões.

"Em termos do público em geral, as pessoas estão agora mais atentas à questão da mudança climática. E eu acho que isto está levando a mais pressão sobre os políticos, seus partidos e a indústria, para reduzir as emissões", diz Bill Hare.

Mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou os EUA do acordo de Paris. E prometeu trazer de volta à vida o setor de carvão do país.

"A história vai julgá-lo. Todos concordamos, penso eu, que não há catástrofe climática capaz de fazer Donald Trump rever sua posição", diz o cientista.

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Aquecimento global altera paisagem do polo Norte

Jul.2017 - Uma expedição com diversos cientistas e um fotógrafo da agência AP está navegando pelo Ártico em um navio quebra-gelo para documentar as mudanças causadas pelo aquecimento global em um dos ambientes mais frágeis do planeta. VEJA MAIS > Imagem: David Goldman/AP
 
Camada que protege o gelo marinho mais antigo do Ártico desaparece meses antes do previsto


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Todo verão, quando o Ártico se aquece, estradas sazonais se abrem no oceano, permitindo que o gelo marinho migre para o sul e derreta. Agora, os dados de satélite revelaram que a porta de entrada para uma via importante — o Estreito de Nares, que divide o noroeste da Groenlândia e a Ilha Ellesmere do Canadá — se desfez meses antes do previsto. E isso poderia significar ainda mais problemas para o mais antigo e mais criticamente ameaçado gelo marinho do Ártico.

Normalmente, a Baía de Baffin, ao sul do Estreito de Nares, permanece fechada ao gelo marítimo do norte até junho, julho ou até mesmo agosto, graças à presença de uma camada de gelo que se forma na foz do norte entre novembro e janeiro, assumindo uma forma de arco espetacular. Este ano, no entanto, o arco do estreito de Nares começou a se desintegrar em março. Kent Moore, um pesquisador do gelo marinho da Universidade de Toronto, descreveu seu colapso como “muito rápido”, com o arco tendo desaparecido em apenas alguns dias.

Embora ainda não esteja claro o que exatamente motivou a abertura dessa comporta, não é a primeira vez que isso acontece. Um rompimento prematuro semelhante ocorreu em maio de 2017, e a pesquisa de Moore identificou esse fenômeno em uma série de ventos de primavera atipicamente fortes. Baseado no padrão de nuvens em imagens de satélite tiradas em 19 de março, poucos dias antes do rompimento deste ano, Moore suspeita que ventos podem ter novamente desempenhado um papel-chave, uma ideia que ele continua investigando.

É provável que as mudanças climáticas também estejam influenciando esse fenômeno. O Ártico está aquecendo duas vezes mais rápido que o resto do planeta, e o gelo marinho está diminuindo em todos os lugares. Mark Serreze, diretor do National Snow and Ice Data Center, disse ao Gizmodo que, embora não seja possível tirar muitas conclusões com base na análise de um único ano, “quando você pega um bloco de gelo mais fino, ele é um bloco de gelo mais fraco e vai ser quebrado mais facilmente”.

O arco pode simplesmente não ser tão forte quanto antes, o que poderia ajudar a explicar por que ele também teve rupturas prematuras em 2008 e 2010, e por que ele não se formou, em 2007, como apontado pelo NASA Earth Observatory. “O fato de que estamos vendo vários desses rompimentos prematuros na última década, é consistente com o aquecimento global do Ártico”, disse Serreze.

Esta animação mostra o gelo que flui através do Estreito de Nares de 19 de abril a 11 de maio. GIF: Worldview da NASA (Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo )

O rompimento prematuro dessa conjuntura pode significar más notícias para o antigo gelo marinho do Ártico, que sobrevive ao derretimento do verão para durar vários anos e que já está em estado severamente reduzido.

Serreze explicou que, embora um caminho diferente — o Estreito de Fram entre o leste da Groenlândia e Svalbard — seja quem “comanda” em termos do volume total de gelo que sai do Ártico, o gelo espesso e de vários anos tende a se acumular ao longo do litoral do Arquipélago Ártico Canadense e do norte da Groenlândia. É mais provável que o gelo escape para o sul através do Estreito de Nares. Então, quando sua entrada abre meses antes, há muito mais oportunidades para o gelo antigo migrar para o sul e derreter.

A perda desse gelo é um problema apenas para os ursos polares que dependem dele como habitat, mas para o Ártico como um todo, que depende de seu gelo marinho no verão para refletir a luz do sol e mantê-lo frio.

A área do alto Ártico canadense ao redor do Estreito de Nares é onde os modelos climáticos projetam que o gelo mais antigo e de vários anos durará mais tempo. Isso levou os grupos conservacionistas, como o World Wildlife Fund, a pressionarem por maiores proteções ecológicas no país, apelidado de “Last Ice Area”. Moore apoia essas proteções — mas, ao mesmo tempo, se preocupa com o que aberturas cada vez mais precoces do Estreito de Nares significarão para a região como um todo.

“[The Last Ice Area] pode não persistir por tanto tempo como as pessoas imaginam se esse for um novo modo de perda de gelo”, disse ele.
[NASA Earth Observatory]
 
Engraçado ver negaciosismo comendo solto no tópico :lol:. Ceticismo é bom, mas toda teoria científica vai ter seus céticos, inclusive entre os próprios cientistas que trabalham na área... se for querer ser cético em tudo, não acreditamos em mais nada (exceto naquele campo de estudo bastante específico que é a nossa própria especialidade)... Mas por motivos políticos ficou na moda dar palanque a gatos pingados que são céticos em relação ao aquecimento global.

Aqui tem outro tópico em que rolou a mesma coisa, com a entrevista do Ricardo Felício no Jô, que popularizou a discussão no Brasil. Climatologia é foda de discutir, porque é uma área bem interdisciplinar e cujos problemas requerem modelos mais complicados do que aqueles da Física Básica, afinal o objeto da modelagem é muito mais complicado... Mas no vídeo ele fala coisas bastante questionáveis sobre Física um pouco menos interdisciplinar, como que o efeito estufa seria "uma física impossível" e que Vênus seria tão quente não por causa do efeito estufa, mas sim por causa da alta pressão do planeta (~90 PTERRA), aplicando de forma bastante simplista a lei dos gases ideais. Restou explicar porque isso não vale para Saturno, Urano e Neto, que têm pressões ainda mais altas (>100.000 PTERRA), mas não são quentes. Enfim, beira o absurdo achar que astrônomos do Sistema Solar estão todos (ou praticamente todos, que seja) tão radicalmente errados nessa questão, e quem está certo é o Ricardo Felício com a sua física basiquíssima. Em outras ocasiões ele critica a simplicidade de modelos da área, mas toda crítica pública que ele faz também esconde um modelo, que de tão simples não é rodado em computadores, mas na cabeça dele...
 
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