Ah... vão dizer que sou repetitiva... mas explico meu ponto de vista: Faramir.
1º porque, sobre as opções dadas no tópico... são todos Valar, Maia, Ainur, Istari ou Elfo, principalmente da 1ª Era. Exceto por Tar-Palantir, mas ainda assim ele era da época de Númenor.
2º todos consideram os FEITOS GRANDIOSOS. Aqueles que mudaram os rumos do mundo e etc. Mas eu ainda prefiro os humanos. É bem mais difícil ser sensato tendo menos poder, sem poder ver a maior parte do quadro em que está inserido, tendo uma vida mais curta e sem saber qual será seu futuro e de tudo e todos que ama, seja em vida ou após a morte. Muitas vezes as decisões do dia-a-dia são as mais difíceis de se tomar e podem ter uma consequência, uma repercussão bem maior que se poderia imaginar...
3º Família e Posição.
Pra início de conversa, qualquer pessoa chutaria o pau da barraca com um pai como Denethor
Mas ele não.
Mesmo sendo humilhado e desprezado constantemente, dia após dia, pelo pai e regente de Gondor ele
NUNCA entrou em conflito com o pai! Sempre centrado, estudioso, cauteloso, leal e humilde.
Poderia ter se tornado invejoso da atenção e admiração dispensadas a Boromir... Mas, mais uma vez, mostrou-se extremamente honrado, leal e sensato. NUNCA entrou em conflito com o irmão e NUNCA se ressentiu dele. Ao contrário, eram muito unidos e amigos.
Pode-se considerar bem provável que Aragorn teve sorte por Boromir e Denethor terem morrido antes de sua posse, deixando o cargo para Faramir... pois aposto que nem Boromir e nem Denethor teriam reconhecido sua legitimidade e isso poderia acarretar uma guerra civil após a Guerra do Anel [um descendente de Arnor já tinha tido seu direito rejeitado antes pelos regentes... só não me lembro quando, mas está nos Apêndices de SdA].
Sei que Boromir reconheceu Aragorn como Rei, mas isso foi quando estava morrendo. Se tivesse voltado a Gondor teria sido influenciado por Denethor II, ou talvez nem sequer o contestasse...
Mas, mais uma vez sensato e principalmente consciente e desprovido de ganância, Faramir prepara tudo para a chegada do legítimo Rei e lhe passa honrado e feliz a coroa.
4º Acho que nem se poderia chamar de simples sensatez, mas como eu disse antes... honradez mesmo!!! [que aliás, em boa parte se deve à sua educação impecável no sentido de estudioso, por sua vez com colaboração e incentivo de
Gandalf]
Onde está a minha lealdade, senão aqui?!
Cara... eu nessa hora tinha chutado o pau da barraca e mandado Denethor pr'aquele lugar... mas ele se sacrifica, mesmo sabendo que os pedidos do pai eram absurdos, loucos e
insensatos... Ainda assim, foi sensatez ir para Osgiliath, pois atrasou os orcs, dando mais tempo para Gandalf organizar uma defesa em Minas Tirith...
Nem que o encontrasse [o Um Anel] na estrada, o tomaria
Muito ao contrário do que foi mostrado no filme [
], ele não atrasa Frodo. Aliás, ele ajuda como pode Frodo e Sam, tanto por deduzir que sua missão era de extrema importância quanto por saber que o Um Anel era maligno, perigoso e traiçoeiro... Não o quis por saber que só atrairia a desgraça para si e para Gondor. Era um profundo conhecedor da história de Gondor e conhecia a desgraça de Isildur.
Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem: a cidade dos homens de Númenor, e gostaria que ela fosse amada por seu passado, sua tradição, sua beleza e sua sabedoria presente. Não que ela fosse temida, a não ser da maneira que os homens temem a dignidade de um homem velho e sábio.
Faramir não entra em conflito com ninguém desnecessariamente. Não mata desnecessariamente.
Embora seja um guerreiro e um capitão só usa seu poder como defesa. Ao contrário de muitos outros guerreiros, que são vaidosos ao extremo de sua pontaria e outras habilidades.
Faramir sabe que isso é apenas uma ferramenta que só deve ser usada em último caso, pois acima de tudo é amante da cultura, da paz e da beleza.
E, por último, é ele quem tira Éowyn da escuridão em que ficou aprisionada, mesmo muito antes de confrontar o Rei-Bruxo de Angmar: quando decidiu que queria morrer. Uma pessoa pra se decidir pelo suicídio - seja em que forma for - precisa desesperadamente ser salva.
E é somente com a gentileza, a amizade, o apoio e o amor de Faramir que ela consegue voltar à vida.
E mesmo assim, em nenhum momento ele 'força a barra'. Apenas lhe dá argumentos para refletir e perceber por si mesma o que está acontecendo com ela e com quem a rodeia... e de como todos se preocupam com ela e lhe querem bem e que vale a pena viver além de ser para morrer heróicamente.
Mostra a ela que existem GRANDES FEITOS além das batalhas sanguinárias e do poder!
Eles conversam muito durante dias e Faramir é de extrema paciencia e sabedoria, porém isso tudo fica mais evidente no diálogo deles entre as páginas 243 e 244 de RdR [preguiça de digitar
]
5º Ele foi, por assim dizer, um discípulo de Gandalf. Precisa dizer mais? rs...