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O mito do aquecimento global!?

Engraçado ver negaciosismo comendo solto no tópico :lol:. Ceticismo sempre é bom, mas toda teoria científica vai ter seus céticos, inclusive entre os próprios cientistas que trabalham na área... se for querer ser cético em tudo não acreditamos em mais nada (exceto naquele campo de estudo bastante específico que é a nossa própria especialidade)... Mas por motivos políticos ficou na moda dar palanque a gatos pingados que são céticos em relação ao aquecimento global.

Aqui tem outro tópico em que rolou a mesma coisa, com a entrevista do Ricardo Felício no Jô, que popularizou a discussão no Brasil. Climatologia é foda de discutir, porque é uma área bem interdisciplinar e cujos problemas requerem modelos mais complicados do que aqueles da Física Básica, afinal o que é modelado é muito mais complicado.. Mas no vídeo ele fala coisas absurdas de Física um pouco menos interdisciplinar, como que efeito estufa "é uma física impossível", e que Vênus é tão quente não por causa do efeito estufa, mas sim por causa da alta pressão do planeta (~90 PTERRA), aplicando de forma bastante simplista a lei dos gases ideais. Restou explicar porque isso não vale para Saturno, Urano e Neto que tem pressões ainda mais altas (>100.000 PTERRA) mas não são quentes. Enfim, beira o absurdo achar que astrônomos do Sistema Solar estão todos (ou praticamente todos, que seja) tão radicalmente errados nessa questão, e quem está certo é o Ricardo Felício com a sua física basiquíssima. Em outras ocasiões ele critica a simplicidade de modelos da área, mas toda crítica pública que ele faz também esconde um modelo, que de tão simples não é rodado em computadores, mas rodado na cabeça dele...
Perfeita a associação que você fez entre ceticismo x negacionismo. O primeiro é um requisito para se fazer ciência, experimentando-se para colher evidências e chegar-se a uma conclusão; o segundo é uma completa inversão do método científico, tomando-se de logo uma conclusão desejada e se argumentando com "evidências" que não se sustentam. Parece que é tudo uma reação a um aura conspiracionista que de repente estão enxergando em todo canto.
 
A relação que eu tinha em mente não era bem essa. Sem dúvida há as pessoas que, por motivos diversos, colocam as conclusões na frente das hipóteses. Mas tem aqueles que ficam tão céticos de forma que convencê-los de qualquer coisa é impossível ou impraticável. Ceticismo em excesso é a morte da ciência, como os céticos da Grécia Antiga, ou o perspectivismo anti-científico de Nietzsche. Nas discussões populares, porém, esse ceticismo extremo só é ativado em assuntos sensíveis, como o aquecimento global. De repente todo mundo é de um ceticismo tal que, para tirar a pessoa do agnosticismo em relação aquele assunto, seria preciso que ela investisse um bom tempo lendo artigos técnicos do tema. Por isso esse ceticismo é impossível de ser generalizado para todos os outros temas científicos, e portanto é impraticável... Dessa forma, tem o negacionista mais ferrenho como o Ricardo Felício, que de fato conclui que não há aquecimento, mas tem o negacionista mais ameno, que não vai tão longe a ponto de afirmar categoricamente que não há aquecimento, mas que fica advogando supostos bons motivos para duvidar do consenso científico em questão - o que também é perigoso já que, se o conhecimento é colocado em xeque, também o é a necessidade de políticas contra o aquecimento global.
 
Última edição:
Em relação a esse tema, não sou seguidor fiel de um modelamento técnico-científico de A, B ou C pra explicar ou refutar totalmente essa teoria.

Apenas não subestimo que não dá pra ignorar, muito menos brigar com o fato que há um bom tempo existe um monitoramento de temperatura global que no decorrer dos anos aponta que a temperatura media do planeta comprovadamente vem se elevando, acompanhado de uma maior redução das calotas polares, e não havendo um fato novo capaz de reverter, a tendência é disso somente continuar. Se há teorias explicatórias que são divergentes, o fato é que existe um problema que seja qual for a melhor explicação científica pra isso, ele não pode ser tapado com a peneira.
 
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rs rs sem comentários

Carlos Bolsonaro usa frio para questionar aquecimento global, e cientistas explicam o erro
Em rede social, filho do presidente Jair Bolsonaro faz relação equivocada entre tempo, uma questão pontual, e clima, um dado de longo prazo
Audrey Furlaneto, 10/07/2019 - 00:01 / Atualizado em 10/07/2019 - 09:43


RIO - Filho do presidente Jair Bolsonaro , o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) relacionou tempo e clima, questões muito distintas, em post no Twitter, no último sábado. Na rede social, ele escreveu: "Só por curiosidade: quando está quente a culpa é sempre do possível aquecimento global e quando está frio fora do normal como é que se chama?"

"Estar quente" é da seara do tempo, ou seja, questão de curto prazo, "variação de um dia, ou de uma semana para outra", como explica o professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ , Luiz Pinguelli Rosa. Já clima e aquecimento global se referem a mensurações de longo prazo.

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— (A questão feita por Carlos Bolsonaro) Não tem lógica nenhuma. A existência do aquecimento global é comprovada a partir de uma média de temperaturas que leva em conta muitas informações, é um cálculo complexo computacional, feito por centenas de cientistas do mundo todo. O fato de fazer mais ou menos frio em algum lugar do país, em determinado momento, não desmente esse modelo — afirma o professor, mestre em Engenharia Nuclear e doutor em Física.

Para ele, o comentário feito pelo filho do presidente "não só mostra falta de conhecimento básico sobre a diferença entre clima e tempo, como também desconsidera evidências científicas".

— A atmosfera é complexa, e o planeta está esquenteando na média, como comprova o derretimento das geleiras do Hemisfério Norte, por exemplo, ou a onda de calor na Europa . Contra-exemplos de que está fazendo mais frio aqui e acolá não desmentem nada. É mais uma mostra de falta de informação e irresponsabilidade com as políticas ambientais neste governo — critica Pinguelli Rosa.

Marcos Heil Costa, coordenador do Grupo de Pesquisa em Interação Atmosfera-Biosfera, da Universidade Federal de Viçosa , lembra que "o que se tem notado nas estações metereológicas ao redor do mundo é um aumento da média das temperaturas e também da variabilidade delas". Ele completa:

— As temperaturas frias de hoje são as mesmas de 50 anos atrás, enquanto aumentam os eventos quentes, como a onda de calor na França e na Grécia neste ano, ou em Portugal, no ano passado. As variações se inclinam mais para o lado quente.

Segundo ele, o Brasil, inclusive, vem apresentando aumento de temperatura considerado acima da média global, que é de 1°, na região Leste, por exemplo, fruto de desmatamento da Mata Atlântica e do cerrado ao longo dos últimos cem anos.

— O frio de um dia é só um ponto na curva, e a curva tem milhares de pontos que, analisados ao longo do tempo, indicam um aumento global da temperatura. Isso é científico. Dizer que um dia frio desmente o aquecimento global seria como afirmar que o nascimento de um anão diminui a estatura média dos cidadãos no planeta — diz Costa.
 
O Trump também já falou coisa parecida. Se faz frio os negacionistas já falam "nossa, cadê aquele aquecimento global agora?" :gotinha:
 
Um dos problemas mais sérios do planeta e ninguém está nem aí. As gerações futuras irão nos julgar pela nossa estupidez.
 
Outro dia vi que a maior cidade do Alaska teve temperatura recorde bem acima de 30 graus. É o estado mais frio dos EUA, só que logicamente o Trump vai ignorar.
 
Outro dia vi que a maior cidade do Alaska teve temperatura recorde bem acima de 30 graus. É o estado mais frio dos EUA, só que logicamente o Trump vai ignorar.

Achei o que comentei hoje pela manhã. Sou um odiador ferrenho e incondicionável de frio, neve e geleiras, mas do jeito que alguns lugares polares andam tendo temperaturas do jeito que amo, daqui algum tempo sou capaz pela primeira vez na vida considerar o Alasca como uma opção turística dos meus sonhos. Mais de 30°C em Anchorage me anima.

