Guilbor disse:
Turgon, ai você tem que levar muito em conta a cultura de cada pais. Nos EUA é praticamente uma heresia você matar um personagem já estabelecido.
Eu não digo em matar o personagem, mas sim dar um final para sua história. Isso pode ser muito bem feito, ou seja, um Peter Parker casando com a Mary Jane e vivendo felizes para sempre, por exemplo. Ou algum outro personagem o substituindo, mas não com o semblante do Homem Aranha. Com isso até daria uma liberdade a mais para os produtores criarem algo novo e não tentar remodelar 50 vezes uma mesma história ou personagem.
Guilbor disse:
Fora isso tudo tem que levar em conta o valor agregado da marca, por exemplo o Super Homem vinha de historias de razoáveis para ruins mas ninguém cancelou sua revista por que a marca dele é forte e apesar de vendas baixas nos quadrinhos, ele vende muita lancheira, camisetas, bonés, jogos, etc...
Tem todo um mercado cinematográfico ai onde a Marvel ta enchendo os cofres de dinheiro com suas grandes franquias, sem falar no mercado de games que ta investindo nessas franquias.
É nisso que a Marvel e a DC pecam, na minha opinião. Vou dar um exemplo de um anime famoso que se chama Bleach. Não sei se você o conhece, mas ele sempre esteve no TOP 3 do Japão. Seu autor quis enrolar muito sua história ocasionando assim uma baixa avaliação semanal dos seus fãs e uma pressão da JUMP em cima dele. Ele teve assim seu arco adiantado, ou seja, a JUMP o pressionou para escrever a última Saga e é ela que está saindo atualmente no Japão. Seu anime teve tanto enrolação que acabou sendo cancelado. O ponto que eu quero chegar é que mesmo um anime famoso é cancelado caso perca audiência por parte dos fãs. Existem sim muitos produtos referentes a esse anime, como filmes, bonecos, chaveiros, lancheiras e tudo o mais. Isso pode ser sim muito cultural, mas eu vejo essa a melhor forma, pois obriga o autor sempre estar melhorando sua obra para não ocorrer esse perigo.
Só para completar a outra parte. Mesmo com esse cancelamento, a marca continua sendo muito bem explorada. Filmes estão sendo anunciados e produtos relacionados a marcam continuam saindo, mesmo com a posição da JUMP em adiantar o final da série.
Guilbor disse:
Ainda falando nos mangas, você mesmo sabe que há varias franquias que usam o universo ficional e até mesmo os mesmos personagens para manter a marca com Saint Seya (que tem varias series derivadas e dando continuidade as historias), Dragon Ball (que teve a original, a Z, a GT e ja tão fazendo mais uma).
Se eu te falar que Saint Seiya é uma marca pequena no Japão, você acredita? Ela é muito mais forte internacionalmente do que no próprio Japão. Essa Saga nova foi feita para capturar um novo público de fãs e não os antigos. Basta ver a diferença de traços e história da série clássica de Saint Seiya para essa nova Saint Seiya Omega.
Já Dragon Ball é uma série clássica no Japão que teve um fim. A Saga Dragon Ball GT não foi escrita pelo Akira (autor), mas apenas supervisionada pelo mesmo. Essa foi para arrecadar mais dinheiro, mas são raros os casos assim. Tanto que esse novo que você está se referindo é intitulado de Dragon Ball Kai, que é nada mais do que Dragon Ball Z remasterizado. Nele temos apenas uma melhora nos desenhos e histórias fillers sendo cortadas. Não é uma história nova, como acontece com as HQs em geral.
Guilbor disse:
Tá vão falar do Sadman, mas ai você tem que considerar que Sandman não foi feito pra vender camisas, bonés, bonecos, etc ele foi feito pra ser uma obra literária ilustrada, e, como obra literária ele tem começo meio e fim.
Bom, existem produtos relacionados a essa história, mas independente disso, eu diria que 99% dos animes possuem começo, meio e fim. Mesmo que a série faça muito sucesso, como é Naruto hoje em dia, ela terá um fim e ele encontra-se próximo já no Japão.
Guilbor disse:
Walking Dead - Ele não é amarrado as grande editoras, ele faz parte do mercado autoral que atualmente vem crescendo muito nos EUA por conta de não haver amarras cronologicas e editoriais das grandes editoras e por que TODOS os direitos são exclusivamente do autor e que nesse caso além da satisfação criativa que se obtém, há a satisfação financeira quando uma dessas obras chega a esse patamar. Resta saber se o Kirkman vai encerrar sua maior obra, ou vai continuar até não dar mais pra sugar todo o potencial dessa nova marca.
É um jeito que estão encontrando para sair das amarras e está dando certo com The Walking Dead. Espero que dê certo com outras séries também para que novas criações sejam feitas por lá. Mercado eles tem de muito.