Cosac - O Fim

[Morfindel Werwulf Rúnarmo]

já imaginaram se essa noticia der um boom nas vendas e fazer a editora voltar a ter estabilidade?

É isso que eles querem que a gente pense.

 

[Fúria da cidade]

Tudo que é de boa qualidade não tem muita longevidade. É triste mesmo.

 

[-Jorge-]

Nota triste: a prosa do mundo em novo formato vai ficar pela metade?

E a coleção do Erich Auerbach também... =/

Desde essa entrevista (http://www.valor.com.br/cultura/2491934/um-personagem-procura-de-seus-autores) achei o dono da Cosac meio doido. Me pareceu que a editora era mal administrada e que ele publicava livros por diletantismo e não por lucro e, sendo assim, é até impressionante que ela tenha durado 20 anos. Lembrar também dessa outra entrevista de 3 anos atrás (
http://www1.folha.uol.com.br/ilustr...aify-revela-que-cobriu-rombo-na-editora.shtml) sobre os prejuízos financeiros da empresa.

Fora os prejuízos, parece haver a insistência do dono na "linha editorial" de livros de arte e em edições caras. E aí no Brasil, não tem como mesmo e vai deixar um vazio. Não lembro de outra editora que tenha uma especialização ou dedicação à essa área (só a Companhia que publica algo de vez em quando). Sobram os importados ou bibliotecas agora. E quanto ao luxo, convenhamos que os preços eram uns 50 reais acima do "normal" (tanto que quem compra mais sempre esperava as promoções para comprar).

 

[Bruce Torres]

Fora os prejuízos, parece haver a insistência do dono na "linha editorial" de livros de arte e em edições caras. E aí no Brasil, não tem como mesmo e vai deixar um vazio. Não lembro de outra editora que tenha uma especialização ou dedicação à essa área (só a Companhia que publica algo de vez em quando). Sobram os importados ou bibliotecas agora. E quanto ao luxo, convenhamos que os preços eram uns 50 reais acima do "normal" (tanto que quem compra mais sempre esperava as promoções para comprar).

Ele queria criar uma Taschen brazuca, mas esse modelo não ia durar muito mesmo - vide que outras editoras, ao realizarem edições desse porte, geralmente pedem apoio governamental pra bancar o projeto. Mas a Taschen pode se dar a tal luxo porque tem alcance mundial. Poderíamos até comentar que existe a falta da "cultura de leitura", mas aí tem os preços que são ruins...

 

[VictorSafe]

Pelo ele disse na entrevista, meio que somente os clássicos vendiam bem e ele não queria que a editora vivesse somente de clássicos de domínio público.Eu sinceramente só comprava esses clássicos como Tolstoi,Dickens e a prosa do mundo,não tinha interessa em títulos contemporâneos e de arte.Só ver que na Black Friday por exemplo os títulos mais vendidos na Amazon eram guerra e paz e contos completos do Tolstoi.Ou seja o Brasil tem espaço pra livros de luxo,mas meio que ta restrito a clássicos(agora meio que ta mudando com a aparição da Darkside).

 

[-Jorge-]

Ele queria criar uma Taschen brazuca, mas esse modelo não ia durar muito mesmo - vide que outras editoras, ao realizarem edições desse porte, geralmente pedem apoio governamental pra bancar o projeto. Mas a Taschen pode se dar a tal luxo porque tem alcance mundial. Poderíamos até comentar que existe a falta da "cultura de leitura", mas aí tem os preços que são ruins...

Pois é. Poderia ter feito parcerias. A Editora 34, por exemplo, é uma que faz com vários governos e consegue bolsas de tradução (se não me engano já vi da França e Rússia, pelo menos).

Por outro lado, já há uma dependência muito grande de governos por parte das editoras nacionais e do "mercado" no Brasil. E numa situação de crise econômica como essa elas devem perder faturamento perigosamente. Veja que o Luiz Schwarcz já reclamava sobre a diminuição nos editais no ano passado (http://www.blogdacompanhia.com.br/2014/09/a-geracao-perdida/) e que o governo federal está pedalando no pagamento das editoras... (http://www1.folha.uol.com.br/educac...agamento-de-livros-didaticos-a-editoras.shtml).

Mesmo para a Taschen, pode ser que muito do lucro deles venha das coleções Basic (Art e Architecture) que são mais baratas. E daí eles podem publicar coisas como aquele móvel do Caravaggio: The Complete Works. Fora que eles realmente imprimem na China e mandam pro mundo todo.

Comparativamente, ele podia publicar arte em edições baratas para financiar as edições caras, mas aí cai na existência ou não de público para isso (provavelmente não existe). Podia, mas não quis também, enfim.

Pelo ele disse na entrevista, meio que somente os clássicos vendiam bem e ele não queria que a editora vivesse somente de clássicos de domínio público.Eu sinceramente só comprava esses clássicos como Tolstoi,Dickens e a prosa do mundo,não tinha interessa em títulos contemporâneos e de arte.Só ver que na Black Friday por exemplo os títulos mais vendidos na Amazon eram guerra e paz e contos completos do Tolstoi.Ou seja o Brasil tem espaço pra livros de luxo,mas meio que ta restrito a clássicos(agora meio que ta mudando com a aparição da Darkside).

Mas veja que o povo compra o clássico de luxo, mas prefere com desconto, né? E lembrando que eles tinham duas edições de algumas coisas também (Guerra e Paz, Oblomov, Odisseia...), uma especial, "de luxo"; e uma "plebeia" (mas ainda cara =P)

Parece que uma das bases do mercado são mesmo os clássicos (pelo que se diz, por exemplo nessa reportagem http://veja.abril.com.br/noticia/en...assico-volta-a-ser-bom-negocio-na-literatura/). O que teria a ver com estarem em domínio público. Imagina como os direitos de autores vivos não devem ter ficado mais caros com o dólar e o euro!

Outra grande parte dos lucros deve vir do mercado infantil. Esse eu imagino que seja o único imune a crises, mas incrivelmente a editora tinha fechado a linha infantil (não sabia).

 

[Bartleby]

 

[Ana Lovejoy]

putz grila. umas semanas antes do anúncio do fim da cosac no submarino antologia da literatura fantástica por 16, 90 (eu sei porque tinha visto na livraria da vila, achei lindo e pensei "ok, eu acho que vale a pena comprar esse em papel"). aí saiu o anúncio da cosac e estava custando 31, pensei "bom, vamos esperar, se pá o preço cai para 16 de novo". aí passou uns dias, fui ver e... 50,90. porra, submarino

se alguém quiser dar de presente de natal eu aceito

********

saiu no painel das letras hoje:




veeeeash

 

[Fëanor]

putz grila. umas semanas antes do anúncio do fim da cosac no submarino antologia da literatura fantástica por 16, 90 (eu sei porque tinha visto na livraria da vila, achei lindo e pensei "ok, eu acho que vale a pena comprar esse em papel"). aí saiu o anúncio da cosac e estava custando 31, pensei "bom, vamos esperar, se pá o preço cai para 16 de novo". aí passou uns dias, fui ver e... 50,90. porra, submarino

Na Black Friday eu consegui comprar o Contos Completos do Tolstoi por 60 dinheiros no submarino (preço normal: 139,90. Nesse momento tá 112 no site da Cosac e 99,90 no sub). Foi o menor preço que já vi para a coletânea. Se soubesse que a editora estava na iminência de fechar as portas, teria comprado mais coisas (assim como todo mundo aqui).

Enfim, eu até consegui aproveitar a Cosac enquanto durou. Mas sempre na base da promoção. Comprei Os Miseráveis, Guerra e Paz, Oblomov, Valter Hugo Mãe, Faulkner, Beckett.. tudo na base dos descontos generosos que com alguma frequência apareciam. Se fosse pelos preços normais, dificilmente teria comprado qualquer dessas obras. E olha que eu nem sou tão mão de vaca com livros.

 

[Calib]

Vou reunir tudo que tenho da Cosac pra saber quantos livros são e tirar uma fotinho pra posar de bacana.

Também nunca paguei o preço intrgral tabelado uma só vez por nenhum deles. Era tudo na base dos 30-60% de desconto.

Na época em que eu comprava bastante pela Estante Virtual eu quase completei os títulos da Prosa do Mundo disponíveis então, na casa de vinte dilmas cada um, comprando na Estampa Fina (sdds).

Acho que ficarei eternamente sem o Niels Lyhnne...

 

[DiegoMP]

Eita, porra.
Em janeiro as livrarias devolvem tudo? Vou ter que tomar uma facada pelo contos completos do Tolstói então?

Achei que iam deixar acabar os estoques, lentamente e tal. Queria tanta coisa ainda: prosa do mundo, Cervantes, Outono da idade média, Oblomov... ter de arranjar isso no mercado alternativo vai ser complicado.