Calor em cidade do Alasca chega a 32,2°C, maior temperatura registrada no local desde 1954
 
A relação que eu tinha em mente não era bem essa. Sem dúvida há as pessoas que, por motivos diversos, colocam as conclusões na frente das hipóteses. Mas tem aqueles que ficam tão céticos de forma que convencê-los de qualquer coisa é impossível ou impraticável. Ceticismo em excesso é a morte da ciência, como os céticos da Grécia Antiga, ou o perspectivismo anti-científico de Nietzsche. Nas discussões populares, porém, esse ceticismo extremo só é ativado em assuntos sensíveis, como o aquecimento global. De repente todo mundo é de um ceticismo tal que, para tirar a pessoa do agnosticismo em relação aquele assunto, seria preciso que ela investisse um bom tempo lendo artigos técnicos do tema. Por isso esse ceticismo é impossível de ser generalizado para todos os outros temas científicos, e portanto é impraticável... Dessa forma, tem o negacionista mais ferrenho como o Ricardo Felício, que de fato conclui que não há aquecimento, mas tem o negacionista mais ameno, que não vai tão longe a ponto de afirmar categoricamente que não há aquecimento, mas que fica advogando supostos bons motivos para duvidar do consenso científico em questão - o que também é perigoso já que, se o conhecimento é colocado em xeque, também o é a necessidade de políticas contra o aquecimento global.
O nome que se da a esse ceticismo extremo é Backfire effect, na verdade não chega a ser um ceticismo e sim uma crença.
 
E seguem os questionamentos..
Por que cientistas dizem que próximos 18 meses serão cruciais para salvar o planeta
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Imagem: ClintsSpencer/Getty


Matt McGrath - Correspondente de Meio Ambiente da BBC
25/07/2019 08h59

Você se lembra quando as pessoas diziam que nós tínhamos "12 anos para salvar o planeta"?

Agora, no entanto, há um consenso crescente de que os próximos 18 meses serão primordiais para lidar com a crise do aquecimento global e das mudanças climáticas, entre outros desafios ambientais.

No ano passado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) informou que, para manter o aumento das temperaturas médias globais abaixo de 1,5ºC até o final deste século, as emissões de dióxido de carbono teriam que ser reduzidas em 45% até 2030.

Mas hoje, os cientistas reconhecem que os passos políticos decisivos para permitir que os cortes no carbono ocorram de fato terão de ser dados antes do final do próximo ano.

A ideia de que 2020 é um prazo importante foi abordada por um dos principais cientistas do clima do mundo, em 2017. "A matemática do clima é brutalmente clara: embora o mundo não possa ser curado nos próximos anos, pode ser fatalmente ferido por negligência até 2020", disse Hans Joachim Schellnhuber, fundador e atual diretor emérito do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático.

A sensação de que o final do próximo ano seria uma espécie de prazo de última chance para conter os efeitos devastadores das mudanças climáticas está ficando cada vez mais evidente.

"Acredito firmemente que os próximos 18 meses decidirão nossa capacidade de manter a mudança climática em níveis de sobrevivência e restaurar a natureza ao equilíbrio que precisamos para nossa sobrevivência", disse o príncipe Charles, falando em uma recepção recente para ministros do Commonwealth, a comunidade que aglutina o Reino Unido e várias ex-colônias britânicas.

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Os EUA e a Arábia Saudita uniram forças para restringir o uso de relatórios científicos do IPCC em negociações climáticas Imagem: Anadolu Agency


Então, por que os próximos 18 meses são tão importantes?


O príncipe Charles estava fazendo uma referência a importantes reuniões da ONU sobre o clima marcadas até o final de 2020. Desde que um acordo climático global foi assinado em Paris, em dezembro de 2015, negociadores tem se empenhado em fechar um conjunto de normas a serem seguidas pelos signatários do pacto.

Mas, sob os termos do acordo, os países também prometeram avançar seus planos de corte de emissões de carbono até o final de 2020.
Uma dos destaques do relatório do IPCC lançado no ano passado foi a estimativa de que as emissões globais de dióxido de carbono têm de atingir seu pico em 2020, para viabilizar o objetivo do teto de aumento de 1,5ºC até o final do século.
Os planos atuais não são suficientemente fortes para manter as temperaturas abaixo do chamado limite seguro. Neste momento, estamos nos encaminhando para 3ºC de aquecimento até 2100.

Como os países geralmente planejam seus programas de redução com prazos de cinco e dez anos, para se atingir a meta de corte de carbono de 45% até 2030, os planos realmente precisam estar na mesa até o final de 2020.

Os próximos passos

O primeiro grande evento será a Cúpula para Ação Climática, convocada pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Ela será realizada em Nova York, em 23 de setembro.

