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[Eleições 2018] Em quem você pretende votar para Presidente?

Em quem você vai votar para a Presidência da República no SEGUNDO TURNO?

  • Fernando Haddad (PT)

    Votos: 20 60,6%
  • Jair Bolsonaro (PSL)

    Votos: 8 24,2%
  • Branco/Nulo

    Votos: 5 15,2%

  • Total de votantes
    33
  • Votação encerrada .
Status
Fechado para novas mensagens.
aécio do paraná é o beto richa (que dizem que vai sair pra senador). álvaro dias é o cara famoso por isso aqui:


e que mesmo assim conseguiu votos para ser senador, cargo que ocupa desde 1999.
 
Pessoinhas que apoiam Bolsonaro: reconsiderem. O cara é um destilador de discurso de ódio, defende a volta da ditadura, tem um discurso EXTREMAMENTE machista, misógino, racista e lgbtfobico. Ou seja, se opõe forte e constantemente a pessoas que você conhece e com quem se importa. Então vamo ter empatia, galera, e reconsiderar a escolha
A srta está achando que as ovelhas já não saibam disso? Essa é justamente a razão para votarem nele. Tirando um ou outro analfabeto político que acha que ele é honesto, que vai resolver os problemas do país com mais polícia, entre as outras besteiras em que eles acreditam.
 
@Felagund, meu caro, você pode até discordar da causalidade que citei, eu até mesmo confesso que pode ter sido muito forte - só que eu também não compro essa de que se punissem os crimes diários do brasileiros, que isso teria algum reflexo na punição dos grandes crimes, resultando em menos corrupção. O mais provável é que a galera ficasse puta da vida pq não pode ter uma carteira falsifica, enquanto nego enche o rabo com malas de dinheiro.
Ah sim, essa máxima do Karnal de "povo corrupto governo corrupto" funciona pra passar um paninho pra politicada em geral, mas ela não é uma relação causal tão determinada assim.

Mas só para esclarecer: o que eu discordo é que as nossas instituições não funcionam ou que então são complacentes. Elas precisam melhorar mesmo, e muito ainda, mas numa análise sobre os últimos 30 anos é inegável que avançamos em todas as questões institucionais brasileiras, e não me parece que existam motivos para não avançar mais ainda ou retroceder.
 
Por outro lado, fico sinceramente intrigado pelos motivos que levam alguém a escolher Lula. Seria interessante ler uma justificativa bem elaborada aqui.

Minha justificativa não é bem elaborada no sentido de ciência política como talvez você queria, mas o principal motivo de eu votar no Lula é porque minha vida e a de muitas pessoas a minha volta melhorou bastante no governo petista, verdade que a situação tinha virado uma imensa bosta durante a reinado do príncipe fhc, então qualquer coisa boa, por mínima que fosse, que viesse depois daquele horror poderia ser vista como um alívio.
Mas o fato é que vi muitas melhoras no país como um todo (no governo do Lula) como exemplo, professores da USP contando o quanto a vida das pessoas se tornou mais digna com o bolsa família, um deles escreveu um texto interessantíssimo sobre as mulheres pobres nordestinas, presas desde muito jovens a casamentos lixo mas que conseguiram se libertar dos maridos violentos e abusadores graças ao valor da BF, valor que nós aqui do sudeste/sul achamos uma mixaria mas que pra elas era a salvação, o que inclusive deixou muitos padres e pastores putos, porque na visão deles o BF proporcionou a "destruição da família tradicional" (na qual, aparentemente, a "tradição" é o homem pegar toda grana do salário pra encher a cara e ir pra casa espancar mulher e filhos :eek:).

