Almirante Ackbar
Usuário
Re: Um ser, poderia ser realmente destruido?
Desculpem a minha enorme ignorância. Mas que levam as pessoas a terem um interpretação de alguns texto de forma errada... Como esse tópico, criado por mim.
Tiberius, eu penso de maneira diferente. Vou citar a Bíblia:
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença.
E os dicipulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; foi para que se manisfestem nele as obras de Deus (João 9.1-3)
Tiberius, eu sei que você já entendeu o que eu quero dizer, mas pode haver pessoas que não entenderam, então, vou citar outras trechos:
"... ninguém pode alterar a música contra minha vontade. E aquele que tentar, provará não ser meu instrumento na invenção de coisas ainda mais fantásticas, que ele próprio nunca imaginou." (Silm. Eru - pag 6)
"Assim seja! Custosas lhe serão essas canções e serão, entretanto, uma boa aquisição. Pois o preço não poderia ser outro. Assim, exatamente como Eru nos falou, uma beleza ainda não concebida chegará a Eä, e ainda terá sido bom que o mal tenha existido." (Silm. Manwë - pag 116)
Nada, absolutamente nada, sai do controle de Eru, ele é perfeito, e no final, todos compreenderão o "proposito da criação".
Meu amigo Tiberius, Eru não pode destruir Melkor (isso não quer dizer que ele não tenha capacidade) e se destruisse, eu diria: Eru é injusto, pediu algo a criatura que ela não podia cumprir e só porque ela não aceita as condições impostas, irá destruí-la.
Essa acusação tem implicações universais porque está colocando o caráter divino em julgamento diante de todos os seres criados. Os Valar que não cederam ao engano de Melkor continuariam servindo a Eru por amor ou por medo de serem destruídos? Por que Eru não acabou com Melkor logo que ele se rebelou?
Primeiro, se Eru o fizesse, ficaria para sempre, na mente dos Valar, a dúvida de que talvez Melkor tivesse dito a verdade.
Segundo, o serviço de muitos Valar a partir daquele momento poderia ser motivado pelo medo:
"Se não servi, também posso morre."
Eru precisa de TEMPO para que todo o Eä entendesse por si só que Melkor não tinha razão na sua rebelião. Em muitas circunstâncias da vida, o tempo é o melhor remédio.
'Cês piram né?
Falando sério, uma coisa adicional a ser levada em conta quando da análise de um texto de Tolkien é o momento ou ciclo em que ela foi escrita. A produção de Tolkien não é linear e incremental, ou seja, ele não foi constantemente aprimorando e incrementando o legendarium. Na verdade ele trabalha com surtos criativos onde ele praticamente reescrevia tudo que já havia escrito - e havia espaço de anos entre cada ciclo.
Ou seja, às vezes existem diferenças irreconciliáveis, umas das quais inclui a segunda profecia de mandos, que pertence a um ciclo diferente da história com a qual vocês estão comparando.
É... eu sei, é frustrante a falta de consistência. Mas temos sorte de poder ter acesso a esse tipo de informação através dos HoME
De fato, é muito danosa às discussões da Obra a utilização de textos não-revisados ou até mesmo não-reescritos, pois eles pertencem a uma época onde o enfoque de Tolkien ao escrever poderia ser outro. Tolkien voltou atrás em várias de suas decisões, como, por exemplo, na decisão de que os Valar poderiam gerar filhos, ideia que ele negou posteriormente.
Mas não creio que Melkor pudesse "morrer", no sentido de deixar de ter consciência. Como parte fundamental do espírito de Arda, ele sempre estará lá, uma mácula (ou não) no seio do mundo. Eu particulamente acredito na inocência de Melkor, mas isso não é assunto para este tópico.
Abraços.
Desculpem a minha enorme ignorância. Mas que levam as pessoas a terem um interpretação de alguns texto de forma errada... Como esse tópico, criado por mim.
Mas se nós decretarmos que a ama de Melkor é imortal e que não pode ser destruída vamos voltar aquele velho dilema de que Eru (Deus) não é onipotente pois não "pode" (ou não quer) destruir a referida alma. Ou estou escrevendo bobagem?
Tiberius, eu penso de maneira diferente. Vou citar a Bíblia:
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença.
E os dicipulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; foi para que se manisfestem nele as obras de Deus (João 9.1-3)
Tiberius, eu sei que você já entendeu o que eu quero dizer, mas pode haver pessoas que não entenderam, então, vou citar outras trechos:
"... ninguém pode alterar a música contra minha vontade. E aquele que tentar, provará não ser meu instrumento na invenção de coisas ainda mais fantásticas, que ele próprio nunca imaginou." (Silm. Eru - pag 6)
"Assim seja! Custosas lhe serão essas canções e serão, entretanto, uma boa aquisição. Pois o preço não poderia ser outro. Assim, exatamente como Eru nos falou, uma beleza ainda não concebida chegará a Eä, e ainda terá sido bom que o mal tenha existido." (Silm. Manwë - pag 116)
Nada, absolutamente nada, sai do controle de Eru, ele é perfeito, e no final, todos compreenderão o "proposito da criação".
Meu amigo Tiberius, Eru não pode destruir Melkor (isso não quer dizer que ele não tenha capacidade) e se destruisse, eu diria: Eru é injusto, pediu algo a criatura que ela não podia cumprir e só porque ela não aceita as condições impostas, irá destruí-la.
Essa acusação tem implicações universais porque está colocando o caráter divino em julgamento diante de todos os seres criados. Os Valar que não cederam ao engano de Melkor continuariam servindo a Eru por amor ou por medo de serem destruídos? Por que Eru não acabou com Melkor logo que ele se rebelou?
Primeiro, se Eru o fizesse, ficaria para sempre, na mente dos Valar, a dúvida de que talvez Melkor tivesse dito a verdade.
Segundo, o serviço de muitos Valar a partir daquele momento poderia ser motivado pelo medo:
"Se não servi, também posso morre."
Eru precisa de TEMPO para que todo o Eä entendesse por si só que Melkor não tinha razão na sua rebelião. Em muitas circunstâncias da vida, o tempo é o melhor remédio.
Última edição: