[Ecthelion]Só na base do apito amigo pro Brasil ganhar da Argentina![/Ecthelion]
O jogo de ontem foi uma demonstração prática do uso de táticas extremistas.
Por um lado, uma Argentina num pseudo 3-5-2 que passava mais tempo organizada em um 5-4-1.
Dois volantes presos (Braña e Guinazu) que não conseguiam nem tocar a bola de lado.
O Maxi Rodriguez só servia pra bater faltas.
O Martinez, muito recuado dava até pena. O cara tem muito talento, mas nesse esquema foi sacrificado.
E o Barcos isolado lá na frente com muita vontade, mas com pouco efetividade.
Os dois alas, nas raras vezes que subiram, até que mostraram bom futebol, mas parecia que o Sabella ia enfartar quando eles iam pro ataque.
E os três zagueiros, apesar dos nomes, que pra nós brasileiros não remetem ao bom futebol, fizeram um jogo muito bom. O Desábato estava fazendo um jogo praticamente perfeito, mas meteu a mão na bola bizonhamente, aos 47 do segundo tempo.
Enfim, o extremo da tática defensiva estava dando resultado até que uma falha individual comprometeu o jogo todo.
Do lado do Brasil, o que se viu foi decepcionante. Mais uma vez...
Os dois laterais foram patéticos! Apoiavam bastante, mas a qualidade desse apoio era altamente duvidosa. Muito se fala que os reservas seriam melhores opções, mas eu particularmente acho que não melhoram tanto assim, não...
A zaga não foi muito exigida, mas falhou feio em termos de posicionamento no lance do gol da Argentina e também no único lance de perigo do segundo tempo. Na hora H, Dedé se recuperou e travou o Barcos. Em dois lances de perigo, tomaram um gol. Não é uma média nada boa!
A dupla Ralf e Paulinho me pareceu mais presa do que de costume. Não jogaram mal, no geral. Eu senti que eles tinham funções bem definidias e distintas uma da outra. O Ralf era o 1° volante, fixo à frente dos zagueiros. Apoiava muito pouco. O Paulinho tinha mais liberdade, mas parecia uma liberdade condicional, cheia de restrições. A minha dúvida é se essa era a proposta do Mano ou se o Paulinho ficou meio tímido. O Ramires no último jogou fez a mesma função de forma muito mais solta e chegando ao ataque muito mais vezes.
O Jadson e seu substituto Thiago Neves estavam igual água de chuchu, mais insípido e ralinho, só se fosse água pura!
O Lucas me parecia a salvação da lavoura. Estava animado, tentava dribles, tabelas e jogadas de efeito. Além disso, ele foi o único que tentava alternar jogadas. Os demais tentavam aquilo de sempre, o protocolar e nada mais.
O Neymar estatísticamente acabou com o jogo, né? Um gol e uma assistência. Bacana! As estatísticas mentem demais... Pra mim, ele que deveria ter sido substituído e não o Lucas. Jogava mal, errava passes demais, suas jogadas de efeito atrapalhavam mais do que ajudavam. Apesar disso, a cada drible desnecessário, a torcida ia à loucura e o ibope da Globo subia vários pontos.
O Luís Fabiano e o Leandro Damião, não fizeram nada... Mas não tiveram culpa. A função deles era clara: finalizar. Mas como se finaliza algo que não chegava nem à metade?
A tática do Mano era manter a posse de bola e atacar até furar a retranca argentina. Esqueceu um pouco dos cuidados defensivos e passou perrengue. Além disso, penou muito pra fazer os gols por conta da má atuação do setor mais criativo do time.
No final das contas, um resultado pra se comemorar, afinal de contas vale uma taça! Mas a atuação ainda mostra que as vaias e críticas são merecidas.