@Calib, Niels Lyhnne estava disponível pelo Plus (no Skoob) no início dessa semana.

AVISO: Odisséia, na versão luxo, tá saindo por 47 reais no Submarino.

 

[Bartleby]

Mas o que que aquilo que a Anica postou significa, na pratica? Que nem nas lojas da internet vao ter mais livros da editora ?

Acho que o que mais quero deles, urgente, são os contos completos de tolstoi, as biografias da Clarice (ainda bem que eles relançaram recentemente em capa dura) e da V. Woolf, Absalao Absalao do Faulkner, a historia do dinheiro de Alan Pauls, meus documentos e formas de voltar para casa do Zambra. E esopo. E moll flanders e um nenhum e cem mil.

Daí, claro, qualquer outros lançamentos recentes a mais eu ficaria feliz em ter, mas, visto a situação complicada, aquilo ali em cima é o mínimo essencial...

** Posts duplicados combinados **

Clarice, por 31 reais na saraiva \o/

http://www.saraiva.com.br/clarice-2854869.html

 

[VictorSafe]

Tive que comprar David Copperfield por R$58 e Assassinatos e outras histórias por R$24 no submarino correndo dps disso.Vo correr o risco de esperar mais próximo do Natal e tentar ganhar desconto nos Contos completos do Tolstoi e alguns títulos da prosa do mundo (não sei se repararam mais os livros da Cosac ficaram mais caro e tão esgotando).

 

[Ana Lovejoy]

Mas o que que aquilo que a Anica postou significa, na pratica? Que nem nas lojas da internet vao ter mais livros da editora ?

se o estoque da loja virtual é consignado, sim. a cosac está sendo esperta não vão queimar (literalmente) livro e (figurativamente) dinheiro: vão forçar as lojas que têm livros consignados a pagarem por ele. sabem que as lojas vão pagar o valor porque vai ficar todo mundo louco para comprar seus últimos volumes de cosac. o que é meio o que já está acontecendo, né? do pessoal ~~dos livros~~ eu tenho visto um monte de gente finalmente abrindo a carteira para aqueles que namoravam há anos mas nunca compravam.

 

[Fëanor]

Eita, porra.
Em janeiro as livrarias devolvem tudo? Vou ter que tomar uma facada pelo contos completos do Tolstói então?

Mas o que que aquilo que a Anica postou significa, na pratica? Que nem nas lojas da internet vao ter mais livros da editora ?

Eu ia responder, mas a Anica acabou de fazê-lo.

AVISO: Odisséia, na versão luxo, tá saindo por 47 reais no Submarino.

Opa, valeu pelo aviso. Acabei de comprá-lo, junto com o Decameron (que tá por 26).

 

[Lizzie]

Para o pessoal que mora no Rio, tá acontecendo a Feira Literária no Palácio do Catete. Só vai até amanhã, dia 6, e tem um estande da cosac com preços muito bons

 

[Bartleby]

Para o pessoal que mora no Rio, tá acontecendo a Feira Literária no Palácio do Catete. Só vai até amanhã, dia 6, e tem um estande da cosac com preços muito bons

C lembra quanto ta os contos do tolstoi?

Btw, como não fiquei sabendo disso antes ?

 

[Lizzie]

C lembra quanto ta os contos do tolstoi?

Btw, como não fiquei sabendo disso antes ?

Nao cheguei a perguntar o preço desse, mas a ediçao de bolso de os miseraveis tava 65
Eu tb só fiquei sabendo hoje, no penultimo dia! Eles mudaram o nome tb - n é mais primavera dos livros, é primavera literária D aí, qdo eu procurava no google, n tinha nada da ediçao desse ano...
Enfim, o estande da cosac tá mto bom, só n comprei nada pq o barato deles ainda é caro. Quero nem ver o preço na Estante Virtual daqui a um ano...

 

[Calib]

A edição de luxo da Odisseia só tem as gravuras a mais, que são bonitonas e tal, mas não valem o TOC de comprar livro repetido. Rsrs. #passo

 

[DiegoMP]

A edição de luxo da Odisseia só tem as gravuras a mais, que são bonitonas e tal, mas não valem o TOC de comprar livro repetido. Rsrs. #passo

Paguei 40 reais na minha com o frete incluso.

Tô vendo todo dia uma galerinha abrindo a carteira pra comprar seus "últimos Cosac". Tá brotando Tolstói e Cervantes pra todo lado.