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Notícias Youtuber Felipe Neto distribui livros LGBT na Bienal contra a censura

Fúria da cidade

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"No final, chegaram os carros dos agentes da censura de Crivella e 20 homens armados para recolher os livros. Mas todos já tinham sido entregues de graça"


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Ação de Felipe Neto na Bienal do Rio: envolvidos em plástico preto, eles foram acompanhados de um adesivo (Felipe Neto/Divulgação)

O youtuber Felipe Neto falou sobre o resultado da ação em que distribuiu gratuitamente cerca de 14 mil livros com temática LGBT durante a Bienal do Livro no Rio de Janeiro no último sábado, 7.

“O dia em que mandamos um recado claro para a censura e os opressores: vocês nunca irão calar o amor! O bem sempre vence e sempre vencerá. Foram 14 mil livros de temática LGBTQ+ distribuídos gratuitamente”, escreveu Felipe em seu perfil no Instagram.

Na sequência, prosseguiu: “Foi lindo, foi amor, foi luta por um mundo melhor! No final, chegaram os carros dos agentes da censura de Crivella e 20 homens armados prontos para recolher todos os livros. Só tinha um problema: todos já tinham sido entregues de graça”.

“Hoje, o amor venceu! Hoje, o Brasil venceu! Feliz 7 de setembro. Comemore hoje, a luta continua amanhã”, encerrou o youtuber.

Os 14 mil livros, comprados na própria Bienal, foram envolvidos em plástico preto acompanhados de um adesivo: “Este livro é impróprio para pessoas atrasadas, retrógradas e preconceituosas”.

Livros como Confissões de Um Garoto Tímido, Nerd e (Ligeiramente) Apaixonado, de Thalita Rebouças, Arrase!, de RuPaul, e O Mau Exemplo de Cameron Post, de Emily M. Danforth estiveram entre os exemplares entregues ao público na praça central da Bienal.

https://exame.abril.com.br/brasil/y...ribui-livros-lgbt-na-bienal-contra-a-censura/

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pela mensagem a atitude dele foi legal.
mas pelo dinheiro gasto ele poderia ter feito algo melhor que ajudasse pessoas de outra forma.
 
pela mensagem a atitude dele foi legal.
mas pelo dinheiro gasto ele poderia ter feito algo melhor que ajudasse pessoas de outra forma.

Ele respondeu um cara no twitter dizendo que já faz sei lá quantas doações e bla bla bla.

Criou-se uma polêmica em cima desse episódio bem grande, mas por pura burrice do Crivela. Prefeito querendo censurar livro não tem o menor cabimento. E ele foi chorar até pra STF. Bizarro esse comportamento.
 
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Teve gente que aproveitou pra criticar o Felipe Neto, alegando que o dinheiro gasto nos livros poderia alimentar ou comprar medicamentos pra várias pessoas.

Mas foi acima de tudo uma atitude anti censura digna, em protesto contra um prefeito recalcado que acha que pode fazer o que era feito facilmente na ditadura. Deixa o Felipe Neto gastar seu dinheiro como bem entender. O dinheiro é dele e não de quem critica e não faz nada.
 
massa por parte de quem se posicionou, não só o felipe neto com a distribuição dos livros, mas a própria organização da bienal e as editoras que participaram. mas ao mesmo tempo fica aquela sensação de que o que parece uma grande vitória ("não tem censura!" blablabla) é na real uma baita derrota. porque bem, o que valeu de verdade foi a propaganda de graça pro prefeito. é aquela coisa: prefeito não faz porcaria nenhuma para a cidade, tá chegando a eleição, ele vai jogar com a base, que bate palma e nem pensa no tipo de precedente que ações como essa abrem. o tamanho da indignação ampliou o alcance da ação - era pra ser local, virou assunto nacional (edit: internacional. tem matéria em tudo quanto é jornal gringo). é tudo o que esses caras querem. até o ano que vem terá muito mais rebosteio desse naipe.

