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O Concurso

[size=large]O Concurso[/size]

[align=justify]Ele laçava o braço do violão com força. Os dedos sentiam o incômodo do metal frio das cordas. Há muito não tinha o prazer de tocar o instrumento. Aliás, algo em seu interior duvidava que isso aconteceria novamente. A chance aparecera nesse momento inesperado; não podia deixar de aproveitar, afinal, quando teria outra oportunidade?

Sete cantores já haviam se apresentado e a sua vez se aproximava. Tentava fugir do próprio nervosismo dedilhando a melodia no violão. — Meu Deus! Como dói! — os dedos destreinados estavam finos novamente e as cordas machucavam com facilidade. Decidiu não mais encostar no violão para conseguir executar a música que havia feito no último dia de inscrição do concurso.

Sacudia os dedos fazendo o sangue circular, pensava que isso talvez o acalmasse. Evidentemente foi inútil — Idiota! —, como se o sangue correndo pelos dedos fosse alimentar alguma fonte de tranquilidade de seu cérebro.

Respirou profundamente, olhou para o céu e tentou aproveitar um pouco do calor solar daquela manhã de quinta-feira. Era inverno e o Sol tímido fazia a pele formigar um pouco; não era a solução para os seus problemas, mas por enquanto era o bastante para fazer o tempo passar.

Sua hora estava chegando. Espichou o pescoço o máximo tentando encontrá-la; só conseguia visualizar as primeiras filas de pessoas e ela não estava nelas. Isso o deixou ainda mais nervoso.

Respirou fundo e olhou para o Sol. Repetiu a letra duas vezes, na terceira chamaram o seu nome. Ouviu alguns aplausos impacientes enquanto subia o lance de três degraus.

Ela entrou no pátio ainda falando ao celular: — Eu sei que está faltando um montador, mas já cuidei disso. O rapaz novo está fazendo o exame admissional agora de manhã e começa no serviço na parte da tarde. Eu pensei que tivesse deixado esse recado na sua mesa! — A voz do outro lado da linha, depois de uma pausa constrangedora, respondeu ter encontrado o recado que ela deixara. Antes de terminar o pedido de desculpas, ela desligou o telefone.

Como pode ser tão imbecil? — Uma senhora olhou assustada para ela. — Perdão! Problemas no serviço.

Não se preocupe, eu entendo. Todo mundo tem um calo que machuca, né?

E como! O problema é que estou ficando sem dedos pra tanto calo. — Tentou sorrir, mas não conseguiu; tinha vários calos doendo naquele momento. — Perdi muita coisa?

Quase tudo, mas seu marido ainda não se apresentou.

Ela suspirou aliviada com a notícia; sabia o quanto era importante para ele ter a sua presença durante a apresentação. Não se perdoaria se as confusões lá de fora a impedissem de comparecer. Lembrou-se de uma última coisa: correu os dedos pela bolsa, agarrou o maldito celular e desligou-o. Não queria ser importunada, pelo menos por enquanto.

Olhou à sua volta e viu as mesmas pessoas de sempre. A ideia de que daqui a algum tempo não mais precisaria vê-las a alegrou um pouco. Não que fossem pessoas ruins, pelo contrário, eram boa companhia, mas aqueles rostos a lembravam da situação terrível que vivia há mais de dois anos.

A maioria estava impaciente. Talvez esperando um fim rápido para o concurso. — Pelo visto as apresentações não estão lá essas coisas. — Pensou divertida. O que acabou por preocupá-la ainda mais; afinal, seu marido era o próximo a se apresentar.

O som limpo do alto-falante anunciou o nome de seu marido. Ela sentiu o sangue gelar e as mãos meladas pelo suor incontido. — Meu Deus! Faça tudo dar certo! — Rezou com a mão no peito. Viu-o subir tímido no palco, era hoje a sombra do homem confiante por quem se apaixonara, mas sabia que o passado podia ser resgatado. Quem sabe hoje?

