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Trabalhar com anime

Haran

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Olá.

Alguém já pensou em trabalhar com anime? No Brasil deve ser uma bosta, mas e no Japão? As empresas são receptivas com envios de trabalhos e tal?
 
No brasil a cultura não é tão famosa, salvo de DBZ e CdZ. No Japão a historia é completamente outra. Mas ainda acho que existam empresas interessadas em criar o próprio conteúdo brasileiro, sem precisar explorta-lo de fora como sempre acontece.
 
Talvez se houvesse maior estímulo, e investimento em novos talentos o Brasil poderia aí quem sabe revelar seus próprios artistas nesse ramo.
O problema maior é que aqui no Brasil, ainda que possua muitos fãs, é um gênero artístico bem desconhecido da massa em geral, isso acaba desmotivando as empresas, que têm medo de uma possível má aceitação.
Um exemplo disso, são os dvds de animes e tokusatsus que vendem por aqui, a maioria com erros de dublagem e pouco trabalhados. E francamente, pagar 39,90 por um dvd de apenas três ou quatro episódios, pra mim não dá.
 
Aqui é praticamente impossível, basta ver o exemplo de Tormenta que, apesar do sucesso que adquiriu por aqui, não vingou na versão anime (se alguém souber de informações sobre o anime, eu agradeço).

Sendo curto e grosso, anime=desenho=coisa de criança. Captar recursos e montar uma equipe, e falo de uma equipe com objetivos beeeeem definidos: desenhista, arte-finalista, fotógrafia, montagem, edição de som e imagem e um produtor. E além do principal que falta aos brasileiros... profissionalismo na execução do projeto, distribuição e geração de receita.

Ou seja, não basta ser fã e tal e acreditar. Tem de aprender a vender o produto e cumprir prazos, também.
 
Infelizmente o mercado de anime no Brasil é muito difícil. O máximo que ocorreria seria algum mangá nacional fazer sucesso e conseguir um bom patrocínio. Mas é ser muito otimista esperar que isso realmente ocorra.

Hoje está mais fácil trabalhar com mangá do que anime. Ao menos os mangás estão sendo mais respeitados por aqui, tirando algumas editoras, claro. Algumas editoras, como a New Pop, estão até trabalhando com produtos nacionais. Se obtiverem bons retornos, eles podem até começar a comercializar mais títulos.

Infelizmente não vejo uma melhora com relação a animes, até porque, nos Estados Unidos existem poucos desenvolvimentos ainda com isso. No Brasil é realmente difícil de algo assim ocorrer.

Vale lembrar que nem no Japão é fácil. Poucos títulos realmente viram animes.
 
Verdade, mesmo no Japão não é qualquer mangá que vira anime, e olha que lá eles são verdadeiramente fãs.

Mas, um exemplo de que bons mangás não vêm apenas do Japão, são os coreanos, que têm feito um certo sucesso aqui no Brasil, lançando alguns trabalhos bons, sim, tive o prazer de ler alguns e são realmente bem desenvolvidos. Então, se na Coréia acontece, porque em outro lugar não?
E quanto ao que Elring disse, não há no Brasil esse nível de profissionalismo e interesse simplesmente pelo medo da má-aceitação. Então imagina uma empresa que gaste uma boa grana com isso tudo, mas por azar não é bem comercializado? Acho que eles preferem não arriscar.
 
L0bo $o£itári0 disse:
Mas, um exemplo de que bons mangás não vêm apenas do Japão, são os coreanos, que têm feito um certo sucesso aqui no Brasil, lançando alguns trabalhos bons, sim, tive o prazer de ler alguns e são realmente bem desenvolvidos. Então, se na Coréia acontece, porque em outro lugar não?
Vale lembrar que o nome dado a essas revistas coreanas é de Manhwa.

Os Manhwa, muito pela cultura parecida, são parecidos com os mangás japoneses. Suas histórias e traços são parecidos, mas é fácil distinguir um do outro. Na coréia tem havido uma crescente na publicação desses trabalhos, antes totalmente dominado pelos japoneses. O trabalho está melhorando, pois está tendo um bom retorno e com isso eles conseguem investimentos das editoras.

Nos Estados Unidos não é produzido mangá, mas sim HQ’s. Apesar da crescente venda de mangás nos Estados Unidos, as HQ’s por lá possuem um maior mercado.

Outros países possuem suas próprias características em suas revistas de quadrinhos, mas são poucos divulgados no resto do mundo, como é o caso da Turma da Mônica aqui no Brasil. A maioria dos trabalhos baseados nos mangás japoneses são independentes, ou seja, não possui uma editora patrocinando seu trabalho.

Apesar de concursos e eventos de mangás aqui no Brasil, que proporciona viagens até o Japão para conhecerem seus estúdios, os trabalhos brasileiros voltados ao mangá é pequeno e pouco divulgado.

