• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Brasil já tem uma Itaipu em energia eólica

Fúria da cidade

ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ
As usinas movidas a vento devem se tornar a segunda fonte mais importante do país em 2019, segundo Abeeólica


15350484125b7efadcc6810_1535048412_3x2_md.jpg

Parque eólico no Rio Grande do Norte

A energia eólica ultrapassou a marca de 14,34 GW (gigawatts) de capacidade instalada no Brasil, patamar equivalente a uma usina de Itaipu —a segunda maior hidrelétrica do mundo.

Ao todo, são 568 parques eólicos, em 12 estados do país. A energia gerada nos últimos 12 meses é suficiente para abastecer 25 milhões de residências por mês, ou cerca de 75 milhões de brasileiros, segundo dados da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

A fonte tem vivido um crescimento exponencial no país desde 2009, estimulada por leilões promovidos pelo governo federal para contratar novos empreendimentos.

A expansão deve continuar. Contando os empreendimentos contratados nos últimos leilões promovidos pelo governo, a projeção é que até 2024 a energia eólica atinja ao menos 18,8 GW de capacidade instalada.

“No ano que vem, vamos atingir a segunda posição na matriz elétrica brasileira. Em janeiro, vamos alcançar uma participação maior do que a das usinas a biomassa, que hoje é a segunda maior fonte atrás das hidrelétricas”, afirma Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica.

“A expansão eólica no Brasil é um caso de sucesso. Há dez anos, havia poucos investidores, hoje todas as
grandes empresas têm investimentos em usinas eólicas”, afirma Thais Prandini, diretora-executiva da consultoria Thymos.

No entanto, para além da comemoração, a marca também acende um alerta. O motivo é a característica variável das usinas eólicas, cuja geração depende do regime de ventos, que não são constantes.

Em setembro, nos dados mais recentes da ONS (Operadora Nacional do Sistema Elétrico), a geração das usinas eólicas chegou a responder por 13,98% de toda a energia gerada no sistema, um patamar recorde.

No entanto, nesse mesmo mês, a fonte chegou a ocupar a parcela mínima de 1,1% na geração nacional.
“Chegou o momento de se discutir mais formas de garantir a segurança energética do país”, diz Gannoum.

O problema não é novo, aponta a consultoria PSR. A necessidade de um suprimento de energia que garanta o abastecimento tem sido um dos assuntos mais debatidos nos últimos anos, segundo o último relatório da empresa especializada em setor elétrico.

A questão se agravou a partir do momento em que o país deixou de construir hidrelétricas sem reservatório —obras com impacto socioambiental bem maior do que as chamadas usinas a fio d’água, que estão mais sujeitas à escassez de água.

O avanço de fontes como a eólica e a solar, cuja geração também sofre variações ao longo do dia ou do ano, é outro fator cada vez mais relevante para o problema.

As soluções possíveis para essa questão são diversas e, hoje, são alvo de discussões acaloradas entre representantes do setor elétrico.

Para Prandini, da Thymos, é importante diversificar a matriz elétrica para minimizar os riscos de cada fonte.
“Uma solução seriam fazer projetos híbridos, com usinas com mais de uma fonte de energia. Ou até mesmo pensar em baterias, que hoje ainda não são viáveis economicamente, mas que são uma tecnologia importante”, diz.

A PSR também aponta soluções possíveis, como alterar a operação das hidrelétricas para manter os reservatórios cheios, utilizar usinas térmicas para atender o consumo em horários de ponta, entre outras.
Hoje, a principal proposta na mesa de discussão é a realização de leilões regionais para contratar usinas térmicas movidas a gás natural. O Ministério de Minas e Energia abriu uma consulta pública, no fim de outubro, para debater a proposta, que é bastante controversa no setor.

Para a PSR, a proposta não resolve o problema por falhas na estruturação do leilão, que estaria gerando um custo adicional ao consumidor de energia sem necessidade.

O avanço da fonte eólica também levanta outro debate: o fim de subsídios dados pelo governo federal ao setor no passado, para ajudar na consolidação da fonte no país, e que hoje não seriam mais necessários.
Gannoum, da Abeeólica, concorda que chegou o momento de se rever esses benefícios, que incluem, por exemplo, isenções nas tarifas de transmissão e distribuição de energia, que acabam encarecendo a conta de luz dos consumidores.

No entanto, ela defende que o fim dos subsídios se aplique a todas as fontes, e não apenas à eólica. Hoje, além do eólico, outros setores de geração ganham benefícios, como as fontes solares e a carvão.

** Posts duplicados combinados **
Pegando um post antigo em outro tópico.

Veremos.
Talvez escolham o interior de sampa como o depósito dos cataventos gigantes pra substituir itaipu.