Ele adentrou no palco devagar e no mesmo passo moroso dirigiu-se ao microfone. Não estava com medo de cantar novamente; ansiava por aquela oportunidade. Sua lentidão era útil, pois lhe conferia tempo para encontrar uma pessoa.

Olhou de relance para plateia. Uma centena de olhos miravam a frente sem nada enxergar. Só dois o olhavam fixamente; aqueles que importavam. Os olhos castanhos de sua esposa poderiam passar despercebidos por qualquer pessoa, mas não por ele. Apaixonara-se por aqueles olhos em sua vida anterior. Eles formavam um contraste perfeito entre o branco e o marrom e tinham uma alegria que contagiava de pronto. Hoje eles estavam diferentes; tinham marcas que, se não extinguiam sua beleza, denunciavam o sofrimento vivido, sofrimento que ele causara.

Ele mirou o rosto dela e enxergou ali um espelho. O reflexo terrível das suas próprias marcas. Sabia que ela envelhecera demais e cada ranhura em seu rosto tinha o seu nome estampado. Ele a marcara para sempre, nada mais poderia mudar essa situação e ele teria que viver com isso. A promessa perante o padre de serem apenas um por toda a vida agora se transformara em uma maldição — Ela envelheceu pela tristeza e eu pela culpa. — Pensou resignado.

Um pequeno sorriso dela foi a deixa para ele iniciar sua apresentação. Apesar de tudo, eles continuavam um.

O olhar do homem correu pela plateia e reconheceu cada fisionomia à sua frente. Achava que conseguiria dizer o nome de todos apesar de a maioria não saber o seu. Incomodava o fato deles estarem ali e quase ninguém prestar atenção; era um conjunto de pessoas que simplesmente não se importavam com aquilo que ouviriam. Ele cantaria para apenas uma pessoa. Já era o bastante.

Meu Deus! Me ajude! — Isso deveria ser um pensamento, mas saiu como um sussurro de seus lábios, captado com clareza pelo microfone. Os presentes que estavam prestando atenção ouviram, uns riram baixo outros fingiram não escutar. O som dos sorrisos apenas tornou pior uma situação já ruim o suficiente. Como não poderia fugir e o único caminho possível era bem em frente, prosseguiu.

Bom dia a todos! Sei que estão cansados e não tomarei o tempo de vocês mais que o necessário. Essa é uma música especial para mim, composta após quatro anos de seca e representa a lembrança de um passado que, se Deus quiser, será repetido num futuro próximo. O nome é Vida Passada e espero que vocês gostem. — A simpatia dele conquistou alguns fãs na plateia; palmas foram ouvidas e dois assobios alegres destoaram naquele meio apático. No interior da massa de prostrados, os olhos da esposa cintilavam na esperança de ver renascer o marido.

A música começou e o toque de seus dedos nas cordas o arremessaram no tempo. A letra lembrava de uma época envolta em brumas, num passado que se tornava cada dia mais distante. Em um tempo onde o reconheciam como pessoa, respeitando suas vontades e admirando suas conquistas.

O correr dos dedos pelas cordas produziam um chiado triste e a letra guinava. Hoje era uma sombra em um dia nublado, pois tampouco suas formas eram vistas. Não se lembrava mais da própria fisionomia, porque aquele que se apresentava no espelho carregava um peso que o desfigurou por completo.

Terminou a música com um dedilhar rápido, como que se tentando fazer o presente transmutar-se em futuro imediatamente. Fechou os olhos sem pressa, inspirou o instante mágico e esperou a reação do público. Poucos aplausos foram notados, eram lentos e incertos.

Mirou sua esposa. Os dois únicos olhos relevantes naquele pátio estavam marejados. Suas lágrimas limparam um pouco as marcas do presente. Por um instante revelaram a beleza do passado.

Obrigado! — Saiu com passos firmes, porém, cabeça baixa. Costume adquirido nos últimos anos.

Entregou o violão para outro concorrente. Mais cinco se apresentariam. Sua respiração estava forte e um sentimento de alívio e angustia martelava seu peito. A missão tinha sido cumprida; o concurso acabara bem antes do resultado final.

Música triste a do seu marido! — Virou-se a velha para a mulher. — Triste, mas bonita!

Obrigada! Eu sei. — Preferia que ele escrevesse as letras divertidas de antes. Gostava de como ele exaltava a natureza ou as mulheres, mas esse não era mais o seu marido. Ele estava diferente e sua arte também acompanhava a mudança.

Terminadas as apresentações, um juri formado por cinco pessoas discutiu sobre o resultado. Ao que pareceu, todos pensaram em um mesmo rumo, pois a “discussão” não durou mais que três minutos. Escreveram os nomes em um papel pequeno e passaram para o locutor.

Os quinze candidatos enfileiraram-se aguardando o resultado. Apenas um não estava ansioso com a situação, para ele, desempenhar seu ofício depois de tanto tempo e perante sua esposa já lhe bastava por hoje.

Um agradecimento efusivo foi feito a todos os concorrentes e às belas canções executadas. — Mas somente três foram escolhidos pelo nosso juri. — Sempre a mesma ladainha em todos os concursos, não importa onde eles aconteciam.

Assim, o nome dos ganhadores foram anunciados. Ela esperava de olhos fechados e em meio a orações pela decisão. Quando o nome do marido foi anunciado em segundo lugar, as mãos postas com os dedos entrelaçados sob o queixo afrouxaram-se. Uma espiração de desânimo pelo veridicto tomou conta do corpo por inteiro. Permaneceu com os olhos cerrados; estava com medo de fitar o marido e enxergar nele a derrota novamente. Voltou a apertar as mãos e rezou com uma força que facilmente se confundiria com raiva incontida. Permaneceu naquele estado até ouvir seu nome sussurrado ao ouvido.

Abriu os olhos, levantou-os e encarou o olhar úmido do marido. Estava de braços abertos e em sua mão esquerda carregava um violão; prêmio pelo segundo lugar. Antes que ela pudesse se libertar das orações raivosas, foi envolvida pelos braços de seu homem.

Eu consegui, meu amor. Você viu? Eu consegui! — Em meio as lágrimas, um riso frouxo escapava por sua boca e a afogava em um extase que não sentia há anos.

Eu vi, meu bem! Parabéns! Sabia que conseguiria. — Deixou-se levar pela alegria do marido; soltou os dedos entrelaçados para poder trazer para si um homem que não cabia mais dentro de si. — Sua música é linda! Nunca duvidei de você.

Ele afastou-se dela por um pequeno instante, segurou seu ombro e aprumou a cabeça para que seus olhos se encontrassem em um alinhamento perfeito. — Sei disso meu bem. Você nunca duvidou de mim e nunca me deixou. Hoje eu cantei somente para você. Não me importa sair do palco sob aplausos ou vaias, a única opinião que realmente importará é a sua, de mais ninguém. — Retornou para os seus braços.

E nossa filha? — Lembrou-se daquela para quem um dia fora um exemplo.

Não pode vir. Está na faculdade. Mas ela vai ficar toda besta quando souber do resultado.

Ele ria ainda mais alto. Talvez aquela fosse a hora de tornar-se homem novamente. Voltar a ser alguém para sua mulher e sua filha. Em verdade, elas nunca o abandonaram, fora ele quem deixara se abater pela situação e pela vergonha. Queria ser o marido ideal e o pai ideal, mas estava muito longe disso, era apenas mais um fraco em meio a um mar de indivíduos entregues à tentação.

Toma, entrega isso pra ela. Não posso ficar com ele mesmo aqui. — Passou o violão para a esposa. Ela o segurou e admirou aquele violão barato como se fosse feito de ouro. — É o meu troféu para vocês duas. Obrigado por não desistirem de mim. Eu mesmo não acreditava mais...

Mas nós nunca deixamos de acreditar. Vamos estar ao seu lad...

Todos os detentos de volta à suas celas. As visitas serão retomadas no domingo. — O diretor do presídio tinha deixado para trás sua anterior, e mais prazerosa, profissão de locutor. A platéia, formada por detentos e parentes despendiam-se apressados e os primeiros homens de laranja retornavam para a clausura.

