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Discordo completamente dessa frase. Embora Eru soubesse que Melkor se rebelaria (pois Sabe tudo), ele arrumou o mundo para que dessa rebelião saíssem vários frutos bons. Mas isso não torna a rebelião de Melkor algo bom, nem que Eru quisesse que ela acontecesse.Olhando por esse lado, aos olhos de Eru, Melkor não fez nada de errado, apenas fez.
- Assim seja! Custosas lhes sairão essas canções e serão, entretanto, uma boa aquisição. Pois o preço não poderia ser outro. Assim, exatamente como Eru nos falou, uma beleza ainda não concebida chegará a Eä e ainda terá sido bom que o mal tenha existido.
- E mesmo assim continuará sendo o mal - retrucou Mandos, porém.
Discordo completamente dessa frase. Embora Eru soubesse que Melkor se rebelaria (pois Sabe tudo), ele arrumou o mundo para que dessa rebelião saíssem vários frutos bons. Mas isso não torna a rebelião de Melkor algo bom, nem que Eru quisesse que ela acontecesse
Colocando bem e mal na jogada diria que as atitudes de Melkor são um mal necessário.
Acho que não existe essa jogada a qual você se refere. Eru sabia das intenções de Melkor, mas com certeza ele não queria que elas se concretizassem, mas Ele o alertou que se ele desse início aos seus planos e buscas pérfidas elas só serviriam para criar um coisas que está acima da compreensão de qualquer um. Mas isso não quer dizer que Ilúvatar compactuava com Melkor.
Bem, se formos pensar que Tolkien via Eru como o Deus judaico-cristão ele sabe sim o meio da história, mas não foi ele que 'escolheu' como ia ser. Ele Sabe e pronto.Pra mim Eru conhecia o princípio e o fim... mas o meio da história toda era regido pela Chama Imperecível, o livre-arbítrio, e o próprio Melkor era parte disso. Não estou dizendo que Eru compactuava com Melkor; as atitudes do Ainu poderiam sim saltar aos olhos de Eru como sendo terríveis, mas Ele sabe, como Senhor da Chama, que no final tudo "vai terminar em pizza"
(...) Também por essa mesma perspectiva, o mal seria tudo que estivesse contra os planos iniciais de Eru. (...) Não diria que as ações de Melkor foram um mal necessário. Elas não foram de modo algum necessárias. Tudo seria muito melhor sem elas.(...)
Discordo completamente. O mal, segundo penso, não é nada mais que a ausência do bem, a ausência de Ilúvatar. Assim o mal não faz parte da mente de Ilúvatar. Quando Melkor se afastou dos desígnios de Eru, foi para o Mal.O lance aqui é que o mal é parte do todo, não tem como fugir, é intrínseco ao Ser. Cada Ainu conhecia parte dos desígnios de Eru, que é tudo, e Melkor é parte disso, parte do todo.
Se não é possível, como existirá Arda Restaurada?Com isso, de novo, não digo que Eru era mau e compactuava com Melkor, mas este era parte d'Ele e, um mundo sem os feitos do Senhor do Escuro, não existiria, não faz parte da Natureza... impossível.
O problema é que ele desfigurava as criações dos outros valar, além do quê estava em desacordo com a vontade de Eru.
'Mighty are the Ainur, and mightiest among them is Melkor; but that he may know, and all the Ainur, that I am Ilúvatar, those things that ye have sung, I will show them forth, that ye may see what ye have done. And thou, Melkor, shalt see that no theme may be played that hath not its uttermost source in me, nor can any alter the music in my despite. For he that attempteth this shall prove but mine instrument in the devising of things more wonderful, which he himself hath not imagined.'
'Behold your Music! This is your minstrelsy; and each of you shall find contained herein, amid the design that I set before you, all those things which it may seem that he himself devised or added. And thou, Melkor, wilt discover all the secret thoughts of thy mind, and wilt perceive that they are but a part of the whole and tributary to its glory.'