E não é que os cataventos vieram pra ficar e somados já equivalem uma Itaipu?
Agora vai!
 
Última edição:
Eu sou leigo, então por favor, se alguém puder responder a minha dúvida eu agradeço. É o seguinte: às vezes eu vejo uns haters fundamentalistas fanáticos amantes de energia nuclear dizendo que esses cata-ventos são caros e não acumulam nada de energia. Isso é verdade ou é exagero deles? Esses ventiladores aí são bons ou não?
 
Eu sou leigo, então por favor, se alguém puder responder a minha dúvida eu agradeço. É o seguinte: às vezes eu vejo uns haters fundamentalistas fanáticos amantes de energia nuclear dizendo que esses cata-ventos são caros e não acumulam nada de energia. Isso é verdade ou é exagero deles? Esses ventiladores aí são bons ou não?

Energia eólica depende logicamente da oferta e força dos ventos que na grande maioria dos lugares não é algo linear e constante, mas instalando próximo ao mar existe uma maior linearidade, por isso a grande maioria desses equipamentos são instalados na zona costeira, em especial na região nordeste onde a oferta de ventos no litoral dessa região é muito ampla e boa.

É claro que se houver muito pouco ou nenhum vento não há geração e o equipamento aerogerador isoladamente falando, de fato não acumula energia, mas conectando a sua saída, bancos de baterias associados a equipamentos inversores que convertem a baixa tensão contínua em alternada é possível perfeitamente armazena-la e ter uma reserva para os períodos com ventos mais fracos, assim como é feito para as placas fotovoltaicas solares em relação ao período noturno.

Quanto aos odiadores de plantão (prefiro muito mais esse termo do que o escroto forçadamente importado), eles podem reclamar a vontade, mas o Brasil com todos os problemas que tem, está avançando lentamente bem dentro do top 10 dos países que mais estão investindo nessa matriz energética. É caro? Sim, mas a medida que vai se popularizando, aos poucos o custo dos equipamentos vão caindo e proporcionando mais investimento a um custo mais acessível. Na próxima década se tudo caminhar bem, acredito ver o Brasil no top 5 e se firmando cada vez mais entre os maiores produtores de energia nesse segmento.
 
Não serão palavras de novos Dom Quixotes que irão derrubar os modernos moinhos de vento.
Mas esse é um Dom Quixote que controla a maior força coercitiva do mundo.

No mais, o Trump ta num nível Dilma pra pior em discursos, fala umas boas besteiras, sobre o tema ele falou que não se pode confiar em energia eolica pq não venta o tempo todo, assim voltamos alguns anos no passado onde éramos incapazes de estocar energia.(e não o vento :dente:)
 
Mas esse é um Dom Quixote que controla a maior força coercitiva do mundo.

No mais, o Trump ta num nível Dilma pra pior em discursos, fala umas boas besteiras, sobre o tema ele falou que não se pode confiar em energia eolica pq não venta o tempo todo, assim voltamos alguns anos no passado onde éramos incapazes de estocar energia.(e não o vento :dente:)

Vindo de quem do país que anteriormente recusou o protocolo de Kyoto, entre tantos outros acordos climáticos não se espera outra coisa senão isso.
 
Segue abaixo o panorama nacional que só segue crescendo.

Campeões da energia limpa
https://economia.uol.com.br/reporta...ar-eolica/index.htm#campeoes-da-energia-limpa
Participação de sol e vento na energia elétrica sobe 20 vezes em 10 anos no Brasil; veja estados que lideram



Em abril deste ano, o país alcançou a marca de 15 mil megawatts (MW) de potência instalada (capacidade de geração) de energia eólica (do vento), o equivalente à usina de Itaipu, segunda maior hidrelétrica do planeta. No mesmo mês, a energia solar também chegou ao seu maior patamar, com pouco mais de 2.000 MW.

Com isso, a energia gerada pelos ventos e pela irradiação solar já representa 10% da matriz elétrica nacional, composta pelo conjunto de fontes disponíveis para a produção de eletricidade. Isso representa uma alta de 20 vezes em relação a dez anos, quando o percentual era de 0,5%, segundo o Anuário Estatístico da Energia Elétrica.

A reportagem do UOL conversou com representantes do setor para saber quais estados brasileiros são os campeões da geração de energia eólica e solar.


ilustra-ventos-nordeste-web.jpg


Os bons ventos do Nordeste


O Brasil tem 600 parques eólicos e 7.500 aerogeradores (turbinas eólicas), segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). O Nordeste, sozinho, é responsável por cerca de 80% da energia eólica gerada em todo país. O estado líder na produção é o Rio Grande do Norte (foto).

