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Mas a violência existe e, com ela, a sensação de insegurança.

Porém concordo com o @Ranza, quando diz que a mídia contribui ainda mais para essa sensação com a espetacularização da violência.

Por trás disso, além do ibope certo, vai se perpetuando, também, uma crença de que, contra a insegurança violenta das nossas cidades, só a segurança ainda mais violenta das forças de defesa do Estado. Eis o antídoto: mais policiais, mais equipamentos. Todo o problema deve ser resolvido única e exclusivamente pela Secretária de Segurança Pública. E a sociedade vai se tornando cada vez mais autoritária; os grupos vão se unindo, julgando, condenando e cumprindo as sentenças ali mesmo, no poste público; as mortes das periferias - praticadas pela polícia - cada vez mais classificadas como "resistência seguida de morte"; e o Datena ganhando mais audiência, o que produz maior sensação de insegurança, que nos leva a crer que só uma resposta igualmente violenta põe as coisas no eixo, etc, etc, etc.
 
Minha mãe quase morreu do coração quando eu fiquei presa no trabalho em São Paulo por causa da chuva e ela, por engano, colocou no Datena /o\
 
Datena é aquele cara que se não acontecer nenhuma desgraça no dia acaba pirando e se desesperando pela audiência.

No momento que posto acabo de vir de minha corrida matinal. Se não sentisse seguro o suficiente onde moro atualmente, jamais sairia de casa ainda no escuro da madrugada.
 
O mais interessante é que a esse circo todo meio que esconde os dados da violência, assim como nosso governo, explico.

Acho que nem de longe a classe social em que vivo é o principal alvo da violência no país, não sou rico, longe disso, mas posso dizer que sou "antiga classe C", minha família sempre teve o mesmo estilo de vida mesmo com a mudança de governo, o famoso nunca sobra, mas também nunca falta. Apesar que meu pai já teve uma arma apontada para ele duas vezes, minha mãe uma faca no pescoço e eu um tênis roubado, não coloco minha família em zona de risco, não andamos com tantos pertences que nos transformam em um alvo lucrativo. Mas a chamada "nova classe C" que é a classe que mais cresceu no período PT, pra mim essa sim é a que mais sofre coma violência, e o pior é que essa classe não tem muito suporte do Estado e nem do povo. Pensem bem, quando um menino da uma classe mais abastada tem seu celular roubado, ou pior, quando ele é assassina "A sangue frio, de forma covarde", como os jornalistas como o Datena gosta de falar, esse mesmo caso começa a se repetir exaustivamente e o pior, começam a ressuscitar casos do passado para te lembrar que sua família não está segura, isso movimenta um comercio da violência gigantesco. O porém é que nem de longe esse público é realmente o alvo da grande violência no país, e o maior número de homicídio está nas periferias, como dizia um colega de escola "Isso aí no meu bairro é todo dia". As manchetes sobre isso são breves, secas, rasas, sem importância, "se morreu é porque não estava rezando", alguns dizem, na periferia só vira manchete quando marido mata mulher a machadas, ou a mãe mata o filho com 16 facadas.

Por essas e outras que eu falo que não tenho medo de andar nas ruas, por que por mais que exista uma chance de eu ser assaltado e nisso tomar um tiro, eu não as vejo muito diferente das chances deu ser atropelado. E das poucas vezes que pego o carro do meu pai, tenho mais medo de um bêbado me envolver em um acidente do que parar num semáforo.

Essa é a minha percepção da violência.
 
A impressão é que em algumas regiões a insegurança está "comendo pelas beiradas". Ontem fui perguntar a um parente que foi a BH no fim do ano passado (2013) e ficou na casa de uns amigos antigos nossos. Ele disse que na porta da casa tinham umas 3 ou 4 trancas\travas. (Então pensei que talvez seja porque um dos membros da família trabalhe na área de saúde e venha sentindo o impacto recente da deterioração da segurança).

