Gosto dos 20(?) primeiros minutos de UP. Aquilo não é de Deus, não, gente. Pra me fazer chorar daquele jeito, tem de ser coisa do demo. Não tem lógica. Mas a magia, para mim, fica ali. Então, UP não me emociona tanto quanto Wall-E, por exemplo, que, para mim, mantem o ritmo durante todo o tempo. Toy Story, além de tecnicamente superior a UP, é emocionalmente importante para mim, motivo pelo qual votei, nos dois combates, nessa animação.
Aí vai a verdade: eu detestava a franquia. Assim, não sou tão sem noção quanto pareço, eu sempre reconheci a importância de Toy Story em questão de animação e coisa e tal, mas não curtia. Acontece que, como já falei, algumas vezes, crianças têm o dom de me desarmar. Eis que o meu sobrinho do meio (na época, ele era o mais novo, já que a Hellen nasceu há três meses) chegou aqui com os três DVD's nas mãozinhas e falou, com aquela voz MÁGICA: "Tia Keu, tá vê Tó tory comigo!" Ok, fui ver o filme desarmada, querendo gostar, sabe? Vi o primeiro, o segundo e o terceiro, de uma tacada só. E achei foda. O terceiro foi o arremate perfeito, que consertou os pontos soltos dos dois primeiros.
Não tem como não amar a franquia. Talvez eu não pudesse amá-la, se eu não tivesse começado a cantar "Amigo, estou..." e o meu sobrinho completado com "ATÍIII!". Foi lindo, marcante, e é lindo. Canto essa música com ele SEMPRE que ele vem aqui, e fui irremediavelmente encantada por Toy Story. Dizem que para entrarmos no reino dos céus devemos ser como crianças, né? Para entrarmos no mundo de Toy Story, devemos nos permitir resgatar a criança que já existiu em nós.