L0bo $o£itári0 disse:
E quanto ao que Elring disse, não há no Brasil esse nível de profissionalismo e interesse simplesmente pelo medo da má-aceitação. Então imagina uma empresa que gaste uma boa grana com isso tudo, mas por azar não é bem comercializado? Acho que eles preferem não arriscar.
Não se baseia apenas de aceitação ou não. Muitas editoras sabem o quanto é rentável esses trabalhos. Não é atoa que a JBC tem investido pesado em sempre trazer novos projetos para o Brasil. O problema maior fica na qualidade e preço final do produto. Não é fácil fazer um mangá de qualidade e conseguir atingir um grande público. Basta ver algumas produções nacionais que começaram a sair nas bancas, mas foram cortadas devido ao pouco retorno em vendas. Ainda compensa pegar títulos conhecidos no Japão e traduzi-los do que investir em produções nacionais.
 
O problema maior fica na qualidade e preço final do produto. Não é fácil fazer um mangá de qualidade e conseguir atingir um grande público. Basta ver algumas produções nacionais que começaram a sair nas bancas, mas foram cortadas devido ao pouco retorno em vendas.

Um exemplo bom disso é Bleach, no início das edições aqui no Brasil, as folhas vinham em condições meio precárias e não sei quem lembra, mas as capas eram um absurdo de duras, pareciam enciclopédias, você tinha ue abrir tudo e causar assim certo dano em seus mangás. O bom foi que com o tempo, a qualidade mudou e fizeram capas mais maleáveis. Certamente isso foi muito importante para que a aceitação aqui no Brasil continuasse em alta. Porque quando o trabalho é ruim, ninguém quer.
 
Os Manhwa, muito pela cultura parecida, são parecidos com os mangás japoneses. Suas histórias e traços são parecidos, mas é fácil distinguir um do outro. Na coréia tem havido uma crescente na publicação desses trabalhos, antes totalmente dominado pelos japoneses. O trabalho está melhorando, pois está tendo um bom retorno e com isso eles conseguem investimentos das editoras.
Sério mesmo que vc acha isso, Caio? Eu ainda me confundo todo. :think:
 
Bom, eu particularmente acho o estilo dos traços entre um e outro bem diferentes.
E por mim, que continuasse assim, afinal o que vale é a caracteristica de cada um.
 
Bom, eu particularmente acho o estilo dos traços entre um e outro bem diferentes.
E por mim, que continuasse assim, afinal o que vale é a caracteristica de cada um.
Os traços são diferentes sim, mas da mesma forma que os traços de desenhistas japoneses são diferentes entre si, pega o Kurumada e o Oda por exemplo. E olha que eles desenham aventuras e td mais.
Resumindo, eu acho diferente, mas eu ainda n consigo olhar um desenho e dizer: esse é coreano. A n ser que seja completamente diferente, saca?
 
Por esse lado, tem artistas na própria Coréia e Japão que se destacam dos demais por ter um traço diferente. Um exemplo perfeito para isso é Masami Kurumada e Shiori Teshirogi. Apesar de desenharem o mesmo mangá, os dois possuem traços completamente diferentes um do outro. O estilo, não se parece em nada. Apesar de achar estranho o traço dos dois e preferir ver o anime.

Enfim, já ficou claro que mesmo em apenas um país pode haver estilos distintos, parecidos com algum estilo de outro país. Na dúvida, faça como eu, observe minuciosamente detalhe por detalhe entre as folhas, os coreanos tem certas semelhanças entrei si em algumas entrelinhas.
 
Ecthelion disse:
Sério mesmo que vc acha isso, Caio? Eu ainda me confundo todo. :think:

Os traços são diferentes. Não querendo dizer que um é melhor que o outro, mas os desenhistas japoneses costumam trabalhar com maior riqueza detalhes. Os traços são mais definidos, assim como o ambiente que envolve os personagens. Eu diria até que muitos conseguem criar feições para seus personagens o mais próximo do real possível.

Gostaria de citar o Takeshi Obata (Death Note, Hikaru no Go, Blue Dragon Ral Ω Grad) que desenha incrivelmente os personagens e ambiente. Posso dizer isso, pois acompanho bem seus trabalhos, assim como esses 3 mangás e é impressionante os ricos detalhes em seus traços. Outro fato que corrobora com isso são as declarações dos autores que escrevem nas páginas extras dos mangás elogiando seu trabalho, em que ele consegue transmitir muito bem aquilo que ele está buscando. Estou citando apenas um, mas existem outros excelentes, que daria uma lista enorme ficar citando todos.

Nos Manhwas que cheguei a ler, eles possuem detalhes bons, mas não conidoachar em muitos o mesmo cuidado com os traços em cada traço. Apesar de que isso pode entrar como gosto pessoal, mas o trabalho no Japão eu ainda considero superior aos demais. Só como curiosidade, na China esses quadrinhos são chamados de Manhua.