Entre os cinco estados que lideram na energia eólica, quatro são do Nordeste:
  1. Rio Grande do Norte: com capacidade de 4.066 MW e 151 usinas
  2. Bahia: com 3.951 MW e 153 usinas
  3. Ceará: com 2.045 MW e 79 parques
  4. Rio Grande do Sul: com 1.832 MW e 80 parques
  5. Piauí: com 1.638 MW e 60 usinas de geração de energia
A região Nordeste e algumas localidades do Sul têm ventos fortes, constantes e estáveis, características essenciais para se produzir energia por mais tempo

Bernardo Folly de Aguiar, superintendente de Projetos de Geração da Empresa de Pesquisa Energética (EPE)


Por causa dos bons ventos brasileiros, o fator de capacidade médio do país (percentual de tempo em que as usinas conseguem gerar eletricidade) foi de 42% em 2018, segundo a ABEEólica. A média mundial gira em torno de 25%.

Estados brasileiros que mais produzem energia eólica
novo-eolica-web.jpg

ilustra-maior-eolica_600x600.jpg


As maiores usinas de energia eólica


Os maiores empreendimentos de energia eólica, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), são:
  1. Conjunto Santa Vitória do Palmar (foto), no Rio Grande do Sul, com capacidade para 582,79 MW
  2. Conjunto Araripe III, no Piauí, com 357,9 MW
  3. Conjunto Campo Largo, na Bahia, com 326,7 MW

ilustra-ano-inteiro-web.jpg


Radiação solar o ano inteiro


No país, a geração de energia solar é dividida em centralizada (GC), produzida por 2.400 grandes usinas, e distribuída (GD), cuja origem são cerca de 66 mil painéis solares fotovoltaicos implantados em casas, comércios e indústrias, entre outros. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar).

Que estados lideram na energia solar?*
  1. Bahia: capacidade de produção de 669,9 MW e 26 empreendimentos
  2. Minas Gerais: com 666 MW e 26 usinas
  3. Piauí: potência instalada de 278,2 MW e nove usinas
  4. São Paulo: com 238,9 MW e 12 empreendimentos
  5. Ceará: com 160,3 MW e oito usinas
* Os números não levam em consideração a geração distribuída, só as grandes usinas.

Cinturão solar

Essas localidades, conforme a 2ª edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar, divulgado no ano passado, estão no "Cinturão Solar", região que vai do Nordeste ao Pantanal, passa pelo norte de Minas Gerais e pega o sul da Bahia e o nordeste de São Paulo.

No Nordeste, por exemplo, a radiação global média é de 5,9 kWh/m², enquanto no Sul é de 5 kWh/m².

Apesar dessa diferença, segundo o presidente do conselho da Absolar, Ronaldo Koloszuk, todo território nacional recebe elevada radiação solar o ano inteiro.

Para você ter uma ideia, o local menos ensolarado do Brasil está em uma região de Santa Catarina, mas mesmo lá o sol gera mais eletricidade que o melhor sol da Alemanha

Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho da Absolar


A Alemanha, no entanto, é o quarto maior gerador de energia solar do mundo, com 42 mil MW de potência instalada, 20 vezes a mais que o Brasil.

Ainda existe uma grande diferença em comparação a outros países porque a energia solar é uma fonte nova no Brasil. Estamos engatinhando ainda

Ronaldo Koloszuk, da Absolar


Estados brasileiros que mais produzem energia solar
novo-solar-web.jpg

ilustra-maior-solar_600x600.jpg


As maiores usinas de energia solar


As maiores usinas fotovoltaicas do país, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), são:

  1. Solar Pirapora, em Minas Gerais, com 321 MW (foto)
  2. Solar Nova Olinda, no Piauí, com 210 MW
  3. Solar Ituverava, na Bahia, com capacidade para 196 MW
ilustra-milhoes-web.jpg


Iluminar 38 milhões de casas até 2023


Desde 2007, projetos de usinas solares fotovoltaicas foram cadastrados em seis leilões de energia realizados pelo governo federal. No total, foram contratadas 3.500 MW de potência instalada, sendo que pouco mais de 2.000 MW já estão em operação.

Há ainda 17 usinas em construção e 74 que ainda não foram iniciadas. Todas devem entrar em operação até 2022. Quando estiverem em funcionamento, será possível gerar energia para 5 milhões de casas por mês, segundo a Empresa de Pesquisa Energética.

No caso da energia eólica, foram cadastrados projetos em 27 leilões e contratados, até 2023, 19,6 mil MW de potência instalada, dos quais 15 mil já estão em operação. Quando o total for atingido, será o suficiente para gerar energia para cerca 33 milhões de casas por mês, segundo a ABEEólica.

Há 51 usinas em construção e 160 que ainda não foram iniciadas no país.

Publicado em 23 de maio de 2019
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo