Tenho saído com uns poemas de amor exagerado e sem solução. Eu os chamo "lupicínicos".
Aqui vai um:
O Vento da Tijuca
Ao lugar do nosso encontro eu cheguei
Depois de longa caminhada
Em ânsia de surpreender-me não te amando
Tragando meu fracasso, te esperei
Antes, curvas da Tijuca fui vencendo
E tentando não ser é que fui sendo
Cativo de indizível bruxaria
Ficção com que explico minha sina
Duma esquina fria vem o vento
E me diz "descreve tua dor!"
Dum jeito de quem pede ordenando
Na voz, modulação de professor
"Branca e movediça", fui falando
Temendo estraçalhar-me se de uma vez
Gritasse que "ela prende, libertando.
Que é mortal como a rainha do xadrez"
Aqui vai um:
O Vento da Tijuca
Ao lugar do nosso encontro eu cheguei
Depois de longa caminhada
Em ânsia de surpreender-me não te amando
Tragando meu fracasso, te esperei
Antes, curvas da Tijuca fui vencendo
E tentando não ser é que fui sendo
Cativo de indizível bruxaria
Ficção com que explico minha sina
Duma esquina fria vem o vento
E me diz "descreve tua dor!"
Dum jeito de quem pede ordenando
Na voz, modulação de professor
"Branca e movediça", fui falando
Temendo estraçalhar-me se de uma vez
Gritasse que "ela prende, libertando.
Que é mortal como a rainha do xadrez"