Quanto à diferença, podemos notar sim com os traços. Normalmente os personagens do manhwa possuem olhos maiores, apesar de que não devem ser características de todos. Mas é como eu disse anteriormente, que por possuírem culturas parecidas, os traços tendem a serem parecidos. Alguns até se assemelham muito ao detalhe dos japoneses, o que torna sim difícil a comparação e dizer exatamente, de bater o olho, se é um manga ou um manhwa. Podemos notar a diferença no caso de HQ e manga, aonde a diferença é clara entre os traços, pois a escola de desenho é diferente.

Outra característica marcante que difere fica por conta da leitura ocidental dos manhwa. Não sei afirmar se são na forma ocidental que são publicados os manhwa na Coréia do Sul, mas ao menos é publicado dessa forma no Brasil.

Como vocês mesmo disseram, encontramos sim características diferentes nos traços dentro do próprio Japão, mas acredito que sempre encontramos algumas outras que fazem diferenciar um do outro. É como nos livros, conseguimos distinguir um escritor brasileiro de um inglês, por exemplo.

Thiago, acredito que se você começar a ter um maior contato com os manhwa, irá com o tempo perceber certas características inerentes ao mesmo. Eu particularmente não acompanho muitos, acho que já li, mas não inteiro, alguns títulos como Chonchu, Priest e Ragnarok. Mas o número de títulos desses manhwa vem crescendo nas bancas brasileiras, o que indica estar tendo um bom retorno por parte do público brasileiro.
 
A primeira vista perece que são iguais, mas as diferenças de traços, com o tempo, se tornam gritantes. Nos manhuas, o design dos rostos são diferente, a começar pelo desenho de nariz, coisa que nos mangás não são de grande importância pois o impacto das expressões se dá através dos olhos. O desenho dos cabelos são geralmente espetados na maioria dos personagens coreanos, não há muita variação de penteados como nos do japoneses. E o desenho dos corpos também são bem diferentes, no manhuas eles são mais esticados (parecemque os personagens da CLAMP tomaram bomba). E o enredo das histórias que são inspirados no folclore local... o que é uma pena, a cultura sul coreana é muito pouco divulgada por aqui e a sensação de ler um manhua acaba tornando-se confusa.
Já no campo dos games... o trabalho dos sul coreanos é de tirar o chapéu. A riqueza de detalhes dos personagens e cenários é formidável. Fruto de mais de vinte anos de investimento em educação feitos pelo Governo e que formaram escolas de manhua e animação com um nível de excelência comparável as do Japão.
 
Só como curiosidade, na China esses quadrinhos são chamados de Manhua.

'Tá aí, não sabia que na China também existia mangás.

Me pegou de surpresa agora.

Qualquer dia vejo o mangá do Death Note pra analisar os traços, nunca cheguei a ver ele.

Vou procurar também algum mangá chinês online.
 
Não é bem mangá a definição. O correto para Manhua é histórias em quadrinhos produzido na China. Nesse site (link) você pode conhecer um pouco mais se tiver interesse.

No Brasil não deve ter muitas publicações mesmo. Pelo menos não conheço e procurei muito a respeito.
 
E como funciona lá, no Japão, esse trabalho? É comum as pessoas envierem trabalhos para empresas famosas, como Toei Animation, ou elas são fechadas nesse sentido?
 
Obrigado pelo link, Turgon.

Só comentando um trecho aqui, eu já vi em um evento desses que fui na vida, um grupo de pessoas trabalhando em um mangá, não era profissional nem nada, mas 'tava tendo uma boa recepção no evento, parece que é uma equipe de mangakás (brasileiros) amadores.

Até que achei interessante. Eles fazem o trabalho deles, ganham alguns fãs e fazem uma renda em cima disso.
Não tive oportunidade de analisar o trabalho mas parecia bom.
 
Haran Alkarin disse:
E como funciona lá, no Japão, esse trabalho? É comum as pessoas envierem trabalhos para empresas famosas, como Toei Animation, ou elas são fechadas nesse sentido?
Eu te aconselharia a assistir o anime Bakuman, que conta a história de dois garotos que querem se tornar mangakás, ou criadores de mangás. Tsugumi Ohba e Takeshi Obata tentam demonstrar no mangá o mais real possível como funciona a realidade do Japão e o sonho de vários jovens que querem se tornar mangakás e publicar suas histórias em revistas famosas, como a Shonen Jump.

L0bo $o£itári0 disse:
Só comentando um trecho aqui, eu já vi em um evento desses que fui na vida, um grupo de pessoas trabalhando em um mangá, não era profissional nem nada, mas 'tava tendo uma boa recepção no evento, parece que é uma equipe de mangakás (brasileiros) amadores.
Lobo, tem um site de anime que apoia esses trabalhos de "mangakás brasileiros". Eles sempre publicam suas histórias. Eu particularmente não acompanho, mas possuem uns traços bonitos. Não vou linkar aqui por ter download, mas te passo por MP. :wink:
 

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