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Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire, 2008)

Sua nota para o filme:


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    24
O Boyle foi esperto em contar a história através das perguntas. Chega no final e você está torcendo para o Jamal, do mesmo jeito que quem assiste a um programa do gênero acaba torcendo para quem está chegando perto da pergunta final. Além disso, ao ver como ele sabia as respostas você fica completamente encantado pela personagem, por causa da simplicidade e ao mesmo tempo da observação apurada do que acontecia em sua vida. Além disso, ele ganha no ato o coração da audiência quando ele revela...

... que só estava lá porque sabia que Latika estaria assistindo ao programa.

O problema é o velho papo de 'a miséria justifica os meios' (o cara rouba porque é uma criança abandonada, etc. fazendo do 'bandido'/'pária'/'marginal' da sociedade o herói), nada que nosso cinema nacional já não tenha explorado de todas as formas possíveis (ou da melhor forma possível, no caso de Cidade de Deus).

Mas sim, é empolgante e tocante em muitos momentos (especialmente a questão do terceiro mosqueteiro). E o rapazinho que interpreta o Jamal 3 ( :dente: ) estava muito bem. As crianças também, mas o último tinha qualquer coisa no tom de voz e na expressão que deixavam evidente que o slumdog não era um otário, apesar da fachada calma. Isso ficou bem óbvio principalmente no momento do interrogatório e também...

... quando o apresentador oferece a resposta errada para ele, e ele insiste na outra alternativa.

Hum, sim. Aquele irmão dele vai pro inferno, heim.
 
Passo o tempo e eu gosto mais do filme. Acho que o momento é muito propício pra ele. Não só pela própria dificuldade em ter sido feito, dentro de adversidades, sendo extremamente difícil ele conseguir apoio, com custos de apenas US$ 15 milhões, baixo pros padrões americanos.

Mas pela história que poderia ser de um garoto de qualquer favela de qualquer país.
O filme joga luz em cima de uma sociedade emergente, em moda hoje em dia, mostrando o fascínio pela subida rápida de vida (via televisão), o crime organizado, pobreza e por aí vai. O foco do filme caminha por regiões desprovidas, mas que agora começam a tomar sua importância no mundo.

E o mais relevante: o tema da esperança. Especialmente num contexto de crise econômica grave, que vai trazer pobreza nos países do centro e quem sabe fazer emergir novos países protagonistas, já que estamos num período de profundas mudanças, é o filme que mais encontra diálogo com o que ocorre atualmente (lembrem o que o irmão dele comenta em certa cena: "Estamos no centro do mundo").

Fora que há uma ponte entre o cinema americano/inglês e Bollywood, que mais cedo ou mais tarde ocorreria. A cena final dos créditos é uma homenagem à maior indústria de cinema do mundo.

No mais, o Lordpas colocou uma palavra bem apropriada pra definí-lo: cativante.
 
Adorei esse filme
além da história ser interessante - principalmente pelo motivo até meio clichê de apresentar uma realidade de um país bem peculiar - o jeito como ela é contada é fundamental. O cara acertou muito na narrativa através das perguntas do programa. Acaba prendendo a atenção de quem assiste por duas vertentes
 
Excelente o seu comentário TISF, acho que vc resumiu bem os principais temas do Slumdog.

O filme eh muito empolgante, não soh pela história de vencer na vida, mas tambem pela maneira cheia de ritmo e energia com que ela foi contada. A trilha sonora é muito foda e a direção também.

Pô, tirando o fato de abordar a pobreza de um pais de terceiro mundo, não vejo tantas semelhanças com Cidade de Deus não... ambos tem humor, mas tipos de humor completamente diferentes.
 
Eu vi o clipe dos créditos e achei bem legal. Deve ser bom.
Alguém gosta de Por uma vida menos ordinária? Eu lembro de ter visto quando tinha uns 11 anos pegando depois de ter começado no telecine e ter achado divertidíssimo.
 
Danny Boyle fez 2 bons filmes no inicio de sua carreira. Depois se tornou um diretorzinho sem interesse algum pra mim. Este novo filme, festejado por muitos, eu não gostei e digo que envelhecerá bastante daqui alguns anos. Coloco aqui uma resenha do filme postada no blog do Luciano Trigo, que concordo bastante:

Fiquei muito impressionado, anos atrás, com os primeiros filmes de Danny Boyle - Cova rasa e, naturalmente, o radical Trainspotting. O que ele fez depois me interessa bem menos: Por uma vida menos ordinária e A praia são cheios de clichês e concessões, como se o diretor britânico tivesse embarcado num projeto explícito de se tornar mais palatável para o mercado internacional (leia-se americano), sem perder a aura cult. O projeto vingou: na semana passada, uma chuva de Oscars consagrou Quem quer ser um milionário? Como costuma acontecer nessas horas, uma espécie de lavagem cerebral coletiva lota as salas de exibição e anestesia a capacidade crítica - o que torna até imprudente falar mal do filme, mas vamos lá.

Previsível em sua estrutura desde as primeiras cenas, nos detalhes o roteiro comete um festival de incongruências, que se eu fosse listar aqui só terminaria na cerimônia do Oscar de 2010. Apenas para exemplificar: o rapaz passa uma noite sendo torturado e volta ao quiz show no dia seguinte sem qualquer protesto (ou sinal de violência); o formato do programa televisivo é ofensivo à inteligência (o candidato pode optar ficar com a grana depois de saber a pergunta!), e o nível das questões é tão rasteiro que torna a premissa do enredo inverossímil; a fuga da heroína e a incompetência do mafioso são simplesmente ridículos. Nada disso tem maior importância, pois são recursos narrativos a serviço do entretenimento.

Os problemas mais graves de Quem quer ser um milionário? são menos aparentes. A montagem “esperta” e a atmosfera “muderna” camuflam tanto a cafonice superficial, melodramática e quase mexicana do enredo - a mocinha desvirginada pelo irmão do herói etc - quanto a redução de uma tragédia sócio-econômica a uma moldura maniqueísta, dentro da qual tudo se explica pela divisão entre os bonzinhos e os malvados. Nada deixa marcas nos personagens, o amor supera tudo: até a cicatriz no rosto da protagonista é bonitinha e discreta, acrescentado exotismo à sua beleza ocidentalizada. Estetizadas, a violência e a miséria são esvaziadas de qualquer sentido político e escapam a qualquer contextualização mais profunda.

São duas as relações do filme com a globalização. A primeira, apesar de evidente, não avança muito: o crescimento desordenado da Índia é mero pano de fundo para uma história de telenovela; a segunda é mais sutil: com um olhar conformista, Quem quer ser um milionário? descaracteriza e enquadra, em moldes ocidentais, valores culturais indianos: ignora as diferenças, iguala a todos - personagens e espectadores globalizados - nas paixões e vícios - e sobretudo, na lógica do consumo e do espetáculo sem fronteiras que engole cada vez mais as relações humanas, lógica na qual a única saída é tentar a sorte num programa de auditório. Prefiro a Índia da novela das oito.

PS 1 Pelo conteúdo de muitos comentários, convém acrescentar, sobre a última frase do texto: ATENÇÃO! ISTO É UMA IRONIA! É evidente que a novela das oito mostra uma Índia totalmente fantasiosa. Como diz o Millôr Fernandes, pena que não existe ponto de ironia na língua portuguesa… De qualquer forma, este post é sobre o filme, não sobre a novela. Filme e novela, aliás, buscam o entretenimento, isso também é óbvio: a discussão que proponho não é essa.

PS2 O filme foi muito mal recebido na Índia. Acabo de ler, por exemplo, algumas declarações do cineasta indiano K.Hariharan, num artigo intitulado “Orientalismo para um mercado globalizado”, publicado no jornal “The Hindu”, dizendo o seguinte: “Para a maioria dos espectadores ocidentais, arrasados pelo peso da crise econômica mundial, esse conto de fadas sobre o lado mais sórdido da Índia deve servir de catarse orgiástica”. Outro jornalista indiano acusou Boyle de fazer “pornografia da miséria” (não concordo). Já a crítica de cinema Kishwar Desai afirma que o diretor oferece uma “visão superfcial e artificial da Índia”. Também foi mal recebido pelo público indiano: lá é um fracasso comercial, mesmo entre a classe média urbana de língua inglesa. Tudo isso dá o que pensar, não?
 
Eu assisti esse filme hoje.

Sensacional. Com ele aprendi algo que já havia aprendido antes,
mas que me recusava a acreditar plenamente - NADA que vem da Índia, ou a ela está relacionado, presta.

Absolutamente NADA.

E esse filme é o túmulo do cocô. Em vários aspectos, um emaranhado lixo de filme.
A cena do Jamal coberto de merda representa bem o que Slumdog Millionaire realmente é. Assim como as cenas que mostram aquele enorme depósito de lixo. Nesse ponto o diretor foi genial, conseguiu ilustrar bem as duas definições que se aplicam ao filme - Merda, Lixo.

O lance de ir mostrando as cenas passadas de acordo com as perguntas e respostas até que é legal.. na verdade não é, mas eu prefiro mentir que sim só pra não deixar o comentário tão negativo.

Feliz de quem ainda não assistiu.

Concordo, tirando a parte de que tudo que vem da Ìndia não presta (Trilogia de Apu me dá arrepios só de pensar, e o Ray é um dos maiores mestres do cinema). Até pq esse filme não é indiano.
 
O vencedor do Oscar tem aqui no fórum 75% de aprovação e média 6,9 (precisamente a minha nota).
 
EU achei mto bom o filme, a questao de envolver a gente com a vida do personagem e fazer com q fiquemos na torcida. Só achei a dancinha do final ridicula, rs.
 
[ame="http://www.youtube.com/watch?v=B6Vyhtvpp4k"]YouTube - Hermes & Renato - Charlinho[/ame]

Tem só 6 minutos e faz tudo o que Milionário fez, e ainda é bem mais emocionante.
 

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