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Retrospectiva Cinematográfica 2023

Bartleby

fossore
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Ano tá acabando (já já...), e achei* bom abrir um tópico para lembrarmos o que de melhor vimos esse ano, tanto filmes em geral, de todas as épocas, quanto os lançados esse ano.

E que ano rico tivemos! É fácil lembrar de fenômenos mais específicos, como Barbenheimer, que trouxe todo mundo, independemente de faixa etária e identidade, aos cinemas, mas houve muitos, muitos outros... que nós podemos aqui coletivamente lembrar


Então, pra vocês, quais foram os melhores filmes a que assistiram esse ano? Já volto com minha listinha pessoal 🤓










*através da livre e espontânea pressão do @Níra
 
Olha, fui rever meu censo com um senso :sacou: mais crítico e eu salvaria pouca coisa que mereceria uma indicação minha pra alguém que estivesse querendo ver um filme bom. São esses aí: :hihihi:

Nightcrawler (2014)
Nocturnal animals (2016)
The Wolf of Wall Street (2013)
Godzilla: minus one (2023)


Os outros eram ou muito fraquinhos ou medianos. Incluo o Barbenheimer entre os medianos rs.
 
Dentre os que eu vi pela primeira vez nesse ano, destaco La Belle Noiseuse (1991), Cría cuervos... (1976) e Le Samouraï (1967). Não gostei muito de La Notte (1961)...

Dentre os lançados nesse ano que assisti, Anatomia de uma queda é o meu favorito; destaque negativo para Passages.
 
vi tão pouco filme esse ano, não conseguia me animar (e o fim do rargb foi um baita golpe também). meu top5, fora de ordem:

quando o mal espreita > https://letterboxd.com/film/when-evil-lurks/
saltburn (gostei, me julguem) > https://letterboxd.com/film/saltburn/
suzume > https://letterboxd.com/film/suzume/
the banshees of inisherin > https://letterboxd.com/film/the-banshees-of-inisherin/

e um tico acima dos outros foi past lives > https://letterboxd.com/film/past-lives/

achei barbie um mega surto (foi divertido e fofo, mas né, só isso). fora do top5 o que gostei principalmente pq trouxeram alguma novidade:

LOLA > https://letterboxd.com/film/lola-2022/
e tem uma duologia de anime que é bem legal, To me, the one who loved you (https://letterboxd.com/film/to-me-the-one-who-loved-you/) e To every you I've loved before (https://letterboxd.com/film/to-every-you-ive-loved-before/), porque dependendo da ordem que você assiste sua visão da história muda
 
Terminei de ver aqui os filmes vistos e logados este ano na minha conta do Letterboxd (tenho colocado como visto apenas filmes que vi pela primeira vez, ou que revi e minha impressão mudou consideravelmente), e foram 136 no total 🤓

Vou dividir em duas partes; um top 10 de filmes de 2023 (aqui o critério vai variar de pessoa pra pessoa, mas gosto de incluir os filmes originalmente lançados no dado ano, seja em festivais, ou comercialmente pelo mundo todo, de todo modo o filme veio à luz no ano atual, e se eu não consegui ver ainda (por quaisquer motivos, seja o de não ter dado para ir ao cinema, ou não ter conseguido um horário no Festival do Rio, ou por ter mesmo muita coisa pra acompanhar e não ter dado conta, azar rs Gosto dessa abordagem com uma perspectiva mais histórica, por assim dizer... Com o tempo eu revisito, pra mim mesmo, a lista); e alguns filmes de outros anos que vi pela primeira vez em 2023.

Ei-las (descrições bem breves, quem quiser saber mais só perguntar :) ):

Top 10 de filmes de 2023:

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Uma das melhoras representações de ansiedade e suas distorções já postas na telona!

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Aquele existencialismo melancólico, mas cheio de esperança também, nunca pareceu tão cool.

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Um nuançado olhar sobre relacionamentos, de quaisquer tipos, e os jogos de dominação e poder que neles podem existir, possíveis de vislumbrar através de umas das melhores atuações de Portman e Moore.

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A marca registrada de Sofia Coppola está toda aqui: um filme quieto, sutil, mas cheio de tensão sobre o que é se apaixonar, e se sentir aprisionada, por alguém que não aparenta estar disposto a entregar de volta o mesmo amor.