Tenho que ir meu amor. Domingo você vem, certo? — Perguntou com a voz embargada.

E alguma vez sua filha e eu deixamos de vir? — Respondeu ela enquanto levantava a cabeça do marido.

Nunca! Em dois anos, três meses e quatorze dias. Não passei nenhum domingo sozinho.

Nós estamos esperando por você. Não importa o quanto demore.

Tenho que ir. — Disse enquanto a abraçava. — Obrigado! Te amo muito e agradeço todos os dias a Deus por esse amor. É o que tem me mantido vivo aqui nesse inferno.

Eu sei meu bem. Também te amo. — Disse soltando-o. Aguardou trinta segundos enquanto o marido se dirigia até o portão de acesso às celas. Seus passos eram firmes e a cabeça estava erguida. Sumiu com tantos outros na escuridão do prédio.

Passou pela revista mais uma vez. O Sol brilhava forte agora. Abriu a bolsa para pegar o celular. Seria mais fácil se tivesse deixado o violão no chão, mas não o largaria por nada. Depois de algum sofrimento, ligou o aparelho e esperou o inevitável. Poucos segundos depois, três mensagens apareceram no visor; antes de terminar a leitura da primeira, o telefone tocou. Era da empresa. O velho resmungo de sempre do outro lado da linha a fazia pensar que eles nunca conseguiriam viver sem a sua presença. — Um dia eu me aposento e quero ver como vocês vão se virar. — Pensava após resolver cada um dos vários problemas diários do trabalho.

Como o rapaz novo não apareceu? Pode deixar que eu resolvo isso. Se ele não aparecer em meia hora eu mesma o levo pelas orelhas até aí. Não se preocupe. — Desligou antes de ouvir o restante das reclamações do patrão.

Jogou o celular na bolsa e olhou para o violão. A filha ia adorar o presente. Ela não sabia tocar uma nota naquilo, mas ia se sentir o máximo com o prêmio do pai. Pensar como a filha reagiria ao ver o violão a alegrava muito. O ônibus de volta à realidade chegou. Ela pagou o preço da passagem, sentou-se na poltrona e olhou pela janela. Lá fora a realidade passava como um borrão; seus olhos não conseguiam focar nenhum objeto. Ela seguia em frente, apenas seu marido e sua filha permaneciam no seu campo de visão, tudo o mais ficava pra trás.

Ele entrou na cela e virou-se a tempo de ver o carcereiro bater a porta de metal, empurrar o ferrolho e lacrá-la com o cadeado. Diante de si o resumo do seu mundo: uma parede branca riscada num tom grafite, nada mais. Parou por minutos e contemplou a imagem. Nenhum movimento, nenhuma modificação, nenhuma vida. Dois anos. Quanto mais resistirá? Na mente, os contornos dos rostos da filha e da mulher lhe davam a resposta: pelo tempo que for necessário.[/align]
 
uma música pode ser bem pessoal.

vi num documentário uma cena da vida de john lennon. um fã chegou na casa dele pra falar sobre suas músicas, e argumentava como se as músicas tivessem sido feitos pra ele, de tanto que ele se identificava com elas. e o lennon o cortou na hora, dizendo que as letras eram feitas pra yoko e o filho deles. foda

tem outro meio também. no caso, fazer uma música que fique muito famosa e consiga alcançar os ouvidos de quem não se conseguiria alcançar se não fosse pela fama. um amor perdido que se recusa a aparecer, por exemplo

realmente, não consegui prever a real situação do violeiro. até estranhei a falta de costume de um violeiro com as cordas de seu violão, ainda mais antes da apresentação. me pegou de surpresa
 
Valeu pelo comentário. Eu não conhecia essa história do Lenon, mas é fantástica e combina bem com o jeito dele. Podia ser paz e amor, mas nunca deixava de expressar suas opiniões.

