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O filme é longo demais, barulhento demais, exagerado, e parece contaminado pela paranoia egocêntrica e cocainômana de seus personagens. Mas é justamente o excesso que o torna tão especial. Scorsese parece dizer: Vou fazer o que quero. Quem quiser, embarque por sua conta e risco.
“O Lobo de Wall Street” dá uma banana para regras básicas dos roteiros da escola Syd Field de mesmice hollywoodiana: há cenas inteiras que poderiam ser cortadas sem prejuízo à história (uma longa sequência envolvendo uma mala cheia de dinheiro trocada de mãos em um estacionamento, por exemplo), e personagens marcantes que somem da história de repente (como o corretor nóia vivido por Matthew McConaughey, numa participação tão rápida quanto fantástica).
até porque em dado momento a personagem diz que nem adianta explicar o que ele fazia, pq não vamos entender mesmo.
(...) Neste aspecto, Jordan Belfort pode até soar mais divertido que o Tommy de Joe Pesci, mas, em última análise, mostra-se tão egoísta, inconsequente e sociopata quanto este.
E é aí que entra a inteligência de Scorsese: enquanto um diretor menos experiente provavelmente buscaria retratar a história do protagonista de maneira direta e objetiva a fim de estabelecer sua canalhice, o cineasta opta por, em vez de ressaltar o óbvio, pintar as ações de Belfort com as cores do ridículo que estas inspiram, salientando os absurdos do cotidiano do sujeito e levando o espectador ao riso – mas com o cuidado de garantir que, de modo geral, estejamos rindo dos personagens, não com estes.
Contando com uma estrutura narrativa bastante similar às de Os Bons Companheiros eCassino (deixando claro que, para ele, os “Mestres do Universo” são tão desprezíveis quanto os mafiosos de seus trabalhos anteriores), Scorsese emprega aqui narrações em off múltiplas que não apenas servem para guiar o espectador através daquele mundo, mas também para comentar a própria narrativa – como, por exemplo, ao corrigir a cor de um carro logo no início da projeção. Porém, ao contrário do que ocorria naqueles filmes, cujos personagens no mínimo respeitavam o espectador, aqui o Belfort de Leonardo DiCaprio mal consegue ocultar o desprezo que sente pela própria plateia, frequentemente comentando, de forma condescendente e ofensiva, não acreditar em nossa capacidade de compreender os esquemas financeiros que comandava. Já em outros momentos, o diretor usa o off para revelar o que um personagem realmente está pensando acerca de outro, completando suas brincadeiras de linguagem ao retratar um evento de duas maneiras distintas, refletindo a percepção alterada de determinado indivíduo e, mais tarde, revelando o que realmente aconteceu.
em outras notícias, o @Tisf postou no facebook e achei legal, vou compartilhar aqui: Outdoor de Lobo de Wall Street tem 20 mil em dinheiro vivo
Se conseguir arrematar algumas estatuetas no Oscar será justo.
Fúria, vc estava em coma há quanto tempo?