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Um retrato brutal dos maus tratos que imigrantes recebem na fronteira Polônia-Bielorrússia, assim como o trabalho humanista de ativistas na área.

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A beleza da rotina, em todo seu charme e melancolia.

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Aquele gostinho doce-amargo de saber que a sua vida, por mais que seja boa, poderia ter tomado um caminho diferente, igualmente bom... por quê não se pode trilhar todos os caminhos...?

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O peso aterrador da solidão e a vida que não pôde ser vivida...

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Só Thelma Shoonmaker pra fazer 3h30m passarem num piscar de olhos!

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Faz a gente pensar em como é complicado verdadeiramente conhecer alguém em meio a todas suas contradições. A dúvida, manifesta em ambiguidade, é a única certeza que temos no final.

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Algumas menções honrosas (sem ordem) :
"Leave the World Behind", "The Killer", "The Wonderful Story of Henry Sugar", "The Holdovers", "Oppenheimer", "Barbie", "The Taste of Things", "Are You There, God? It's Me, Margaret", "Knock at the Cabin", "The Creator", "Passages", "Infinity Pool", "Spider-Man: Across the Spider-Verse", "Leme do Destino", "Poor Things" (este último poderia estar entre o top 10 se eu tivesse a chance de rever; é tudo lindo, som, imagem, atuações e tal, mas fiquei com a sensação de ter uma mensagem meio batida e repetitiva, sem muito um arco que trouxesse novidade ao fim da jornada).

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Melhores filmes que vi em 2023 (sem ordem dessa vez) :

Talk to Me (2022)
Avatar: The Way of Water (2022)
The Celebration (Festen) (1998)
The Whale (2022)
Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles (1975)
Red Rocket (2021)
Marcel the Shell with Shoes On (2021)
The Eight Mountains (2022)
Showing Up (2022)
Preparations to Be Together for an Unknown Period of Time (2020)
House (1977)
Babylon (2022)
Great Freedom (2021)
In the Aisles (2018)
Thelma (2017)
Master Gardener (2022)
Pacifiction (2022)

a maioria é dos últimos dois anos rs, tenho que ver mais clássicos, não que não tenha visto, mas acho que as coisas que falam mais comigo em geral são contemporâneas...
 
2023 foi, de longe, o ano em que mais assisti a filmes na sala de cinema. Foram 22! Fico feliz com isso, mas ao mesmo tempo fico triste ao perceber como a experiência sala de cinema está cada vez mais difícil. Ingressos caros (pipoca e refrigerante então nem se fala, ainda bem que nunca fiz questão); filmes legendados quase extintos, e, talvez como resultado disso, filmes que não são tão comerciais passando cada vez menos; e, especialmente, público das salas de cinema cada vez mais mal-educado, grosso e desrespeitoso. Isso talvez seja sinal dos tempos; a impressão que tenho é que, de forma geral, as pessoas estão cada vez mais mal-educadas, grossas e desrespeitosas.

Na sessão de Close tinha um casal de mulheres conversando tanto (a sala estava vazia, o que parecia amplificar a conversa) que eu tive que mandar um SHHHHHH! bem alto para que elas percebessem o quanto estavam incomodando. De certa forma foi machismo da minha parte, admito; se fossem dois homens não sei se teria coragem, pois já vi vários relatos no twitter sobre brigas físicas acontecendo em salas de cinema por situações como essa. Esse relato é assustador:


Sobre os filmes assistidos, como destaque positivo ou surpresa, sem ordem de preferência:

Medo e Desejo (1953), dir. Stanley Kubrick: eu gostei demais e depois descobri que quase ninguém gosta. Gostei de como ele é cru, precário e vil, oportunamente vil.

A Baleia (2022), dir. Darren Aronofsky: um impacto e uma sensação ruim tão grandes, mas de forma tão bela, que só o Aronofsky sabe fazer.

Close (2022), dir. Lukas Dhont: um tiro doeria menos.

Casulo (2020), dir. Leonie Krippendorff: coming-of-age alemão delicinha.

Oppenheimer (2023), dir. Christopher Nolan: o filme do ano para mim. Gosto muito do Nolan e acho que ele fez uma obra de arte que consegue fundir de forma muito orgânica a boa técnica cinematográfica e o simbolismo próprio para o cinema com o apelo comercial necessário.

Tár (2022), dir. Todd Field: um dos meus filmes preferidos da vida.

Outras menções honrosas:

Sonhos Imperiais (2014)
Sem Limites (2011)
A Vida Invisível (2019)
Sem Ursos (2022)
Beau tem Medo (2023)
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso (2023)
A Noite das Bruxas (2023)
A Professora de Violino (2019)
Assassinos da Lua das Flores (2023)
Cabiria (1914)


Como destaque negativo ou decepção:

Os Fabelmans (2022), dir. Steven Spielberg: bonito, mas piegas como quase tudo que o Spielberg faz.

Babilônia (2022), dir. Damien Chazelle: pretencioso ao extremo; a cena final é quase o Chazelle implorando por mais um Oscar. (dsclp @Bartleby)

Glass Onion: Um Mistério Knives Out (2022), dir. Rian Johnson: o primeiro foi tão bom e possitibilitava novas histórias de forma tão positiva, entretanto o Rian Johnson conseguiu fazer um filme tosco e previsível.

Desejo Proibido (2023), dir. Tomasz Mandes: filme polonês que assisti no cinema sem saber nada. Vi que estava em cartaz e pensei: caralho, filme polonês passando em Cuiabá? não posso perder essa chance. Resultado: um lixo soft porn. Cinquenta Tons de Cinza é "absolute cinema" perto dessa porcaria aqui. Um dos piores que já assisti na vida.

Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança (2023), dir. Marcos Bernstein: fui na onda de vamos prestigiar o cinema nacional, vamos assistir a filmes brasileiros na sala de cinema... outro lixo ambulante. Não sei qual o pior, se esse ou o polonês fajuto aí de cima.

Napoleão (2023), dir. Ridley Scott: Alexandre de Moraes, proíba o Ridley Scott de continuar fazendo filmes, por favor.

Maestro (2023), dir. Bradley Cooper: a maior decepção do ano. Podiam fazer um filme impecável, mas o Bradley Cooper entregou esse filme insosso, chato e frio.
 
2023 foi, de longe, o ano em que mais assisti a filmes na sala de cinema. Foram 22! Fico feliz com isso, mas ao mesmo tempo fico triste ao perceber como a experiência sala de cinema está cada vez mais difícil. Ingressos caros (pipoca e refrigerante então nem se fala, ainda bem que nunca fiz questão); filmes legendados quase extintos, e, talvez como resultado disso, filmes que não são tão comerciais passando cada vez menos; e, especialmente, público das salas de cinema cada vez mais mal-educado, grosso e desrespeitoso. Isso talvez seja sinal dos tempos; a impressão que tenho é que, de forma geral, as pessoas estão cada vez mais mal-educadas, grossas e desrespeitosas.

Na sessão de Close tinha um casal de mulheres conversando tanto (a sala estava vazia, o que parecia amplificar a conversa) que eu tive que mandar um SHHHHHH! bem alto para que elas percebessem o quanto estavam incomodando. De certa forma foi machismo da minha parte, admito; se fossem dois homens não sei se teria coragem, pois já vi vários relatos no twitter sobre brigas físicas acontecendo em salas de cinema por situações como essa. Esse relato é assustador:


ano passado só assisti suzume, mario e elementos no cinema. suzume porque sabia que era um negócio bem nicho (e calhou de ser uma sessão super barata, num horário razoável e com áudio original, uma raridade que a gente não deixa passar). e aí mario e elementos porque quando vou assistir filme infantil já vou em outra vibe (do tipo: sei que terão crianças na sessão, então não vou esperando silêncio absoluto). o curioso é que quem se comporta mal nessas sessões são SEMPRE os adultos. em elementos o cara na minha fileira tava ouvindo audio de whatsapp de boas, sem nem fazer aquele negócio de encostar o celular no ouvido para o áudio ficar mais baixo.

e o que me f* a cara é que TÁ CARO DEMAAAAAIS. como é que o maluco paga caro e não aproveita o filme? no elementos eu lembro que paguei meia para as crianças, inteira para mim e aí duas pipocas e duas águas, pans, 200 reais. wtf.

aliás, sempre que vou pegar uma pipoca para os meninos lembro dessa cena de black books:


mas enfim. fora isso, todos os filmes que pensei "puxa, quero ver no cinema", eu puxava a programação aqui em curitiba e era sempre horário ruim*, ou era caro (tem cinema aqui na casa dos 80 reais a inteira, é um absurdo) ou não tinha legendado. aí preferia esperar o streaming mesmo.

