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Confessionário literário

  • Criador do tópico Criador do tópico Haleth
  • Data de Criação Data de Criação
Nem sei se aqui é o tópico ideal para eu falar sobre a minha inquietação, mas confesso que, após começar a ler Fogo & Sangue, fiquei bastante triste de a série House of the Dragon não ter começado em "O Reinado do Dragão: As guerras do rei Aegon I". Gente, é sensacional ver o quanto o povo de Dorne é astuto e consegue vencer batalhas contra um povo que tem dragões e TODOS OS OUTROS SEIS REINOS DE WESTEROS. Sim, só Dorne não se submeteu ao rei Aegon, e não se submeteria por mais um século. Claro que os Targaryen não deixam por menos, o que faz com que a leitura fique extremamente prazerosa. Sério, não sei se o livro todo será assim (provavelmente, não será. Acho que algumas partes serão insuportavelmente chatas), mas estou amando essa parte.​
 
Não li tantas peças assim de Shakespeare, mas meu Deus, como Macbeth tem problemas! É uma peça rica em diálogos, em imagens, mas lendo ela inteira hoje consigo entender porque sempre mudam algo nela. As orientações de cena são vagas ou não fazem muito sentido, o ritmo se perde com cenas desnecessárias, tem falas que são claramente falhas de transcrição, tem mais personagens do que deveria... Creio que muito disso vem das alterações que o próprio autor fez ao longo das apresentações ou das transcrições e mesmo interpolações de quem passou o texto "final" porque o cerne da peça tá bem à vista — tudo gira em torno de Macbeth, Banquo, Lady Macbeth e as Feiticeiras e basta. Jogasse Macduff no final à la Fortinbrás, já que esqueceram de Malcolm e Donalbain mesmo, corta aquele enxerto de Lady Macduff e filho, lança Hécate fora... Macbeth é uma peça que só tem seu potencial extraído de fato quando alguém mexe nela.
 
Nem vem, bicho. :lol:
Eu tenho pra mim que a morte de Lady Macduff e filho e a conversa entre Ross, Macduff e Malcolm — com erros de continuidade, numa tragédia tão enxuta! — foram acrescentadas porque o Jaime I deve ter falado pro Will, "olha, eu até entendo que o vilão dá nome à peça, por isso ele tem tanta cena, e eu sei que você tá tentando puxar o meu saco aqui citando Banquo, Fleance e tal, mas dá pra colocar mais coisa, não?" E o Will deve ter ido pra casa pensando, "filho da p****, não gostou do meu efeito sensacional dos oito reis no caldeirão! Ok, vou dar a ele o que ele quer!" E na montagem final, Jaime deve ter pensado, "melhor eu não falar mais nada. Vai que ele dá mais um número musical a Hécate..."
 
Depois do Tolkien, incluindo os volumes da História da Terra-média, estava pensando em ler C.S. Lewis (a ficção, não as lorotas teológicas), e reler e retomar Bernard Cornwell e até aqueles livros péssimos do Witcher. Mas agora estou pensando em colocar Duna na frente até do Lewis, acho que vai ser uma ponte interessante pra Trilogia cósmica dele.

Tenho negligenciado muito literatura de fantasia, e acho que devia conhecer mais sobre o gênero, depois dos tempos de nerdola de Tolkien.
 
Depois do Tolkien, incluindo os volumes da História da Terra-média, estava pensando em ler C.S. Lewis (a ficção, não as lorotas teológicas), e reler e retomar Bernard Cornwell e até aqueles livros péssimos do Witcher. Mas agora estou pensando em colocar Duna na frente até do Lewis, acho que vai ser uma ponte interessante pra Trilogia cósmica dele.
Cara, eu tô lendo a Trilogia Cósmica do Lewis, e te digo, não tem como ler a ficção dele e não ler a teologia. O Perelandra é um livro em que nada acontece, basicamente, é um longo tratado do Lewis sobre a Queda. Mas os outros dois eu gostei muito.
 
Eu nem sabia que tinha ficção do Lewis para além d'As Crônicas. :dente:

As Crônicas eu li ainda na adolescência. Gostei de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa; de O Cavalo e seu Menino, de O Príncipe Caspian; e de A Viagem do Peregrino da Alvorada (então a minha preferida). Detestei as outras três. E tenho a impressão de que, numa eventual releitura, eu não iria gostar de nenhuma das sete. Mas acho que é um livro que eu não vou reler pra descobrir...
 
Eu não tenho nada contra ler teologia na obra, só espero que não seja uma coisa que diminua o valor literário.

Mas logo terei de interromper isso, pois preciso voltar os estudos de lei judaica pois retomo o processo de conversão mês que vem. Fora a pós que vou ter que fazer em 2023. Não é uma reclamação, adoro ler tratados de opiniões de rabinos se estapeando sobre qual benção correta a se usar quando você vai comer sorvete de casquinha.
 
Mas acho que é um livro que eu não vou reler pra descobrir...
Li e não achei nada demais. Acho que há ideias muito boas, mas também outras muito bobas.
Comentei há um tempo que se vê claramente que é um livro feito para ser lido em voz alta pra criança antes de dormir, mas confesso que acho o Lewis muito fraco em termos de descrição, exceto na parte que explica a criação de Nárnia n'O Sobrinho do Mago e que, salvo engano, lembra um pouco O Silmarillion. Única história realmente interessante é o arco do Eustáquio em A Viagem do Peregrino da Alvorada porque, mesmo sendo uma alegoria, não é tão rasa porque o Lewis consegue projetar um tanto de existencialismo na personagem.
Tô com Perelandra pra ler aqui, mas já digo que achei o primeiro volume da Trilogia Cósmica muito melhor que tudo de ficção que já li do Lewis até agora - nesse caso, As Crônicas de Nárnia e O Grande Divórcio. Sinto que no primeiro volume da referida trilogia ele era um autor muito melhor.
 
Confesso que "As cronicas de Narnia: O leão, a feiticeira e o guarda-roupa" é o unico caso em que eu gostei mais do filme do que do livro...
 
Última edição:
Primeira semana de leitura de O Mundo se Despedaça, do Chinua Achebe.
Leitura fluida e aquela deliciosa sensação de estranhamento diante de uma cultura completamente diferente da nossa. E o prefácio do Alberto da Costa e Silva te prepara bastante bem pro que vem a seguir - tanto para traços do estilo do autor quanto para uma contextualização sobre o universo de referenciais simbólicos que permeiam a narrativa.
 
Primeira semana de leitura de O Mundo se Despedaça, do Chinua Achebe.
Leitura fluida e aquela deliciosa sensação de estranhamento diante de uma cultura completamente diferente da nossa. E o prefácio do Alberto da Costa e Silva te prepara bastante bem pro que vem a seguir - tanto para traços do estilo do autor quanto para uma contextualização sobre o universo de referenciais simbólicos que permeiam a narrativa.
Esse eu li na faculdade e fiquei tão impressionado que depois peguei uma edição da Norton cheia de fortuna crítica, explicando bem esses detalhes culturais e as escolhas narrativas e linguísticas do Achebe.
 
Andei lendo algumas obras do Drummond esse ano, em parte impulsionado pela promoção que rolou da Cia das Letras.
Confesso que não me pegou. Pelo menos não até agora. E já passei por algumas das publicações mais famosas dele.
 
Andei lendo algumas obras do Drummond esse ano, em parte impulsionado pela promoção que rolou da Cia das Letras.
Confesso que não me pegou. Pelo menos não até agora. E já passei por algumas das publicações mais famosas dele.
Eu terminei Sentimento do Mundo há pouco tempo. Único dele que li.

Achei o começo fraquíssimo, mas o livro vai num crescendo absurdo e os melhores poemas estão do meio para o final. Os ombros suportam o mundo se tornou um dos meus poemas favoritos da vida.
 

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