Guterres tem deixado claro que a cúpula só fará sentido se os países que forem à ela levarem ofertas significativas para melhorar seus planos nacionais de corte de emissões.

Esse encontro será seguido pela COP25 em Santiago, no Chile, que terá a importância de manter o processo em andamento. Mas o momento-chave deverá ser a COP26, provavelmente no Reino Unido, que será realizada no final de 2020.

O governo britânico acredita poder usar a oportunidade da COP26, em um eventual mundo pós-Brexit (após a saída do Reino Unido da União Europeia), para mostrar que a Grã-Bretanha tem força para construir a vontade política para os avanços necessários, da mesma forma que os franceses usaram sua força diplomática para fazer o acordo de Paris acontecer.

"Se obtivermos sucesso em nossa oferta (para sediar a COP26), garantiremos a construção do acordo de Paris e refletiremos as evidências científicas de que precisamos ir mais longe e mais rápido", disse recentemente o ministro do Meio Ambiente do Reino Unido, Michael Gove - em sua provável última fala no cargo (ele terá outro cargo no gabinete do novo premiê, Boris Johnson, que assumiu na quarta-feira).

"E precisamos da COP26 para garantir que outros países levem a sério suas obrigações e isso significa liderar pelo exemplo. Juntos, devemos tomar todas as medidas necessárias para restringir o aquecimento global a pelo menos 1,5ºC."

Razões para ser otimista

Nos últimos anos, talvez pelas onde extremas de frio e calor, ou pela atividade de ativistas como a adolescente sueca Greta Thunberg e o grupo britânico Extinction Rebellion (que paralisou Londres por uma semana em abril), parece haver um nítido aumento no interesse público por mudanças climáticas e outros problemas relativos à natureza e por ideias que as pessoas possam colocar em prática em suas próprias vidas.

As demandas por ação estão ficando mais vigorosas, e os sinais são de que políticos em muitos países acordaram para essas mudanças.
Ideias como o New Green Deal, (o Novo Plano Verde, com ações como a "descarbonização" da economia americana), proposto por políticos democratas, que pareciam inviáveis há alguns anos, ganharam força real recentemente.

A percepção do príncipe Charles de que os próximos 18 meses são críticos é compartilhada por alguns representantes de países nas negociações sobre clima.

"Nosso grupo de pequenos estados insulares em desenvolvimento compartilha do sentimento do príncipe Charles da profunda urgência por uma ação climática ambiciosa", disse a embaixadora Janine Felson, de Belize, estrategista-chefe do grupo da Aliança dos Pequenos Estados Insulares da ONU.

"De uma só vez, somos testemunhas de uma convergência coletiva da mobilização pública. Os impactos climáticos estão piorando e há fortes alertas científicos que dão pedem uma liderança climática decisiva".

"Sem dúvida, 2020 é um prazo importante para que a liderança finalmente se manifeste."

Razões para ser pessimista

A provável COP no Reino Unido em 2020 também poderia ser o momento em que os EUA finalmente deixariam o acordo de Paris, conforme Donald Trump anunciou em 2017.

Mas se Trump não vencer nas eleições americanas do próximo ano, a posição do país pode mudar. Um presidente democrata, por exemplo, provavelmente reverteria a decisão.

Qualquer passo pode ter enormes consequências para a luta pelo clima.

Neste momento, vários países parecem dispostos a desacelerar as mudanças propostas. Em dezembro passado, os EUA, a Arábia Saudita, o Kuwait e a Rússia bloquearam um relatório especial do IPCC que estabelecia a necessidade de se manter o teto dos 1,5ºC de aumento.

Algumas semanas atrás, em Bonn, na Alemanha, novas objeções da Arábia Saudita impediram que o tema entrasse em negociações da ONU.
Haverá pressão significativa sobre o país anfitrião do COP26 em 2010 para que este garanta um progresso substancial. Mas, se houver um tumulto político em torno do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), o governo britânico pode não ter cacife necessário para lidar com os múltiplos desafios globais que a mudança climática apresenta.

"Se não pudermos usar esse momento para acelerar nossas ambições, não teremos chance de chegar a um limite de 1,5 ou 2ºC (de aumento da temperatura)", disse o professor Michael Jacobs, da Universidade de Sheffield, ex-assessor para Clima do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown.

E isso não é tudo sobre as mudanças climáticas

Embora as decisões tomadas sobre a mudança climática no próximo ano sejam críticas, há uma série de outras reuniões importantes sobre o meio ambiente que moldarão as ações para preservação de espécies e a proteção dos oceanos nas próximas décadas.

No início deste ano, um grande estudo sobre as perdas de espécies na natureza e resultados mais amplos do impacto humano causou uma grande agitação entre governos.

O relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos mostrou que até um milhão de espécies poderiam ser perdidas nas próximas décadas.

Por causa disso, os governos se reunirão na China no próximo ano para tentar chegar a um acordo que proteja animais de todos os tipos.
A Convenção sobre Diversidade Biológica é o órgão da ONU encarregado de elaborar um plano para proteger a natureza até 2030.

A reunião do próximo ano poderia levar a uma espécie de "acordo de Paris" para o mundo natural. Se houver acordo, é provável que haja ênfase na agricultura e pesca sustentáveis. Ele deverá pedir maior proteção às espécies e impor limites ao desmatamento.

No próximo ano, a Convenção das Nações Unidas sobre as Leis do Mar também se reunirá para negociar um novo tratado global sobre os oceanos.
Se tudo isso acontecer, o mundo pode ter uma chance de preservar o meio ambiente.
 
Groenlândia registra perda histórica de 12,5 bilhões de toneladas de gelo em apenas um dia

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Após a Groenlândia passar boa parte de julho atingida por incêndios, a onda de calor da última semana atingiu o manto de gelo do país, provocando um colapso de cerca de 60% de sua superfície. Somente na quinta-feira (1º), novos dados mostram que a plataforma de gelo perdeu 12,5 bilhões de toneladas com o derretimento da superfície, sua maior perda já registrada em um único dia, informou o Washington Post.

A última vez que a Groenlândia teve um colapso desse tamanho foi em 2012, quando sua camada de gelo levou mais de 10 bilhões de toneladas de gelo escoadas para o oceano, segundo dados do Polar Portal.

Cientistas chegaram a esse número alarmante baseado em estimativas de modelos computacionais que fazem referência a dados de satélites e de outras fontes. De acordo com o Washington Post, um pesquisador sênior do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo, Ted Scambos, explica o processo:

“Este modelo, que usa dados meteorológicos e observações para construir um registro de gelo e queda de neve, e uma mudança líquida na massa da camada de gelo, é notavelmente preciso. Eu aceitaria o resultado de 12,5 bilhões de toneladas [perdidos] de gelo em um dia como um fato, e esta cifra é a maior em um único dia desde 1950.”​

Foi na década de 1950 que começou o registro da perda de massa diária da camada de gelo. Imagens de satélite incluídas na cobertura do Gizmodo recentemente mostram quão difundido o derretimento se tornou com o derretimento da neve claramente visível nas bordas da manta de gelo. O vídeo compartilhado no Twitter também revelou que em um ponto o escoamento derretido se tornou tão severo que se transformou em rios carregados de sedimentos de água corrente.

O Washington Post relata que no total o manto de gelo perdeu 197 bilhões de toneladas de escoamento durante julho.
À medida que o tempo quente diminui nos próximos meses, partes da camada de gelo da Groenlândia começarão lentamente a se solidificar mais uma vez, mas veremos os efeitos das 12,5 bilhões de toneladas de gelo perdidas no oceano por muito tempo na elevação do nível de mar.

[The Washington Post]
 
Groenlândia registra perda histórica de 12,5 bilhões de toneladas de gelo em apenas um dia

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Após a Groenlândia passar boa parte de julho atingida por incêndios, a onda de calor da última semana atingiu o manto de gelo do país, provocando um colapso de cerca de 60% de sua superfície. Somente na quinta-feira (1º), novos dados mostram que a plataforma de gelo perdeu 12,5 bilhões de toneladas com o derretimento da superfície, sua maior perda já registrada em um único dia, informou o Washington Post.

A última vez que a Groenlândia teve um colapso desse tamanho foi em 2012, quando sua camada de gelo levou mais de 10 bilhões de toneladas de gelo escoadas para o oceano, segundo dados do Polar Portal.

Cientistas chegaram a esse número alarmante baseado em estimativas de modelos computacionais que fazem referência a dados de satélites e de outras fontes. De acordo com o Washington Post, um pesquisador sênior do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo, Ted Scambos, explica o processo:

“Este modelo, que usa dados meteorológicos e observações para construir um registro de gelo e queda de neve, e uma mudança líquida na massa da camada de gelo, é notavelmente preciso. Eu aceitaria o resultado de 12,5 bilhões de toneladas [perdidos] de gelo em um dia como um fato, e esta cifra é a maior em um único dia desde 1950.”​

Foi na década de 1950 que começou o registro da perda de massa diária da camada de gelo. Imagens de satélite incluídas na cobertura do Gizmodo recentemente mostram quão difundido o derretimento se tornou com o derretimento da neve claramente visível nas bordas da manta de gelo. O vídeo compartilhado no Twitter também revelou que em um ponto o escoamento derretido se tornou tão severo que se transformou em rios carregados de sedimentos de água corrente.

O Washington Post relata que no total o manto de gelo perdeu 197 bilhões de toneladas de escoamento durante julho.
À medida que o tempo quente diminui nos próximos meses, partes da camada de gelo da Groenlândia começarão lentamente a se solidificar mais uma vez, mas veremos os efeitos das 12,5 bilhões de toneladas de gelo perdidas no oceano por muito tempo na elevação do nível de mar.

[The Washington Post]
Bobagem. Instituto de pesquisa aparelhado. Mídia comunista. Nosso chanceler foi a Roma esses dias e tava frio.
 
Hoje que fui ler a primeira página do tópico. Confesso que tinha preconceito, não achava que existissem cientistas respeitáveis que defendessem que a ação humana não é decisiva para o crescimento vertiginoso do aquecimento global. Achava que eram do mesmo grupo dos terraplanistas. Aparentemente, a real é que não existem mesmo estudos tão conclusivos que gerem uma unanimidade acadêmica.

Mas para situações como essa, enquanto os cientistas continuam as suas pesquisas, é fácil para nós tomar partido, nas ações práticas: se aderirmos à corrente que discorda do impacto da ação humana sobre o aquecimento global e no fim ela estiver errada, estaremos ajudando a destruir o planeta; se aderirmos à outra corrente e ela estiver errada, estaremos ""desnecessariamente"" ajudando a tornar o planeta mais limpo.
 
Última edição:
se aderirmos à outra corrente e ela estiver errado, teremos apenas ajudado a tornar o planeta mais limpo.

Então você pode até questionar se determinados gases produzem aquecimento ou não, mas isso não isenta totalmente o fato que em excesso ele está poluindo, o que não é bom.
 
Hoje que fui ler a primeira página do tópico. Confesso que tinha preconceito, não achava que existissem cientistas respeitáveis que defendessem que a ação humana não é decisiva para o crescimento vertiginoso do aquecimento global. Achava que eram do mesmo grupo dos terraplanistas. Aparentemente, a real é que não existem mesmo estudos tão conclusivos que gerem uma unanimidade acadêmica.

Mas para situações como essa, enquanto os cientistas continuam as suas pesquisas, é fácil para nós tomar partido, nas ações práticas: se aderirmos à corrente que discorda do impacto da ação humana sobre o aquecimento global e no fim ela estiver errada, estaremos ajudando a destruir o planeta; se aderirmos à outra corrente e ela estiver errada, estaremos ""desnecessariamente"" ajudando a tornar o planeta mais limpo.
"Respeitável" é bem relativo né, mas cientistas que negam a influência humana no aquecimento global são bem minoritários.[1] "Unanimidade científica" nunca vai existir literalmente em qualquer teoria científica. Por exemplo, André Assis é um cientista da Unicamp que procura contrapor a teoria da Relatividade Geral, baseado em tendências científicas que se encontram um tanto quanto superadas historicamente.[2] Ele tem seu emprego na Unicamp, mas é difícil achar alguém para além de seus orientandos que ache esse caminho promissor cientificamente. Dá pra dizer que negaciosismo do aquecimento global está mais ou menos na mesma vibe. Só que ganha muita mídia, por interesses não-científicos. Enfim, unanimidade não há e nunca haverá, mas dá pra dizer que há um "consenso", com as limitações que a palavra carrega ao ser aplicada à comunidade científica.
 
Até o economist tá pregando emergência climática... Artigo de agora (recebi na newsletter de hoje)

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