Pra pessoas da classe média pra cima, as que não conhecem a realidade de não ter acesso a médicos, educação e muitas vezes nem a alimentos (e quando digo "nenhum alimento" estou dizendo nenhum mesmo e não o ficar sem poder comprar sorvete ou comer pizza no fim de semana) pra essas pessoas talvez o governo do pt tenha sido nulo (duvido muito que tenha sido ruim pra eles, se é que não foi ótimo, banqueiros por exemplo tiveram lucros altíssimos no "comunista" governo do pt) talvez não tenha mudado muita coisa, mas a classe baixa se beneficiou demais com mais acesso aos estudos (faculdades públicas, criação do enem, prouni, escolas técnicas) saúde pública um pouco melhor (de pacientes, só ouvi elogios aos médicos cubanos) maior poder de compra, índices de desemprego menores.
Eu pelo menos fiquei na saudade com itens importantes como reforma agrária e maior proteção das reservas ambientais e indígenas, mas quem sabe se agora não acontece o fator "pai do Bilbo" e "a terceira vez vale por todas"?

Só não voto no Lula em duas situações: se finalmente o escritório "moro & súcia" provarem que ele está envolvido em algum esquema de corrupção (mas tem que ser "prova raiz" tipo cheque de milhões de dólares no nome dele; malas recheadas em apto; gravação gênero "tem que manter isso aí" e/ou conta na suíça ou no k7 a 4 em nome do luiz inácio. Nada de "provinhas nutela" como pói point tosco, "convicções" e "ain, mais todo mundo sabe, tá no facebook").

Outra situação que me faria não votar nele seria a escolha do vice, que na minha visão só pode ser o Haddad ou o Haddad.
Já fiquei meio :blah: quando o vi no palanque com o renan calhorda, se começar aquela merda toda de acordo com pmdb, tô fora e migro pro Ciro, né? fazer o que. :-?

Outra opção seria votar nulo, mas acho um desaforo e uma perda de tempo sair pra votar naquele calor do cacete, chegar na urna e apertar nulo.
 
Última edição:
As razões de Clara são o que eu escreveria. Sobre o assunto da libertação de mulheres do jugo masculino, esse foi um ponto do discurso que Lula fez aqui no interior do RN. O Minha Casa Minha Vida e o BF ser no nome da mulher foi uma ideia genial, garantia que o marido perdesse poder sobre a mulher, caso ela fosse expulsa ou agredida isso não daria poder financeiro a ele, logo, ele não mais poderia achar que ela estava presa a ele. Isso foi de um poder enorme, como a Clara bem disse, quem está fora dessa esfera não imagina o que a fortuna do Bolsa-Esmola significou para milhares de pessoas.
 
Mas só para esclarecer: o que eu discordo é que as nossas instituições não funcionam ou que então são complacentes. Elas precisam melhorar mesmo, e muito ainda, mas numa análise sobre os últimos 30 anos é inegável que avançamos em todas as questões institucionais brasileiras, e não me parece que existam motivos para não avançar mais ainda ou retroceder.

Sim, não dá pra negar que houve avanços institucionais. Inclusive um livro que traz uma boa descrição das mudanças nesse âmbito é esse aqui. Ainda não li ele inteiro (falta uns 30%), mas em geral eu gostei do que li. Fica a dica, caso alguém se interesse.

Mas, como você mesmo disse, ainda há muito que se melhorar. Se continuará a haver progresso, entretanto, não tenho tanta certeza. Ao menos não no curto/médio prazo. E isso porque nosso problema não é apenas institucional. Há outros fatores graves que batem à nossa porta e podem impedir a continuidade do progresso institucional, como a demografia e a estrutura fiscal do estado. Naturalmente esses desafios trarão pressões por aprimoramentos institucionais que as abarquem mas, a depender de como a coisa se desenrolar, o processo pode ser minado.


Minha justificativa não é bem elaborada no sentido de ciência política como talvez você queria, mas o principal motivo de eu votar no Lula é porque minha vida e a de muitas pessoas a minha volta melhorou bastante no governo petista, verdade que a situação tinha virado uma imensa bosta durante a reinado do príncipe fhc, então qualquer coisa boa, por mínima que fosse, que viesse depois daquele horror poderia ser vista como um alívio.
Mas o fato é que vi muitas melhoras no país como um todo (no governo do Lula) como exemplo, professores da USP contando o quanto a vida das pessoas se tornou mais digna com o bolsa família, um deles escreveu um texto interessantíssimo sobre as mulheres pobres nordestinas, presas desde muito jovens a casamentos lixo mas que conseguiram se libertar dos maridos violentos e abusadores graças ao valor da BF, valor que nós aqui do sudeste/sul achamos uma mixaria mas que pra elas era a salvação, o que inclusive deixou muitos padres e pastores putos, porque na visão deles o BF proporcionou a "destruição da família tradicional" (na qual, aparentemente, a "tradição" é o homem pegar toda grana do salário pra encher a cara e ir pra casa espancar mulher e filhos :eek:).