Aqui entra o lance do livre arbítrio que cabia a todos aqueles que tinham a Chama Imperecível. (...) tudo o que ele faz, tem nos temas de Ilúvatar a sua mais remota origem. (...) Isso ilustra meu post anterior: Melkor é parte do todo e sendo assim, o que seria o Mundo sem uma parte de tudo? Não seria...
Isso não podemos negar, Melkorn era parte da personalidade de Eru, mas do momento que ele tomou suas atitudes, ele abdicou de todo o plano que Eru tinha para ele, sendo assim, penso eu que Morgoth deixou de ser parte de Eru, ou personificou a personalidade ruim de Iluvatar.Talvez devessemos olhar por uma outra ótica, Melkor era parte de Eru, assim tudo aquilo que ele se tornou bom ou mal, vinha de Eru que também não era o cara mais legal do universo.
Arda seria muito melhor sem as maldades de Morgoth Bauglir ... Quando Melkor começou a vagar sozinho por kúma e despertar os seus desejos malignos, ele só estava atendendo a si mesmo, pois não havia esse tema dissonante na música. Assim ele se distanciou da 'parte do Mundo' que lhe fora direcionada por Eru.
Se não é possível, como existirá Arda Restaurada?
Melkor trouxe destruição, morte e caos; coube aos que se opuseram a Morgoth trazer parte da harmonia e dar origem aos atos que Ilúvatar ilustra para acalmar a dissonância. Mas isso não o torna bom ou necessário, apenas o torna existente num mundo que ele pretendia dominar e varrer qualquer vestígio da Música original.
And Manwe spoke to the Valar, saying: 'In this matter ye must not forget that you deal with Arda Marred - out of which ye brought the Eldar. Neither must ye forget that in Arda Marred Justice is not Healing. Healing cometh only by suffering and patience, and maketh no demand, not even for Justice.
Talvez devessemos olhar por uma outra ótica, Melkor era parte de Eru, assim tudo aquilo que ele se tornou bom ou mal, vinha de Eru que também não era o cara mais legal do universo.
Melkor veio do pensamento da Ilúvatar, mas não é mais parte dele. Tem existência independente, seus atos não dependem dos atos de Eru e nem Eru os queria.Melkor é parte do pensamento de Ilúvatar. É incabível que ele atenda a si mesmo com os seus desejos malignos (o próprio Melkor poderia pensar, erroneamente, dessa forma). Tudo o que vem dele, vem de Eru e os seus pensamentos não fogem disso.
Essa consciência foi um fruto bom da obra de Melkor; no entanto, acredito que seria muito melhor se não houvesse a necessidade dessa cura....quem traz o sofrimento é, certamente, Melkor, e a Cura virá através disso, ou seja, é o mal necessário. Assim sendo, Arda Restaurada só será possível quando os Filhos de Ilúvatar, que nela vivem, conhecerem a mácula e, com isso, aprenderem os reais desígnios d'Ele. A maldade será de conhecimento de todos, mas eles terão bagagem para lidar com ela. Se Melkor não existisse, essa consciência não seria possível.
Por exemplo: se uma pessoa contrai uma doença por um descuido, ao curá-la (admitindo que isso seja possível) ela poderá ficar mais cuidadosa; mas isso não quer dizer que a vida dela seria melhor com a doença, ela poderia não a ter contraido e vivido feliz pelo resto de sua vida. Mas, ela a contraiu; e a cura chegou pelas mãos das pessoas que, juntamente com ela, ajudaram a erradicar o mau, ou seja, a doença não tem participação alguma na melhora.
A partir do momento que Melkor se desviou e provocou a Dissonância ele estava agindo por contra própria, movido pelo seu próprio egoísmo.
Eru sabia dos planos de Melkor; e por isso os Valar e os Ainur que os serviam (mesmo que com muitas falhas) estavam em Arda, em nome e em glória de Eru, para combater o mau.
A Restauração de Arda sem o o Elemento Morgoth não virá das mãos de Melkor, e nem das suas maldades, ela será uma cura vinda das mãos dos que lutaram contra ele, dos que resistiram bravamente, dos que não abandonaram a contenda.