Uma música ou um texto é algo muito particular. Lógico que cada pessoa tem a sua visão e o escritor/músico faz a sua arte com um objetivo (que pode ser o dinheiro). No caso deste texto, contei uma história que realmente aconteceu; evidentemente há a liberdade poética no corpo da história, mas a situação, os personagens, o concurso e o prêmio são reais. Eu a ouvi há muito tempo e ela sempre martelou na minha cabeça; agora resolvi fazer uma homenagem aos personagens.

lhrodovalho disse:
realmente, não consegui prever a real situação do violeiro. até estranhei a falta de costume de um violeiro com as cordas de seu violão, ainda mais antes da apresentação. me pegou de surpresa

A intenção do texto era exatamente essa, não revelar o local do concurso até perto do final do conto. Que bom que esse fato ficou bem escondido (heheheh).

Um abraço.
 
legal, o teu texto revela q vc tem um cuidado todo especial com a forma além do conteúdo, algo q eu particularmente aprecio. vc soube trabalhar bem as três vozes do texto, assim como o ponto de virada perto do final do conto. e mesmo a história real + bonita do mundo, se ñ for bem narrada em palavras ñ ficará boa. por isso, o mérito do teu texto ñ está só na história em si, mas na sua habilidade tb.

notei pequenos tropeços na gramática, mas acredito serem mais por estilo pessoal meu dq erros crassos propriamente ditos. só acho q vc errou no trecho "começa no serviço na parte da parte".

outro detalhe q seu conto sobressalta: o uso de travessões qdo as personagens estão pensando. geralmente eles são usados só qdo há emissão do som da voz humana, e esse uso comum pode confundir um pouco o leitor menos adaptável qdo se depara com o uso diferenciado q vc fez. para contornar este efeito, já vi os seguintes usos, pegando um exemplo do teu próprio texto:

— Um dia eu me aposento e quero ver como vocês vão se virar. — Pensava após resolver cada um dos vários problemas diários do trabalho.

Um dia eu me aposento e quero ver como vocês vão se virar, pensava após resolver cada um dos vários problemas diários do trabalho.

Pensava após resolver cada um dos vários problemas diários do trabalho, um dia eu me aposento e quero ver como vocês vão se virar.

Pensava após resolver cada um dos vários problemas diários do trabalho: um dia eu me aposento e quero ver como vocês vão se virar.

Pensava após resolver cada um dos vários problemas diários do trabalho. Um dia eu me aposento e quero ver como vocês vão se virar.
 
JLM, muito obrigado por ter lido o conto. E muito obrigado também pelas observações quanto aos erros contidos no texto.

Os erros de gramática são originados de dois fatores em especial: a) meu conhecimento sobre a matéria é ridículo (heheheh - falha que um dia pretendo corrigir, só não sei como e quando); b) ausência de outras revisões.

Fiz apenas uma revisão do texto e no dia após terminar de escreve-la. Precisaria dar uma pausa maior para depois retornar à história, assim conseguiria enxergar as falhas de uma maneira melhor. Com relação ao trecho mencionado "começa no serviço na parte da parte", é aquele tipo de erro complicado de se visualizar, pois queria dizer "parte da tarde", mas como "parte" é uma palavra que existe e está correta o Word não faz a marcação, então passou despercebido.

Com relação ao uso dos travessões quando os personagens se expressam apenas por pensamento, gostei muito das suas sugestões, em especial: "Pensava após resolver cada um dos vários problemas diários do trabalho: um dia eu me aposento e quero ver como vocês vão se virar."

Isso não pode ser considerado estilo de escrita... é erro mesmo (hehehehe). Mas é fruto da falta de conhecimento sobre técnicas narrativas. Como escrevo poucas histórias e não tenho o tempo suficiente para estudá-las com a calma devida, arrisco alguns estilos que nem sempre são corretos. Esse é um ponto que corrigirei nos próximos textos.

Mais uma vez obrigado por ter lido o texto e apreciado a estrutura da história. É sempre bom ouvir críticas construtivas para adequar e melhorar a forma de escrever. Obrigado!

Um abraço!
 

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