Pra pessoas da classe média pra cima, as que não conhecem a realidade de não ter acesso a médicos, educação e muitas vezes nem a alimentos (e quando digo "nenhum alimento" estou dizendo nenhum mesmo e não o ficar sem poder comprar sorvete ou comer pizza no fim de semana) pra essas pessoas talvez o governo do pt tenha sido nulo (duvido muito que tenha sido ruim pra eles, se é que não foi ótimo, banqueiros por exemplo tiveram lucros altíssimos no "comunista" governo do pt) talvez não tenha mudado muita coisa, mas a classe baixa se beneficiou demais com mais acesso aos estudos (faculdades públicas, criação do enem, prouni, escolas técnicas) saúde pública um pouco melhor (de pacientes, só ouvi elogios aos médicos cubanos) maior poder de compra, índices de desemprego menores.
Eu pelo menos fiquei na saudade com itens importantes como reforma agrária e maior proteção das reservas ambientais e indígenas, mas quem sabe se agora não acontece o fator "pai do Bilbo" e "a terceira vez vale por todas"?

Só não voto no Lula em duas situações: se finalmente o escritório "moro & súcia" provarem que ele está envolvido em algum esquema de corrupção (mas tem que ser "prova raiz" tipo cheque de milhões de dólares no nome dele; malas recheadas em apto; gravação gênero "tem que manter isso aí" e/ou conta na suíça ou no k7 a 4 em nome do luiz inácio. Nada de "provinhas nutela" como pói point tosco, "convicções" e "ain, mais todo mundo sabe, tá no facebook").

Outra situação que me faria não votar nele seria a escolha do vice, que na minha visão só pode ser o Haddad ou o Haddad.
Já fiquei meio :blah: quando o vi no palanque com o renan calhorda, se começar aquela merda toda de acordo com pmdb, tô fora e migro pro Ciro, né? fazer o que. :-?

Outra opção seria votar nulo, mas acho um desaforo e uma perda de tempo sair pra votar naquele calor do cacete, chegar na urna e apertar nulo.

Obrigado pela resposta, Clara. Eu não queria nenhuma resposta necessariamente embasada em critérios de ciência política não. Apenas uma justificativa sincera e coerente, como a sua.

Eu tenho meus pontos de discordância com diversos dos aspectos que você mencionou (sobretudo no que tange ao progresso econômico do período) mas acho que não convém explorar esses pontos de maneira muito alongada aqui, já que o tema do tópico é outro. De maneira bastante sucinta eu diria três coisas:

i) correlação não é causalidade. Isto é, o Brasil teve melhoras econômicas ao longo da década de 2000 sim, mas em grande parte não foi por causa de nada que o PT fez. E há estudos com ampla evidência mostrando isso. Vide o fato, por exemplo, de que países em condições similares ao Brasil progrediram muito mais no mesmo período (que foi um período de bonança geral para a economia mundial, sobretudo para países em desenvolvimento);

ii) dizer que a situação do país virou uma bosta durante o governo FHC é esquecer absolutamente o cenário anterior, onde sequer havia espaço para outra discussão que não fosse tentar conter a inflação. Assim como no caso do primeiro item, contudo, a melhora substantiva (sim, substantiva) que tivemos na década de 90 não foi mérito exclusivo do governo FHC. Óbvio. O grande mérito dele foi quando, ainda antes de ser presidente, reuniu um pessoal altamente gabaritado para resolver de vez um problema de mais de uma década de inflação descontrolada.

iii) a história do PT com o Bolsa Família e o assistencialismo é muito menos romântica do que normalmente se pensa. Primeiro, que programas de assistência básica já vinham sendo criados desde antes do governo do PT. Havia já um movimento tendencial nesse sentido, algo que inclusive é legado constitucional, e não de um ou outro governo. Segundo que o mérito específico pelo BF tem a ver mais com o papel de pessoas que já vinham trabalhando para implementar a ideia desde antes do governo Lula, como o Ricardo Paes de Barros (da mesma forma que o mérito pelo Plano Real não é do governo FHC). Se houve mérito do PT com o BF, foi em tê-lo aceito (e olha que teve alas que eram contra o programa).

