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Cosac - O Fim

Podiam manter o projeto grafico de autores como Zambra, Valter Hugo Mãe e Villa-Matas (caso eles estejam entre os autores migrantes)... Mas sendo a cia., duvido muito que isso aconteça ( entre os autores deles mesmo já há divergências quanto a isso :dente: ) .
 
Ótima notícia!Espero uma continuidade principalmente de material do Tolstoi, Dickens e Tchekhov, além da continuação da coleção Prosa do Mundo.
 
Minha única dúvida nessa história toda:
vão relançar Niels Lyhne? :lol:






(daí o cara compra, lê, e acha uma bosta)
 
Acho que manter os mesmos projetos gráficos é mais difícil porque teria que pagar muito mais gente, né? É mais fácil comprar só as traduções. Mas já fico feliz que não se perca esse patrimônio.

No entretanto, estava pensando em como a Cosac deixava algumas de suas edições desnecessariamente caras com a adição de extras. Comparando, por exemplo, a biografia do Michelangelo (lançada pela Cosac) com a do Van Gogh (lançada pela Companhia), na primeira eles adicionam várias páginas em um papel bem diferenciado com reproduções das obras (pinturas, esculturas) do Michelangelo, enquanto a do Van Gogh ganhou só umas páginas em papel cartão.

O que se reflete nos preços. Sendo que hoje a gente tem acesso muito mais fácil a essas obras de arte e há livros especializados com elas. (Sem considerar se as reproduções constavam nos originais traduzidos, obrigações contratuais, enfim). E eles faziam isso com obras como O Outono da Idade Média (que já está em domínio público e provavelmente não tem imagens no original) e outras.

Mas tudo são escolhas, de qualquer forma. O Cosac (ou os editores) fazia as dele, sabendo mesmo que os livros iam dar prejuízo. Não critico.
 
atualmente tenho visto a companhia como um borg editorial. we are the companhia das letras. your authorial and editorial distinctiveness will be added to our own. resistance is futile.

mãs, ao mesmo tempo: complicado. companhia tem fama de cuidar bem do catálogo, manter a maior parte dele rolando por aí ao contrário de ~~certas roccos~~ que pegam uns livros massa mas deixam esgotar foréva. sei lá.
 
Bah. Rocco acho que só capricha no Harry Potter e no Paulo Coelho, que sustentam a casa. :lol:
 
paulo coelho já não saltou fora? eu achava que ele estava por conta própria agora. mas sim, a rocco basicamente cuida do harry potter. o resto eles lançam, fazem uma divulgaçãozinha fraca e deixam a edição esgotar e pronto. por isso fiquei feliz quando o hornby saiu de lá para a companhia.
 
Mas tbm a cia só cuida de quem vende muito. O resto, ou eles relançam em versão de bolso apenas (alô Kafka) ou, pior ainda, deixam esgotado mesmo (Henry Miller knows that feeling)... Nobody's perfect :/
 
Nem sei, Anica. Associo sempre o Paulo à Rocco, pelos tantos anos de parceria. Se pulou fora, nem essa boquinha a Rocco tem mais...
 
Últimos livros da Cosac Naify serão vendidos só pela Amazon

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A partir de sábado, 30, a Amazon terá exclusividade na venda dos títulos da Cosac Naify, que anunciou em dezembro seu fim. As demais livrarias terão duas opções: devolver os exemplares que estão em suas lojas ou ficar com eles, mas acertando as consignações. Charles Cosac diz que embora os livros sejam considerados de luxo, o público sempre foi formado por universitários – que esperavam a Feira da USP para comprar com desconto. “Agora não precisam esperar; vão poder comprar a qualquer hora pela Amazon, que dá bons descontos”, diz. A ideia não é queimar estoque. A livraria, que deve ficar com os e-books dos títulos que não forem transferidos para outras editoras, não quis comentar se haverá mais promoções – frequentes desde o fim do ano. E por que com a Amazon? “Ninguém tem a plataforma da Amazon. Ninguém tem o poder que eles têm”.

http://cultura.estadao.com.br/blogs...da-cosac-naify-serao-vendidos-so-pela-amazon/
 
Eles devem ter oferecido um bom contrato para a editora, mas não me parece ter sido uma boa ideia, olhando pelo lado dos consumidores. Acho que os preços vão subir um pouco com o monopólio já que a Amazon parece só dar descontos maiores (que 20-30%) nos livros quando os concorrentes dão.

Mas estarei esperando para ver se uns indisponíveis vão voltar.
 
Para Charles Cosac, parceria com Amazon vai democratizar os livros da Cosac Naify

MARIA FERNANDA RODRIGUES

29 Janeiro 2016 | 21:15

Amazon vai vender com exclusividade o estoque da editora e pode ficar com os e-books de livros que não encontrarem um destino

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(Foto: JF Diorio/Estadão)

Fundador da Cosac Naify, Charles Cosac, que anunciou em dezembro ao Estadoque estava encerrando as atividades de sua editora, falou com exclusividade à coluna sobre a parceria que acaba de fechar com a Amazon. A livraria ficará responsável pela venda do estoque da editora e deve herdar os e-books dos títulos que não forem transferidos para outras editoras. A informação é o destaque dacoluna Babel de 30 de janeiro, antecipada na sexta-feira, 29, no Portal Estadão.

