Na quinta-feira à noite, dia 04/10/12, rolava pelo facebook a imagem do mascote da Copa do Mundo Fifa 2014 numa das regiões mais movimentadas de Porto Alegre cercado por um grande aparato policial:
Os comentários dessa imagem no facebook eram todos de revolta contra a atitude de cercar o boneco gigante de plástico com viaturas e policiais do POE (Pelotão de Operações Especiais) da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, enquanto várias vias da capital gaúcha ficam sem policiamento e à mercê de assaltantes. De fato, a segurança pública tem se tornado cada vez preocupante em Porto Alegre.
Junto com esses comentários indignados, alguns planos de furar o bicho, por piada ou não. No facebook, a foto e os comentários atingiram proporções virais.
Horas mais tarde, coincidentemente ou não, um protesto que acontecia nas ruas de Porto Alegre contra a privatização e cercamento dos espaços de lazer público, levou os seus manifestantes até o local próximo do mascote gigante. Foi aí que a confusão começou:
A reação dos manifestantes à interferência policial foi violenta, assim como a truculência dos policiais na tentativa de conter o protesto que virou vandalismo:
O vídeo do momento é assustador:
Há também um vídeo filmado pelas câmeras de segurança do local disponível na reportagem no link acima.
Protestos e manifestações públicas são comuns em Porto Alegre, mas quase nunca atingem esse nível de extremismo e violência.
Existem já diversos questionamentos sobre a possibilidade de organização de protestos através das redes sociais quando bem utilizadas.
Sobre o desperdício de profissionais da segurança que poderiam estar protegendo o cidadão ao invés de um amontoado de borracha e vento.
Além claro, da velha rixa entre protesto violento x truculência da Brigada Militar.
Os comentários dessa imagem no facebook eram todos de revolta contra a atitude de cercar o boneco gigante de plástico com viaturas e policiais do POE (Pelotão de Operações Especiais) da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, enquanto várias vias da capital gaúcha ficam sem policiamento e à mercê de assaltantes. De fato, a segurança pública tem se tornado cada vez preocupante em Porto Alegre.
Junto com esses comentários indignados, alguns planos de furar o bicho, por piada ou não. No facebook, a foto e os comentários atingiram proporções virais.
Horas mais tarde, coincidentemente ou não, um protesto que acontecia nas ruas de Porto Alegre contra a privatização e cercamento dos espaços de lazer público, levou os seus manifestantes até o local próximo do mascote gigante. Foi aí que a confusão começou:
Fonte: Zero HoraJornal Zero Hora disse:Manifestantes atacaram o boneco inflável do mascote da Copa do Mundo de 2014 que está no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, na noite de quinta-feira. Por volta das 23h20min, cerca de cem pessoas derrubaram as grades de proteção em torno do Tatu-Bola e colocaram no chão o símbolo do Mundial do Brasil.
O grupo entrou em confronto com policiais militares do Pelotão de Operações Especiais (POE) do 9º Batalhão de Polícia Militar (Centro). Os PMs usaram cassetetes, bombas de efeito moral e balas de borracha para pôr fim ao protesto. Pelo menos 20 viaturas da Brigada Militar e cerca de 80 PMs foram mobilizados para conter os manifestantes. O confronto durou cerca de 20 minutos.
Os manifestantes integravam um grupo que estava reunido na Praça Montevidéu, em frente à prefeitura, para um ato denominado “Defesa Pública da Alegria”. Organizado via rede social, o movimento critica a privatização de locais públicos e o governo do prefeito José Fortunati.
— Eles estavam provocando os policiais na manifestação na Praça Montevidéu. A BM ficou de fora, só observando. Eles arrancaram os gradis e começaram a derrubar o mascote. Foi uma atitude de afronta — afirmou o capitão da BM Euclides Neto, comandante da 1ª Companhia do 9º BPM
A reação dos manifestantes à interferência policial foi violenta, assim como a truculência dos policiais na tentativa de conter o protesto que virou vandalismo:
Fonte: Zero HoraJornal Zero Hora disse:A intenção era utilizar o tema da alegria e da felicidade para protestar contra o que consideram "a privatização dos espaços públicos" de Porto Alegre, em frente à prefeitura municipal. No entanto, a manifestação que iniciou ainda na tarde de quinta-feira acabou em confronto com a Brigada Militar e a Guarda Municipal. Como resultado, feridos e acusações de todos os lados.
— Não teria sentido depredar um mascote de plástico. A polícia começou a se exaltar e houve um exaltação mútua. Aí aconteceu uma violência indiscriminada do choque, com tiros de balas de borracha, bombas de efeito moral, como se estivéssemos ali cometendo um crime. Foi uma violência que não se pode esperar de uma instituição do Estado. Não entendo porque posicionaram um efetivo tão grande em frente a um boneco — alega Alves, que também trabalha no setor de Saúde.
Depois que a manifestação estava dispersada, conta Alves, algumas pessoas teriam sido perseguidas pelos policiais. Já na Rua Uruguai, o estudante afirma que tentava conversar com agentes da Guarda Municipal para evitar novo confronto, quando teria sido atingido por um deles, observa:
— Ele tirou uma distância e acertou na minha cabeça. Fiquei tonto e caí no chão. Tive que fazer 11 pontos.
O comandante da Guarda Municipal, Eliandro Olveira de Almeida, confirma o princípio de confronto entre manifestantes e integrantes do órgão em frente ao Paço Municipal, pois algumas pessoas teriam tentado invadir o prédio. Conforme ele, não houve gravidade nem excessos por parte da Guarda.
O vídeo do momento é assustador:
Há também um vídeo filmado pelas câmeras de segurança do local disponível na reportagem no link acima.
Protestos e manifestações públicas são comuns em Porto Alegre, mas quase nunca atingem esse nível de extremismo e violência.
Existem já diversos questionamentos sobre a possibilidade de organização de protestos através das redes sociais quando bem utilizadas.
Sobre o desperdício de profissionais da segurança que poderiam estar protegendo o cidadão ao invés de um amontoado de borracha e vento.
Além claro, da velha rixa entre protesto violento x truculência da Brigada Militar.
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