(desculpem pela digressão, isso é o mais sucinto que consegui ser :g: )

Enfim, só pra voltar ao tema candidatos: meu problema em entender quem escolhe votar no Lula nem é pelos aspectos acima (não espero que todo mundo tenha conhecimento de economia para entender essas questões, e mesmo entre quem tem há discordância; tampouco espero que todo mundo conheça a história dos programas de assistência e do BF), mas simplesmente pela questão do envolvimento dele com tudo o que está aí. E não é simplesmente questão de haver perseguição de Moro e cia. Moro pode até ser parcial, vá lá. O ponto é que com nenhum outro político haveria tanta complacência e tolerância. Para algumas pessoas não importa quantas testemunhas impliquem Lula, não importa que ele já tenha sido condenado em primeira instância e muito provavelmente vá ser em segunda também, não importa quantas novas denúncias e provas surjam: sempre há um escape, uma saída pela tangente, uma aura de inocência impenetrável que recobre ele. Sempre continuar a exigir mais provas é tipo o criacionista que eternamente ficará pedindo pelo "elo perdido" para provar a evolução. Nunca haverá provas suficientes, porque as provas sempre podem ter sido fabricadas, enviesadas, ilícitas, parciais. Todas as testemunhas mentem sobre Lula, todas.

Acho que parte do ranço anti-petista que existe por aí (que fique claro, não é meu caso) é uma reação a essa santificação do partido e de seu maior ícone, porque é algo realmente irritante. Por outro lado, o anti-petismo também reforça a religião lulista. São opostos cujo dogmatismo se alimenta desse embate.
 
@Eriadan
@Felagund, meu caro, você pode até discordar da causalidade que citei, eu até mesmo confesso que pode ter sido muito forte - só que eu também não compro essa de que se punissem os crimes diários do brasileiros, que isso teria algum reflexo na punição dos grandes crimes, resultando em menos corrupção. O mais provável é que a galera ficasse puta da vida pq não pode ter uma carteira falsifica, enquanto nego enche o rabo com malas de dinheiro.
Mas eu não acho que tem que punir o povo primeiro e deixar os políticos pra lá, nem que se começassem a punir por baixo resolveria o problema de cima. O meu ponto é que eu não acho que corrupção seja algo exclusivo da classe política. O cara acostumado a fraudar em nível pequeno é normalmente o cara que fraudaria em nível maior, se tivesse oportunidade
 
Enfim, só pra voltar ao tema candidatos: meu problema em entender quem escolhe votar no Lula nem é pelos aspectos acima (não espero que todo mundo tenha conhecimento de economia para entender essas questões, e mesmo entre quem tem há discordância; tampouco espero que todo mundo conheça a história dos programas de assistência e do BF), mas simplesmente pela questão do envolvimento dele com tudo o que está aí. E não é simplesmente questão de haver perseguição de Moro e cia. Moro pode até ser parcial, vá lá. O ponto é que com nenhum outro político haveria tanta complacência e tolerância. Para algumas pessoas não importa quantas testemunhas impliquem Lula, não importa que ele já tenha sido condenado em primeira instância e muito provavelmente vá ser em segunda também, não importa quantas novas denúncias e provas surjam: sempre há um escape, uma saída pela tangente, uma aura de inocência impenetrável que recobre ele. Sempre continuar a exigir mais provas é tipo o criacionista que eternamente ficará pedindo pelo "elo perdido" para provar a evolução. Nunca haverá provas suficientes, porque as provas sempre podem ter sido fabricadas, enviesadas, ilícitas, parciais. Todas as testemunhas mentem sobre Lula, todas.

Acho que parte do ranço anti-petista que existe por aí (que fique claro, não é meu caso) é uma reação a essa santificação do partido e de seu maior ícone, porque é algo realmente irritante. Por outro lado, o anti-petismo também reforça a religião lulista. São opostos cujo dogmatismo se alimenta desse embate.

