David-gondorian
Usuário
Eu nao acho que ha viloes e herois.
Isso depende do seu ponto de vista.
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Talvez por causa da visão cristã de Tolkien é que Eru seja considerado um ser perfeito, uno e o maior de todos. Ele é o criador de tudo e pai de todas as coisas. No mundo de Arda, ele de fato existe e não se pode negar que ele é um ser poderoso e que, no minimo, exige respeito.
Ele que ditou as regras sobre o funcionamento das coisas e quem é quem. Até aqui tudo bem, obedecendo a ele ótimo.
A grande questão que fico pensando e pensando é que, SE alguem NÃO concorda com isso, não aceita isso, não quer participar disso é considerado errado?
Melkor, na minha concepção, foi o mais verdadeiro e questionador do que os outros Valar. Coube a ele fazer a unica critica sobre Eru e sua forma de governo. Ok, ele realmente errou na forma que fez isso, com inveja, com ódio, com guerra e com sangue. Concordo que ele se tornou um mal que deveria ser combatido.
Mas o que gerou um ser assim, foi a absoluta obediência que Eru deseja. Os outros Valar não se opõem pois gostam do sistema e não refletem sobre isso. Para eles, a ordem de Eru, a vontade de Eru e única e inquestionável.
O louvor de Melkor é em tentar dar um fim nessa loucura. Eru é o pai, é criador, mas não tem o direito de tudo.
Em vez de dominar e conquistar, se ele argumentasse e convencesse os primogenitos e os Valar a não seguirem cegamente Eru, ai sim veriamos a real face de Eru. Considerando ele a mais poderoso dos seres.
Eu considero a relação Eru e Melkor, como uma relação dialética. Um não pode existir sem o outro, são o contrario e ao mesmo tempo iguais. Cada um vira a ser o outro....
Fato. E digo mais! se Melkor tivesse dissuadido os primeiros quendy a não seguir Eru e a trata-lo como um vilão, como seria?
Acredito que Eru traria de volta os Valar e "refaria" Eä, dessa vez sem Melkor. Nesse caso quem seria o vilão? Um mentiroso ou um "exterminador"?
Não existe bem sem o mal.
Existe luz sem escuridão e bem sem mal.
Definimos escuridão como ausencia de luz e mal como oposto de bem. Luz é o que ilumina e bem tem zilhões de definições de acordo com o sistema de crenças.
Metáforas são um saco e imprecisas, mas usando uma bem fraquinha: na falta de luz eu posso acender uma vela, mas não existe um anti-vela que cubra de escuridão um lugar ilumindo, o máximo que existe é tapar ou remover a fonte de luz. Ou seja a escuridão é a ausencia de luz, assim como o mal é o oposto do bem. Mas a luz e o bem se definem sozinhos.
Apesar de ser óbvio não tinha pensado nisso, e outra, Eru não éra onisciente?
Ele criou os Ainur, e mudou os temas das canções de "acordo" com a dissonância de Melkor. Acredito que ele tenha sido criado para ser diferente, num mundo recem gerado na bondade, o mal é a diferença.
É claro que suas obras eram apenas para destruição e ruina de todos a naum ser ele, porem ele naum teria se tornado o que se tornou por conta da obediencia cega que Eru exige de todos.
As comparações com Ilúvatar e Yahweh são possíveis porque Eru é a imagem do deus judaico-cristão, um deus católico e é por ái que se deve ser interpretado. E comparar não significar que tem que ser idêntico ou seria uma imitação e não uma comparação.
Nesse tópico eu explico que não da para entender como um ser onisciente seria capaz de fazer um criatura como Melkor, mesmo sabendo de toda a sua trajetória. Em minha opinião (que estou dando agora e não naquele tópico) a onisciência está muito mal interpretada por nós, se Eru fosse realmente capaz de prever o que aconteceria com Melkor antes mesmo dele o criar, não faria sentido o criar.
Alguém entendeu o que eu quis dizer? Ou estou falando merda?
Ora, se Eru era o extremo da bem -aventurança, por que iria criar um Ainur diferente? Se Eru era onisciente, por que ele criaria um Ainur já sabendo que, mesmo após sua 'destruição', o mesmo ainda deixaria resquícios de maldade?
Suponho que Eru não tivesse a intenção de criar Melkor para ser 'diferente'.
