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Mesclando RPG com Wargame!

Armitage

Usuário
Meu grupo está planejando uma campanha baseada no mundo de Battletech. Pra quem não sabe, Battletech é um wargame de tabuleiro com temática futurista.

A gente quer retratar as batalhas no jogo de tabuleiro padrão, e viver a vida dos personagens fora do tabuleiro, jogando um RPG. ( Pra nossa sorte, já existe um RPG criado justamente pra complementar o wargame e se chama Mechwarrior RPG)

Então, eu gostaria de dicas da galera do forum em como dosar os dois jogos, pois eu nunca mesclei wargame de tabuleiro com rpg. A idéia é que o RPG seja só um complemento mesmo, retratando a vida dos jogadores quando estes estão "de folga do serviço", ou seja, em suas vidas diárias, seja em situações cotidianas ou aventurescas. Mas é importante frisar que o wargame de tabuleiro deverá ser o centro da campanha e o rpg só complemento, e não vice-versa!

Como a maioria da galera aqui já jogou D&D ou Gurps num estilo parecido com isso, acho que posso conseguir dicas e idéias legais de vocês. Qualquer dica é bem vinda! Obrigado. :D


- - -

P.S:
Pra quem não sabe o que é Battletech e quer ter uma idéia, imagine que você é o piloto de uma máquina de 10 metros de altura, 50 toneladas, com uma blindagem de tanque, 2 canhões de partículas, fazendo inserções orbitais em planetas ocupados pelo inimigo:

marauder3sj.jpg
 
Última edição:
MechWarrior é maravilhoso, posso dizer que é totalmente possível sim, mas o mestre precisará se preparar para criar um roteiro e os mapas antes.

Defina a parte de RPG, ela será a parte da vida dos pilotos fora dos mechs dentro das bases ou áreas de desenvolvimento. A partir do momento que acontece um ataque e os pilotos precisam usar os Mech´s aí a coisa vai para o tabuleiro Wargame e você tem a opção livre de deixar a interpretação com cada um. Inúmeras estratégias podem surgir em um estilo de jogo assim. Desde o piloto que transforma seu mech em uma bomba armadilha e foge pelo terreno até aquele que decide abrir um canal de comunicações para conversar com o inimigo e negociar. É uma linha já existente no Wargame mas mais restrita às regras.

Eu criei um sistema de jogo uma vez com duas planílias, uma para o piloto e outra para o robô que ele usava, era meio baseado em Gundam. Não tinha tabuleiro mas o estilo é o mesmo.

Boa Sorte e bom Jogo

By Raphael S
 
Valeu a força Raphael!

Eu pensei em seguir a lógica de jogos de vídeo-games que misturam RPG com wargame, como Final Fantasy Tactics, Front Mission, Age of Wonders, etc.

Acho que a fórmula basica pra um jogo assim é os jogadores estarem envolvidos em uma guerra, seja esta um conflito em larga escala, uma escaramuça local, ou qualquer coisa semelhante.

Daí a história do jogo giraria em torno desta guerra, com os jogadores vivendo o lado "de dentro" (durante as batalhas, com wargame de tabuleiro) e "de fora" (nos momentos de folga, com o RPG).

Eu criei um sistema de jogo uma vez com duas planílias, uma para o piloto e outra para o robô que ele usava, era meio baseado em Gundam. Não tinha tabuleiro mas o estilo é o mesmo.
Cara, Battletech é bem parecido com isso que você descreveu. Você tem uma planilha do mech (robô) que você pilota, e uma mini-planilha com os stats relavantes do seu piloto. É muuuuuito maneiro. Se ainda não conhece, vale a pena conhecer.
 
Última edição:
Posso dizer que Front Mission também é ótimo.^_^

Bom, estou iniciando um jogo e selecionando players na área Quero Jogar, se interessar aparece por lá.

By Raphael S
 
Eu seria muito maldoso se dissesse "basta jogar D&D 4E"? :g:

Não esqueça suas miniaturas, claro.
 
Não é um wargame - aí está a maldade da minha afirmação, uma resumo das críticas à 4E. Mas é mais wargame, com mo incentivo ao uso das miniaturas e tudo mais. Só isso.
 
Um wargame é, por definição, um jogo competitivo. Você senta de um lado, seu adversário do outro, e você joga pra ganhar dele. No máximo, o jogo pode ser em times, mas sempre vai ter um adversário.

RPG, usando miniaturas ou não, nunca é competitivo. Logo, não pode ser wargame.

Quanto ao tema do tópico, eu não gosto muito de misturar batalhas enormes com RPG. Acho que o jogo fica mais divertido quando os jogadores tem um papel um pouco diferente. Fazendo uma comparação, filme de guerra bom não é aquele que mostra o soldado simplesmente dentro da batalha, sendo só mais um soldado. Filme de guerra bom é como o Resgate do Soldado Ryan, em que um pequeno grupo de pessoas recebem uma missão especial e passam por diversos obstáculos pra conseguir.
 
Ok, não vamos começar com isso de novo, ok?

Armitage, essa tua idéia é bastante interessante e me fez lembrar de um artigo que li um tempo atrás (mas infelizmente não encontrei o link para postar aqui) sobre o jogo Braumnstein.

Pra quem não sabe, Braumnstein é um wargame napoleônico e um dia o "árbitro" resolveu conduzir uma sessão que envolvia o dia de folga dos combatentes em uma cidade. Cada um dos jogadores assumiu o controle de um combatente e de uma pessoa da cidade (prefeito, policial, taverneiro, etc.). Nessa sessão, um jogador aloprou total e ganhou o jogo só fazendo intrigas e conspirações nesse dia de folga.

Ah, o jogador era o Dave Arneson, que pegou essa linha de raciocínio e se juntou com o Gary Gygax pra criar o D&D :wink:
 
É, mas o jogo ficou divertido quando eles pararam com a parte de wargame e foram pro RPG.

As melhores dicas de inserir os personagens numa campanha de guerra estão no Heroes of Battle. Lá eles falam em como dar aos jogadores papeis especiais no combate, como emissários, embaixadores, espiões ou equipe de elite. Fica muito melhor que se forem apenas foot soldiers.
 
Tem também o Cry Havoc, que era pra ser um capítulo do DMG da 3E, mas que foi deixado de fora por causa do jogo de miniaturas.
 
Boas idéias, Sky e Barlach.

Obviamente, os jogadores estariam interpretando seus personagens a todo momento - mesmo na hora do grid e minis - mas o grande lance é inverter o paradigma, ao invés de jogarmos RPG e usarmos grid e minis como complemento, jogariamos tabuleiro e minis e usariamos o RPG como suplemento. É o caminho inverso entendem?

Eu sinceramenten não faço idéia de como fazer isso, mas imagino que deveriamos ter umas 2 sessões de wargame pra cada 1 sessão de RPG, de forma a revesar ação intensa com tranquilidade cotidiana. Mais ou menos assim:

1º sessão: só role-playing.

O grupo é uma unidade mercenária recém formada e com recursos limitados. Eles tomam decisões do tipo: comprar mechs e armas novas, entrevistar e contratar pessoal de apoio, e buscar serviço. Eles encontrariam um cliente xulé que precisa expulsar guerrilheiros separatistas que invadiram sua ilha-resort particular e a clamaram para si. Esses guerrilheiros contam com cerca de 30 homens, 2 carros de combate leve e 1 mech ligeiro de reconhecimento, e trasnformaram a ilha num quartel-general.

Daí o grupo, aceitando o serviço, planeja o assalto à ilha e prepara o esquedrão. Fim da sessão.

2º e 3º sessões - wargame. A assaulto propriamente dito acontece (um combate bem tático e estressante), seguido de uma missão mais leve (tipo neutralizar torres de comunicação do inimigo, reconhecimento, etc. nada que demore).

4º sessão - role-playing. Tendo dominado parte da ilha, o grupo estabelece uma base temporária. ZOOM IN nos personagens e seus afazeres, quem sabe bolando alguma forma de fazê-los interagir com o contexto da guerra e influenciá-lo, de forma indireta e tal.

Mais ou menos isso.
 
E é interessante também usar as sessões "role play" para situações do tipo "a day in the life". Coisas fora da profissão e bem pitorescas, tipo ir à padaria, à farmácia... coisa pra desopilar e divertir mesmo.
 
A idéia é essa, Sky.

É algo diferente do que estamos acostumados mas acho que, assim como no RPG tradicional, a motivação e entusiasmo do grupo é que vai decidir se vai dá certo ou não.
 
Deixa ver se eu entendi, você quer um rpg voltado para o combate tático? Ação em primeiro plano, interpretação segundo? A primeira vista pareceu isso (não estou julgando, calma!).

Falando em sistemas, acho que dá pra fazer isso tranqüilamente no D&D, especialmente o 4ª Edição e até mesmo em GURPS 4ªEdição , se você utilizar regras do sistema de combate avançado (não é difícil, acredite). Acho que há um bocado de sistemas que dá pra fazer isso com nível maior ou menos de letalidade.

A idéia é combate medieval né? No momento em cosias que jogo/narro realmente com freqüência só consigo pensar direito nesse dois. Tem tb muitos outros sistemas onde dá pra fazer, mas nem todos tem o elemento de combate tático.

Em lado oposto de proposta, acho que os melhores que conheço para o que você quer é o GURPS 4ªE (realismo e complexidade) e D&D 4ªE (fantasia e simplicidade).
 
A idéia é essa, Sky.

É algo diferente do que estamos acostumados mas acho que, assim como no RPG tradicional, a motivação e entusiasmo do grupo é que vai decidir se vai dá certo ou não.

Tu quer uma dica para que isso funcione? Seguinte: não trate essa sessão como uma sessão de jogo qualquer. Marque em um dia diferente do normal, em um lugar diferente do que vocês estão acostumados a jogar, de repente façam um churrasco com cerveja enquanto jogam... sabe, exatamente para mudar o entusiasmo e a expectativa dos jogadores em relação à sessão do jogo em si.
 
Meu grupo está planejando uma campanha baseada no mundo de Battletech. Pra quem não sabe, Battletech é um wargame de tabuleiro com temática futurista.


Esquece o que eu falei sobre medieval. Esqueci essa parte.


Tá, tudo pode fazer um teste com D&D pra ver como é o tipo de jogo, mas para alto ultra-tech, talvez o Gurps 4ªE + Ultra-Tech ajudam. Dá pra ter combate tático com ele tranqüilo.

Mas talvez o pessoal aqui possa conhecer sistemas mais apropriados para o que você quer exatamente. Eu acredito que dê pra fazer de tudo com Gurps, mas isso vai depender tb do gosto do grupo.
 

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