Por que a parceria com a Amazon?
Foi mais ou menos pelo mesmo raciocínio que me guiou no desmembrar da editora. No que diz respeito à venda dos direitos dos best-sellers, eu optei, em detrimento da editora (porque ele poderia ter vendido os projetos gráficos), que eles se tornassem Penguin para que fossem democratizados. A editora pecava muito, era muito cenográfica, e isso dificultava a venda dos livros. As livrarias também sempre prejudicaram. Várias vezes tive o ímpeto de romper com elas e só vender pela Amazon. Embora os livros sejam considerados de luxo, o meu público sempre foi formado por universitários. Na época da Feira da USP as pessoas compravam pelo desconto. Agora não precisam mais esperar; vão poder comprar a qualquer hora na Amazon, que já dá bons descontos.

Haverá mais descontos? Podemos esperar uma queima de estoque?
De todos os clientes da editora, esse, o mais sui generis, o virtual, eu achei que seria mais correto. Não quero queimar estoque. Senti, nesse meu iniciar de encerramento de atividades, que as coisas vão à falência ou são vendidas. Não é o caso. Abri a editora como fechei. Há uma grande demanda pelo estoque e ele não será queimado. As pessoas sabem que esses livros não vão mais existir. Vão, mas em outros formatos. Não vou perpetuar a editora em editora alguma.

O que acontece com as outras livrarias que têm livros da Cosac em estoque?
Elas devem acertar as consignações ou devolver os livros. E então acaba a minha relação com livrarias.

Os digitais continuam sendo vendidos?
Os livros que não tiverem os direitos vendidos para outras editoras serão oferecidos pela Amazon. Ela tem interesse nesse catálogo, em alguns livros de literatura que têm uma curva baixa de vendas, mas que têm uma demanda formal todo ano. Para mim, será uma maravilha. Não fica aquela dor na consciência de ver o livro morrer. Tem livro que é para 250, 300 leitores por ano. Às vezes é impossível imprimir 1.500 e esperar 5 anos para vender.

Está dando muito trabalho fechar a editora?
(Risos). Um inferno. Um inferno. Ela ficou 10 vezes mais presente na minha vida. Eu pensei que eu estava me libertando dela. Quero terminar esses projetos em andamento e então terei fechado um ciclo. Não vou continuar trabalhando com editora e também não vou fazer dois livros por ano aqui em casa. Não vai ser esse o meu futuro. Tenho que ficar com a empresa aberta por mais dois anos por questões trabalhistas, estou escrevendo cartas para editoras no exterior para acertar o destino dos livros. Somos agora 11 pessoas, numa sala menor, que aluguei dia 4 de janeiro. A logística e o estoque continuam para atender a Amazon, que não tem como pegar tudo agora. Também não posso encerrar o departamento comercial, que tem que acertar todas as devoluções e consignações. Se você vir a lista do que tenho que fazer, vai começar a chorar. Parece que não vou aposentar nunca. Pelo menos agora parece que estou trabalhando com um objetivo certo: tenho certeza de que estou fechando a editora.

Você falou em Penguin no início. Todos os livros que ficarão com a Companhia das Letras sairão por esse selo?
Foi o que pediram. A Penguin é um fetiche meu. Li tudo na Penguin. É o formato ideal entre o livro e o livro digital. Tem portabilidade, preço competitivo. A ideia de ver esses livros tão importantes que fizemos disponibilizados dessa forma democrática, na Penguin ou na Amazon, é uma coisa que me dá prazer. É um final feliz.

Por que com a Amazon e não com as outras?
Ninguém tem a plataforma da Amazon. Ninguém tem o poder que eles têm. Com a Amazon, estou no Brasil. Com a Cultura, estaria no Sudeste. E a Saraiva nunca entendeu nosso catálogo. Não seria agora.

http://cultura.estadao.com.br/blogs...on-vai-democratizar-os-livros-da-cosac-naify/
 
Ouch. Falou bonito ali na última pergunta.

A amazon comentou algo sobre a possibilidade de saírem alguns lançamento previstos para 2017. É isso mesmo? :smile:

A partir de 30 de janeiro de 2016, a Amazon e a Cosac Naify, que recentemente anunciou que encerrará suas atividades, fecharam um acordo para que todos os livros disponíveis no estoque da editora, bem como possíveis reimpressões do catálogo e lançamentos anteriormente previsto até 2017, sejam disponibilizados exclusivamente na Amazon.com.br.
 
É, parece mesmo. Mas será que elas teriam interesse em uma parceria assim? Cultura, Saraiva e Amazon são antes de qualquer coisa livrarias, já Submarino/Americanas a parte dos livros é só mais uma seção dentro de tudo que eles vendem.

Não tenho certeza mas acho que o Submarino tem algumas restrições de frete para as regiões norte e nordeste, a FNAC eu tenho certeza que tem. Do tipo, frete de determinado produto aqui para o Sul 10 reais, o mesmo produto com frete pra Bahia sai por 50 reais. São uns valores bem fora da casinha.
Pelo menos isso foi o que eu ouvi de alguns leitores de hq que muitas vezes compram algo usado por uns reais mais caro que o novo justamente por conta do frete.
 

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