(edit: sommelier de caridade, hahahahaha que conceito.)
 
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não sei se é boa ação distribuir HQ só por ter um tema específico.
Mas ele faz o que quiser com o dinheiro dele! Só to dizendo que se fosse EU o rico esse tipo de "boa ação" eu não faria!
 
A boa ação que eu quis dizer é apoiar os direitos LGBT. E claro, cada um que faça da forma que achar melhor.
 
O dia em que mandamos um recado claro para a censura e os opressores: vocês nunca irão calar o amor! O bem sempre vence e sempre vencerá. (...) “Foi lindo, foi amor, foi luta por um mundo melhor! (...) Hoje, o amor venceu! (...)

:roll:

O ato de Crivella era despropositado e fadado a fracassar desde o início, só serviu para bater palma pra louco dançar. Esse ato aí na bienal foi sobretudo um ato de militância política e projeção da figura do Felipe Neto como political influencer, "caridade" só está ali como um meio para este fim.
 
Supondo que ele o fez por interesse (coisa que ninguém sabe se é verdade) ainda assim isso não anularia o valor do ato e da mensagem.
 
Esse ato aí na bienal foi sobretudo um ato de militância política e projeção da figura do Felipe Ne:roll:to como political influencer.

Ele já tinha mais de 30 milhões de seguidores no YT.
Projeção ele está tendo não é mais pelo ato da distribuição dos livros em si e sim pelos seus odiadores nas redes sociais. Como sempre pra muitos atirar pedras escondido atrás da moita é sempre mais prático e fácil do que ter a coragem de dar as caras e elogiar.
 
"Não quero reclamar de [dita] caridade, só fazer caridade", "o que importa é a mensagem e não a intenção"... Afê, ou eu sou muito cínico, ou é muita candura, seletiva ou não... :lol: Se fosse o Edir Macedo promovendo doação de bíblias, será que essa boa vontade também existiria? E se fosse o Bolsonaro doando no Natal brinquedos de arminhas, soldados, etc? Pode ter uma intenção não tão boa, mas o que importa são as crianças felizes no Natal...? Enfim, do mesmo jeito que eu não aplaudo ditos filantropos quando acredito que a filantropia serve a um propósito alheio à própria filantropia (Chico Xavier, por exemplo), não vejo com bons olhos uma dita caridade que serve como militância e projeção política. Aliás, até Jesus adverte contra líderes que oravam para aparecer, ainda que a oração pudesse ser benéfica para quem ora, para terceiros, etc. E não só isso:

“(...) Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita. Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.”​

Pelo visto Jesus é um Juninho, ou ao menos tem discurso de Juninho... Aliás, quer mais trombeta do que encapar os livros com "Felipe Neto agradece"...? Ou todo o show que se deu no local...?

Enfim, antes de ficar aplaudindo candidamente atos de caridade, também interessa saber sim o que esse aplauso vai favorecer. Na maioria dos casos, com caridosos anônimos, é uma preocupação tola, mas não no caso de figuras públicas.

Outro exemplo é o João de Deus, o cara tinha uma audiência do caralho, passava a rodo na Globo nos anos 90. A princípio, era só um religioso caridoso, não tão diferente do Chico, procurado por uma variedade imensa de pessoas (Oprah, por exemplo)... Mas com um pouco de senso crítico dava pra no mínimo desconfiar do cara e não dar audiência (e nem precisava ser cético sobre fenômenos sobrenaturais para tanto, só bom senso e cautela), e pessoas como a Oprah têm certa culpa no cartório.

