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Livros de cabeceira

Mavericco

I am fire and air.
Usuário Premium
Vocês tem algum? Ou alguns?

Eu sempre ponho uns 5 mais ou menos na cabeceira, mas tem uns que, de uns tempos pra cá, fatalmente sempre estão na lista. Cyrano de Bergerac, Baudelaire e Rimbaud seria o caso atual, mas já usei muito Bandeira, Drummond e García Lorca também. Aliás, um pequeno parêntesis: poesia surrealista como livro de cabeceira é uma maravilha :hihihi:
 
Re: Livros de cabeceira.

no sentido literal: na minha cabeceira eu sempre deixo os livros de papel que tenho que ler, na ordem em que chegaram. depois de alguns meses se sentir que não vou ler, jogo pra prateleira. agora, sobre a expressão para livro favorito que volta e meia retomo para consultar/reler, tem o alta fidelidade, e antigamente tinha um obras completas do Wilde.
 
Re: Livros de cabeceira.

Uma maravilha pra que? Pra pegar no sono mais fácil? :hxhx:

federico-garcia-lorca.jpg


"Seu post me fez parar de tocar piano."

É que a poesia surrealista usa metáforas desconexas, frequentemente retiradas dos sonhos. Basta lembrar dos quadros do Salvador Dalí. Aí o que eu geralmente percebia é que, quando me ocorria de lembrar do que sonhei (quase nunca lembro), e quando o sonho acontecia depois de ler poesia surrealista, ele saía como que mais rico, tinha um caminhão de maionese na coisa toda.

Veja-se, no caso do García Lorca, um poema relativamente famoso dele, o A Aurora em Nova York, musicado pelo Chico Buarque e o Fagner a partir da tradução do Gullar:

A aurora de Nova Iorque tem
Quatro colunas de lodo
E um furacão de pombas
Que explode as águas podres.

A aurora de Nova lorque geme
Nas vastas escadarias
A buscar entre as arestas
Angústias indefinidas.

A aurora chega e ninguém em sua boca a recebe
Porque ali a esperança nem a manhã são possíveis.
E as moedas, como enxames,
Devoram recém-nascidos.

Os que primeiro se erguem, em seus ossos adivinham:
Não haverá paraíso nem amores desfolhados;
Só números, leis e o lodo
De tanto esforço baldado.

A barulheira das ruas sepulta a luz na cidade
E as pessoas pelos bairros vão cambaleando insones
Como se houvessem saído
De um naufrágio de sangue.

http://letras.mus.br/chico-buarque/1568077/
ou
http://www.literal.com.br/ferreira-gullar/novidades/traducoes-de-poemas/a-aurora-garcia-lorca/

Ainda hoje me lembro de ter sonhado alguma coisa a respeito de um naufrágio de sangue e de pombas explodindo na água... :think:
 
Re: Livros de cabeceira.

Eu não costumo ler poesia, e nunca tentei ler antes de dormir, porque acho uma leitura meio "pesada" (no sentido de ter emoções demais e muito concentradas).

Mas o que você escreveu faz sentido.

Talvez eu tente esse tipo de poesia.
Ando chateada por não ter mais sonhos "surrealistas" como tinha antigamente.

Só sonho com coisas prosaicas e chatas, com coisas que acontece diariamente ou pessoas de quem não gosto e por quem nem me interesso.
Imagine que, outra noite, sonhei que namorava o Roberto Justus! :ahn?:
Como você imagina que é o dia de uma pessoa que tem um sonho desses? =/
 
Re: Livros de cabeceira.

No meu criado-mudo (pode ser?), tem um monte de livros há um tempão.
Mas estão lá por nenhuma razão específica, por abandono ou por bagunça.
Então não dá pra considerar como de consulta frequente. XP

Deixei lá os seis volumes de tragédias gregas com tradução do Kury, meu dicionário de teatro e um de história mundial do teatro. E "A tragédia grega" do Lesky.
Tem um de filosofia que estou remando há meses para terminar.
E tem "A história de O", com meu marca-página lá no meio formando fungo.



Acho que está na hora de dar outra função àquele móvel.
 
Re: Livros de cabeceira.

Não chego a ter nada que eu possa chamar de um livro de cabeceira. Costumo deixar os mais queridos mais próximos das mãos e dos olhos, e releio trechos escolhidos de vez em quando. Releio bem frequentemente as páginas finais de Os anéis de Saturno, do Sebald, e algumas páginas de Os emigrantes. Gosto de reler capítulos do Mãos de cavalo (Galera), da mesma forma que, uns anos atrás, costumava reler contos aleatórios do Tchekhov.
 
Cabeceira eu não tenho (e mesmo que tivesse não exporia meus livros à poeira, hehe), mas, indo pela expressão, meus livros de cabeceira geralmente são os de contos, por ser de mais rápida leitura. No momento é o Contos Completos da tia Woolf, que eu leio noite sim noite não sempre um ou dois contos, pra prolongar a leitura =p
Ah, é claro, e sempre, a Bíblia, a qual leio sempre ao menos de manhã e à noite :D
 
Infelizmente no momento atual não tenho mais nenhum livro físico já que passei a ser um usuário cada vez mais habitual de leitura eletrônica via Kindle. É ele que ocupa a cabeceira.

Mas "dentro" dele aí sim posso dizer que tem vários :)
 
"A História sem Fim" de Michael Ende.

Já li nove vezes ao todo, espero ler a décima ainda esse ano.
 

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