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* por exemplo: retratos fantasmas passou em UMA sala de cinema em toda curitiba, e em só UM horário. para piorar, o horário era 13h.
 
Por aqui também 2023 foi o ano que mais fui ao cinema, mas as experiências foram mais positivas. Across the Spiderverse foi o primeiro, mas fui a uma sessão pela manhã num final de semana, quase um mês depois da estreia – foi tranquilo pra assistir; Psicose também foi numa sessão matinê. Barbie foi logo no segundo dia em cartaz, cinema cheio, mas sem incidentes...

O único inconveniente que tive no cinema foi com Killers of the Flower Moon. Fui com uma amiga da faculdade, em um dia de semana à tarde, só nós e mais um na sessão, mas eis que na metade do filme chegam três crianças gritando e perguntando se poderiam, checks notes, brincar de esconde-esconde no meio da sala (????)... Tivemos que chamar o segurança do cinema pra tirar os pirralhos de lá ksk

Apesar disso, pra esse ano pretendo ir ver mais filmes no cinema – me arrependo de não ter ir ver Tár por lá – e, quando possível, reassistir ou assistir um filme clássico – adorei a experiência de ver Psycho na telona :)
 
Ih, @Eriadan a sua retrospectiva tradicional pelo visto infelizmente não dá mais audiência, já que a última que foi aberta, só eu fiz o único post solitário pra que ela não ficasse no limbo total.

Quanto a ir ao Cinema, pelo fato de 2023 ter sido o ano pós-pandemia que finalmente voltei pra valer a frequentar grandes espaços públicos, no ano passado eu priorizei muito mais teatro e shows musicais, ainda com aquele receio embutido de que se a pandemia continuasse, talvez eu perdesse a oportunidade de não ver nunca mais ao vivo alguns nomes que eu gosto muito e nisso as idas as salas de cinema não passaram de apenas 3 minguadas vezes sendo elas pra ver:

Missão Impossível 7
Oppenheimer
Um Estanho no Ninho
(exibição de filmes clássicos que pude ver num cinema de Pouso Alegre e nunca tinha visto esse na telona)
 
Os meus 4 filmes favoritos do ano:

1. Sonata de outono, Bergman
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2. São Paulo Sociedade Anônima, Luiz Sérgio Person
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3. Close, Lukas Dhont
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4. Magnolia, Paul Thomas Anderson
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Este ano também continuei minha exploração de cinema com elementos surrealistas (especialmente da onda tcheca), dos quais destaco dois deles que curti:

1. Um dia, um gato, Vojtěch Jasný
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2. Final feliz, Oldřich Lipský
 
Eu vi uma vez um filme dele, o Memória. Eu passei muita raiva. Vocês gostam?
Eu só vi uma vez um filme aleatório dele, que era só um monte de bate-papo dentro de um táxi, que fazia o Táxi do Gugu parecer digno de um Oscar. Chatíssimo. :lol:

Edit: Mas agora, pesquisando, já não tenho certeza se era dele. E posso estar julgando o homem pela obra de outro rs.
 
Eu só vi uma vez um filme aleatório dele, que era só um monte de bate-papo dentro de um táxi, que fazia o Táxi do Gugu parecer digno de um Oscar. Chatíssimo. :lol:

Edit: Mas agora, pesquisando, já não tenho certeza se era dele. E posso estar julgando o homem pela obra de outro rs.
Poderia até ser. No Memória tudo muitíssimo lento, excessivamente lento. Parece que o diretor está tentando encontrar uma linguagem cinematográfica dele, mas não cola, sabe? A Tilda Swinton leva 10 minutos para pegar uma xícara de café.

Lá pelas tantas tu fica puta da cara com aquilo (e eu só fui até o final porque era o filme a ser discutido no cineclube que eu organizo). Pelo meio do filme tem uma cena, plano mais aberto, que tu percebe que ela vai atravessar um riacho, aí é pra morrer: quanto tempo ela vai levar até chegar lá?
 

Valinor 2023

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