E outra, usar "caridade" para que o Felipe Neto fez, e ainda comparar com doação de agasalhos, alimentos, sangue, pô... Ainda que o sentido dicionarizado possa ser um tanto quanto genérico (por exemplo, por metomínia (!), "ato pelo qual se beneficia o próximo"), empregar a palavra nesse contexto é forçar o uso do termo como ele é entendido coloquialmente (e politicamente). Poucos duvidariam que (1) Um pastor doando bíblias não está fazendo caridade, está fazendo proseletismo religioso, ainda que seja uma atitude benéfica, que venha a mudar positivamente a vida de alguém, etc.... (2) Um programa de auditório que "faz caridade" mas torna a "caridade" um show business (enche a casa de alguém de móveis, por exemplo), também não faz caridade em sentido mais estrito... (3) Também uma campanha em favor de qualquer coisa raramente é apontada como uma caridade, ainda que um material de divulgação seja despendido e a campanha seja sobre algo positivo.

Ele já tinha mais de 30 milhões de seguidores no YT.
Projeção ele está tendo não é mais pelo ato da distribuição dos livros em si e sim pelos seus odiadores nas redes sociais. Como sempre pra muitos atirar pedras escondido atrás da moita é sempre mais prático e fácil do que ter a coragem de dar as caras e elogiar.
Milhões de seguidores, mas oriundos sobretudo de uma audiência infanto-juvenil em busca de conteúdo humorístico. Como influenciador de política, Felipe Neto ainda está em ascensão.

Em termos de "ser prático" ou "coragem", pouco muda se é elogio ou crítica, o que é mais determinante nesses quesitos é se você concorda ou não com seus interlocutores ou com o grosso da sua audiência.... Pô, "coragem de dar as caras e elogiar", fala sério, que coragem? :lol: Nem trabalho dá, afinal nem justificativa é requerida para um "parabéns!".
 
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Caridade por interesse continua sendo caridade, apesar de certamente não ser o ideal. Se você der dinheiro para um morador de rua só pra parecer generoso diante dos seus amigos isso seria um cenário aquém do ideal, mas o morador de rua beneficiado pela doação com certeza não vai se importar com as suas motivações.

Aliás, Jesus nesse discurso estava criticando o ato de se vangloriar, não a caridade em si ("que a tua mão esquerda não saiba o que faz a direita" etc.) Se o Felipe fez pra se vangloriar ou não isso eu não vou julgar já que não sei o que se passa no coração de outro ser humano. Eu tento não pressupor o pior.

E ninguém está comparando distribuição de livros com doação de alimentos ou de dinheiro, cada coisa tem sua própria função e importância.
 
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O que eu vi comentarem por aí (talvez tenha sido o Villa rs), mas não posso confirmar porque não acompanho a política carioca, é que o Crivella sabe que está fazendo uma gestão desastrosa em todos os níveis e resolveu criar uma showzinho em torno da única pauta que ainda poderia acender a sua militância a continuar apoiando-o apesar de tudo: e a pauta é esse moralismo rastaquera neopentecostal que parece imensamente preocupado com os afetos homoeróticos e quase nada com todos os outros tipos de pecados. E, sim, chamemos pelo seu nome, à luz do cristianismo: a homossexualidade é pecado, mas também o são a gula, a inveja, a mentira, etc. e a masturbação (pecado mortal, inclusive, conforme a Doutrina da Igreja). No entanto, quem por aí faz discursos acalorados contra a punheta? Cadê o Malafaia, o Macedo e o Crivella atacando a pornografia? Enfim. O que talvez explique a ênfase demasiada que os evangélicos dão à homossexualidade seja esse temperinho de teoria conspiratória que importamos do neoconservadorismo americano: a ideia de que haveria um grande complô para acabar com a família, o Ocidente, o caralho-a-quatro. E que a "ideologia de gênero" e a apologia aos gays seriam parte dessa estratégia etc. Mas já divago. O ponto inicial era: Crivella, de acordo com essa análise, não teria procedido assim no episódio da Bienal por burrice, mas por malandragem para incendiar o debate e continuar "relevante" para uma parte do eleitorado. Felizmente a censura foi derrubada, e prevaleceu o bom senso.
 

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