Lula tem status de herói, simples assim, o Lula não é visto como um ex presidente, mas sim como um grande líder que guiou os mais necessitados. A imagem de herói foi e é amplamente explorada, e tudo o que se fizer contra ele, por parte da população só dará mais força a essa imagem. Da mesa forma o movimento anti-petista, como você mesmo falou, criou no Moro a mesma figura de herói, pelo simples fato dele combater o grande símbolo do PT. Pra algumas pessoas, já não é questão mais de justiça.
 
dizer que a situação do país virou uma bosta durante o governo FHC é esquecer absolutamente o cenário anterior, onde sequer havia espaço para outra discussão que não fosse tentar conter a inflação. Assim como no caso do primeiro item, contudo, a melhora substantiva (sim, substantiva) que tivemos na década de 90 não foi mérito exclusivo do governo FHC. Óbvio. O grande mérito dele foi quando, ainda antes de ser presidente, reuniu um pessoal altamente gabaritado para resolver de vez um problema de mais de uma década de inflação descontrolada.

Verdade, tinha esquecido disso, do quão duro foi esse processo.

No mais, entendi o seu ponto de vista, principalmente quanto ao PT e as paixões (contra e à favor) que desperta.

De fato confesso que já votei muito no psdb (inclusive uma vez no fhc! :oops: ) e essa perseguição toda com o Lula, principalmente por parte da imprensa (que, ao mesmo tempo que estraçalha o Lula e outros petistas, minimiza ou finge que é normal a existência de abominações como aécio, temer, maia, alckmin e serra) me fez ficar mais ainda ao lado do PT e admirar as figuras de Lula, Dilma e Haddad. =]
 
Lula tem status de herói, simples assim, o Lula não é visto como um ex presidente, mas sim como um grande líder que guiou os mais necessitados. A imagem de herói foi e é amplamente explorada, e tudo o que se fizer contra ele, por parte da população só dará mais força a essa imagem. Da mesa forma o movimento anti-petista, como você mesmo falou, criou no Moro a mesma figura de herói, pelo simples fato dele combater o grande símbolo do PT. Pra algumas pessoas, já não é questão mais de justiça.

Sim. O que me incomoda é ver pessoas com discernimento se deixando levar tanto por um quanto por outro lado. Mas no fim das contas, faz parte dos nossos vieses (que nem sempre atenuam com maior inteligência) e a política tem uma capacidade própria de zoar nosso cérebro.
 
Para algumas pessoas não importa quantas testemunhas impliquem Lula, não importa que ele já tenha sido condenado em primeira instância e muito provavelmente vá ser em segunda também, não importa quantas novas denúncias e provas surjam: sempre há um escape, uma saída pela tangente, uma aura de inocência impenetrável que recobre ele. Sempre continuar a exigir mais provas é tipo o criacionista que eternamente ficará pedindo pelo "elo perdido" para provar a evolução. Nunca haverá provas suficientes, porque as provas sempre podem ter sido fabricadas, enviesadas, ilícitas, parciais. Todas as testemunhas mentem sobre Lula, todas.

Mas essa é uma estratégia de defesa, uai.
Ok, há muita gente que acredita que Lula é santo. Mas no jogo político é estratégico desacreditar toda e qualquer investigação que corra contra ele, vendendo a ideia de que tudo se esgota em uma grande perseguição política ao molusco.
No mais, tem gente inteligente que sabe que Lula não é santo, mas valora outros fatores. Acha que a crítica à corrupção não passa de moralismo, já que a corrupção faz parte das regras do jogo, e caminha no sentido de uma racionalidade que se apropria de certa leitura maquiaveliana, no sentido de que, na política, é inconcebível cogitar um governante que seja todo virtude. O cerne da questão é alcançar o poder e mantê-lo pelos meios possíveis.
Some-se a isso o fato de Lula ser a última liderança política expressiva que resta à política brasileira e que existe uma mítica em torno dele como "presidente que mais fez pelos pobres". E isso mobiliza afetos e desafetos, disposições que não se esgotam - embora possa envolvê-lo - em um exercício racional.
Mesmo tendo o seu capital político em grande medida dilapidado, Lula ainda é mais forte, do ponto de vista eleitoral, que todos os postulantes.
Só pra constar, eu não gosto disso. Acho que o lulismo é um câncer para a esquerda e impede que esta se reinvente em termos de um novo projeto nacional, a partir de uma leitura criteriosa, que transcenda os slogans marqueteiros e as frases feitas, do que foi na prática o dito Programa Democrático e Popular. Aliás, nem se discute projeto. O negócio é colocar o Lula lá, que ele magicamente vai resolver tudinho - e dessa vez sem contar com aquela conjuntura de efeito China + super commodities. É o sebastianismo lulista, que redunda num apoio que não exige nenhuma contrapartida. É um cheque em branco...

