Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença.
E os dicipulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; foi para que se manisfestem nele as obras de Deus (João 9.1-3)
Tiberius, eu sei que você já entendeu o que eu quero dizer, mas pode haver pessoas que não entenderam, então, vou citar outras trechos:
"... ninguém pode alterar a música contra minha vontade. E aquele que tentar, provará não ser meu instrumento na invenção de coisas ainda mais fantásticas, que ele próprio nunca imaginou." (Silm. Eru - pag 6)
"Assim seja! Custosas lhe serão essas canções e serão, entretanto, uma boa aquisição. Pois o preço não poderia ser outro. Assim, exatamente como Eru nos falou, uma beleza ainda não concebida chegará a Eä, e ainda terá sido bom que o mal tenha existido." (Silm. Manwë - pag 116)
Nada, absolutamente nada, sai do controle de Eru, ele é perfeito, e no final, todos compreenderão o "proposito da criação".
Meu amigo Tiberius, Eru não pode destruir Melkor (isso não quer dizer que ele não tenha capacidade) e se destruisse, eu diria: Eru é injusto, pediu algo a criatura que ela não podia cumprir e só porque ela não aceita as condições impostas, irá destruí-la.
Essa acusação tem implicações universais porque está colocando o caráter divino em julgamento diante de todos os seres criados. Os Valar que não cederam ao engano de Melkor continuariam servindo a Eru por amor ou por medo de serem destruídos? Por que Eru não acabou com Melkor logo que ele se rebelou?
Primeiro, se Eru o fizesse, ficaria para sempre, na mente dos Valar, a dúvida de que talvez Melkor tivesse dito a verdade.
Segundo, o serviço de muitos Valar a partir daquele momento poderia ser motivado pelo medo:
"Se não servi, também posso morre."
Eru precisa de TEMPO para que todo o Eä entendesse por si só que Melkor não tinha razão na sua rebelião. Em muitas circunstâncias da vida, o tempo é o melhor remédio.