A melhor forma de mostrar essa diferença não é ensiná-la ( caso o Anjo Mau fosse destruído e fosse contada uma história dizendo pros criados o que teria acontecido), mas, sim, mostrar aos seres criados a distinção entre uma coisa e outra "deixando" que o Mal aconteça pra que a "lição", verdadeira e não hipotética tenha valor real. Por isso, Deus permitiria a existência do Mal, porque eliminá-lo pela Força seria o mesmo que neutralizar a existência do livre-arbítrio. Já ouviu a noção de que, do ponto de vista fundamental, matar um ser humano é eliminar tudo o que é humano também? O mesmo se aplicaria ao livre-arbítrio de um ser criado.Claro, que nessa conclusão não está presente só logica mas , também, uma questão de Fé.
Mas, imaginando que a visão de Eru, complementada pelos "acordes" de cada Ainur no Ainulindalë, era a visão de uma Arda bela, cheia de encantos, perfeita e harmoniosa; não ficaria estranho que Melkor fosse criado para ser mau e destruir ou deturpar tudo o que de belo os Ainur tentavam criar?
Acredito que Eru não quis que Melkor fosse aquilo que se tornou, mas não auxiliou em sua destruição exatamente devido ao livre arbítrio (ou algo que o valha). Melkor não "nasceu" mau, mas assim ficou em virtude da inveja.
Melkor saiu do pensamento de Eru poderoso e sábio, e às vezes a sabedoria nos leva a invejar aqueles que possuem mais poder ou mais sabedoria. Creio que foi isso o que houve com Melkor: a vontade de criar algo tão grandioso quanto Arda e a impossibilidade de fazê-lo tornaram-no amargo e sua reação foi a de tentar destruir aquilo que ele queria que fosse seu, apenas seu.
Não li os posts anteriores devido à mais completa preguiça, mas acredito que Melkor não é ruim desde seu surgimento. Ele ficou assim graças à inveja e Eru simplesmente não quis intervir pois é este seu "estilo": livre-arbítrio...
Foi exatamente o que eu disse: Melkor não foi criado para tornar-se àquela maneira, e sim, tornou-se por si só.
Sabe, o poder subiu à cabeça...
Pra mim é algo elementar e Afirmo que não sou o único nesse pensamento, de que no conceito poético não existe bem sem mal ( ou luz sem sombras, como queira), Nesse caso não estava falando baseado em metáforas fracas e sim em sentimentos de seres "supremos" como os Valar.
"O ser humano, reconhece a realidade na desgraça" Sr. Smith (Vulgo Elrond )
É claro que segundo os nossos valores, ele é o vilão.
Mas para os que o seguiram, ele era o seu mestre.
Daí que a noção de herói e vilão, dependa sempre de quem observa.
Não creio que se possa ver Melkor como uma espécie de diabo.
Ele apenas se desviou dos propósitos de Eru.
Seguiu o seu próprio caminho.
193 De uma carta para Terence Tiller
2 de novembro de 1956(...)
No mito cosmogônico, é dito que Manwë é “irmão” de Melkor, isto é, eram coevos e equipotentes na mente do Criador. Melkor tornou-se o rebelde e o Diabolos dessas histórias, que disputava o reino de Arda com Manwë. (Ele geralmente era chamado de Morgoth em Élfico-cinzento.)
153 Para Peter Hastings (rascunho)
Não acho que tenha dado vida aos Orcs, apenas os arruinou e deformou.” Nas lendas dos Dias Antigos é sugerido que o Diabolus subjugou e corrompeu alguns dos primeiros Elfos, antes que sequer tivessem ouvido falar dos “deuses”, quanto mais de Deus.
Some have puzzled over the relation between Tolkien’s stories and his Christianity, and have found it difficult to understand how a devout Roman Catholic could write with such conviction about a world where God is not worshipped. But there is no mystery. The Silmarillion is the work of a profoundly religious man. It does not contradict Christianity but complements it. There is in the legends no worship of God, yet God is indeed there, more explicitly in The Silmarillion than in the work that grew out of it, The Lord of the Rings. Tolkien’s universe is ruled over by God, The One’. Beneath Him in the hierarchy are ‘The Valar’, the guardians of the world, who are not gods but angelic powers, themselves holy and subject to God; and at one terrible moment in the story they surrender their power into His hands.
Foi exatamente o que eu disse: Melkor não foi criado para tornar-se àquela maneira, e sim, tornou-se por si só.
Sabe, o poder subiu à cabeça...
Ou seja, se for considerado que Eru sabia de tudo, penso que Melkor não poderia ser chamado de vilão.
A wicked or evil person; a scoundrel. A dramatic or fictional character who is typically at odds with the hero.
(also vĭl'ān', vĭ-lān') Variant of villein.
Something said to be the cause of particular trouble or an evil: poverty, the villain in the increase of crime.
Obsolete. A peasant regarded as vile and brutish.
[Middle English vilein, feudal serf, person of coarse feelings, from Old French, from Vulgar Latin *vīllānus, feudal serf, from Latin vīlla, country house.