De qualquer forma, seu comentário me lembrou uma piada que eu li uns dias atrás...
Ctrl C + Ctrl V:

Uma senhora, petista de doar dinheiro pra campanha tem um ataque cardíaco fulminante e bate as botas. Chegando ao céu, Deus a recepciona e lhe diz "houve um erro e a senhora não deveria ter morrido agora, vou retorná-la para a Terra com vida" . Ela pergunta "antes de voltar, me responde uma coisa? É verdade que o Lula é culpado?". Deus, rindo, responde "mas é claro! Aquele lá é um canalha, ladrão, jamais teve um pingo de decência!".

A mulher volta a respirar na Terra, onde uma companheira de partido já estava aos prantos, com ela nos braços. Emocionada, a revivida diz "companheira, você não faz idéia de QUEM a Globo comprou!!!"

#paz
 
Mas essa é uma estratégia de defesa, uai.
Ok, há muita gente que acredita que Lula é santo. Mas no jogo político é estratégico desacreditar toda e qualquer investigação que corra contra ele, vendendo a ideia de que tudo se esgota em uma grande perseguição política ao molusco.
No mais, tem gente inteligente que sabe que Lula não é santo, mas valora outros fatores. Acha que a crítica à corrupção não passa de moralismo, já que a corrupção faz parte das regras do jogo, e caminha no sentido de uma racionalidade que se apropria de certa leitura maquiaveliana, no sentido de que, na política, é inconcebível cogitar um governante que seja todo virtude. O cerne da questão é alcançar o poder e mantê-lo pelos meios possíveis.
Some-se a isso o fato de Lula ser a última liderança política expressiva que resta à política brasileira e que existe uma mítica em torno dele como "presidente que mais fez pelos pobres". E isso mobiliza afetos e desafetos, disposições que não se esgotam - embora possa envolvê-lo - em um exercício racional.
Mesmo tendo o seu capital político em grande medida dilapidado, Lula ainda é mais forte, do ponto de vista eleitoral, que todos os postulantes.
Só pra constar, eu não gosto disso. Acho que o lulismo é um câncer para a esquerda e impede que esta se reinvente em termos de um novo projeto nacional, a partir de uma leitura criteriosa, que transcenda os slogans marqueteiros e as frases feitas, do que foi na prática o dito Programa Democrático e Popular. Aliás, nem se discute projeto. O negócio é colocar o Lula lá, que ele magicamente vai resolver tudinho - e dessa vez sem contar com aquela conjuntura de efeito China + super commodities. É o sebastianismo lulista, que redunda num apoio que não exige nenhuma contrapartida. É um cheque em branco...

Sim, mas estratégias de defesa desse nível deveriam se restringir à cúpula do partido. O ponto é que acabou transbordando para uma legião de (por isso mesmo) fanáticos. E o fanático político é o pior de todos.

Mas enfim, você tem razão nos seus apontamentos.


Lula tem status de herói, simples assim, o Lula não é visto como um ex presidente, mas sim como um grande líder que guiou os mais necessitados. A imagem de herói foi e é amplamente explorada, e tudo o que se fizer contra ele, por parte da população só dará mais força a essa imagem. Da mesa forma o movimento anti-petista, como você mesmo falou, criou no Moro a mesma figura de herói, pelo simples fato dele combater o grande símbolo do PT. Pra algumas pessoas, já não é questão mais de justiça.

