Do ponto de vista social o Chile tem problemas sério quanto à qualidade do sistema de saúde, cobertura da previdência social e disparidades regionais, além da inclusão dos Mapuches na sociedade.
Sim, mas eu não disse que lá era um paraíso.
Outro grande problema do "Jaguar" da América do Sul é a precariedade dos empregos, a informalidade do mercado laboral segue próxima a média da região, em 40%, e isso é um grande problema.
Informalidade nada mais é do que uma resposta do mercado à empecílios contratuais. E informalidade, em países desenvolvidos ou não, sempre vai existir; negar isso é dar um tiro no pé.
O Chile tem muito a melhorar ainda, é claro, sob todos os aspectos; e o indicador de renda per capita nem sempre é o melhor para indicar melhoria nas camadas mais pobres. Entretanto é inegável que esse país, em poucos anos, reduziu uma pobreza histórica pela metade. Algo similar de Chavez et caterva?
O crescimento chileno não foi gerado por políticas neoliberais, é fruto, enormemente das vendas de cobre, que estão relacionadas ao ciclo da economia mundial ligada as tecnologias de informação, sobretudo os processadores. A demanda do mercado dos Estados Unidos puxa o crescimento dos Tigres e, por essa via, as vendas dos chilenos. Apesar desse crescimento, a média é mais baixa desse grupo, o que reflete a especialização em uma commodity.
Novamente, Tisf... eu não disse que é fruto exclusivamente de políticas liberais. Você afirma que um desenvolvimento multifacetado como esse tenha desenvolvido-se somente pelo aumento do preço de um produto primário no mercado?
Pergunto-me, então, porque o aumento consecutivo do preço do barril não transformou a Venezuela na terra dos ursinhos carinhosos...
Eu acho que tudo é proporcional, mas não se esqueça que o Chile é um país com 16 milhões de habitantes. A Grande São Paulo tem mais do que isso. Desses 16 milhões, mais de 25% vivem na região Metropolitana de Santiago. É óbvio que você consegue uma abrangência maior de "cobertor social" por lá, e esse fator populacional não pode ser desprezado.
Isso tem dois aspectos.
O Uruguai tem apx. 3,5 milhões de habitantes.
E certa vez, conversando com um estudioso uruguaio, ele me disse que por ter uma população tão pequena, um mercado consumidor tão restrito, o país não consegue desenvolver uma base industrial mais sólida.
O tamanho da população nem sempre deve ser dado pejorativo.
Lordpas disse:
13,6?
De onde vc tirou isso, etc?
Saiu em todos os jornais há poucos dias que o desemprego no Brasil atingiu o patamar mais baixo dos últimos 5 ou 6 anos... algo menor que 9%.
Em 1997...
Ainda sim não é bem maior que o do Chile.. em 97??? (Ano de crises, lembra?)
Isso é uma besteira.
Se vc tiver na periferia da cidade você vai ser a maioria e vai discordar do que falou.
Se vc tiver em algum bairro tipicamente burguês, enclausurado atrás de seguranças e grades, você vai, se alienado, concordando com a sua sugestão.
E não confundam governo com paternalismo... assim como não se pode confundir Lula com Garotinho.
Periferia... burgês?
Estava falando no âmbito econômico, mas podemos estender até o social também.
E o que é o governo Lula, se não paternalista?