Por isso procurei aprofundar na net e pareceu que BH, por ter tido uma política recente de combate, ainda tem áreas mais seguras em relação ao resto do país onde a violência tende a se concentrar primeiro nas profissões expostas ao público de fora e em crises tipo nesse caso:

Profissão exposta:
Taxistas de Belo Horizonte adotam botão de pânico para escapar da violência
http://www.em.com.br/app/noticia/ge...tao-de-panico-para-escapar-da-violencia.shtml


Que são índices mais baixos que no resto do Brasil. Por exemplo, enquanto em BH a média é de 5 assaltos ao dia no setor inteiro de táxi tem cidade que um mesmo veículo (ônibus) chega a ser assaltado 3 ou 4 vezes ao dia (aqui teve greve por esse abuso).

Que é um problema parecido do pessoal da hotelaria (em Riberião Preto\SP a moda era arrombar quarto de hóspedes em hotéis e tinha lugar que não dava pra andar nem de dia e 4 da tarde dava para sentir o medo dos lojistas). Em Uberlândia\MG a ordem era portão trancado mesmo de dia para uns parente meus.

Nota-se também um fluxo de notícias violentas de cidades que antes não eram notícia. Por exemplo, antigamente quando eu pensava em violência na região Sul me lembrava do Rio Grande do Sul com Porto Alegre. Hoje, Curitiba e Florianópolis parecem mais expostas aos mesmos problemas de Porto Alegre com o mesmo valendo para o interior de São Paulo e Paraná (que parece com interior de SP).

Eu tinha lido num texto que cada região tende a ter a sua própria "Rio De Janeiro" ou foco de disseminação da insegurança (o Nordeste talvez tenha pelo menos duas capitais assim, até porque é uma região antiga). As áreas de fronteira também são muito perigosas igual interior de RO, MT, PA e MA e tem uns lugares que tendem a gerar até psicóticos incendiários (Brasília).

Também é preciso considerar que boa parte das cidadezinhas tende a esconder os podres porque a imprensa não cobre tanto (demolir todas as paredes de um banco com explosivos é algo comum em muitas cidadezinhas do país).

Por causa dessa deterioração tem aparecido temores no pessoal de Minas que inclusive podem influenciar e mudar a direção nos resultado da eleição para presidente:

 
Moro no mesmo lugar desde 1980 e, com o boom econômico que ocorreu em Gravataí após a vinda da GM, houve uma série de invasões que resultaram na criação de vilas e dentro delas, muitas pessoas que faziam parte de facções de tráficos e que foram expulsas de lá (seja pela polícia ou por outros patrões) encontraram mais uma opção de mercado na região metropolitana.

O resultado disso: mortes e mais mortes toda a semana que colocaram a minha cidade em segundo na escala de violência. E como testemunha, meu bairro que era tranquilo tem duas bocas de fumo, sendo uma de frente para minha casa. O mais triste é que vi a maioria destes noiados crescerem e hoje são frenquentadores assíduos do Presídio Central que é só uma das piores prisão da América do Sul.
 
Lembrei de outro caso da faculdade. Teve uma vez que um professor havia reclamado na administração da facu, que a câmera digital profissional dele tinha "sumido" durante a aula.

Então começaram a investigar e com o tempo apareceram outros relatos de que recentemente tinham sumido muitos celulares também entre os alunos e calhou de uma estagiária comentar de que tinha visto sem querer no quarto de uma colega uma pilha de aparelhos celulares de diversos modelos enquanto limpava a casa, entre outras coisas. Eles foram investigar e descobriram que a câmera do professor estava no meio dos objetos desaparecidos.

Uma das conseqüências foi a expulsão do estágio, mas não acompanhei para ver as outras reviravoltas. Enfim, o roubo de experimentos e materiais de laboratório durante a noite não era incomum também (teve até um incêndio proposital em um laboratório na época por um funcionário) então atenção com os colegas de curso.
 

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