Pois é. E nada mais perigoso do que procurar heróis na política.
 
Da lista, eu só acho votáveis Marina, Alckmin e Ciro.

O Ciro por ser capaz de dinamizar praticamente todas as forças do lado esquerdo do espectro político e por acreditar que, apesar de todo o seu discurso estatista e centralizador na economia, eu duvido que ele seja capaz ou mesmo esteja sinceramente interessado em ser tão heterodoxo quanto apregoa. Ele mesmo, quando fala em "reforma da Previdência" ou "reforma trabalhista", tergiversa bastante, dizendo que "é necessário repensarmos os nossos modelos e etc. por causa de x e y, mas o problema é isso ser feito numa situação de exceção institucional e bla bla bla", deixando espaço para uma futura margem de manobra.

Marina não por morrer de amores pela figura em si, mas por ser a mais centrista e menos populista num Brasil e num mundo em que o populismo e o extremismo andam tão exacerbados.

E Alckmin, ponderando tudo, inclusive o deslocamento do eleitorado para a direita, parece ser o candidato que tem melhores condições de governabilidade. Disparado é o que tem menos chance de sofrer algum obstrucionismo no Legislativo, já que ele certamente teria trânsito com o próprio PSDB; PMDB, DEM e não duvido que, em determinadas ocasiões, pudesse conversar até com o PT. Se superar a rejeição do povo à cúpula do PSDB e conseguir ser eleito, deve ser o que desagradaria ao menor número de pessoas.

Dória é de um "populismo liberal" insuportável. Uma coisa é o Trump dizer que não é político, porque ele realmente não o é. Até o Bolsonaro, que está há tanto tempo no Congresso, é menos político que o Dória.

Sobre o Lula, eu também me esforço para entender o que poderia acontecer de bom para o país como um todo se ele fosse reeleito, e não consigo ver nada positivo no horizonte. Ele não vai ter o dinheiro e a pujança econômica necessários para satisfazer as necessidades populares de consumo e expandir os programas sociais e as obras públicas, pior ainda que isso é a tensão institucional que vai tomar conta a partir de 1° de janeiro de 2019. Não vejo nem como ele poderia ter (quanto mais tocar) alguma agenda pública, sendo que tentarão removê-lo do poder desde o primeiro dia do mandato, se não durante a própria transição política.

E Bolsonaro, bem... não dá. Menos pelas ideias (que já são em si abjetas) do que pela habilidade que ele não demonstra ter para governar um país de 200 milhões de habitantes. Fala-se da baixa escolaridade do Lula, mas este pelo menos sempre demonstrou um certo bom senso e até inteligência (sim, inteligência não é a mesma coisa que erudição).

O sucesso da Suécia (que não é um exemplo de Estado pequeno) é atribuído principalmente a esses dois fatores, além do alto grau de instrução da população.

Mas Estado social grande não necessariamente abre essas brechas de que o Fea está falando, ou no mínimo tende a abrir bem menos.

Transferências de renda, para serem ampliadas, requerem apoio parlamentar. Reduzi-las quase sempre incita a ira popular, ao passo em que aumentá-las sem um bom planejamento pode comprometer a economia a longo prazo (previdência baseada em modelo de repartição e benefício definido, por exemplo).

E se tem uma coisa que aprendemos de 2014 para cá é que não dá para brincar com a gestão da economia.

Serviços sociais prestados diretamente pelo Estado, como educação ou saúde, já incorrem em riscos maiores de captura, sobretudo pela questão das licitações, mas mesmo esses não se comparam aos poderes discricionários que o Executivo possui quando está no controle de uma gigante estatal de petróleo ou energia elétrica, um banco de fomento nacional que fornece empréstimos sigilosos ou ainda, um banco de varejo.
 
apesar de todo o seu discurso estatista e centralizador na economia
E.T, em que pontos você enxerga esse discurso estatista? Uma das coisas que Ciro mais prega é o incentivo à iniciativa privada para execução do projeto econômico. Inclusive é nessa ideia que se insere a crítica que ele tanto faz aos juros altos.
 
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